Rubens Salomão

Webstories - Assembleia publica novo edital para comprar SUVs

Webstories - Assembleia quer trocar caminhonetes por SUVs

O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto (UB), voltou a defender a compra de frota própria de veículos, realizada pela Casa desde 2023, no valor total de R$ 9,3 milhões, em substituição aos contratos anteriores de locação. No entanto, ele não citou o novo processo para compra de 42 SUVs, cujo <a href="https://opopular.com.br/politica/alego-publica-nova-licitac-o-para-a-compra-de-suvs-1.3225683" target="_blank">edital de licitação</a> foi lançado na última quinta-feira (30).

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O presidente falou do assunto em balanço de ações apresentado durante a solenidade de posse para o segundo biênio consecutivo no comando da Casa, no sábado (01). “Me orgulho de ser o presidente que cortou despesas e fez economia significativa dos recursos públicos”, defendeu. “Finalizamos o contrato de aluguel de veículos e adquirimos uma frota própria para a Assembleia Legislativa. Onde os deputados percorrem o estado atendendo as demandas da população, com segurança e agilidade”, apontou Peixoto.

A declaração ocorreu dois dias depois da publicação da segunda versão do edital para a <a href="https://opopular.com.br/politica/novo-edital-para-compra-de-suvs-preve-despesa-de-r-16-8-milh-es-1.3225893" target="_blank">compra de 42 SUVs</a>, com bancos de couro e espaço para sete ocupantes. Os carros devem ser usados pelos deputados estaduais e a abertura do processo foi marcada para o dia 17.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/novo-edital-para-compra-de-suvs-preve-despesa-de-r-16-8-milh-es-1.3225893" target="_blank">Novo edital para compra de SUVs prevê despesa de R$ 16,8 milhões</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/politica/alego-publica-nova-licitac-o-para-a-compra-de-suvs-1.3225683" target="_blank">Alego publica nova licitação para a compra de SUVs</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/politica/alego-nega-direcionamento-em-licitac-o-de-suvs-1.3224989" target="_blank">Alego nega direcionamento em licitação de SUVs</a></div>

O novo documento tem previsão de despesa geral de R$ 16,8 milhões, sendo R$ 16,6 milhões com os veículos (R$ 396 mil cada) e R$ 214 mil com seguro. Antes de repetir a defesa pela frota próprio no discurso, Peixoto encerrou entrevista coletiva sem responder questionamento sobre o novo processo de compra de veículos, ao alegar que a solenidade de posse deveria ser iniciada.

Há menos de dois anos, a Alego comprou 41 caminhonetes 4x4 para os gabinetes dos deputados, com o custo de R$ 227 mil cada. A compra das picapes substituiu contrato de aluguel de veículos de R$ 4,63 milhões, que havia sido assinado em outubro de 2019, com vencimento em agosto de 2023. Na época, o presidente da Casa apontou que a troca promoveria economia.

Em seguida, a frota da Alego teve ampliação com a compra de 75 sedãs e aditivo ao contrato das caminhonetes, para a aquisição de seis novos veículos deste tipo. Com a compra das SUVs, o objetivo da Alego é ceder o uso das caminhonetes a municípios para uso em áreas como Saúde e Educação. Como informado pelo Giro, a Secretaria de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO) manifestou pela possibilidade de a Casa firmar parcerias com as prefeituras.

A Alego cancelou o primeiro edital para a nova aquisição, publicado em 21 de janeiro, para a compra das SUVs, em decisão tomada após uma empresa apresentar questionamento ao processo. A interessada apontou possível desrespeito ao princípio da livre concorrência e suposto direcionamento para uma montadora específica.

O edital determinava que o Legislativo fosse o primeiro proprietário dos carros e a empresa apontou que a exigência definiria, implicitamente, que os veículos deveriam ser adquiridos por meio de fabricantes/montadoras, concessionária ou revendedor autorizado, o que impediria outras revendedoras de veículos. O novo edital mantém obrigatoriedade de os carros serem zero quilômetro, mas não é mais necessário se tratar do primeiro emplacamento.

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Mesa Diretora

Tomaram posse no sábado outros 10 integrantes de cargos diretivos na Alego. O número total de postos na Mesa Diretora subiu de 7 para 11, com ampliações a conta gotas desde 2019. A lista inclui o 1º vice-presidente, Issy Quinan (MDB), junto de Clécio Alves (Republicanos) e Bia de Lima (PT), nas 2ª e 3ª vices.

Julio Pina (Solidariedade) passa a ser o vice-presidente corregedor, com Lineu Olímpio no cargo de 2º vice-presidente corregedor. O primeiro-secretário é Coronel Adailton (Solidariedade), com Wilde Cambão (PSD), Amauri Ribeiro (UB), Cairo Salim (PSD) e Vivian Naves (Progressistas), nas 2ª, 3ª, 4ª e 5ª secretarias, respectivamente.

O plenário da Alego voltou a aprovar a chapa em 30 de outubro de 2024, depois de a escolha ter sido antecipada para 16 de maio de 2023. A repetição ocorre após o pleito anterior ter sido alvo de Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) proposta pela Procuradoria-Geral da República (PGR) junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O procurador-geral, Paulo Gonet, apontou descumprimento do regimento interno da própria Casa, além de desconformidade com a jurisprudência estabelecida pelo STF ao avaliar a antecipação de eleições para a direção de legislativos estaduais. À época, o PGR apontou “falta de razoabilidade da concentração das eleições para os cargos da mesa diretora no início do primeiro biênio” e que a “deliberação desatende o propósito de alternância do poder político”.

Na segunda deliberação, 40 dos 41 deputados votaram a favor da chapa liderada por Peixoto. Apenas Lucas Calil (MDB), em viagem, não registrou voto.

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Executivo

Além da posse da nova Mesa Diretora, o evento foi marcado por discurso em tom de balanço e despedida de Ronaldo Caiado (UB), ao participar da última solenidade do tipo ocupando o cargo de governador do estado. O momento foi definido por ele como “emblemático”.

Caiado apontou a busca pelo equilíbrio fiscal ao longo dos seis anos de governo e valorizou a ação conjunta com outros poderes e órgãos autônomos. “Isso mostra que nós estamos no caminho certo. Mostra que é um governo que está consolidado para deixar ao sucessor a continuidade das políticas e não um quadro de terra arrasada, como visto aqui”.

“Goiás hoje, ao invés se ser o estado que se comparava às situações mais caóticas de outros estados da federação, é o estado que ganhou o primeiro lugar me grau de liquidez no país”, disse Caiado.

O governador ainda rebateu críticas direcionadas por oposicionista desde o início da gestão: “Não sou autoritário. Sou responsável”, afirmou. Caiado ainda contrapôs, indiretamente, o apontamento de que não conseguiu fazer entregas de grandes obras pelo estado, depois de citar investimentos constantes em educação, saúde, segurança e programas sociais.

“Não foi um governo focado em um único ponto, em uma única ação. Foi um governo focado na amplitude do atendimento a 7 milhões de goianos, com a responsabilidade que nós temos que ter”, finalizou.

Presidente da Alego defende frota própria, sem citar SUVs

Política

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Matéria - Política

Compra de veículos

Liderança nacional

Antes mesmo da criação dos novos <a href="https://opopular.com.br/politica/deputados-estaduais-criam-mais-170-cargos-comissionados-1.3229677" target="_blank">170 cargos</a>, aprovada às escuras no início do mês, a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) já liderava o ranking de legislativos estaduais em números de comissionados de livre indicação política dos deputados. Levantamento do POPULAR com base em dados dos portais de transparência das assembleias mostra que os parlamentares goianos lideram nacionalmente, tanto em números absolutos quanto proporcionais.

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 85, 128); font-size: 12px; text-decoration-line: none; outline: 0px; outline-offset: -2px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a>

Até dezembro de 2024, a Casa mantinha 5.280 cargos, o que representa alta de 114% em comparação com o registrado há 10 anos, em dezembro de 2014, quando eram 2.465. O inchaço da estrutura foi ainda mais intenso na atual administração, com crescimento de quase 47% em menos de dois anos. O processo de expansão partiu de 3.711, no início da gestão do atual presidente Bruno Peixoto (UB), em 2023, para os atuais 5.450, após o novo acréscimo.

Com a nova soma, a Alego passa a ser o único legislativo estadual com relação entre comissionados e deputados estaduais acima de 100 servidores por parlamentar. A média de 132,9 fica bem acima dos próximos colocados, como as assembleias de Mato Grosso (97,8), Piauí (92,6) e Tocantins, que tem 84,9 indicados para cada deputado.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/deputados-estaduais-criam-mais-170-cargos-comissionados-1.3229677" style="font-size: 12px;" target="_blank">Deputados estaduais criam mais 170 cargos comissionados</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/deputados-estaduais-tiveram-r-422-4-milh-es-em-emendas-de-2024-pagas-1.3230087" style="font-size: 12px;" target="_blank">Deputados estaduais tiveram R$ 422,4 milhões em emendas de 2024 pagas</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/em-liquidac-o-comdata-chegou-a-ter-228-comissionados-em-2024-1.3230857" style="font-size: 12px;" target="_blank">Em liquidação, Comdata chegou a ter 228 comissionados em 2024</a></div>

Apesar da análise proporcional, o cálculo não reflete o efetivo número de <a href="https://opopular.com.br/opiniao/editorial/mais-comissionados-1.3230068" target="_blank">cargos destinados</a> a cada deputado, já que a distribuição depende de fatores políticos, além da ocupação de postos administrativos das casas.

Já em números absolutos, a assembleia goiana ultrapassa as quantidades de servidores mantidas pelos Legislativos dos estados brasileiros mais populosos, que contam com número muito maior de deputados estaduais. Em São Paulo, maior estado do país, a Alesp conta com 3.764 comissionados para atender aos 94 parlamentares. Segunda unidade da federação com maior número de parlamentares, Minas Gerais tem 2.395 cargos de confiança para os 77 deputados.

Segundo colocado no ranking de comissionados, o Rio de Janeiro registrou 4.928 servidores deste tipo em dezembro de 2024, distribuídos entre os 70 gabinetes estaduais e a gestão da Alerj.

Goiás também fica à frente de assembleias de estados com características semelhantes, como Santa Catarina, que tem 40 deputados estaduais e apenas 1.065 comissionados, ou o Pará, que mantém 2.965 servidores, com 41 parlamentares.

<div attr-cid="policy:1.3231333" attr-version="policy:1.3231333:1739583925" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3231333" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3231333', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3231333">Liderança nacional (1.3231333)</a></div>

O salto mais imediato no número de postos na Alego ocorreu no início da gestão de Bruno Peixoto, que baixou, entre as primeiras mudanças na resolução da Casa que trata de pessoal, a permissão para que os gabinetes dos deputados estaduais pudessem contratar até 95 comissionados. Antes o limite previsto era de 58. O valor da verba de contratação para cada parlamentar segue o mesmo, tendo como base o pagamento no Congresso Nacional.

Em maio de 2023, o atual presidente foi antecipadamente escolhido, por unanimidade, para um segundo mandato à frente da mesa diretora, que foi iniciado neste mês. As articulações daquela eleição do legislativo para se manter na presidência envolveram a aprovação de uma série de mudanças na estrutura administrativa.

Como informado pelo POPULAR à época, o acordão incluiu também cargos do primeiro escalão da Casa. O número de funções com status de diretoria mais que dobrou. O inchaço também estava ligado às movimentações de Bruno Peixoto na busca por candidatura à Prefeitura de Goiânia, com abrigos também a lideranças políticas e partidárias aliadas.

Na sequência, o número de cargos de direção na Casa voltou a subir. As diretorias foram de 15, em dezembro de 2022, para as atuais 30. Já as secretarias saíram de 16, em 2022, para 32, em fevereiro de 2023. Novos aumentos ocorreram ainda em abril de 2024, para 47, até as atuais 50 secretarias, definidas pelo mesmo projeto que criou os novos 170 comissionados, na semana passada.

Em resposta ao POPULAR, a assessoria de comunicação da Alego alegou que a alta quantidade de comissionados não representa gastos acima do limite previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), nem distantes da média de gastos de outras assembleias com pessoal.

“Esclarecemos que os investimentos em pessoal das assembleias legislativas são semelhantes no país. O que difere é a divisão dos recursos em um maior número de cargos no caso de Goiás, sem, contudo, comprometer a economicidade e a sustentabilidade fiscal”, informa a nota da Alego.

“O número de servidores da Assembleia Legislativa de Goiás atende o objetivo principal da Casa que é aproximar o poder legislativo da população, com deputadas e deputados ouvindo de perto as demandas de todas as regiões do Estado e nos 246 municípios goianos. A Assembleia Legislativa de Goiás reforça que seu índice com Despesas de Pessoal está em 1,31%, isto é, muito abaixo do limite prudencial”, completa.

A Casa ainda prevê para este ano novo concurso para provimento de cargos efetivos, que segue estagnado em 334, com novas 101 vagas. O último concurso foi realizado em 2018.

A Alego não respondeu diretamente se o novo certame poderá resultar em redução dos cargos comissionados.

A nota aponta apenas o “intuito de aproximar o parlamento do cidadão” e que “a Alego está sempre buscando os melhores capitais, seja do ponto de vista material, seja humano”. “Assim, é natural que ocorram ingressos e saídas de servidores”, afirmou a assessoria, ao reforçar que o Poder “cumpre toda a legislação aplicável”.

<h2>Histórico</h2>

Depois de mais do que dobrar o número de <a href="https://opopular.com.br/opiniao/editorial/mais-comissionados-1.3230068" target="_blank">cargos comissionados</a> entre os anos de 2006 e 2014, de 1.438 para 3.152, a Assembleia Legislativa de Goiás passou por seguidos processos de cortes nesse tipo de indicações. As principais reduções, à época, foram realizadas na gestão do ex-deputado Hélio de Sousa, que comandava a Casa durante processos de fiscalização do Ministério Público Estadual (MP-GO).

Os desgastes públicos do Legislativo se acumularam em dois processos. O primeiro se baseou nas constantes cobranças para adequação da proporção entre servidores efetivos e comissionados. O principal baque, no entanto, ocorreu com a deflagração da Operação Poltergeist, em agosto de 2014, que apontou a suspeitas de funcionários fantasmas na Casa, com comissionados que estavam nomeados e recebiam salário, mas não trabalhavam.

Atualmente, o número de cargos de indicação política é 16 vezes superior aos concursados na Alego. A proporção entre as duas formas de contratação era de, em média, seis vezes, durante o período de fiscalização do MP-GO até a realização do concurso para 80 vagas, em 2018.

<h3>Ex-prefeitos</h3>

Sobre os novos cargos criados em votação realizada em 4 de fevereiro, Bruno Peixoto admitiu ao POPULAR que os deputados estavam cobrando mais <a href="https://opopular.com.br/politica/deputados-estaduais-criam-mais-170-cargos-comissionados-1.3229677" target="_blank">vagas de comissionados</a> com interesse em abrigar ex-prefeitos ou ex-auxiliares de municípios do interior. Disse ainda que o aumento em cargos com salários menores ocorre pelo interesse de parlamentares em abrigar um maior número de aliados.

O presidente afirmou que o aumento no quantitativo não fará com que a Alego ultrapasse o limite de alerta de gastos com pessoal estabelecido pela LRF. Bruno Peixoto ainda disse que determinou a utilização de um sistema de ponto eletrônico por aplicativo, que deverá ser registrado por servidores dos gabinetes dos deputados.

Segundo ele, aqueles que trabalham fora da Alego terão de enviar registros de presença semanais, com reconhecimento facial, junto com relatório de produtividade. “Estamos atuando para não ter fantasma”, afirmou. Os cargos de assessores criados são da área administrativa da Casa, mas também podem ficar à disposição dos gabinetes, a pedido de deputados, de acordo com o presidente.

Alego lidera ranking de comissionados no Brasil

Legislativo

A Secretaria Estadual de Relações Institucionais (Serint) apresentou nesta terça-feira (11), na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), o sistema EmendasGo. O portal, desenvolvido e mantido pela pasta, em parceria com a Secretaria da Administração (Sead) e a Secretaria-Geral de Governo (SGG), detalha o fluxo de empenho e pagamento das emendas parlamentares&nbsp;destinadas aos municípios e entidades goianos.

Já no ar, o sistema apresenta os valores destinados e efetivamente entregues aos destinatários, com informações sobre todas as etapas, desde a indicação dos projetos até a liberação dos recursos. De acordo os dados do portal, os deputados estaduais tiveram R$ 460,6 milhões em emendas impositivas&nbsp;empenhadas em 2024, sendo que R$ 422,4 milhões foram pagas.

Cada parlamentar teve direito à indicação de R$ 11,6 milhões com execução obrigatória pelo Executivo, a partir da distribuição do índice de 1,2% sobre a receita corrente líquida do estado. Além de apresentar o EmendasGo, servidores do governo também orientaram parlamentares e assessores sobre a utilização do sistema, com capacitação para explorar a ferramenta.

O presidente da Casa, Bruno Peixoto (UB), não participou do evento e foi representado pelo deputado estadual Coronel Adailton (SD). Além dele, apenas o deputado delegado Eduardo Prado (PL) participou da reunião. A Alego volta a ter sessões ordinárias na terça-feira (18). “Visa trazer mais eficiência, agilidade e, principalmente, um caráter muito importante que nós estamos enfrentando em relação às emendas federais, que é mais transparência às emendas impositivas”, discursou Coronel Adailton.

De acordo com os dados já divulgados no sistema EmendasGo, os municípios com mais emendas estaduais pagas são Goiânia (R$ 32 milhões), Anápolis (R$ 21 milhões), Trindade (R$ 14 milhões), Aparecida de Goiânia (R$ 14 milhões), Valparaíso (R$ 11 milhões) e Luziânia (R$ 11 milhões). Dos valores, foram R$ 232,86 milhões empenhados na área da saúde, R$ 109,44 milhões na educação e outros R$ 113,67 milhões na administração estadual.

Neste ano de 2025, cada deputado busca a execução de quase R$ 13 milhões destinados na Lei Orçamentária Anual (LOA). “As nossas assessorias precisam aproveitar muito esses ensinamentos, porque, infelizmente, nós não temos todos os deputados presentes e, certamente, em momento propício, o presidente Bruno haverá de reunir os deputados para uma informação mais direcionada aos próprios deputados”, afirmou Adailton.

O deputado ainda apontou que os dados poderão fazer um “filtro” sobre as entidades que atualmente são beneficiadas pelas indicações. “Tenho plena convicção de que, além de trazer agilidade e transparência, esse programa vai visar também fazer um filtro desses órgãos ou entidades que possam receber as emendas. Um pensamento adiante seria um cadastro de órgãos que têm a capacidade de receber, executar e prestar contas dessas emendas”, afirmou.

“A gente trata com o orçamento impositivo no Brasil há no máximo 10 anos e todos sabemos que ainda é carente de regulamentação jurídica. Então, nós dependemos muito de parcerias e do empenho de cada servidor de cada área jurídico para criar esse arcabouço que é vanguardista no estado de Goiás”, defendeu o Subsecretário de articulação e gestão da Serint, Antônio Carneiro.

“Que a gente possa, com esses sistema, trazer ainda mais transparência e modernidade para que Goiás consiga ser referência no trato do orçamento impositivo”, completou o subsecretário da Serint.

Deputados estaduais tiveram R$ 422,4 milhões em emendas de 2024 pagas

Assembleia Legislativa

A&nbsp;Assembleia Legislativa de Goiás decidiu criar mais 170 cargos comissionados para indicações de deputados. O objetivo é abrigar ex-prefeitos e ex-auxiliares de municípios do interior. A contratação vai custar a bagatela de R$ 15 milhões por ano.

O relatório para a abertura das vagas foi apresentado pelo deputado Amauri Ribeiro (UB) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), passou pelo colegiado e foi aprovado em duas votações no plenário em 20 minutos.

A emenda só foi publicada no Portal da Transparência seis dias mais tarde, e somente após questionamento do&nbsp;POPULAR. É um claro desrespeito ao princípio da publicidade dos atos dos agentes públicos.

A Assembleia Legislativa custa mais de R$ 19 milhões por mês — valor do duodécimo referente a janeiro. Nos últimos anos, tem sido pródiga na contratação de servidores sem concurso e na concessão de benesses aos parlamentares, como a instituição de verbas e a aquisição de veículos de luxo, cuja licitação está em andamento.

Atualmente, são 5.280 comissionados em serviços da própria casa ou à disposição dos 41 deputados estaduais.

É uma população maior que a de cerca de 120 municípios goianos, um excesso sob qualquer perspectiva.

Mais comissionados

Editorial

Matéria - Opinião - Editorial

Cargos criados pela Alego

Com sucessivos recordes no número de servidores nos últimos dois anos, a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) criou na semana passada mais 170 cargos comissionados para&nbsp;indicações dos deputados, com impacto anual de cerca de R$ 15 milhões. O aumento foi incluído por emenda em projeto de resolução que tratava apenas de servidores efetivos e não teve divulgação por parte da Alego.

A emenda só foi disponibilizada no Portal de Transparência da Casa na tarde desta segunda-feira (10), após questionamentos do&nbsp;POPULAR&nbsp;e seis dias depois da aprovação do projeto em plenário. Os salários para as novas vagas variam de R$ 2,4 mil a R$ 14 mil.

A alteração no projeto não traz impacto na folha do Legislativo. A emenda, apresentada pelo deputado Amauri Ribeiro (UB), 2º secretário da Mesa Diretora, diz apenas que ficam extintos 60 cargos de policial legislativo temporário e que “a economia decorrente da medida será utilizada para compensar financeiramente a criação dos cargos de provimento em comissão”, sem apontar qualquer valor. O projeto original já criava 30 vagas de policial legislativo com vínculo efetivo.

Segundo os dados atualizados no Portal, o relatório de Amauri foi apresentado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e aprovado no colegiado, além de duas vezes em plenário, em um intervalo de menos de 20 minutos. Tudo ocorreu no mesmo dia (4 de fevereiro) da apresentação da matéria original, de autoria do presidente da Casa, Bruno Peixoto (UB).

A folha de dezembro da Alego, disponível no Portal da Transparência, indica 5.280 comissionados e apenas 334 efetivos. Os servidores sem vínculo representam, portanto, 15 vezes o número de concursados. Na chegada do deputado Bruno Peixoto (UB) na presidência da Casa, no início de 2023, eram 3.711 comissionados e 342 efetivos.

<div attr-cid="policy:1.3229679" attr-version="policy:1.3229679:1739240525" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3229679" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3229679', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3229679">Cargos criados pela Alego (1.3229679)</a></div>

Sobre os novos cargos, Bruno alega que os deputados estavam cobrando mais vagas de comissionados com interesse em abrigar ex-prefeitos ou ex-auxiliares de municípios do interior. Diz ainda que aumento em cargos com salários menores ocorre pelo interesse de parlamentares em abrigar um maior número de aliados.

O presidente afirma que o aumento no quantitativo não fará com que a Alego ultrapasse o limite de alerta de gastos com pessoal estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Sobre a ausência da emenda ao projeto de Resolução no Portal da Transparência, Bruno Peixoto disse que sua determinação é de que todas as matérias sejam disponibilizadas na íntegra, mas que houve a saída de servidores na área de transparência, o que provocou atrasos na atualização.

No entanto, o portal trazia dados sobre as duas votações em plenário, que ocorreram depois do relatório de Amauri passar pela CCJ, o que indica que houve atualização parcial do processo de tramitação.

O presidente disse nesta segunda que determinou a utilização de um sistema de ponto eletrônico por aplicativo, que deverá ser registrado por servidores dos gabinetes dos deputados. Segundo ele, aqueles que trabalham fora da Alego terão de enviar registros de presença semanais, com reconhecimento facial, junto com relatório de produtividade. “Estamos atuando para não ter fantasma”, afirmou.

Os cargos de assessores criados na semana passada são da área administrativa da Casa, mas também podem ficar à disposição dos gabinetes, a pedido de deputados, de acordo com o presidente.

O POPULAR&nbsp;calculou o impacto com base nos salários informados na folha, conforme código de cada cargo. Os valores incluem R$ 1 mil de auxílio-alimentação a todos os servidores.

A reportagem não conseguiu contato com Amauri Ribeiro até o fechamento.

Efetivos

O projeto de resolução original alterava apenas categorias de cargos efetivos, criando 47&nbsp;

vagas de analista legislativo e 9 de assistente legislativo, além dos 30 de policial, e excluindo outras 16 vagas de analista, 54 de assistente e 7 de agente legislativo. O texto original afirmava que a economia com a extinção compensaria o impacto orçamentário-financeiro decorrente da criação, mas trazia também uma planilha com o detalhamento dos custos.

Na justificativa das mudanças de efetivos, Bruno afirmava no texto que se trata de “passo fundamental para o fortalecimento da estrutura administrativa e operacional desta Casa Legislativa”. “De fato, busca-se suprir demandas crescentes e especializadas, garantindo mais eficiência e qualidade nos serviços prestados à sociedade”, completa.

O texto também cita a necessidade de “adequada estruturação” por conta do concurso público para 101 vagas, anunciado desde o ano passado e com previsão de edital para os próximos meses.

Além dos cargos comissionados&nbsp;da administração, a direção da Alego também promoveu sucessivos aumentos no número de cargos de chefia.&nbsp;No dia 17, o&nbsp;POPULAR&nbsp;mostrou a criação de Secretaria de Regularização Fundiária e Assessoria Adjunta de Cadastro de Convênios. Ao total, são 48 secretarias, sendo 32 criadas na gestão de Bruno, 23 diretorias e 6 diretorias adjuntas.

Deputados estaduais criam mais 170 cargos comissionados

O Popular