As convenções partidárias se encerram nesta sexta-feira (5) com quadro de oito candidatos ao governo estadual, depois que o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) desistiu da disputa. O cenário até a noite de quinta-feira (4) apontava de 10 a 11 candidatos ao Senado.Nove partidos com candidaturas majoritárias confirmadas ou cotadas deixaram para realizar as convenções no último dia de prazo estabelecido pela legislação eleitoral (veja quadro).Das candidaturas ao Senado, falta a confirmação de Marconi Perillo. Também há apostas de que, caso o tucano entre no páreo, Vilmar Rocha, presidente estadual do PSD, confirmado na noite desta quinta-feira um dos três palanques da base governista - ao lado do deputado federal Waldir Soares (UB) e do presidente estadual do PP, Alexandre Baldy - poderia desistir. Vilmar considera que a entrada do tucano desequilibra a disputa.Também ainda resta saber quem vai compor as vagas de vice de três candidatos: o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia Gustavo Mendanha (Patriota), o deputado federal Vitor Hugo (PL) e o ex-reitor da Pontifícia Universidade Católica (PUC-GO) Wolmir Amado (PT).Depois de desistir de disputar o governo, alegando veto do PSDB nacional, Marconi tendia a ser candidato a deputado federal, mas passou o dia discutindo a possibilidade de tentar o Senado. Aliados próximos afirmam que o cenário mudou e há chances de vitória, mesmo com uma candidatura independente, sem apoiar ninguém para o governo.Pesava também justamente a insatisfação com Vilmar Rocha, aliado antigo de Marconi, que decidiu ficar com a base governista e tem o interesse em disputar o Senado.O PT, que esperava a resposta de Marconi sobre candidatura ao governo por ordem do diretório nacional, retomará a candidatura de Wolmir - que já havia aceitado inclusive ser vice do tucano -, ainda sem definição da chapa majoritária. Na noite desta quinta-feira, o partido tinha dois nomes mais cotados: o suplente de deputado estadual Paulo Alves para a vaga de vice e a ex-deputada Denise Carvalho (PCdoB) para o Senado.O partido também quer manter o apoio do PSB, que chegou a cogitar a pré-candidatura ao Senado do ex-governador José Eliton, mas agora não deve ter indicações para a chapa majoritária. Eliton só topava compor em caso de viabilidade da frente ampla de centro-esquerda, com o PSDB.O governador Ronaldo Caiado, que lidera a corrida ao governo, conseguiu fechar coligação com 12 partidos e havia definido seu vice, Daniel Vilela (MDB), desde setembro do ano passado. Ele passará por convenções dos aliados ao longo do dia para encerrar no evento conjunto do União Brasil e MDB.Gustavo Mendanha, segundo colocado na pesquisa Serpes/O POPULAR divulgada no dia 16 de julho, tenta até a última hora atrair mais um partido para a coligação, que tem o Republicanos na chapa ao Senado - deputado federal João Campos. É por isso que a vice segue aberta.Apesar do movimento em favor do nome do presidente da Câmara, Romário Policarpo (Patriota), para a vaga, a direção do partido informou que ainda priorizava articulação por um nome do Entorno do Distrito Federal e de um partido que ainda não está no grupo.Além de Caiado, Gustavo e Wolmir, são candidatos ao governo estadual Vitor Hugo (PL), Cintia Dias (PSOL), Helga Martins (PCB), Professor Pantaleão (UP) e Edigar Diniz (Novo). Esses últimos cinco já realizaram convenções em datas anteriores.A legislação eleitoral estabelece o prazo de 20 de julho a 5 de agosto para as convenções, quando os partidos oficializam seus candidatos após votações internas. O prazo para o registro oficial das candidaturas na Justiça Eleitoral termina no dia 15 e a campanha começa oficialmente no dia seguinte, quando é liberada a propaganda eleitoral.Leia também:- Marconi avança para viabilizar candidatura ao Senado- Vilmar Rocha será candidato ao Senado pela base de Caiado- Vereadores articulam para Policarpo ser vice na chapa de Mendanha-Imagem (1.2504225)