Rafael Lara Martins foi eleito, nesta sexta-feira (19), presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seção Goiás (OAB-GO) para os próximos três anos. A vitória representa a continuidade do grupo liderado por Lúcio Flávio, que encerra seu segundo mandato à frente da instituição neste ano e foi eleito conselheiro federal pela chapa que sai das urnas vencedora nesta sexta-feira (19).O resultado saiu com 98,38% das urnas apuradas. A apuração dos votos neste ano foi transmitida pela internet, uma vez que foi permitida a presença apenas da comissão eleitoral e de fiscais no local. Segundo a assessoria da OAB-GO, a medida foi tomada para evitar aglomerações. Em 2018, a apuração dos votos contou com confusão e empurra-empurra entre advogados em frente ao Centro de Convenções de Goiânia, onde tradicionalmente é divulgado o resultado.Advogado especializado em direito trabalhista, Rafael é conselheiro federal e o atual diretor-geral da Escola Superior de Advocacia (ESA), e acabou sendo o escolhido do grupo de Lúcio Flávio para representar a situação no pleito, vencendo a disputa interna que contava também com nomes como o do secretário-geral, Jacó Coelho, o da conselheira federal Valentina Jungmann, e o do presidente da Caixa de Assistência dos Advogados de Goiás (Casag), Rodolfo Mota.O primeiro compôs chapa com Rafael e foi eleito presidente da Casag. Os outros dois se lançaram candidatos à presidência contendo nomes tanto da oposição quanto da situação. Pedro Paulo de Medeiros, que encampou discurso de oposição durante a campanha, terminou a eleição em segundo.Como mostrou o POPULAR nesta sexta-feira, a campanha para a presidência da OAB-GO durou aproximadamente um mês e meio, e teve estimativa de gastos de mais de R$ 5 milhões. A campanha de Rafael foi a que apresentou maior custo estimado: R$ 2 milhões, sendo seguida das de Rodolfo (R$ 1,35 milhão) e Valentina (R$ 1,3 milhão).A campanha de Pedro Paulo de Medeiros respondeu à reportagem, na quarta-feira (17), que ainda não havia estimativa, uma vez que os gastos poderiam variar muito até o dia da eleição, ocorrida nesta sexta-feira. “A prestação de contas será entregue 30 dias após a eleição”, disse a assessoria.Todas as campanhas afirmaram que o financiamento foi realizado pela própria advocacia, sejam membros da chapa ou advogados apoiadores. A resolução nº 12/2021, que dispõe sobre as eleições, veda “a doação por pessoas físicas que não sejam advogados e por qualquer empresa ou pessoa jurídica, sob pena de indeferimento de registro ou cassação do mandato.”