A corregedoria da Polícia Militar de Goiás (PM-GO) instalou, no dia 15 de dezembro, uma investigação contra o vereador de Goiânia Cabo Senna (Patriota) por conta de vídeos, publicados nas redes sociais, em que o parlamentar, que é policial militar, chama a categoria para manifestações pelo pagamento da data-base dos servidores estaduais, o que é vedado aos PMs.Na justificativa, a corregedora Núria Guedes da Paixão e Castilho ainda aponta que, nos vídeos, Senna faz “cobranças e acusações” contra o governador Ronaldo Caiado (DEM). Ela, então, determina que seja apurado, no inquérito, se houve crime por parte do vereador, que é 3º sargento na PM-GO. O encarregado pela investigação deve, segundo manda a corregedora, providenciar a apreensão e o encaminhamento de armas e outros materiais ao Instituto de Criminalística para que seja feita uma perícia.Além disso, deve ouvir o indiciado, o ofendido e testemunhas e fazer possíveis buscas e apreensões. Segundo o documento, o responsável pela investigação ainda tem que garantir a “proteção de testemunhas peritos ou do ofendido, quando ameaçados de coação que lhes tolha a liberdade de depor ou a independência para realizar perícias e exames.”Senna disse ao POPULAR que vê a investigação como uma perseguição política por sua atuação junto aos servidores. “Nós estamos cobrando o pagamento da data-base, e, em decorrência dessas manifestações, de representante de classe que sou, ele se achou no direito de abrir esse inquérito policial militar, inclusive não respeitando a inviolabilidade que o vereador tem”, diz.O vereador também é diretor de comunicação da União dos Militares do Estado de Goiás (Unimil) e participou das manifestações realizadas nos dias 30 de setembro e 17 de novembro, em frente à Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).Senna ainda afirma que seu jurídico não identificou crimes nas práticas. "Isso (a investigação) me dá motivação para continuar a lutar pelo direito dos militares. Isso não vai me calar."