Depois de uma série de idas e vindas, o PSD confirmou a candidatura de Vilmar Rocha ao Senado em convenção com a presença do governador Ronaldo Caiado (UB), nesta sexta-feira (5). O presidente metropolitano do partido, Simeyzon Silveira, e o ex-prefeito de Formosa Itamar Barreto ficaram na primeira e segunda suplências, respectivamente.A sigla terá candidato isolado, isto é, sem coligação com outras legendas para o senado, coligando-se apenas para o governo, e espera apoio da estrutura política da base de Caiado. “A estrutura política da aliança tem que ter um equilíbrio, até porque o PSD foi o partido que foi mais coerente e claro nesse processo todo”, disse ao POPULAR.Ele relembra que o acordo com Caiado era de que o partido iria indicar o candidato da chapa governista, mas que isso não foi possível dado o cenário de candidaturas isoladas — além de Vilmar, na base, estarão na disputa também o deputado federal Delegado Waldir (UB) e o ex-ministro Alexandre Baldy.Ele relata que o partido queria um candidato ao Senado e o terá, “mesmo com todos os problemas”. “O acordo era de que o PSD indicaria o candidato na chapa. Não foi possível e entendemos, mas a estrutura política da aliança tem que apoiar o candidato do PSD”, argumenta.Vilmar, que preside a legenda no estado, chega à disputa depois de duas desistências na sigla e que conturbaram o processo de articulação de alianças. Foi assim com o ex-ministro Henrique Meirelles, que desistiu em março, e com o presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira, que recuou da candidatura a três dias do fim do prazo das convenções.O recuo de Lissauer, sob o entendimento de que sua candidatura não seria viável de maneira isolada, abriu espaço para que Vilmar fosse o nome do partido na disputa majoritária — já tem, inclusive, jingle de campanha. Contudo, aliados ainda ponderam sobre possível desistência, diante da candidatura a senador do ex-governador Marconi Perillo (PSDB).O tucano confirmou sua entrada na eleição para senador nesta sexta-feira, tendo na primeira suplência o ex-presidente da Saneago Jalles Fontoura, a quem Vilmar é ligado, e o empresário Marcos Ermírio de Moraes, na segunda. A análise de aliados tem como argumento o fato de que a composição de Jalles com Marconi tira de Vilmar apoio em uma de suas principais bases: a região de Goianésia, a qual sempre representou quando era deputado federal.Soma-se a isso o fato de que o presidente do PSD foi primeiro suplente da candidatura de Marconi a senador em 2018, e seu aliado durante todo o período no qual o PSDB ficou no poder em Goiás. Questionado sobre as ponderações de aliados, contudo, Vilmar nega recuo e afirma que “é natural que os partidos tenham seus projetos.”“Boa sorte para eles”, diz Vilmar em relação a Marconi e Jalles. “Nós vamos continuar e vamos à luta.”ConvençãoAlém de Caiado, o pré-candidato a vice-governador, Daniel Vilela (MDB), também esteve presente na convenção do PSD. Nos discursos, os dois exaltaram a figura de Vilmar e a importância do partido para a aliança. O governador relembrou que foi colega do pessedista na Câmara dos Deputados e que nenhum dos dois “desonrou o voto dos goianos.”Caiado também elogiou o presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira, que deve coordenar a campanha da base aliada neste ano, dizendo que, sem ele, o governo “não teria chegado onde chegou.”Leia também:- Saiba quem está na disputa pela vaga ao Senado por Goiás- Baldy se lança ao Senado, em evento com Ciro Nogueira- Marconi diz que corrida ao Senado ajuda proporcionais