O Comitê de Controle de Gastos da Prefeitura de Goiânia recusou, nesta semana, o pedido da Secretaria Municipal de Educação (SME) para contratar 921 novos funcionários, selecionados em processo de 2024. A justificativa é que o gasto com pessoal projetado para 2025 já ultrapassa o limite prudencial de 51,3% da receita corrente líquida (RCL), estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A SME informou que solicitará nova análise, mas minimizou o impacto no serviços. A Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz) argumentou, por nota, que o primeiro bimestre de 2025 foi fechado próximo do limite prudencial de gasto com a folha de pagamento, “em razão de benefícios que foram concedidos nos anos anteriores, que comprometeram os índices de forma considerável”. De acordo com a Sefaz, ao projetar o impacto decorrente de benefícios já concedidos, estima-se que, caso novas despesas sejam inseridas ainda em 2025, o índice poderá alcançar 52,4%, “ultrapassando o limite prudencial e se aproximando perigosamente do limite legal (de 54%)”. Questionada sobre a possibilidade de que a decisão seja revista, a Sefaz afirmou que, no momento, isso não deve ocorrer. “Até que haja espaço fiscal suficiente”, destacou.