A Prefeitura de Goiânia pretende encaminhar ao Legislativo um projeto de lei com alterações no Código Tributário Municipal (CTM), que devem atingir itens relacionados à cobrança dos impostos Predial e Territorial Urbano (IPTU) e de Transmissão de Imóvel (ITBI). O secretário municipal da Fazenda, Valdivino Oliveira, anunciou o plano do Executivo, nesta segunda-feira (24), ao programa Jackson Abrão Entrevista.Ao POPULAR, o secretário detalhou que o objetivo é terminar o texto do projeto no primeiro semestre de 2025, com possibilidade de enviar a matéria à Câmara de Goiânia até junho. Se o plano se cumprir, este pode ser o primeiro projeto de relevância a ser encaminhado pela gestão de Sandro Mabel (UB) ao Legislativo.De acordo com Oliveira, no IPTU, há estudo para alterar a previsão de aumento do imposto nos casos em que o contribuinte cadastrar o endereço na inscrição de Microempreendedor Individual (MEI). O secretário explicou que há interesse da Prefeitura em analisar os casos em que o endereço da residência é meramente fiscal e não tem relação com uma atividade comercial. Em relação ao ITBI, o secretário afirmou que o objetivo é que o imposto seja liberado automaticamente “no ato do negócio que o cidadão fizer na aquisição de qualquer imóvel”. Com isso, as vistorias seriam realizadas posteriormente, promovendo agilidade ao processo. Oliveira também citou alteração na cobrança de impostos de entidades sem fins lucrativos. “As entidades sem fins lucrativos, preenchendo certos pré-requisitos, têm imunidade. Nós vamos definir esses pré-requisitos no Código Tributário. (...) Hoje há uma discussão muito grande. Às vezes o auditor tributário autua entidades sem fins lucrativos, às vezes não autua. Nós vamos disciplinar essa relação dessas entidades com o fisco municipal.AjusteDurante a entrevista ao jornalista Jackson Abrão, o secretário também afirmou que, em dezembro de 2024, a folha da Prefeitura custou R$ 400 milhões. Em janeiro de 2025, segundo Oliveira, houve redução para R$ 350 milhões. “A nossa expectativa é que isso, ao longo do ano, permaneça, e a gente possa gerar, só de economia com a folha de pagamento, algo em torno de R$ 600 milhões ao ano”, disse o auxiliar. O secretário informou que a Prefeitura tem cerca de 50 mil servidores e 2,3 mil comissionados. Com cerca de dois meses à frente das finanças da Prefeitura de Goiânia, Oliveira afirmou que a administração da capital está “virando a página”. “A Prefeitura poderá, daqui quatro, cinco, seis meses, proclamar alto e bom som: somos uma Prefeitura superavitária”, disse o secretário da Fazenda.