Grupo de 19 vereadores atendeu ao chamado do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (SD), para reunião na manhã desta sexta-feira (07), no sexto andar do Paço Municipal. No encontro, Cruz garantiu a manutenção dos acordos com cada integrante da base aliada com o objetivo de seguir com o apoio dos parlamentares durante os últimos meses da gestão e também para a eventual candidatura à reeleição, mesmo depois da deflagração da Operação Transata, da Polícia Civil.Apesar de a conversa ter sido convocada para apresentar resposta direta aos aliados depois da operação que gerou o afastamento do ex-secretário de Infraestrutura, Denes Pereira (SD), a investigação não foi o principal assunto. O prefeito preferiu destacar a manutenção das entregas de obras e se colocou à disposição para atender a possíveis insatisfações dos vereadores, como sinal de que a parceria deve continuar.Vereadores relataram à reportagem do POPULAR que Cruz garantiu na reunião que não vai retirar a pré-candidatura e que o projeto político não será prejudicado pela operação policial. Segundo parlamentares ouvidos, a avaliação no Paço é de que os fatos investigados não teriam consequências efetivas, além do desgaste natural nestes primeiros dias após a deflagração, e que Pereira teria assegurado ao prefeito que não há qualquer irregularidade. Cruz também definiu que pretende manter os acertos e indicação de cargos dos parlamentares na estrutura da Prefeitura, independente do posicionamento dos partidos em que estão filiados, desde que o apoio dos vereadores à gestão e à possível candidatura seja mantido. Parte dos presentes preferiu adotar o silêncio no encontro, mas alguns usaram a palavra para reafirmar o compromisso com a gestão.O mais enfático foi o presidente estadual do Avante, Thialu Guiotti, que teria até se emocionado ao garantir a manutenção do apoio a Cruz independente do caminho a ser tomado pela sigla, que integra O grupo liderado pelo presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto (UB) e tende a apoiar a pré-candidatura de Sandro Mabel (UB). Depois do encontro, vereadores afirmaram que a conversa mostrou que o prefeito continuaria em um “país das maravilhas, em que os vereadores fingem que apoiam e ele finge que tem o apoio”.PerseguiçãoCruz e o secretário de Governo, Jovair Arantes, reforçaram a tese de “perseguição política”, alegada pelo prefeito em vídeo postado nas redes sociais na noite de quinta-feira (7). “Eu estou à disposição para contribuir com toda e qualquer investigação. Mas entendo que nesse momento em que se aproxima o período eleitoral municipal, há uma clara perseguição política”, disse Cruz, no vídeo.A acusação genérica também foi levantada pelo vice-presidente nacional do Partido Solidariedade, Paulinho da Força, em declaração ao Giro.Ainda no vídeo, o prefeito disse que a suposta “perseguição” ocorre após divulgação de números que chama de históricos e cita investimentos feitos em infraestrutura, criação de empregos e atendimentos na Saúde e Educação. Cruz apontou ainda não ter nada a esconder e que preza pela transparência, por isso afirma, na postagem, colocar os seus sigilos à disposição das investigações.Participaram do encontro os vereadores Thialu Guiotti (Avante), Ronilson Reis (Solidariedade), Anderson Bokão (MDB), Izídio Alves (DC), Geverson Abel (Republicanos), Pedro Azulão Júnior (MDB), Kleybe Morais (MDB), Anselmo Pereira (MDB), Romário Policarpo (PRD), Sabrina Garcez (Republicanos), Dr. Gian (MDB), Denicio Trindade (UB), Isaías Ribeiro (Republicanos), Joãozinho Guimarães, Léo José (SD), Leandro Senna (SD), Henrique Alves (MDB), Cabo Senna (PRD) e Raphael da Saúde (DC).Os parlamentares ainda levaram reclamações ao prefeito e, além de pedirem esclarecimentos sobre a operação que investiga irregularidades em contratos da Seinfra, também questionaram sobre a suspensão dos serviços do consórcio Limpa Gyn.