O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), falou nesta quinta-feira (23) sobre a demora de um ano no processo de exoneração do servidor Helder Bartolomeu, preso em operação da Polícia Federal (PF) que apura desvios e tráfico de influência no Ministério da Educação (MEC). Conforme o mandatário, o ex-assessor foi exonerado por abandono de cargo em um processo que seguiu todos os trâmites legais, que inclui o não pagamento de salário.Helder Bartolomeu foi nomeado assessor da Secretaria de Planejamento Urbano de Goiânia no dia 25 de maio de 2021, mas não compareceu para trabalhar. Por causa disso, um processo administrativo foi aberto em 15 de junho do mesmo ano. No entanto, somente em 10 de maio de 2022, quase um ano depois, é que a exoneração do servidor foi formalizada.De acordo com Cruz, a demora no processo se deu em razão do cumprimento dos devidos trâmites.“A partir do momento em que a secretaria onde a pessoa está lotada abre o processo e faz o encaminhamento para que chegue ao nosso conhecimento, logo que chega ao nosso conhecimento nós exoneramos de fato o servidor, que era um cargo comissionado. A prática é normal, nós seguimos os trâmites”, declarou o prefeito à CBN Goiânia.Cruz destacou ainda que o agora ex-assessor recebeu somente o primeiro mês de salário, não tendo pagamento nos demais.Operação Acesso PagoO ex-assessor Helder Bartolomeu foi um dos presos pela PF na Operação Acesso Pago, que investiga pagamentos de propina e tráfico de influência dentro do MEC. Segundo informações da Folha de São Paulo, além dele, foram alvos da operação o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro; o ex-gerente de projetos da Secretaria Executiva do MEC, Luciano Musse, e os pastores Gilmar Santos, de Goiânia, e Arilton Moura.Ao todo, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e 5 prisões, sendo elas em Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal. Bartolomeu teria acompanhado o pastor Arilton Moura, que teria atuado como um lobista do MEC, em um evento do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), em Nova Odessa, no interior de São Paulo, em 2021.A reportagem tenta localizar a defesa dos envolvidos.Leia também:Pastor de Goiânia e ex-ministro da Educação são presos em operação da PFBolsonaro se manifesta sobre operação contra ex-ministro: "Ele que responda pelos atos dele"