A presidente da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego), Patrícia Carrijo, tomou posse na quarta-feira (17) como titular da Coordenadoria da Justiça Estadual da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). A solenidade foi realizada na sede do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília (DF), onde também foi empossada a nova diretoria da entidade nacional do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

Ao assumir a nova função, Patrícia destacou o caráter coletivo de sua trajetória na magistratura associativa e reforçou o compromisso com a valorização da classe.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/juiza-nathalia-bueno-arantes-e-a-nova-presidente-da-associac-o-dos-magistrados-do-estado-de-goias-1.3339595" target="_self">Juíza Nathália Bueno Arantes é a nova presidente da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-escolhe-laura-bueno-para-cargo-de-desembargadora-1.3352031" target="_self">Caiado escolhe Laura Bueno para cargo de desembargadora</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/tj-agiliza-e-amplia-rigor-para-o-recebimento-de-recursos-1.3351929" target="_self">TJ agiliza e amplia rigor para o recebimento de recursos</a></div>

<cite>Com profundo sentimento de honra e responsabilidade afirmo que esta nova missão é o resultado de um caminho construído coletivamente, ao longo do qual tive a oportunidade de dialogar com tribunais, associações estaduais e magistrados de todo o país, sempre com o compromisso de fortalecer a independência funcional, a valorização profissional e a unidade da magistratura”, afirmou.</cite>

A cerimônia contou com a presença de autoridades de destaque do Judiciário e do Executivo, entre elas o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Edson Fachin; o presidente do STJ, ministro Herman Benjamin; o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski; e o presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), desembargador Leandro Crispim, além de presidentes de associações estaduais de magistrados e representantes dos Poderes Judiciário e Legislativo.

<h2>Atuação nacional</h2>

Com cerca de 14 mil associados em todo o país, a AMB desempenha papel central na representação da magistratura brasileira. À frente da Coordenadoria da Justiça Estadual, Patrícia Carrijo terá atuação em âmbito nacional, sendo responsável por articulações institucionais, defesa dos interesses da magistratura estadual e pela busca de soluções para os desafios enfrentados por juízes e desembargadores dos estados.

<cite>Assumo agora a Coordenadoria da Justiça Estadual com a mesma dedicação, ética e visão estratégica que sempre me guiaram. Seguirei trabalhando incansavelmente para que a voz dos juízes e desembargadores seja ouvida com força e respeito nos mais altos níveis da representação nacional”, ressaltou.</cite>

Patrícia Carrijo encerra, no final de janeiro de 2026, seu terceiro mandato consecutivo como presidente da Asmego.

Presidente da Asmego toma posse na Coordenadoria da Justiça Estadual da AMB

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Nova Liderança

WEBSTORIES STJ VALÉRIO LUIZ

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a multa aplicada a dois <a href="https://opopular.com.br/cidades/julgamento-do-caso-valerio-luiz-e-novamente-adiado-apos-defesa-abandonar-o-plenario-1.2448156" target="_self">advogados que abandonaram, sem justificativa plausível, o plenário do Tribunal do Júri durante o julgamento de Maurício Borges Sampaio,</a> acusado de mandar matar o radialista Valério Luiz, em 2012. A decisão foi tomada após recurso do Ministério Público de Goiás (MP-GO), que contestou entendimento anterior favorável aos defensores.&nbsp;

A ministra Maria Marluce Caldas acolheu os argumentos do MP-GO e restabeleceu a multa aos advogados. Na decisão, a relatora registrou que o abandono do plenário foi motivado por inconformismo com decisões desfavoráveis, não havendo justificativa plausível para a conduta.&nbsp;

<cite>A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é firme no sentido de que o abandono do plenário do Tribunal do Júri configura conduta passível de aplicação da multa prevista no art. 265 do Código de Processo Penal (CPP). Ademais, respeitados os argumentos da sábia decisão agravada, tem-se como descabida a aplicação retroativa da Lei n. 14.752/2023, porquanto trata-se de lei processual, que não pode ser aplicada para desconstituir ato processual realizado antes de sua vigência, como ocorreu no presente caso, em que a sanção de multa ocorreu em momento anterior”, afirma a decisão.&nbsp;</cite>

Na época, os advogados justificaram a saída dizendo que o juiz não era imparcial. O <a href="https://opopular.com.br/cidades/tribunal-forma-maioria-por-multa-a-advogados-de-mauricio-sampaio-1.2504155" target="_self">juiz aplicou multa de 100 salários-mínimos a cada um dos componentes da defesa,</a> com base no artigo 265 do CPP, que previa sanção para o abandono injustificado do processo.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/viuva-de-valerio-luiz-recebera-indenizac-o-e-pens-o-por-morte-1.3167961" target="_self">Viúva de Valério Luiz receberá indenização e pensão por morte</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/tj-nega-ultimo-recurso-da-justica-estadual-dos-condenados-pela-morte-de-valerio-luiz-1.3233690" target="_self">TJ nega último recurso da Justiça estadual dos condenados pela morte de Valério Luiz</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/justica-manda-prender-ultimos-dois-livres-pela-morte-de-valerio-luiz-1.3196937" target="_self">Justiça manda prender últimos dois livres pela morte de Valério Luiz</a></div>

A&nbsp;Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) secção Goiás&nbsp;impetrou mandado de segurança para anular a penalidade, mas o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) manteve a multa. Porém, uma decisão monocrática do STJ chegou a afastar a multa, entendendo que a lei 14.752/2023, que revogou a sanção, deveria retroagir.&nbsp;

O MP-GO recorreu, argumentando que o abandono foi arbitrário e injustificado; a multa era legal à época dos fatos. A ministra relatora acolheu integralmente os argumentos do MP-GO e restabeleceu a multa aos advogados.&nbsp;

Ao POPULAR, a OAB Goiás disse em nota que o exercício da advocacia exige independência técnica e liberdade para atuação plena, especialmente no Tribunal do Júri. A entidade afirmou ainda que nenhuma sanção processual pode ser utilizada como forma de intimidação ou cerceamento da defesa, permanecendo vigilante e firme na proteção da classe, como determina sua missão institucional (leia a nota na íntegra abaixo).&nbsp;

Nota OAB Goiás&nbsp;

"A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) destaca que o exercício da advocacia exige independência técnica e liberdade para atuação plena, especialmente no Tribunal do Júri, ambiente que demanda respeito integral às garantias processuais e às prerrogativas profissionais previstas na legislação e no Estatuto da Advocacia.&nbsp;

Diante da imposição da multa, a OAB-GO impetrou com mandado de segurança visando resguardar as prerrogativas dos profissionais atingidos.&nbsp;

Embora o Superior Tribunal de Justiça (STJ), ao julgar agravo regimental interposto pelo Ministério Público, tenha reformado a decisão inicialmente favorável aos advogados, a OAB-GO reafirma que continuará atuando em todas as instâncias e utilizando todos os instrumentos jurídicos legítimos para assegurar a dignidade do exercício da advocacia e a observância do devido processo legal. No momento essa seccional já manejou recurso para prequestionar a matéria para posterior recurso ao Supremo Tribunal Federal.&nbsp;

A Ordem reforça, ainda, que nenhuma sanção processual pode ser utilizada como forma de intimidação ou cerceamento da defesa, permanecendo vigilante e firme na proteção da classe, como determina sua missão institucional."&nbsp;

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<div attr-cid="policy:1.3347918" attr-version="policy:1.3347918:1765371716" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3347918" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3347918', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3347918">WEBSTORIES STJ VALÉRIO LUIZ (1.3347918)</a></div>

Caso Valério Luiz: STJ mantém multa a advogados que abandonaram júri

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Matéria - Cidades

JUSTIÇA

O ministro Joel Ilan Paciornik, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), confirmou decisão do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) e reconheceu a validade da prorrogação, por 365 dias, do monitoramento por áudio e vídeo implementado no presídio de segurança máxima de Planaltina de Goiás.

A medida inclui a gravação das conversas não só de visitantes, mas também de advogados com clientes, motivando a Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás (OAB-GO) a mover tanto o mandado de segurança que foi rejeitado pelo TJGO quanto o recurso levado ao STJ. 

Paciornik acolheu argumentos da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e considerou que a medida é necessária, proporcional e adequada para impedir práticas criminosas dentro e fora da unidade. A OAB-GO sustenta, por sua vez, que a prática ofende a Constituição Federal ao violar garantias da advocacia e direitos fundamentais como a presunção de inocência, à ampla defesa, ao silêncio e o de não se autoincriminar.

&nbsp;

Alcance

O modelo de monitoramento foi implementado no presídio de Planaltina e, em 2022, chegou à Unidade Especial Núcleo de Custódia.

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Interesse

O governador Ronaldo Caiado (UB) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que Goiás ingresse como amicus curiae em ação direta de inconstitucionalidade movida pelo Conselho Federal da OAB para questionar dispositivos da Lei de Execução Penal que permitem as gravações mediante autorização judicial específica.

&nbsp;

Público

O núcleo político do Palácio das Esmeraldas optou por não reagir à entrevista concedida por Ana Paula Rezende (MDB) ao POPULAR.

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Privado

O vice-governador Daniel Vilela (MDB) sinalizou internamente que pretende procurar a filha do ex-governador para uma conversa particular.

<img attr-cid="policy:1.3343460" attr-version="policy:1.3343460:1764376288" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3343460/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Zona urbana - Área que ainda serve de pastagem no Conjunto Vera Cruz,&nbsp;em&nbsp;Goiânia. (Diomício Gomes / O Popular)

&nbsp;

Chega pra lá

O líder do Governo na Assembleia Legislativa, Talles Barreto (UB), compartilhava mesa com o secretário-geral da Governadoria, Adriano da Rocha Lima, quando resolveu elogiá-lo e, ao mesmo tempo, explicar o motivo de seu apoio ao nome de José Mário Schreiner para a vice de Daniel. Sofia Rocha Lima, que é casada com o auxiliar e primo de Caiado, não reagiu bem.

&nbsp;

Afago

O episódio ocorreu no jantar de confraternização de procuradores da Alego, realizado em um dos restaurantes mais conceituados de Goiânia. Em seu discurso, pouco tempo depois, o presidente da Alego, Bruno Peixoto (UB), defendeu que Adriano da Rocha Lima é um bom nome para acompanhar Daniel nas eleições do ano que vem.

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Parecer

O MP de Contas junto ao TCU concluiu que sete ex-secretários de Habitação de Goiânia não tiveram responsabilidade por supostas falhas na regularização fundiária entre 2005 e 2021. O período abrange gestões de figuras como o agora vereador Denício Trindade (UB) e o ex-senador Mauro Miranda (MDB).

&nbsp;

Pergunta para:

<img attr-cid="policy:1.3343459" attr-version="policy:1.3343459:1764376280" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3343459/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
&nbsp;

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Igor Franco

Vereador pelo MDB

LDO e LOA tramitam ao mesmo tempo, e com atraso, na Câmara de Goiânia. Acha viável &nbsp;aprovar os dois textos &nbsp;ainda neste ano? 

A viabilidade depende de uma questão de tempo. O correto é realizar as votações, mas não dá para mandar em cima da hora e exigir agilidade da Câmara. Tem que ter uma análise minuciosa, detida e detalhada. Estamos falando do orçamento de uma capital do país. Não dá para fazer isso a toque de caixa. 

Arremate:

Pacote - Goiânia sediará, a partir de terça-feira (2), o 70º Fórum Nacional do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa. A anfitriã Fapeg aproveitará a ocasião para apresentar 21 novos editais.

Divisão -&nbsp;Serão 14 editais lançados diretamente no Fórum e outros 7 anunciados, com previsão de publicação entre dezembro de 2025 e fevereiro de 2026.&nbsp;Com os lançamentos, o número de editais da Fapeg em 2025 sobe para 46.

No interior -&nbsp;Cartórios goianos promovem neste sábado (29) ação gratuita da Jornada Notarial 2025 em Goianápolis. Serão oferecidas orientações jurídicas sobre autocuratela, escrituras declaratórias e planejamento sucessório.

STJ reconhece legalidade de monitoramento de visitas de advogados a presídio

Opinião

Matéria - Coluna Giro

Giro

Após 27 dias de suspensão liminar do contrato da Prefeitura de Goiânia com o Serviço Social da Indústria (Sesi) para realização de perícias médicas de servidores municipais, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou, na segunda-feira (15), a retomada dos atendimentos. A decisão foi assinada pelo presidente da Corte, ministro Herman Benjamin.

Segundo a Secretaria Municipal de Administração (Semad), os atendimentos das perícias devem ser retomados na próxima segunda-feira (22). A decisão do STJ acatou o pedido da Procuradoria-Geral do Município (PGM), suspendendo os efeitos da liminar que havia paralisado a execução do contrato administrativo. Com a retomada do contrato, assegura-se a análise célere e regular dos atestados médicos, essenciais para que os servidores recebam exames, tratamentos ou afastamentos legais e para que a administração organize equipes, planeje substituições e mantenha a continuidade de serviços à população.

Embora o documento com o pedido de contracautela que determinou a suspensão da liminar tenha sido proferido parcialmente na segunda-feira (15) por Herman, a PGM só teve ciência da decisão na quarta-feira (17). A solicitação da procuradoria ao STJ foi baseada nos riscos da interrupção do contrato e na necessidade de manter a continuidade dos serviços. Conforme o prefeito Sandro Mabel (UB), entre os meses de abril e julho deste ano, o trabalho da entidade Sesi evitou a concessão indevida de mais de 77 mil dias de licença, gerando economia superior a R$ 16 milhões aos cofres públicos.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/justica-suspende-contrato-da-prefeitura-com-sesi-para-pericias-medicas-1.3302474" target="_self">Justiça suspende contrato da Prefeitura com Sesi para perícias médicas</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/alvo-de-ac-o-na-justica-pericia-do-sesi-indefere-10-vezes-mais-atestados-de-servidores-municipais-1.3285283" target="_self">Alvo de ação na Justiça, perícia do Sesi indefere 10 vezes mais atestados de servidores municipais</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/sesi-diz-que-pericias-medicas-de-servidores-municipais-seguem-protocolos-1.3280721" target="_self">Sesi diz que perícias médicas de servidores municipais seguem protocolos</a></div>

O STJ reconheceu que a suspensão dos serviços periciais representava grave risco à ordem administrativa e às finanças públicas, devido ao elevado volume de demandas e à impossibilidade de absorção dessas funções pela estrutura interna do município. Em nota, o Sesi informou que, no período anterior à suspensão do contrato, entre abril e agosto, cerca de 7.951 perícias já haviam sido realizadas pelo serviço social.

O contrato entre o Paço e o Sesi foi assinado por Mabel em 1º de abril deste ano, sem processo de licitação, custou cerca de R$ 9 milhões e tem duração de um ano. A justificativa da Prefeitura de que, embora existisse uma junta médica municipal, no formato anterior não era possível atender à demanda da administração.

Vale lembrar que a decisão de suspensão do contrato foi assinada em 20 de agosto deste ano, atendendo a recurso interposto pelo deputado estadual Mauro Rubens (PT) por meio de ação popular que cobrava a suspensão do acordo firmado em abril. Assinada pelo desembargador Itamar de Lima, a decisão derrubou outra, proferida por magistrado de primeiro grau, e suspendeu o contrato até definição definitiva sobre a ação. Ao acatar o recurso do deputado, o desembargador argumentou que a contratação direta não se enquadrava no fundamento legal utilizado para sua justificativa, com base na Lei de Licitações.

Além disso, destacou que o serviço de perícia médica “trata-se de atividade típica de Estado, com evidente impacto sobre a esfera jurídica dos servidores públicos, razão pela qual sua delegação a entidade privada sem respaldo normativo expresso configura possível violação aos princípios da legalidade e da supremacia do interesse público”.

Conforme matéria publicada pelo POPULAR em 6 de julho, desde o início do acordo Paço Municipal – Sesi, dificuldades e críticas já vinham sendo apresentadas. Até o final de junho, a entidade recebeu 4.166 processos e indeferiu 417, o que representava 10,01% do total. Neste mesmo período, a Junta Médica Municipal, que realizava o serviço sozinha até então, recebeu 7.076 atestados para avaliação e apenas 1,05% foram negados. Ou seja, a entidade ligada ao Sistema S indeferiu dez vezes mais atestados apresentados pelos servidores do que a equipe formada pelos funcionários do Paço Municipal. Os servidores municipais vinham criticando a atuação da entidade, tanto pelo número de recusas quanto pelo tratamento dispensado a eles.

Já em outra matéria publicada pelo POPULAR, no dia 23 de junho, as perícias voltaram a ser alvo de queixas dos servidores e de entidades sindicais, que procuraram o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) para denunciar a situação, considerada prejudicial aos seus filiados. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde-GO) e articuladora do Fórum Sindical de Goiânia, Néia Vieira, afirmou que, em conversas com servidores, percebeu que grande parte dos atestados avaliados pela perícia do Sesi teve a duração reduzida pela metade.

(Laysa Milograma é estagiária pelo grupo GJC em convênio com a UniAlfa)

<a href="http://opopular.com.br/canal" target="_blank"><span style="color: rgb(41, 42, 46); font-family: &quot;Atlassian Sans&quot;, ui-sans-serif, -apple-system, BlinkMacSystemFont, &quot;Segoe UI&quot;, Ubuntu, &quot;Helvetica Neue&quot;, sans-serif; font-size: 14px; letter-spacing: -0.07px; white-space-collapse: preserve;">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

&nbsp;

Sesi retoma perícias médicas após vitória da Prefeitura de Goiânia no STJ

Gestão municipal

A&nbsp;cessão de carros da montadora chinesa BYD a órgãos públicos&nbsp;como a Presidência da República, o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ)&nbsp;se deu por meio de contratos de comodato regulares e públicos. O comodato prevê o empréstimo dos veículos para uso das instituições com data definida para devolução, e é previsto legalmente no&nbsp;Artigo 579 do Código Civil.

<a href="https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9rbSgCHDyl4gQj7A1C" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; outline: 0px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal do O POPULAR no WhatsApp</a>

Ou seja,&nbsp;os carros não foram um presente, como sugere uma&nbsp;postagem no X&nbsp;investigada pelo Comprova, mas um empréstimo por meio de um instrumento jurídico válido.&nbsp;Para o Estadão Verifica, o advogado e especialista em direito público Marcos Jorge explicou que a medida respeita os princípios de economicidade e eficiência que orientam a administração pública.

Os contratos com os órgãos são os que seguem abaixo:

<ul>
	<li>Presidência da República –&nbsp;Contrato de Comodato n° 01/2024&nbsp;/&nbsp;1º aditivo&nbsp;/&nbsp;2º aditivo&nbsp;– A acordo prevê a cessão de dois carros no modelo TAN e Dolphin Plus até 23/01/2026.</li>
	<li>Tribunal de Contas da União –&nbsp;Termo de comodato nº 001/2024&nbsp;–&nbsp;1º aditivo&nbsp;– Nove carros modelo Seal até 31/08/2026.</li>
	<li>Superior Tribunal de Justiça –&nbsp;Contrato de comodato nº 02/2024&nbsp;–&nbsp;20 veículos modelo Seal&nbsp;até 26/11/2026.</li>
</ul>

Diante da cessão dos carros, a postagem que viralizou no X vinculou o ato a supostos benefícios concedidos à empresa, sugerindo corrupção. A postagem faz uma série de ilações, sem apresentar provas, e divulga informações equivocadas.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/comprova/video-engana-ao-utilizar-ia-para-simular-janja-ostentando-compras-com-dinheiro-publico-1.3284188" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px;" target="_self">Vídeo engana ao utilizar IA para simular Janja ostentando compras com dinheiro público</a> 
<a href="https://opopular.com.br/comprova/banco-do-brasil-responde-a-processo-de-direito-do-consumidor-n-o-fraude-1.3274102" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px;" target="_self">Banco do Brasil responde a processo de direito do consumidor, não fraude</a> 
<a href="https://opopular.com.br/comprova/videos-com-ia-tentam-convencer-sobre-falsas-paralisac-es-de-caminhoneiros-1.3276391" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px;" target="_self">Vídeos com IA tentam convencer sobre falsas paralisações de caminhoneiros</a></div>

Em um trecho, diz que houve a cessão de dois veículos à primeira-dama Janja, o que não é verdade. Como mostra o contrato acima, o empréstimo é para a Presidência da República. Ao Comprova, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) confirmou a informação. Segundo o órgão, os carros são para uso da Presidência da República e o contrato é público. A Secom acrescenta que “repudia a divulgação de boatos falsos com objetivos políticos”.

O mesmo trecho vincula a informação equivocada à extensão do regime especial para instalação de fábricas de automóveis no Nordeste até 2032. A&nbsp;prorrogação dos incentivos tributários se deu em dezembro de 2023, durante a tramitação da reforma tributária no Congresso Nacional. A medida foi implementada em votações por parlamentares da Câmara e do Senado (CNN Brasil,&nbsp;Agência Brasil,&nbsp;Poder360). Ela é anterior aos contratos de comodato de cessão dos carros aos órgãos públicos,&nbsp;firmados a partir de janeiro de 2024.

A postagem ainda cita que outro dos supostos benefícios à BYD seria a “entrega” do terreno em Camaçari, na Bahia, pelo governo estadual, para que a empresa construa sua unidade industrial. Mas o terreno foi comprado pela BYD do Governo da Bahia, como mostram&nbsp;Valor,&nbsp;A Tarde,&nbsp;Poder360,&nbsp;Diário do Comércio,&nbsp;Autodata&nbsp;e&nbsp;Autos&amp;Motos.

Outro suposto benefício à BYD seria, segundo postagem, a “vista grossa” feita por órgãos públicos diante do caso de trabalhadores submetidos a condições análogas à escravidão nas instalações da BYD na Bahia. No entanto,&nbsp;foi a Fiscalização do Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho na Bahia (SRTE/BA), vinculada ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que&nbsp;constatou as irregularidades e lavrou mais de 60 autos de infração contra a BYD.

<h2>Quem criou o conteúdo investigado pelo Comprova</h2>

O Comprova fez contato com o responsável pela postagem, mas não obteve retorno. No seu perfil no X, onde a postagem viralizou, ele se descreve, em inglês, como empreendedor e conservador. E acrescenta: “Lutando por um mundo melhor… através do trabalho, fé e ação sempre que necessário”.

Ele compartilha posts de perfis e veículos hiperpartidários de direita. Postagens compartilhadas com frequência são do perfil do cantor Roger Rocha Moreira, que já foi desmentido diversas vezes pelo Comprova (aqui,&nbsp;aqui&nbsp;e&nbsp;aqui).

A postagem verificada nesta checagem teve, até o dia 4 de julho, mais de 118 mil visualizações e mil compartilhamentos.

<h3>Por que as pessoas podem ter acreditado</h3>

Por citar alguns fatos verdadeiros, como a cessão de carros da BYD a autoridades públicas, instalação da montadora chinesa em Camaçari e a extensão de benefícios tributários a montadoras no Nordeste até 2032, a postagem pode levar internautas a acreditar nas relações que traça. No entanto, as afirmações são equivocadas e não há provas das associações feitas na tentativa de evidenciar corrupção.

Ao se deparar com notícias amplamente divulgadas pelos principais veículos nacionais, a exemplo da cessão de veículos e da produção em Camaçari, o internauta pode ser convencido de que todo o conteúdo é verdadeiro.

Fontes que consultamos: O Comprova consultou matérias publicadas na imprensa e em sites oficiais do governo federal e do Congresso Nacional. Além da Secom, o Ministério do Trabalho e Emprego e o Governo da Bahia e o responsável pela postagem foram procurados, mas não responderam até o fechamento deste texto.

Por que o Comprova investigou essa publicação: O Comprova monitora conteúdos suspeitos publicados em redes sociais e aplicativos de mensagem sobre políticas públicas, saúde, mudanças climáticas, eleições e golpes virtuais e abre investigações para aquelas publicações que obtiveram maior alcance e engajamento. Você também pode sugerir verificações pelo&nbsp;WhatsApp +55 11 97045-4984.

Outras checagens sobre o tema: O Estadão Verifica (1,&nbsp;2), a Agência Lupa (1,&nbsp;2) e o&nbsp;UOL Confere&nbsp;já desmentiram irregularidades no empréstimo de carros da BYD a órgão públicos. Recentemente, o Comprova mostrou que&nbsp;regras para motoristas de aplicativo e entregadores seguem inalteradas&nbsp;e que vídeo engana ao utilizar IA para simular Janja ostentando compras com dinheiro público.

Notas da comunidade: Até a publicação deste texto, não havia notas da comunidade na postagem no X.

Carros da BYD foram cedidos a órgãos públicos dentro da lei, não em troca de benefícios

Matéria - genérica

Comprova 

O Popular