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PM estima 125 mil pessoas na Paulista, 6% do esperado por organizadores

Na manifestação da oposição, no vale do Anhangabaú, o público foi calculado em 15 mil manifestantes, ainda segundo a PM

Folhapress
Manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, reuniu 125 mil pessoas, segundo PM

Manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, reuniu 125 mil pessoas, segundo PM (Foto: Eduardo Knapp/Folhapress)

A Polícia Militar de São Paulo estimou em 125 mil o público na avenida Paulista, no ato em defesa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A estimativa dos organizadores era de que a manifestação recebesse de 2 a 3 milhões de pessoas. Já na manifestação da oposição, no vale do Anhangabaú, o público foi calculado em 15 mil manifestantes, ainda segundo a PM.

Na Paulista, Bolsonaro repetiu as ameaças golpistas contra o STF (Supremo Tribunal Federal), exortou desobediência às decisões do ministro Alexandre de Moraes e desafiou quem o investiga. "[quero] Dizer aos canalhas que eu nunca serei preso."

"Nós devemos sim, porque eu falo em nome de vocês, determinar que todos os presos políticos sejam postos em liberdade. Alexandre de Moraes, esse presidente não mais cumprirá. A paciência do nosso povo já se esgotou." O atos em Brasília e em São Paulo, marcados por pautas autoritárias e golpistas, representam uma minoria no país. Pesquisa Datafolha de junho mostrou que 75% dos brasileiros consideram o regime democrático o mais adequado, enquanto 10% afirmam que a ditadura é aceitável em algumas ocasiões.

Anunciado por Bolsonaro nos últimos dois meses como uma espécie de tudo ou nada para ele, as manifestações do Sete de Setembro podem ampliar o seu isolamento político, no momento em que, de olho em 2022, depende do STF e do Congresso para a liberação de recursos e aprovação de projetos.

Bolsonaro usou toda a estrutura da Presidência para os atos com ameaças golpistas. Tanto no deslocamento entre São Paulo e Brasília como em sobrevoos em helicópteros da Esplanada dos Ministérios e da Paulista. O presidente é candidato à reeleição e alvo da Justiça Eleitoral.

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Entenda caso de advogado impedido de entrar em julgamento do STF

Após um advogado ser impedido de entrar na sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) que julgava denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras sete pessoas, começaram a circular posts dizendo que o órgão feriu o Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), segundo o qual advogados podem entrar livremente em qualquer julgamento. O advogado em questão, Sebastião Coelho, é o defensor de um dos acusados de envolvimento na tentativa de golpe, mas que não compõe o mesmo núcleo cujas denúncias estavam sendo analisadas no dia. O Comprova contextualiza o caso

Comprova monitora conteúdos suspeitos publicados em redes sociais e aplicativos de mensagem sobre políticas públicas, saúde, mudanças climáticas e eleições

Comprova monitora conteúdos suspeitos publicados em redes sociais e aplicativos de mensagem sobre políticas públicas, saúde, mudanças climáticas e eleições (Reprodução/Projeto Comprova)

Conteúdo analisado: Posts que questionam caso de advogado impedido de acompanhar julgamento no STF. Os conteúdos citam o Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), dizendo que isso não poderia ter ocorrido.

Onde foi publicado: X.

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Contextualizando: No dia 25 de março, o advogado Sebastião Coelho foi detido por desacato (e liberado em seguida) após ser proibido de entrar na sala em que ocorria o julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras sete pessoas por tentativa de golpe de Estado, na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).

Nas redes sociais, Coelho contou ter tentado entrar no local, mas disse ter sido impedido. O advogado afirma que isso não poderia ter ocorrido porque ele era "parte do processo", referindo-se a seu cliente, Filipe Martins, ex-assessor especial de Assuntos Internacionais do ex-presidente Bolsonaro e um dos denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Martins foi citado na petição (PET) 12100, a mesma de Bolsonaro, mas seu julgamento está previsto para abril.

O STF afirma que ele foi impedido de entrar pois não havia se credenciado previamente para acompanhar o julgamento. Considerando a repercussão gerada pelo caso, com posts acusando o STF de ter violado o Estatuto da OAB, o Comprova contextualiza o cenário com o que dizem o estatuto, a OAB, o STF e outros advogados.

OAB

A lei que dispõe sobre o Estatuto da OAB diz, em seu artigo sétimo, ser direito do advogado ingressar livremente nos locais abaixo:

a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos (divisórias) que separam a parte reservada aos magistrados; b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presença de seus titulares; c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro serviço público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado; d) em qualquer assembleia ou reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, ou perante a qual este deva comparecer, desde que munido de poderes especiais.

Em nota , a OAB Nacional comunicou que acompanha com atenção os desdobramentos da sessão e que "os fatos narrados serão apurados com responsabilidade". A instituição ainda destacou que "todos os advogados com processos pautados tiveram garantido o pleno exercício da sustentação oral -- uma prerrogativa basilar da advocacia e do devido processo legal". O órgão também esclareceu que recebeu a representação de colegas que relatam cerceamento de defesa e informou que tratará do tema junto ao STF.

Supremo

Procurado por e-mail, o STF afirmou que Coelho "foi detido pela Polícia Judicial do Supremo Tribunal Federal em flagrante delito por desacato e ofensas ao tribunal" e que "o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, determinou a lavratura de boletim de ocorrência por desacato e, em seguida, a liberação do advogado".

Ainda segundo o órgão, "havia orientação de credenciamento prévio por parte de advogados para participar da sessão da Primeira Turma". "Aos advogados das partes e às partes é permitido acesso livre, mas os demais tinham que encaminhar os nomes. Por isso, o desembargador aposentado foi encaminhado para acompanhar o julgamento em telão instalado na Segunda Turma, mas se recusou."

Coelho afirma que era advogado da parte, mas seu cliente não estava sendo julgado naquele dia. Questionado sobre isso, o STF afirmou que, "embora seja o mesmo processo (PET 12100), o acusado que o ex-desembargador defende, Filipe Martins, não faz parte do Núcleo 1 (ou Núcleo Crucial), cuja denúncia foi analisada esta semana", afirmou o STF.

Martins faz parte do Núcleo 2, que deve ser julgado em 29 e 30 de abril.

Interpretação

Consultados pelo Comprova, advogados divergem sobre o caso. Pedro Paulo de Medeiros, criminalista e conselheiro federal da OAB, reforça que o Estatuto da Ordem diz que os advogados podem entrar em qualquer repartição, "mas tem que interpretar a lei".

De acordo com ele, deve-se interpretar o estatuto de acordo com medidas de segurança. "Sabemos dos riscos e ameaças a que os ministros do Supremo estão submetidos, então, precisa haver precaução, por isso o cadastramento prévio", diz ele. "Além disso, ele (Coelho) não era advogado de nenhum cliente que estava sendo julgado."

Já o também criminalista Fernando Capano tem outra interpretação. "O que me parece muito difícil de aceitar é que ele é um advogado regularmente nomeado nos autos para tutelar os interesses de um dos réus. E não é um processo julgado de maneira compartimentalizada. São grupos distintos, em sessões distintas, mas é um processo só", diz.

Para Capano, Coelho não poderia ter sido impedido de entrar na sala. "Vamos supor que eu sou advogado nomeado nos autos e o processo está sendo julgado. Eu, obviamente, tenho interesse até mesmo em avaliar qual é o tom adotado pelos ministros, e eu sou impedido de adentrar a sessão? Isso me parece um problema gravíssimo."

Ameaças

Às vésperas do julgamento de recebimento da denúncia contra Bolsonaro, o STF registrou um aumento no número de ameaças feitas à Corte. A maioria dos ataques ocorreu por meio da central telefônica do tribunal e por e-mail. Conforme apuração do blog da jornalista Malu Gaspar , no jornal O Globo, o clima de hostilidade levou a Ouvidoria do STF a recomendar a criação de um plano de segurança especial para o julgamento.

O STF é alvo de constantes intimidações. Entre o atentado de 8 de janeiro e o início de novembro de 2024, a Corte recebeu ao menos mil ameaças por diferentes meios . No dia 13 de novembro do ano passado, o chaveiro Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiu França, morreu após explodir um artefato em si mesmo na Praça dos Três Poderes, em frente ao STF . Menos de 24 horas depois do ataque, o tribunal recebeu pelo menos oito e-mails em acordo com a ação do homem-bomba .

O advogado

Sebastião Coelho é magistrado aposentado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) e do Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF).

Ele renunciou ao cargo de corregedor em 2022 e, em 2024, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu processo administrativo disciplinar contra Coelho por suspeita de incitação a atos golpistas da época em que ele ainda estava na ativa.

Segundo o CNJ, Coelho renunciou "ao cargo de corregedor eleitoral em agosto de 2022, três dias após o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes assumir a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)". Ainda de acordo com o órgão, ele "fez discursos contrários ao ministro, afirmando que Moraes incitou guerra em seu discurso de posse" e "participou de uma série de eventos políticos no acampamento montado após as eleições de 2022 no Quartel-General do Exército, em Brasília".

O Comprova tentou contatar Coelho e Edson Marques, advogado que o acompanhava durante o julgamento, mas não houve resposta até a publicação deste texto.

Fontes consultadas: O Comprova entrou em contato com a OAB, STF e os advogados citados acima.

Por que o Comprova contextualizou este assunto: O ++Comprova monitora conteúdos suspeitos publicados em redes sociais e aplicativos de mensagem sobre políticas públicas, saúde, mudanças climáticas e eleições++ . Quando detecta nesse monitoramento um tema que está sendo descontextualizado, o Comprova coloca o assunto em contexto. Você também pode sugerir verificações pelo WhatsApp +55 11 97045-4984 .

Para se aprofundar mais: Sobre o mesmo caso, o Estadão Verifica publicou que Coelho foi detido em flagrante e liberado, não preso por ordem de Alexandre de Moraes. O Comprova já mostrou que é enganoso um post que afirma que Moraes atropelou a competência do Superior Tribunal Militar ao decidir que cabe ao STF julgar os militares envolvidos nos atos de 8 de janeiro em Brasília . Outras duas verificações mostraram que não é verdade que o presidente Lula (PT) armou a invasão e que o atentado não foi uma "farsa" . Na seção Comprova Explica você pode ler também que a Operação Shadow não mostra que há organização criminosa dentro do STF .

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Piloto goiano morre após avião agrícola cair em fazenda, em São Paulo

Acidente aconteceu na manhã desta sexta-feira (28)

Josias Pereira Lemes, de 52 anos, morreu após avião que ele pilotava cair (Reprodução/g1 SP e Divulgação/Defesa Civil)

Josias Pereira Lemes, de 52 anos, morreu após avião que ele pilotava cair (Reprodução/g1 SP e Divulgação/Defesa Civil)

O piloto goiano Josias Pereira Lemes, de 52 anos, morreu após o avião agrícola que ele conduzia cair em uma fazenda entre Guaíra e Miguelópolis, em São Paulo, na manhã desta sexta-feira (28).

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Testemunhas disseram ao g1 SP que o avião bateu em um fio de alta tensão antes de cair. Em nota ao POPULAR , o Grupo Precisão, responsável pelo avião, lamentou a morte do piloto, natural de Anápolis, e afirmou que a aeronave possuía manutenção e documentação em situação regular.

A empresa acrescentou que o piloto era altamente capacitado, contendo todos os certificados e exames em dia.

O Grupo Precisão segue dando todo o suporte à família de Josias, cuja dor neste momento é claramente impossível de mensurar", descreveu na nota.

Conforme informações do g1 SP, o piloto fazia trabalho de pulverização no local do acidente. Ele estava sozinho na aeronave. Equipes do Corpo de Bombeiros de Guaíra e pessoas que passavam pela região tentaram socorrê-lo, mas ele já estava morto, segundo a reportagem.

Avião agrícola caiu em fazenda entre Guaíra (SP) e Miguelópolis (SP) — Foto: Defesa Civil (Reprodução / g1 SP)

Avião agrícola caiu em fazenda entre Guaíra (SP) e Miguelópolis (SP) — Foto: Defesa Civil (Reprodução / g1 SP)

O POPULAR entrou em contato com o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.

Ao g1 GO, o vice-presidente do Aeroclube de Goiás, Raoni Monteiro Jacobson disse que o Josias se formou em Goiânia, e já foi piloto da linha aérea da companhia Gol.

Exímio piloto, já voo em vários táxis aéreos em Goiás. Extremamente experiente era piloto agrícola a mais de 4 anos", afirmou.

Josias era altamente capacitado, contendo todos os certificados e exames em dia, segundo a empresa que ele trabalhava (Reprodução/Redes sociais)

Josias era altamente capacitado, contendo todos os certificados e exames em dia, segundo a empresa que ele trabalhava (Reprodução/Redes sociais)

(Colaborou Vinícius Moraes)

Nota do Grupo Precisão

O Grupo Precisão manifesta seu profundo pesar pelo falecimento do piloto Josias Pereira Lemes, 52 anos, ocorrido nesta manhã em um acidente aeronáutico no interior do Município de Guaíra, São Paulo.

Destaca-se a qualidade de um profissional experiente e querido por todos na empresa, sua partida deixa um vácuo impossível de ser preenchido em seus círculos de amigos e colegas.

Ratificamos que, o profissional era altamente capacitado, contendo todos os certificados e exames em dia, assim como, a aeronave possuía manutenção e documentação em situação regular.

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Política

Em vez de chorar, caia na realidade, diz Lula sobre Bolsonaro virar réu no STF

Bolsonaro se tornou réu com outros sete acusados de integrar o núcleo central da trama golpista de 2022 nesta quarta-feira (26)

Ex- presidente Jair Bolsonaro e Presidente Lula (Montagem/ Redação O Popular / Divulgação/ Ricardo Stuckert)

Ex- presidente Jair Bolsonaro e Presidente Lula (Montagem/ Redação O Popular / Divulgação/ Ricardo Stuckert)

O presidente Lula (PT), no final de uma visita de Estado ao Japão, afirmou que "é visível" que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contribuiu para um plano de assassiná-lo e em uma articulação de golpe.

Bolsonaro se tornou réu com outros sete acusados de integrar o núcleo central da trama golpista de 2022 nesta quarta-feira (26). A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) abre caminho para julgar o mérito da denúncia até o fim do ano.

"Se ele tiver culpado, ele tem que se contentar com a punição. Isso vale para todos os 213 milhões de habitantes. Então, ao invés de chorar, cai na realidade e saiba que você cometeu um atentado contra a soberania desse país", disse Lula, ao ser questionado em entrevista coletiva sobre a decisão do Supremo.

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O presidente criticou o adversário por pedir anistia sem que exista um processo julgado e afirmou que espera que a Justiça cumpra o seu papel. Para Lula, quem pede anistia antes de julgamento "está dizendo que foi culpado".

"Como não tem como provar que não tentou dar um golpe, faz provocação com a sociedade." diz

Presidente Lula no Japão (Divulgação/ Ricardo Stuckert)

Presidente Lula no Japão (Divulgação/ Ricardo Stuckert)

As declarações foram dadas em Tóquio, na manhã desta quinta-feira (27) no Japão, noite de quarta no horário brasileiro. Lula viajará na sequência para o Vietnã.

"É visível que o ex-presidente tentou dar um golpe no país. É visível, com todas as provas, que ele tentou contribuir para o meu assassinato, para o assassinato do vice-presidente [Geraldo Alckmin], para o assassinato do ex-presidente da Justiça Eleitoral brasileira [Alexandre de Moraes]. Não adianta agora ele ficar fazendo bravata dizendo que está sendo perseguido."

Bolsonaro vira réu por tentativa de golpe de Estado STF retoma julgamento de Bolsonaro com voto de Moraes; veja os próximos passos

Lula disse ainda que não conhece os autos do processo, mas que todos sabem o que aconteceu no país e que espera que o Supremo "vote com coerência". Também afirmou que o STF está agindo após investigação de meses e meses "muito bem feita" pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. "E com muita delação de gente importante que está acusando."

O presidente também fez uma menção a sua prisão na Operação Lava Jato e disse que não teve, na ocasião, direito à presunção de inocência, além de ver barrada sua candidatura na eleição de 2018.

Só espero que se faça justiça. Não dou palpite." afirmou.

Nesta quarta, Bolsonaro criticou Alexandre de Moraes ao comentar a decisão e retomou a ofensiva contra o sistema eleitoral, iniciada antes mesmo de se eleger presidente da República em 2018.

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STF posiciona seus canhões

Mais do que se agarrar a um fiapo de esperança com as sinalizações do ministro Luiz Fux no Supremo, o ex-presidente Jair Bolsonaro joga suas fichas na anistia, que finge ser para os vândalos de 8/1, mas foi feita para ele no Congresso. O Supremo está atento e já posicionou seus canhões contra o projeto, ampliou novamente o foro privilegiado para quem é acusado de crimes cometidos em mandatos anteriores e já usa na prática a mudança ao puxar de volta um processo contra Gilberto Kassab, "dono" do PSD, que estava na primeira instância

O inquérito, por suposta propina de R$ 16 milhões da JBS, foi enviado por Alexandre de Moraes para a primeira instância em 2019 e acaba de ser trazido pelo mesmo Moraes para o STF. Em sequência, entre fevereiro e março, Kassab se reuniu com Bolsonaro, a anistia ganhou tração no PSD e no próprio Congresso, o STF mudou o entendimento sobre foro e o caso contra Kassab voltou ao STF. Kassab vai liberar o PSD a favor de Bolsonaro e contra o STF? Difícil... Está aberta uma guerra entre Judiciário e Legislativo. E o Executivo tem lado.

Pelo Placar da Anistia do Estadão, 190 dos 513 deputados eram a favor da anistia até ontem, mas muitos se dizem favoráveis só para os estúpidos do 8/1, não para Bolsonaro e os cabeças do golpe, e vai caindo a ficha de que seria um ataque ao STF, que revidaria e Kassab é só uma advertência. Jogue a primeira pedra quem não tem nenhum probleminha na Justiça, com emendas, desvios e processos eleitorais. Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Hugo Motta? Quantos deputados e senadores?

Na frente jurídica, Bolsonaro está de olho em Fux, que tenta marcar uma posição garantista e fugir do "efeito manada", em que todos votam da mesma forma. Mas gostaria de ser o novo Marco Aurélio Mello, sempre "do contra", na direção oposta dos colegas? Apesar de pedir vistas no caso da cabeleireira Débora Santos, a do "Perdeu, mané", e de defender que o julgamento do "núcleo crucial" do golpe fosse no plenário, Fux manteve a unanimidade da Primeira Turma para acatar a denúncia da PGR e tornar réus Bolsonaro e líderes militares.

Assim, Fux se tornou uma incógnita e está no centro das questões mais nevrálgicas do julgamento: foro privilegiado, Primeira Turma ou plenário, delação de Mauro Cid, tentativa e golpe efetivo, dosimetria de penas. Mas o radar principal dos réus não está na Justiça, mas, sim, na política, menos nos ministros do STF e mais nos deputados e senadores. E eles estão mais preocupados em salvar a própria pele do que a de Bolsonaro. O Supremo sabe disso, como sabe ser bem "convincente".

Eliane Cantanhêde, jornalista

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