Caminhando para a reta final dos trabalhos da Comissão Especial de Inquérito (CEI) do Limpa Gyn, da Câmara Municipal de Goiânia, em que a previsão é a de convocar os considerados “nomes centrais” ligados à Prefeitura e à empresa de limpeza urbana para as últimas oitivas, o presidente do colegiado, vereador Welton Lemos (SD), modulou o discurso e passou a defender, nesta terça-feira (18), que “não vê necessidade” de depoimento o ex-secretário de Infraestrutura Denes Pereira, nome apontado por integrantes do colegiado ao longo das últimas reuniões por ter sido responsável pela assinatura do contrato com o consórcio, em março de 2024.

“Até o presente momento, eu não tenho visto, no colegiado, a necessidade de ouvi-lo. Tudo que nós já ouvimos aqui já tem embasamento técnico para fazer um relatório de acordo com aquilo que a gente acredita que precisa. Mas se houver daqui para frente mais essa necessidade, nós o convocaremos. Estamos subindo a pirâmide, vindo lá da base”, disse Lemos em entrevista coletiva nesta terça-feira (18).

Questionado sobre o motivo de não considerar necessária a oitiva de Denes, Lemos afirmou que a CEI está “investigando o contrato e sua confecção”. “Nós só estamos debruçando nessa confecção do contrato para deixar tudo muito claro. O objetivo dessa CEI é investigar a má prestação de serviço do Limpa Gyn com o município de Goiânia, e nada tem a ver atualmente com o secretário Denes Pereira. O secretário a ser convocado não seria o Denes, seria o atual secretário de Infraestrutura do município, porque a gestão atual é que está fazendo a gestão do contrato”, disse.

As declarações do presidente da CEI vão na contramão do que ele próprio dizia em entrevistas coletivas nas primeiras reuniões do colegiado. Em 23 de setembro, Lemos afirmou aos jornalistas que “qualquer pessoa que tiver ligação direta com o contrato em vigência, nós vamos convocar, independente de quem seja o nome da gestão passada, da gestão atual”.

Nesta terça, os vereadores ouviram a engenheira civil Aline Cantuária, ex-superintendente de Obras e Serviços de Infraestrutura Urbana da Prefeitura de Goiânia. Ela foi responsável pela elaboração dos projetos-base da licitação do contrato com o Limpa Gyn. As perguntas, novamente, giraram em torno do não fornecimento de balanças pela Seinfra para a aferição do peso dos materiais recicláveis; o método de pesagem; e detalhes sobre a elaboração e assinatura dos projetos-base.

As respostas de Aline, no entanto, não trouxeram muitos avanços, segundo os vereadores, por sinalizarem que ela “não tinha conhecimento” de detalhes da execução do contrato e também por não estar a par de pontos técnicos envolvendo a elaboração dos estudos preliminares.

Na oitiva, a vice-presidente da CEI, Aava Santiago (PSDB), chegou a dizer, diante das respostas da ex-servidora, que o colegiado “não se furtaria” de convocar Denes para prestar depoimento, dado o afunilamento das investigações da comissão.

Para Aava, a oitiva de Aline corroborou para o entendimento de que “há indícios sérios de desleixo com o dinheiro público”. “Se a gente juntar o depoimento da senhora Aline com o depoimento da senhora Flávia, que esteve aqui há cerca de duas semanas, a gente chega a conclusão de que as peças-chave que assinaram todo esse processo, responsáveis por esse contrato, desse tamanho, assinam as coisas sem ler, assinam as coisas sem conhecer. A superintendente que assinou todos os estudos básicos afirmando hoje que desconhece os principais objetos dos estudos básicos”, disse.

Já Lemos afirmou ter considerado que a depoente estava “visivelmente descontrolada por estar nervosa e por estar diante de uma CEI”, o que justificaria, segundo ele, as tergiversações da ex-servidora. “Em muitos momentos ela hesitou em função desse nervosismo. Apesar de deixarmos ela bem à vontade para responder”, disse.

Durante o depoimento, houve bate-boca de Juarez Lopes (PDT) com Lemos e Aava, após o pedetista tentar fazer uma pergunta fora da sua vez. Ele tentou aproveitar o gancho de um questionamento de Aava para complementar pergunta à depoente, mas foi repreendido por Lemos, que afirmou que cada vereador teria seu momento oportuno.

Ao final da reunião, depois da oitiva e da celeuma com Lopes, o presidente da CEI colocou em votação uma mudança no funcionamento da comissão. A proposta, aprovada por unanimidade, estabelece que cada vereador terá direito a 15 minutos de perguntas em cada oitiva, já incluído o tempo de resposta dos depoentes.

Presidente da CEI 'não vê necessidade' de ouvir ex-secretário que firmou contrato

Política

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Matéria - Política

Câmara de Goiânia

Das 22 comissões permanentes da Câmara de Goiânia, 14 analisaram menos de um projeto por mês em 2025. A apreciação de matérias é a primeira atribuição prevista no regimento interno da Casa. A Comissão de Proteção, Direitos e Defesa dos Animais, presidida pelo vereador Lucas Vergílio (MDB), não analisou nenhum projeto ao longo do ano. Também figuram entre as menos produtivas a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, presidida por Léia Klebia (PD), a de Legislativa Participativa, comandada por Rose Cruvinel (UB), e a de Fiscalização do Transporte Público Coletivo, presidida por Geverson Abel (Republicanos).

Apesar da baixa produtividade, as c<a href="https://opopular.com.br/politica/ex-lider-volta-a-ocupar-assento-em-duas-comiss-es-1.3332056" target="_self">omissões contam com 319 servidores</a>, que custaram R$ 17.462.842,02 ao longo do ano. Divididas por áreas como segurança, saúde e educação, elas recebem apenas projetos relativos a seus temas. A Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) recebeu cerca de 800 projetos e analisa a constitucionalidade de todas as matérias que tramitam na Casa.

A quantidade de servidores não determina o desempenho. A Comissão de Cultura, presidida por Fabrício Rosa (PT), tem apenas 2 servidores, mas analisou 95 projetos. Já a Comissão de Direitos Humanos e Cidadania, a maior da Casa, conta com 32 servidores e analisou apenas 5. A presidente, Daniela da Gilka (PRTB), afirmou que pretende pedir mais servidores para “fortalecer a equipe”, mas não detalhou quantos.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/ampliac-o-inaugurada-custa-r-6-1-milh-es-1.3336276" target="_self">Ampliação inaugurada custa R$ 6,1 milhões</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/ex-lider-volta-a-ocupar-assento-em-duas-comiss-es-1.3332056" target="_self">Ex-líder volta a ocupar assento em duas comissões</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/mesmo-com-nova-gratificac-o-comiss-es-n-o-fazem-reuni-es-1.3331231" target="_self">Mesmo com nova gratificação, comissões não fazem reuniões</a></div>

Ela considera que o número de servidores é razoável pela importância da comissão: “Como falar da população idosa sem direitos humanos? Como falar da pessoa com deficiência? Da mulher? A Comissão de Direitos Humanos subsidia todas as outras comissões na elaboração das políticas legislativas”, disse. Todas as áreas citadas já possuem comissões próprias.

Segundo o regimento interno, cabe à Comissão de Direitos Humanos emitir pareceres, acompanhar investigações de denúncias, fiscalizar programas, promover estudos e parcerias. A reportagem solicitou documentos que comprovem essas ações, mas não houve retorno. Foram enviados apenas links com registros de visitas, reuniões e ações sociais.

Dados obtidos pelo POPULAR mostram que a folha de pagamento das comissões aumentou 27% até outubro. A Comissão de Habitação, Urbanismo e Ordenamento, presidida por Pedro Azulão Jr. (MDB), teve o maior gasto do ano: R$ 1.719.314,54, com 25 servidores lotados. O maior salário foi pago a um consultor econômico, no valor bruto de R$ 47.040,20. A comissão analisou 15 projetos.

Azulão afirma que o volume de trabalho justifica o tamanho da equipe. “É uma das comissões com mais serviço. Não está faltando servidor. Trabalho é o que mais tem”, disse. Segundo ele, parte da equipe atua internamente e outra parte trabalha em campo. “Acompanhamos pessoas que precisam fazer escritura, orientamos, visitamos áreas, damos suporte técnico. É um atendimento muito amplo.” Documentos que comprovassem essa atuação também foram solicitados, mas não houve resposta.

Entre as ações citadas, o vereador destaca um levantamento de todas as áreas que receberam permissão de uso ou doação entre 2020 e 2024, com objetivo de revisar cada caso. “Queremos verificar se a área está sendo utilizada conforme a lei. Onde não estiver, vamos trabalhar para devolver ao município.” Nenhuma documentação dessa atividade foi enviada à reportagem.

A Comissão de Proteção, Direitos e Defesa dos Animais (CPDDA), presidida por Lucas Vergílio, teve custo de R$ 662.706,77 ao longo do ano, com 13 servidores e nenhum projeto analisado. Foi o maior custo por projeto. O regimento determina que a comissão também receba denúncias e sugestões e fiscalize a Unidade de Pronto Atendimento Veterinário (UPAVet). A assessoria afirmou que ONGs e cidadãos procuram o colegiado solicitando ajuda com ração e animais abandonados, mas não enviou relatórios, atas ou registros dessas ações.

Nas redes sociais da comissão, a maioria dos vídeos não tem descrição. Um servidor aparece realizando atendimentos, visitando canis, participando de reuniões e acompanhando denúncias de maus-tratos. A reportagem não encontrou registros de participação do vereador nessas atividades.

Vergílio fez apenas duas postagens sobre a causa animal este ano. Em 10 de setembro, comemorou a aprovação, em primeira votação, do Programa Municipal de Combate aos Maus-Tratos. Dois meses depois, o projeto ainda não havia sido pautado na comissão que ele preside. O vereador também afirmou ter outras três propostas em tramitação, mas duas estão paradas na CCJR desde agosto, e a terceira recebeu parecer pelo arquivamento e aguarda manifestação do autor desde setembro. A assessoria informou que o vereador estava doente e não poderia responder, mas afirmou que a comissão se reunirá na última semana de novembro.

No ranking das comissões com maior gasto por projeto, a segunda colocada é a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher (CDDM), presidida pela vereadora Léia Klébia. Até o momento, apenas um projeto passou pelo colegiado, que conta com 10 servidores e um custo de R$ 592.976,93.

Nas redes sociais, a vereadora destaca dois projetos relacionados às mulheres: a Galeria das Mulheres, proposta por ela em 2021 e aprovada em 2023, e o Programa de Capacitação e Empreendedorismo para Mulheres, que está parado na CCJ desde junho.

Segundo o regimento interno, a CDDM deve fiscalizar o cumprimento de políticas voltadas às mulheres e desenvolver projetos e programas específicos. A reportagem não encontrou registros de fiscalizações e vistorias nas redes sociais da parlamentar. Documentos que comprovem essas ações também foram solicitados à assessoria, não houve retorno.

Em nota, a Câmara informou que a composição das comissões é definida pelos próprios vereadores integrantes. Todos os cargos comissionados são vinculados à Mesa Diretora e a distribuição de servidores é responsabilidade dos presidentes e membros de cada colegiado, conforme suas demandas. Não há regulamentação para trabalho externo, cuja fiscalização cabe ao presidente da comissão ou a servidor designado por ele.

<h2>Conselho de Ética registra 1 caso e gasta R$ 1,2 milhão&nbsp;</h2>

Os dados de lotação, obtidos pelo POPULAR, mostram que o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Goiânia, presidido pelo vereador Ronilson Reis (SD), mantém uma das maiores estruturas de pessoal da Câmara, apesar de praticamente não ter demandas para analisar. O órgão conta com 25 servidores, número que o coloca atrás apenas da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania e da Comissão de Finanças, Orçamento e Economia, ambas com cerca de 30 servidores.

Mesmo com esse quadro, o Conselho de Ética registrou apenas um processo ao longo do ano. O custo total da estrutura neste ano chegou a R$ 1.274.848,00, valor que, diante da baixa produtividade, corresponde integralmente ao gasto por projeto.

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Vereador Ronilson Reis (SD), presidente do Conselho de Ética da Câmara de Goiânia (Fábio Lima / O Popular)

O conselho também aparece entre os maiores em despesa total. Só em outubro, foram R$ 147.697,79, um dos maiores valores mensais da Câmara, ocupando a 4ª posição em gasto mensal, reflexo direto do número elevado de servidores lotados no órgão.

Além do volume reduzido de trabalho, o Conselho de Ética também tem competências específicas definidas no regimento interno, que reforçam a importância do órgão dentro da estrutura legislativa. Cabe ao colegiado zelar pelo cumprimento do Código de Ética e preservar a dignidade do mandato parlamentar, processar vereadores nos casos previstos, responder a consultas da Mesa Diretora, de comissões e de parlamentares, e organizar o sistema de acompanhamento e informações do mandato.

Os valores mensais pagos ao longo do ano mostram três movimentos. O primeiro é o salto observado de fevereiro para março, quando o valor mensal cresce mais de 23%.A partir daí, entre março e junho, os números ficam estáveis, sem qualquer variação. Essa repetição indica um período de estabilidade contratual ou de manutenção de um mesmo volume de despesas.

Em julho, há uma pequena queda, de cerca de 2,4%, seguida de nova repetição em agosto. Em setembro, o valor retorna ao padrão anterior e, em outubro, ocorre o maior aumento desde março: alta de 12% e o maior número de todo o período.

No recorte geral, a média mensal fica em R$ 127,4 mil. O menor valor do ano é em janeiro (R$ 104,4 mil), e o maior, em outubro (R$ 147,6 mil). A diferença supera os R$ 43 mil ou 41,34%.

Em relação aos servidores, em janeiro e fevereiro havia 19 servidores; em março, subiu para 24, o que se manteve até junho. No mês seguinte, o número de servidores sobe para 24, chegando em outubro com os atuais 25. O maior valor pago em outubro foi para o cargo de Assessor Especial da Presidência – DAS-2, com pagamento de R$ 12.766,33.&nbsp;

A reportagem solicitou ao vereador e à assessoria explicações em relação ao funcionamento e trabalho feito pelo conselho. A assessoria informou que o vereador estava viajando e voltaria apenas na segunda-feira. Também houve questionamentos sobre outros trabalhos e atendimentos prestados pelo conselho, sem retorno.&nbsp;

<h3>Processo&nbsp;</h3>

A única sessão feita pelo Conselho de Ética foi a análise da representação apresentada por Aava Santiago (PSDB) contra o vereador Sargento Novandir (MDB) por quebra de decoro parlamentar. A denúncia, protocolada na semana anterior, aponta “uma série de episódios de intimidação e ofensas pessoais, com agravante de violência política de gênero”.

A reunião durou cerca de uma hora e meia. Como O POPULAR mostrou, na ocasião, foram apresentadas as alegações iniciais e a defesa de Novandir, representado pelo advogado Victor Hugo dos Santos Pereira, que pediu o arquivamento da representação. Ele argumentou que as falas atribuídas ao vereador se limitaram a críticas ao trabalho parlamentar, sem ofensas pessoais, religiosas ou de gênero, e que as declarações de Aava, por sua vez, teriam atingido “a honra e a masculinidade” do parlamentar.

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Maioria das comissões da Câmara de Goiânia analisa menos de um projeto por mês

Gastos públicos

Apesar de ainda não ter data definida, a eleição da mesa diretora da Câmara de Goiânia tem ganhado novos contornos nas últimas semanas. Isso porque figuras como Henrique Alves (MDB) e Thialu Guiotti (Avante) se juntaram a Ronilson Reis (SD), que se movimenta desde o início do ano, e também passaram a procurar colegas em busca de apoio.&nbsp;Apesar de a maioria dos diálogos ainda serem individuais, os presidenciáveis precisam lidar com três grupos existentes na Câmara.

Um deles é liderado pelo presidente da Casa, Romário Policarpo (PRD), e tem oito membros, incluindo os três candidatos. Outro, também com oito integrantes, tem à frente o líder do prefeito Sandro Mabel (UB), Wellinton Bessa (DC), que não demonstra abertamente seu interesse na disputa, mas é citado como um dos favoritos.&nbsp;

O terceiro agrupamento se reúne em torno do ex-líder de Mabel, Igor Franco (MDB), e 14 remanescentes do chamado “grupo dos 16”. Ronilson é apontado como o que tem articulações mais avançadas justamente por ter o melhor trânsito com essa última ala.

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Timing

A coluna apurou que, nos bastidores, Romário sugere que o trio entre em consenso sobre a disputa pela mesa diretora, viabilizando a convocação do pleito, que pode acontecer a partir do início de 2026.

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1° semestre?

O mandato de Romário como presidente da Câmara vai até o fim do próximo ano, mas ele será candidato a deputado estadual. Na visão de alguns vereadores, a tinta de sua caneta pode, ironicamente, acabar mais rápido se ele conseguir se eleger, antecipando o fim de seu ciclo na Casa.

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Acordo

Henrique, Ronilson e Thialu se diziam pré-candidatos a deputado estadual. Os três abriram mão de seus projetos e anunciaram apoio a Romário Policarpo.

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Ativo

Henrique Alves integra a mesa diretora como primeiro secretário e a eleição da mesa só pode ser convocada com sua assinatura.

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Transporte - Mulher usa carrinho de supermercado para carregar cachorro, no bairro Serrinha, em Goiânia. (Diomício Gomes / O Popular)

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E o Jóquei?

A diretoria do Jóquei Clube de Goiás deverá realizar, no prazo máximo de 15 dias, a convocação da Assembleia Geral de Eleições da agremiação, sob pena de pagamento de multa diária no valor de R$ 30 mil. A determinação é da juíza Fláviah Lançoni Costa Pinheiro, da 15ª Vara Cível e Ambiental de Goiânia.

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Imbróglio

Eleito para presidir o Jóquei Clube de Goiás no biênio 2021/2022, Percival Xavier Rebelo Filho morreu antes de tomar posse. O então vice-presidente de Esportes, Fausto Gomes da Silva, foi nomeado presidente em dezembro de 2021 e, desde então, o clube não realiza eleições, em situação que foi levada à Justiça por sócios.

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Contexto

Como se sabe, o governo estadual pretende construir duas torres no estacionamento do Jóquei. O prefeito Sandro Mabel publicou decreto de declaração de utilidade pública da sede do clube para fins de desapropriação.

Pergunta para:

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Marden Júnior é prefeito de Trindade (Divulgação)

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Marden Júnior (UB)

Prefeito de Trindade

Como acha que deve ser a escolha da vice na chapa de Daniel Vilela (MDB)?

O Caiado tem a autonomia e o direito de escolher quem ele quer. Mas eu acho que pessoas que têm um vínculo municipalista, que têm experiência com os municípios, podem agregar muito. Tem muitos ex-prefeitos e prefeitos competentes, que podem trazer esse sentimento que o governador Caiado trouxe dentro do governo dele, que foi o municipalismo.

Arremate:

Nova presidente - A Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego) define sua nova diretoria para o próximo triênio nesta sexta-feira (14). A juíza Nathalia Bueno Arantes, da 4ª Vara Criminal da Comarca de Anápolis, lidera chapa única.

Nacional -&nbsp;A atual presidente da Asmego, Patrícia Carrijo, concorre, também nesta sexta, ao cargo de coordenadora da Justiça Estadual da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB).

Demanda -&nbsp;Apenas oito candidatos compareceram ao Dia D de Contratação de Pessoas com Deficiência, promovido por sindicatos das áreas de limpeza urbana, segurança privada e transporte de valores. O evento reuniu 408 vagas de emprego.

Vereadores intensificam articulações em busca da presidência da Câmara

Opinião

Matéria - Coluna Giro

Giro

O Ministério Público Estadual (MPGO) se manifestou pela absolvição do procurador-geral da Câmara de Goiânia, Kowalsky Ribeiro, pelo crime de ameaça, no âmbito da ação penal decorrente do episódio com arma de fogo no estacionamento da Casa, no dia 5 de maio. 

O órgão também pede que os autos sejam remetidos à Polícia Civil para apuração de crimes de denunciação caluniosa e falso testemunho supostamente cometidos pelo chefe de gabinete de Sargento Novandir (MDB), Divino Sérgio Dornelas, e Eduardo Duarte Gomes, assessor do mesmo vereador, que foi arrolado como testemunha.&nbsp;O promotor de Justiça em substituição José Antônio Correa Trevisan aponta nas alegações finais da ação, movida pelo próprio MP, que “os fatos não se deram da forma narrada pela vítima (Divino)”.

De acordo com o documento, as imagens juntadas aos autos “não corroboram a narrativa” de que o acusado teria sacado e apontado a arma de fogo contra o peito de Divino. “Pelo contrário, evidenciam apenas uma discussão acalorada, com troca de palavras, sem o gesto ameaçador descrito na fase preliminar”, completa o promotor. Divino e Eduardo não foram encontrados até a conclusão desta coluna.

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Mudou

Mais do promotor sobre o caso: “Embora a denúncia tenha sido corretamente oferecida à época, com base em declarações então existentes que indicavam o suposto apontamento de arma, o conjunto probatório subsequente revelou que os fatos não deram conforme a imputação penal.”

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E agora?

Apesar de, nos bastidores, os comentários apontarem para a tendência de arquivamento do caso, o advogado Benedito Torres, que defende Kowalsky, adota tom de cautela. “Precisamos aguardar para saber se a juíza vai absolver ou condenar, mas o desdobramento que achamos correto é esse (absolvição)”, comenta.

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Novo momento

Benedito Torres se aposentou do cargo de procurador de Justiça no início de setembro, quando passou a advogar. Logo em seguida, deixou também a presidência da Associação Goiana do Ministério Público (AGMP), posto que ocupou por seis mandatos consecutivos.

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Beleza - Flamboyants colorem a paisagem na Alameda Leopoldo de Bulhões, no Setor Pedro Ludovico, em Goiânia. (Fábio Lima / O Popular)

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Afago

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), elogiou Ronaldo Caiado (UB) na abertura de reunião com governadores para debater os projetos sobre segurança. Tratou o goiano como autor do “nosso modelo de segurança mais bem aplicado” e emendou que seria “olhar para o que está acontecendo em Goiás”

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Outsider

Do presidente Romário Policarpo (PRD) ao discursar na inauguração da expansão da Câmara de Goiânia: “Não tenho sobrenome famoso, não sou de nenhuma família tradicional do estado. Na verdade, não pertenço nem aos melhores círculos sociais da cidade, porque ele rejeita pessoas como eu. Ele, geralmente, aceita, mas não tolera.”

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Preguiçoso?

Romário também endereçou, no seu primeiro discurso que fez da tribuna nesta legislatura, comentários que o apontam como “preguiçoso”. “Simplesmente não falo que eu estou fazendo, mas o preguiçoso foi eleito presidente da Câmara quatro vezes. Foram as ações que me trouxeram a este local.”

Pergunta para:

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Deputado estadual, Eduardo Prado (Divulgação)

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Eduardo Prado

Deputado estadual pelo PL

Como avalia a sequência de adesões de prefeitos do PL ao projeto eleitoral governista?

Os prefeitos que saírem do PL estarão faltando com a fidelidade partidária, a ética e, principalmente, a lealdade. Estas pessoas que estão nos traindo terão consequência nas urnas. Vamos mostrar quem é quem. Nós teremos candidato a governador. O Wilder (Morais, senador) confirmou pra mim que vai disputar e que, no momento oporturno, vai anunciar isso.

Arremate:

No Rio - O vereador Fabrício Rosa (PT) será palestrante no evento Policiais na Política, que será realizado na Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira (13).

Detalhes -&nbsp;Fabrício foi convidado pela Comissão Especial de Segurança dos Direitos dos Policiais Civis e Militares da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro OAB-RJ e falará da sua tese de doutorado, cujo título é Da Farda à Urna: entre o autoritarismo herdado e a cidadania em disputa na participação política de policiais.

Em SP -&nbsp;Começa nesta sexta-feira (14) a edição especial do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica) em São Paulo. O evento será realizado no Memorial da América Latina.

MP pede absolvição de procurador envolvido em episódio com arma de fogo

O presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Romário Policarpo (PRD), inaugurou nesta quarta-feira (12) o novo pavimento da sede do Legislativo, <a href="https://opopular.com.br/opiniao/policarpo-cobra-valor-maior-das-emendas-para-2026-1.3333607" target="_self">obra de ampliação</a> que teve início em maio do ano passado.

Ao longo da execução, houve dois aditamentos contratuais - um de valor e outro de prazo. Inicialmente, a entrega estava prevista para abril, mas o cronograma foi afetado pelo período chuvoso na capital. O prazo foi, então, prorrogado. A nova previsão indicava conclusão em julho e inauguração em agosto, mas os trabalhos só foram finalizados em novembro.

O valor inicial do contrato com a Geo Engenharia, responsável pelas obras, é de R$ 4,83 milhões e abrange apenas a infraestrutura e a instalação dos ares-condicionados. Com um aditivo de valor, o custo total deve alcançar R$ 6,1 milhões, conforme dados do Portal da Transparência. Até o momento, foram pagos R$ 5,3 milhões.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/pautas-orcamentarias-devem-ser-destravadas-1.3335750" target="_self">Pautas orçamentárias devem ser destravadas</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-atende-vereadores-e-confirma-ajuste-na-loa-1.3335739" target="_self">Mabel atende vereadores e confirma ajuste na LOA</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/policarpo-cobra-valor-maior-das-emendas-para-2026-1.3333607" target="_self">Policarpo cobra valor maior das emendas para 2026</a></div>

A obra está sendo custeada com recursos do duodécimo, que é o repasse obrigatório da Prefeitura à Câmara.

O principal motivo para a ampliação do prédio da Câmara foi o aumento na quantidade de vereadores, que passou de 35, na legislatura passada, para 37 na atual, com base no crescimento populacional apontado pelo Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Durante as etapas da obra, a Câmara interrompeu suas atividades em ao menos seis ocasiões, quatro delas no ano passado, em meio ao calendário eleitoral, para a execução da concretagem, que exigiu a interdição dos gabinetes e do estacionamento; e mais recentemente, em março, para realizar adequações no sistema elétrico, e em agosto, para conclusão das instalações do sistema elétrico.

O evento de inauguração, que suprimiu a sessão ordinária, foi marcado pelo tom de despedida de Policarpo - que é pré-candidato a deputado estadual na eleição do ano que vem -, com citações a outras iniciativas ao longo dos quatro mandatos na presidência da Casa e elogios ao trabalho da imprensa.&nbsp;

Em gesto inabitual, Policarpo fez discurso de cerca de 22 minutos em que, ao falar do término das obras, enfatizou a importância de manter a sede da Câmara no Centro da capital, destacando a ampliação do prédio como a “obra mais significativa” de sua gestão. Ele ainda enalteceu o apoio dos parlamentares e servidores para tocar ideias e ações na Casa.&nbsp;

“Respeito especial aos servidores efetivos desta Casa, porque nós passaremos, mas os efetivos continuarão aqui. Para mim é motivo de orgulho. Quando você vai passando muito tempo, pela primeira vez eu começo a enxergar a luz no fim do túnel. É o chamado: ‘Vamos embora porque está acabando seu tempo aí’”, afirmou, sem citar diretamente sua pré-candidatura à Assembleia Legislativa.

O terceiro pavimento ampliou o edifício-sede da Casa em 1.500 m². Ao todo, são nove novos gabinetes, incluindo quatro com acessibilidade para pessoas com deficiência. O novo andar também abriga todas as salas das comissões permanentes, as de uso comum e de reuniões. Um novo elevador foi instalado para facilitar a acessibilidade à nova ala, que também recebeu 200 novos computadores.

<h2>Valor de emendas </h2>

Os vereadores dedicaram boa parte do tempo, antes do discurso do presidente, a elogios a Policarpo e à inauguração das obras. Em meio à expectativa de mudanças no valor destinado às emendas impositivas dos parlamentares no projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) 2026, Coronel Urzêda (PL) aproveitou o gancho para dizer que a reunião que a mesa diretora fez com o prefeito Sandro Mabel (UB) no início da semana, para tratar do assunto, “dignifica cada vereador” e criticou a possibilidade de o valor ser menor.

“Se vossa excelência mantiver o que falou com o prefeito, que eu li no jornal, é 5,3 milhões, não é 5 milhões. E eu assino contigo. Porque emenda impositiva é do verbo “eu que mando”. Menos do que 5,3 milhões eu não converso - e eu nem tenho emenda ainda”, disse Urzêda. “Sabe o que é? Eu vou levar as emendas para um lugar que a Prefeitura não atinge, que é o Cais, a escola. A gente respeita o Executivo e quer que ele tenha que respeitar a gente.”

Além de Urzêda, seguiram no mesmo tom elogioso Daniela da Gilka (PRTB), Markim Goyá (PRD), Denício Trindade (UB), Willian Veloso (PL), Isaías Ribeiro (Republicanos), Rose Cruvinel (UB), Anselmo Pereira (MDB), Léo José (SD) e Oséias Varão (PL).

Ao fim do discurso, Policarpo mencionou a imprensa como “parte essencial do processo democrático” e disse que o trabalho dos jornalistas contribuiu para melhorias na Transparência da Câmara. “Às vezes a gente só vê quando erra e ouve alguém de fora falando sobre isso. E a imprensa fez críticas extremamente construtivas em relação a esse tema”, afirmou.