A Prefeitura de Goiânia receberá R$ 1,36 milhão por mês pelo contrato emergencial com a Caixa Econômica Federal para a gestão da folha de pagamento dos servidores da Prefeitura de Goiânia. O valor no semestre será de R$ 8,2 milhões, metade do que o município receberia se concluísse a licitação, suspensa desde o dia 28 de dezembro e sem previsão para retomada.O valor também é inferior ao que a Caixa havia oferecido para prorrogar o contrato (R$ 100 milhões por cinco anos), considerando o período proporcional, ou ainda pelo próprio acerto emergencial por um ano (R$ 20,5 milhões).Enquanto não prossegue com a licitação, na tentativa de aumentar a oferta, a Prefeitura terá de prorrogar o contrato, que vence em 28 de fevereiro. Antes a previsão era de dois meses de duração, mas o município resolveu estender para seis meses, o que indica maior demora para o desfecho do leilão.A licitação, aberta em dezembro, só teve o banco Itaú como interessado, com proposta do valor mínimo de R$ 165 milhões por cinco anos. Isso representa R$ 33 milhões anuais e R$ 16,5 milhões na conta por semestre. O valor total seria pago à vista.No entanto, a Prefeitura tinha expectativa de receber de R$ 200 milhões a R$ 250 milhões. A informação de bastidores é que a gestão vai aguardar a possibilidade de derrubada no Congresso do veto do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao artigo que permite que Estados e municípios movimentem recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) para outras contas usadas por prefeituras e governos estaduais. Com a alteração, o contrato voltaria a ser mais atrativo, com valor maior.A Comissão de Licitação da Secretaria Municipal de Finanças (Sefin) afirmou nesta quinta-feira (10) que não é acertado comparar valores do contrato emergencial com o resultado do leilão. Segundo o presidente da Comissão, Cleyton Menezes, a proposta inicial da Caixa era não fazer qualquer aporte pelo período de seis meses.Além disso, ele diz que o contrato emergencial seria necessário mesmo com a conclusão do processo licitatório, em razão da logística de transição.Sobre o andamento da licitação, Cleyton afirmou que a gestão "está focada agora em fechar o contrato emergencial com a Caixa para não haver descontinuidade da prestação dos serviços, que é essencial para a Prefeitura". "Passada essa fase de celebração desse contrato, voltaremos a trabalhar no processo licitatório. Teremos mais tempo para essa conclusão", completou.