Em meio à expectativa de reenvio da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026 à Câmara de Goiânia, o prefeito Sandro Mabel (UB) minimizou, ao POPULAR, a possibilidade de ser “impedido de trabalhar” caso sejam feitas alterações no porcentual de remanejamento. “Não tem nada que me impeça de trabalhar. Atrapalha é a cidade, não a mim. Eu faço o máximo que posso. Se eles, por exemplo, decidirem bloquear o Orçamento... O Trump não está no shutdown (com suspensão orçamentária), lá? Se amanhã tiver algum problema de remanejamento e não tiver dinheiro para pagar a escola, eu vou falar: ‘Olha, vou ter que mandar para a Câmara para poder remanejar’. Se não quiserem, eu falo: ‘Os vereadores não quiseram remanejar’. Eu não tenho nada pessoal para resolver”, afirmou. Mabel atribuiu a movimentação dos parlamentares para diminuir a autonomia do Executivo na execução do orçamento a “interesses” e “costumes antigos”. “Agora, tudo isso mexe com muita gente, muito interesse, a forma que eles estavam acostumados antes. Mas muitos já mudaram, estão juntos e entendendo que a cidade precisa de obras e eles vão crescer politicamente com obras, não é só tendo recursos”, disse o prefeito.O texto da LDO foi retirado por Mabel e ainda não foi devolvido à Câmara, mas há expectativa de o Executivo diminuir o porcentual de remanejamento para 30%, forçando nova votação na Comissão Mista. Mabel admitiu que o grupo de aliados na Casa está “apertado”. “Acho que a Prefeitura tem maioria apertada hoje, porque esse pessoal votou junto com eles. Iludiram uma turma aí, e tem muitos que estão ali porque acharam que a coisa ia acontecer da forma que eles falaram. Não acontece. O pessoal acaba vendo que é mais fácil você caminhar junto com o Executivo e a própria população vai entender isso muito melhor”, disse o prefeito, reforçando que o programa Obras Cidadãs pode melhorar a relação. (Gabriel Neves)