Rubens Salomão

O presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Romário Policarpo (PRD), garantiu nesta quinta-feira (10) que os vereadores deverão regulamentar regras mais rígidas para a destinação e <a href="https://opopular.com.br/politica/vereadores-se-reunem-a-portas-fechadas-para-discutir-emendas-1.3247899" target="_blank">prestação de contas de emendas parlamentares</a> a entidades sem fins lucrativos. Como mostrado pelo POPULAR desde o início do ano, as indicações para organizações, que passaram a representar 95% do total de emendas apresentadas na Casa, geraram suspeitas após casos de vínculo político.

<a href="https://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; outline: 0px; outline-offset: -2px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Policarpo tratou do assunto, entre outros temas, em entrevista exclusiva ao podcast Giro 360, realizado em parceria do POPULAR com a CBN Goiânia. O presidente foi questionado sobre o tom de cobrança direcionado pelo prefeito Sandro Mabel (UB) nesta semana e avaliou que o gestor usa expressões que são recebidas como discurso “ríspido” e “agressivo”, mas que concorda com o mérito.

“O mesmo texto pode ser lido de diversas formas. Talvez a forma que ele encontra para dizer o que sente seja um pouco mais ríspida e você tem que respeitar. É a forma que ele tem para dizer as coisas e o que ele está dizendo não é surpresa alguma. É um fato que nós precisamos e vamos organizar como serão feitas essas novas emendas”, afirmou Policarpo.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/cruz-admitiu-execuc-o-suspeita-de-emendas-nos-n-o-vamos-afirma-mabel-1.3250035" target="_blank">'Cruz admitiu (execução suspeita de emendas), nós não vamos', afirma Mabel</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/paco-recua-e-regulamentac-o-de-emendas-sera-feita-por-lei-1.3248296" target="_blank">Paço recua e regulamentação de emendas será feita por lei</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/vereadores-se-reunem-a-portas-fechadas-para-discutir-emendas-1.3247899" target="_blank">Vereadores se reúnem a portas fechadas para discutir emendas</a></div>

Mabel apontou que as emendas “não podem ser colocadas de qualquer jeito, para qualquer coisa ou para instituições que não são firmes”. O prefeito ainda apontou que as entidades beneficiadas iriam “tomar um susto do tamanho de um bonde quando forem prestar contas” sobre as indicações parlamentares. “Nós vamos ser rigorosos com isso para que não fiquem emendas para que saiam todo dia na manchete do jornal e que têm problema”, disse o gestor.

“É um fato que a gente precisa fiscalizar a forma como essas emendas estão sendo feitas. É um fato que as entidades precisam prestar contas das emendas que são pagas. Esse não é um desejo apenas exclusivo do prefeito. Esse é um desejo da Câmara Municipal e dos vereadores, que, por muitas vezes, tiveram suas emendas não executadas porque não houve uma prestação de contas ou não houve da Prefeitura a postura que a gente vê hoje”, disse o presidente.

Desde janeiro, reportagens do POPULAR têm mostrado direcionamento de <a href="https://opopular.com.br/politica/cruz-admitiu-execuc-o-suspeita-de-emendas-nos-n-o-vamos-afirma-mabel-1.3250035" target="_blank">recursos das emendas</a> a entidades ligadas direta ou indiretamente aos vereadores autores das indicações. Geverson Abel (Republicanos), por exemplo, destinou R$ 4,33 milhões para duas associações privadas cujos endereços são o mesmo do escritório político dele, no Setor São Judas Tadeu.

Já uma associação sem fins lucrativos, que só existe no papel e pertencia até novembro do ano passado ao vereador Igor Franco (MDB), líder do prefeito na Câmara, vai receber R$ 533,7 mil de emenda impositiva ao orçamento proposta pelo ex-vereador Sandes Júnior (MDB). Além desses casos, Wellington Bessa (DC) destinou R$ 289 mil para uma associação sem fins lucrativos cujo responsável é o presidente do próprio partido do vereador em Goiás, o Democracia Cristã (DC), Alexandre Magalhães.

Ao avaliar a situação, Policarpo reforçou que novas <a href="https://opopular.com.br/politica/paco-recua-e-regulamentac-o-de-emendas-sera-feita-por-lei-1.3248296" target="_blank">regras de transparência</a> estão sendo definidas pela Casa, em discussão com o Paço. “A regulamentação é principalmente pelas questões das próprias entidades. É preciso ter um norte de como serão feitas essas emendas. Em nenhum momento das minhas conversas com o prefeito ele disse que não pagará as emendas. O que ele sempre diz é que vai pagar as emendas, mas vamos fiscalizar para que elas sejam executadas. E ele está correto. É o que a população deseja”, diz.

“As nossas leis de transparência hoje são boas e são melhores que as do Congresso Nacional. Tanto é que a imprensa faz o papel de fiscalizar e saber onde a emenda está, se está executada, onde está a entidade, quem foi o vereador que enviou, quanto foi pago e qual é o plano de trabalho. Então, as leis são boas. O que necessita é de uma real fiscalização. É isso que ele deseja e tenho certeza que também é o que o vereador deseja”, completou.

O presidente ainda aponta que a definição de regras inclui, necessariamente, novos critérios para repasses às entidades, mas não apresentou quais. “Não há que se falar da regulamentação das emendas fugindo daquilo que está no Congresso ou fugindo do que o próprio Tribunal de Contas dos Municípios orientou, mas a gente aqui está chegando um pouco mais junto nessa situação, colocando inclusive algumas restrições a entidades. Então, não tem como falar de regulamentar sem colocar as entidades no meio”.

<h2>Inversão</h2>

Policarpo acredita que, a partir dos novos critérios, a quantidade de <a href="https://opopular.com.br/politica/vereadores-destinam-95-das-emendas-a-entidades-1.3218038" target="_blank">emendas destinadas a entidades</a> deverá ser reduzida, depois de representar a quase totalidade das indicações. Segundo ele, a elevação até 95% ocorreu diante da dificuldade de executar os recursos indicados por meio do formato tradicional junto à Prefeitura.

“É muito simples. Inclusive, em algumas reuniões com vereadores, eu cheguei a propor aos secretários para sabermos quanto custa uma praça ou a reforma de um posto de saúde. Por muitas vezes, eu mesmo perdi mais de R$ 6 milhões em emendas porque você coloca um valor e isso é muito interpretativo, se a Prefeitura vai executar ou não.”

“Então, houve essa inversão porque a Prefeitura não cumpria. E as entidades precisam cumprir essas emendas e não podemos aqui demonizar todas as entidades como se elas não fizessem o seu serviço. Elas prestam um grande papel à sociedade também”, diz o presidente. “Isso aconteceu e esse caminho, gradativamente, vai voltando”.

Policarpo contou ao <a href="https://opopular.com.br/opiniao/policarpo-avalia-os-100-dias-de-mabel-1.3251182" target="_blank">Giro 360</a> que já houve tratativas com Mabel sobre as emendas que são “rejeitadas” por algum problema e retornam à Câmara. A intenção, segundo ele, é que a pasta específica, principalmente a Secretária de Saúde, indique quais unidades precisam de reforma e o valor para as futuras emendas.

“É complicado também você colocar a emenda para determinado local e ela não ser cumprida. A população daquele bairro te cobra e não vai entender que foi a Prefeitura que não executou. Entendem que você colocou o recurso e que o recurso sumiu”, afirmou.

<h3>Comurg</h3>

Policarpo ainda avaliou o imbróglio enfrentado pelo Paço para tratar das <a href="https://opopular.com.br/politica/atrasado-repasse-a-comurg-ainda-n-o-possui-previs-o-1.3250410" target="_blank">dívidas acumuladas</a> pela Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). O cronograma para aporte da Prefeitura está atrasado e ainda não há previsão de quando as transferências irão começar.

“É um problema crônico da cidade que não nasceu hoje, nem no governo passado. Ele nasceu desde quando a Comurg nasceu. Ela foi gerida a vida inteira não como uma empresa, mas como um organismo da Prefeitura que servia, inclusive, para atendimentos políticos”.

O vereador reforça a avaliação sobre os primeiros 100 dias da gestão de Mabel e aponta que “não gosta de prazos”. “Às vezes as coisas não são da forma que você acha que vão acontecer e tem imbróglios que muitos outros prefeitos não resolveram. Não é por má vontade, mas pela dificuldade”, afirmou.

“Essa questão da Comurg ser dependente ocasiona outros problemas para a Prefeitura como esses que a gente está vendo agora. Como mandar o dinheiro? De onde vai sair o dinheiro? Como essa folha de pagamento vai ser somada à folha da Prefeitura? Não é simplesmente colocar um dinheiro na Comurg e resolver. Se fosse dessa forma, talvez ela já teria sido resolvida em outras gestões”, disse o presidente.

Policarpo defende reduzir emendas para entidades

Política

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Matéria - Política

Câmara de Goiânia

O Partido Liberal (PL) em Goiás decidiu, na noite de segunda-feira (14), não recorrer da decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) que reverteu, em julgamento realizado em 8 de abril, a inelegibilidade do governador Ronaldo Caiado (UB). A corte também&nbsp;rejeitou a cassação do prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), e de sua vice, Cláudia Lira (Avante). Com isso, o processo está encerrado.

A decisão do PL foi costurada nos bastidores. Advogado do partido, Leonardo Batista explicou que houve acordo entre o senador Wilder Morais (PL), o ex-deputado estadual Fred Rodrigues (PL), Caiado e Mabel para “unir as direitas” no estado. Entretanto, não há compromisso de apoio do PL ao candidato de Caiado em 2026 - deve ser o vice-governador, Daniel Vilela (MDB). O PL deve lançar seu próprio nome.&nbsp;

Além disso, o apoio de Caiado à anistia de pessoas envolvidas nos ataques aos prédios dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023 também pesou na decisão.&nbsp;

Caiado já havia demonstrado apoio à anistia anteriormente, mas reforçou o posicionamento em 6 de abril, durante ato na Avenida Paulista, em São Paulo, convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).&nbsp;

A reportagem apurou que Fred esteve no Palácio das Esmeraldas na noite de segunda, quando firmou o compromisso de não recorrer da decisão do TRE-GO. O ex-deputado disputou o segundo turno contra Mabel em 2024.

Histórico

Em dezembro do ano passado, a juíza eleitoral Maria Umbelina Zorzetti, da 1ª Zona Eleitoral de Goiânia, decidiu pela inelegibilidade por oito anos de Caiado, Mabel e Cláudia, por abuso de poder político, diante da realização de jantares com aliados no Palácio das Esmeraldas, residência oficial do chefe do Executivo de Goiás, durante a campanha eleitoral de 2024.

No julgamento de 8 de abril, o TRE-GO entendeu que houve prática de condutas vedadas pela legislação eleitoral, mas as sanções determinadas em primeiro grau foram consideradas desproporcionais. Com isso, a decisão do tribunal foi aplicar apenas multas a Caiado (R$ 60 mil), Mabel (R$ 40 mil) e Cláudia (R$ 5,3 mi), que somam pouco mais de R$ 100 mil.

Reação

Em nota, Mabel afirmou que o fato de o processo ter sido encerrado por falta de recurso mostra “a compreensão da correção da decisão proferida pela Corte goiana e reforça nosso compromisso com o trabalho por nossa capital, que é um compromisso de todos nós”.

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PL decide não recorrer e ação por inelegibilidade de Caiado e Mabel é encerrada

Eleições 2024

O presidente da Câmara de Goiânia, Romário Policarpo (PRD), avalia, em entrevista ao podcast Giro 360, que a gestão do prefeito Sandro Mabel (UB) deu sinais positivos e houve avanços nos seus primeiros 100 dias, mas considera que não houve tempo para grandes transformações.

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“Os primeiros 100 dias geralmente são tímidos em qualquer gestão, até porque a eficiência da coisa pública não é tão rápida assim como são nas coisas privadas. Existem sinais de como a Prefeitura vai andar”, afirma o vereador, ao ser perguntado sobre a nota que ele daria ao período inicial de Mabel à frente do Paço Municipal.

Entre uma série de afagos ao chefe do Executivo e defesa de que a relação com o Legislativo está boa, Policarpo aponta que o aliado colocou peso neste marco inicial porque era necessário “choque de gestão” diante da grande quantidade de problemas vividos pela capital.

“Eu acho que você tem de tratar uma Prefeitura com um processo de início, meio e fim, e ficar fazendo pequenas metas talvez não seja o ideal, mas eu entendo que precisava desse choque de gestão, precisava nesse primeiro momento de resolver os problemas, inclusive de infraestrutura”, emenda.

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A íntegra

A conversa com Policarpo é a segunda de série de entrevistas mensais exclusivas do podcast de política do POPULAR em parceria com a CBN Goiânia. A íntegra em áudio está disponível no portal do jornal ou no seu tocador favorito.

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Profundidade

O presidente da Câmara minimiza em outro ponto da entrevista o fato de Mabel ter demandado pouco da Câmara. Segundo ele, a relação vai bem e o prefeito consulta vereadores a todo tempo, especialmente sobre ações nos bairros.

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E as entidades?

Romário diz que, ao contrário do publicado aqui ontem, o projeto elaborado pela Câmara regulamentará o envio de emendas a entidades privadas. “Não é um desejo exclusivo do prefeito, esse é um desejo da Câmara”, defende.

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Mudanças

A minuta do projeto para regulamentar as emendas passou por alterações nesta quinta-feira (10).

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Tigrão - O ex-prefeito Rogério Cruz (SD) presenteou Romário Policarpo com pintura que faz alusão ao mascote do Vila Nova. A tela, entregue nesta semana, foi parar em parede do gabinete da presidência da Câmara. (Wildes Barbosa / O Popular)

Retorno

O secretário estadual de Saúde, Rasivel dos Reis, deve ir à Assembleia Legislativa na manhã de terça-feira (15). É a primeira visita após polêmica com deputados estaduais. Aliás, projeto de autoria do líder do Governo, Talles Barreto (UB), prevê a criação de fundo para pagar rescisões de funcionários das organizações sociais contratadas pela pasta.

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Missão abortada

O ministro Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) cancelou viagem que faria a Britânia, no Vale do Araguaia, para assinatura de ordem de serviço para construção de ponte. Diante de pressão de Jorge Kajuru (PSB), que é vice-líder do Governo no Senado, enviou o secretário Nacional de Segurança Hídrica, Giuseppe Serra Seca Vieira.

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Motivação

Kajuru não gostou de ver o nome do colega Vanderlan Cardoso (PSD) no convite para o evento. Seu argumento é o de que o recurso para bancar a obra veio após trabalho de toda a bancada federal.

Pergunta para:

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José Nelto

Deputado federal pelo UB

Há espaço para o senador Vanderlan Cardoso (PSD) disputar a reeleição pela base governista?

Com certeza. Ele é presidente de um partido (em Goiás), é senador da República com desempenho bom e está determinado. Tem trânsito com todas as lideranças nacionais, conversa com todos os segmentos da sociedade. Não podemos colocar no Senado pessoas com ódio no coração. Para chegar ao Senado tem de ter equilíbrio e diálogo.

Arremate:

Homenagem - O vereador Lucas Kitão (UB) quer dar o nome do ex-presidente da Federação Goiana de Automobilismo (Faugo) Ney Lins a viaduto sobre a GO-020, próximo ao Residencial Jardins Munique, em Goiânia.

Detalhe -&nbsp;O projeto de lei é uma homenagem ao pai do presidente da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), André Rocha.

Titulares -&nbsp;O deputado federal José Nelto e o senador Wilder Morais (PL) são representantes da bancada goiana na nova composição da Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional.

Suplentes -&nbsp;O senador Vanderlan Cardoso e as deputadas Flávia Morais (PDT) e Lêda Borges (PSDB) são suplentes da CMO.

De Policarpo sobre os primeiros 100 dias: "São tímidos em qualquer gestão"

Opinião

Matéria - Coluna Giro

Giro

Webstore: Avaliação 100 dias

No mesmo dia em que o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), completou seu <a href="https://opopular.com.br/politica/prefeito-de-goiania-faz-balanco-de-100-dias-de-administrac-o-1.3250036" target="_blank">centésimo dia de administração</a>, vereadores de partidos da base aliada e independentes voltaram a demonstrar insatisfação, durante a sessão ordinária desta quinta-feira (10), com a falta de atendimento dos secretários e reforçaram críticas ao “proselitismo político” do mandatário.

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 85, 128); outline: 0px; outline-offset: -2px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a>

Em tom de desagrado, afirmaram que, mesmo diante da efeméride, “não há o que comemorar”. Paralelamente, outros <a href="https://opopular.com.br/opiniao/policarpo-avalia-os-100-dias-de-mabel-1.3251182" target="_blank">vereadores fizeram a defesa do gestor</a>, citando pontos onde houve avanço - como na zeladoria e a criação de vagas em centros de educação infantil - em relação ao cenário deixado pelo antecessor.

“Antes, tínhamos um prefeito apático e sem expressão; agora, temos um gestor que parece mais preocupado com proselitismos políticos, demagogia e populismo barato, buscando apenas destaque nas redes sociais”, afirmou Lucas Vergílio (MDB), acrescentando que causa preocupação a forma “soberba, arrogante e desrespeitosa com que tem tratado os servidores públicos”.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/polemicas-e-atos-midiaticos-marcam-100-dias-de-gest-o-1.3250806" target="_blank">Polêmicas e atos midiáticos marcam 100 dias de gestão</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/prefeito-de-goiania-faz-balanco-de-100-dias-de-administrac-o-1.3250036" target="_blank">Prefeito de Goiânia faz balanço de 100 dias de administração</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/policarpo-avalia-os-100-dias-de-mabel-1.3251182" target="_blank">Policarpo avalia os 100 dias de Mabel</a></div>

O emedebista citou a festa dos <a href="https://opopular.com.br/politica/polemicas-e-atos-midiaticos-marcam-100-dias-de-gest-o-1.3250806" target="_blank">100 dias de gestão</a>, no Jardim Curitiba, na quarta-feira (9), para mencionar a permanência de problemas na cidade, como buracos e mato nas ruas. “Essa celebração evidencia uma preocupação maior com as aparências e com a criação de uma narrativa de falsa competência, em detrimento de ações concretas que beneficiem os cidadãos.”

Rose Cruvinel (UB), do mesmo partido do prefeito e que já vinha apresentando queixas, disse que tem cobrado a conclusão de obra de drenagem no Bairro Feliz. Segundo ela, Mabel só age quando provocado pela imprensa, e não por meio dos pedidos dos vereadores.

“Hoje, a TV Anhanguera fez uma belíssima reportagem mostrando. Certamente vão atender o vereador da TV Anhanguera, porque vereador aqui parece que não vale nada. Ofício, requerimento, visitar o órgão, solicitar a obra, parece que não vale nada”, disse Rose.

Vice-presidente da Casa, Anselmo Pereira (MDB) respondeu Rose dizendo que “quem não tem cão, caça com gato”.

“Eu lamento dizer a vossa excelência que eu também esgotei, levei lá várias reuniões e essa reportagem, vou dizer a vossa excelência, foi eu que pedi. Tem um ditado, um adágio popular que os mais antigos dizem que ‘quem não tem cão, caça com gato’. Eu tô com um gato caçando agora”, comentou.

Coronel Urzêda (PL) disse que não há o que se comemorar e que o que Mabel faz é “pão e circo”. Tião Peixoto (PSDB) reclamou da falta de atendimento: “O secretário tem que respeitar os vereadores, a secretária de Educação não atende telefone. Liguei para ela 12 vezes para pedir uma audiência e não fui atendido”, afirmou. O tucano também disse que a gestão Mabel é “continuidade” da gestão Rogério Cruz (SD).

<div attr-cid="policy:1.3250869" attr-version="policy:1.3250869:1744285760" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3250869" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3250869', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3250869">Webstore: Avaliação 100 dias (1.3250869)</a></div>

<h2>Defesa</h2>

O líder do prefeito, Igor Franco (MDB) pediu que os vereadores olhem para as entregas feitas, como a ampliação das vagas em creches. “Vamos ver a realidade das entregas que foram feitas, porque a cidade precisa de um parlamento que realmente consiga uma construção da nossa cidade”, afirmou Franco.

O mesmo argumento de defesa foi utilizado por Lucas Kitão (UB), que citou também os serviços de zeladoria na capital. “Nunca vi nenhum prefeito passar a Prefeitura a limpo como Mabel. Então, só por esse motivo, os 100 dias já devem ser comemorados, porque esses 100 dias vão marcar a história da cidade.”

No marco dos 100 dias, vereadores voltam a criticar o prefeito

Webstories - Vereadores preparam viagem à Suíça para conhecer gestão do lixo

O presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Romário Policarpo (PRD), e os vereadores Luan Alves (MDB) e Léo José (SD) devem ir à Suíça entre os dias 18 e 24 de maio, em viagem oficial com despesas pagas com recursos públicos. A visita parte de um convite da Lavoro Solutions, empresa de consultoria ambiental de Niterói (RJ), que também organiza a agenda. O custo orçado da viagem é de R$ 97.071,00.

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 85, 128); outline: 0px; outline-offset: -2px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a>

Outro convidado, o deputado estadual Clécio Alves (Republicanos) estava entre os nomes citados na viagem e chegou a confirmar a ida em um primeiro momento, mas, conforme alegou em memorando assinado nesta quinta-feira (10), não poderá ir “por motivos de ordem pessoal”. Clécio é ex-vereador da capital e pai de Luan Alves.

O objetivo da viagem é a participação em um benchmarking (evento de imersão) promovido pela Lavoro sobre gestão de <a href="https://opopular.com.br/cidades/goiania-e-3-pior-capital-em-limpeza-urbana-aponta-levantamento-1.3242681" target="_blank">resíduos sólidos</a>, com palestras, visitas técnicas e reuniões com empresas do setor ambiental em cidades suíças. Também estão previstas atividades como jantares e passeios. A informação foi divulgada pela CBN Goiânia e confirmada pelo POPULAR.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-vai-a-italia-e-goiania-tera-tres-prefeitos-em-abril-1.3250044" target="_blank">Mabel vai à Itália e Goiânia terá três prefeitos em abril</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/vereadores-trocar-o-carros-atuais-por-sed-s-e-suvs-de-luxo-1.3246144" target="_blank">Vereadores trocarão carros atuais por sedãs e SUVs de luxo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/miss-o-internacional-tera-26-auxiliares-do-governo-de-goias-1.3227549" target="_blank">Missão internacional terá 26 auxiliares do governo de Goiás</a></div>

A Lavoro promove eventos desse tipo há oito anos, incluindo edições em Portugal com estrutura similar. O vereador Luan Alves, então presidente da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), participou, em 2022, de um desses eventos, para conhecer iniciativas de <a href="https://opopular.com.br/cidades/sem-sacos-de-lixo-trabalho-de-garis-em-goiania-vira-enxugar-gelo-1.3250796" target="_blank">destinação e tratamento do lixo</a>, que nunca foram implantadas em Goiânia.

Ao POPULAR, Luan diz que a viagem a Portugal, em 2022, teve caráter semelhante ao que está sendo proposto no evento na Suíça, que é o de buscar outros métodos de administração do lixo. Na ocasião anterior, porém, ele aponta que foram apresentadas “sugestões viáveis e exequíveis” para o então prefeito Rogério Cruz (SD), como a de tratamento do chorume, “mas não deram andamento”.

Em nota, a Câmara de Goiânia informou que a contratação ainda não foi concluída, deixando em aberto a ida. Cada vereador estaria em um pacote de serviços contratado pela Casa, por meio de inexigibilidade de licitação, no valor de R$ 32.357,00. O argumento usado para justificar a dispensa de licitação é a exclusividade da Lavoro, responsável pela organização do evento.

A programação inclui hospedagem em hotéis quatro estrelas, transporte executivo com motorista, refeições em restaurantes renomados e até um jantar de boas-vindas, no primeiro dia da viagem, em um castelo medieval (Kyburg Castle), segundo o descritivo do evento. A passagem aérea, no entanto, será adquirida por outro processo, em separado do pacote principal.

Apesar de alegar que a viagem atende ao interesse público, a contratação não apresenta plano de ação, metas de impacto ou previsão de retorno concreto para a população de Goiânia. O evento promovido pela Lavoro Solutions é caracterizado como um benchmarking pois trata-se de visita a um local para uma análise profunda de práticas consideradas de sucesso para serem replicadas pelos visitantes.

<div attr-cid="policy:1.3251433" attr-version="policy:1.3251433:1744379647" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3251433" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3251433', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3251433"> Webstories - Vereadores preparam viagem à Suíça para conhecer gestão do lixo (1.3251433)</a></div>

<h2>Indefinição</h2>

Em <a href="https://opopular.com.br/opiniao/policarpo-avalia-os-100-dias-de-mabel-1.3251182" target="_blank">entrevista ao podcast Giro 360</a>, Policarpo disse que o processo aberto não é garantia de que a viagem ocorrerá, reforçando argumento oficial da Câmara enviado em nota mais cedo, mas que vê com normalidade a possibilidade da visita diante da “globalização” do mundo. “Nós não podemos mais administrar a cidade de Goiânia achando que vamos resolver todos os problemas sentados, fechados em quatro paredes”, afirmou.

“Se vamos ou não nessa viagem, é história para quando esse processo for finalizado, e a gente pode decidir que esse evento em especial não é interessante. Num primeiro momento, me parece interessante, porque entendo que estamos vivendo nesse momento, com o prefeito na Itália, para debater o mesmo assunto, que preocupa a cidade de um modo geral”, prosseguiu Policarpo, acrescentando que há outras viagens para as quais a Câmara foi convidada. “Talvez a gente participe - e é completamente normal em um mundo globalizado.”

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), está em viagem à Itália e deverá retornar à capital apenas em 21 de abril. O objetivo de sua viagem ao país europeu é para conhecer um projeto de tratamento de lixo, que transforma o resíduo em energia ou em um tipo de pedra.

Em fevereiro, Policarpo, o procurador-geral da Câmara, Kowalsky Ribeiro, e o diretor legislativo, José Carlos Issy, foram à Índia para acompanhar a delegação do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), em uma missão goiana. A viagem de oito dias custou R$ 223,4 mil à Casa e foi feita sem licitação, junto à Câmara de Comércio e Indústria Indo-Brasileira (CCIIB), sob argumento de que a entidade é responsável por coordenar as agendas da missão.

<h3>Aterro</h3>

A viagem à Suíça, caso se confirme, ocorrerá em meio à perda da licença ambiental do aterro de Goiânia. O POPULAR mostrou, no fim de dezembro do ano passado, que o Ministério Público de Goiás (MP-GO) entrou com ação civil pública pedindo a interdição do local, alegando descumprimento de prazos previstos em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em 2020 para a adequação do aterro a um Centro de Tratamento de Resíduos.

Apesar de o acordo prever uma série de medidas, como <a href="https://opopular.com.br/cidades/descarte-de-entulho-e-outros-residuos-e-desafio-na-grande-goiania-1.3228505" target="_blank">sistemas de tratamento de chorume</a> e gases, além de melhorias estruturais, quase todas as exigências estão com prazos vencidos, segundo o MP-GO. A Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) suspendeu a licença corretiva de operação, mas recusou interditar o espaço, alegando riscos à cidade.

Ao falar sobre a questão e a destinação, Luan Alves afirmou que o intuito da viagem é buscar conhecimento. “O aterro de Goiânia é hoje muito ruim, não tem licenciamento, não tem tratamento, não tem separação de resíduos. O prefeito fala muito sobre a concessão do serviço do aterro, e para fazê-lo a gente tem que conhecer as empresas, as tecnologias, porque se houver uma concessão quem dá esse aval é a Câmara”, afirmou o emedebista, acrescentando que, caso a administração do aterro seja via concessão, a legislação atual precisará passar por adequações.

Diretor-executivo da Lavoro Solutions, Walter Plácidos afirma ao POPULAR que o cenário da gestão de resíduos em Goiás é “dramático”, citando a existência de centenas de lixões e a poluição causada pelo aterro de Goiânia. Segundo ele, o objetivo do benchmarking é apresentar modelos europeus bem-sucedidos de gestão de resíduos, como valorização orgânica, reciclagem e incineração com aproveitamento energético.

“Há 50 anos atrás, a Suíça tinha lixões, vários lixões. Em 50 anos ela resolveu. Portugal, há 25 anos atrás, tinha lixão. Com 25 anos de atraso, olha só. A Suíça resolveu o problema deles há 50 anos. Portugal resolveu o problema deles há 25 anos. E Goiás precisa resolver o problema deles. Porque é crime ambiental manter os lixões, é crime ambiental a poluição pelo chorume”, afirma Plácidos.

O POPULAR não obteve retorno de Léo José até o fechamento desta edição.