Durou cerca de dez horas a validade do decretão do prefeito Rogério Cruz (SD) com exonerações e dispensas de quase 2 mil servidores comissionados ou em funções de confiança (FCs) da Prefeitura de Goiânia, dois dias depois da derrota na tentativa de reeleição. Cruz, que assinou o decreto na segunda-feira (7) e fez viagem particular, não conseguiu escapar das pressões de auxiliares e vereadores, inclusive com ameaça de afastamento em abertura de processo de impeachment na Câmara de Goiânia, além de recomendação de instituições para preenchimento imediato de parte das vagas. As medidas geraram descontinuidade na prestação de serviço em algumas pastas, especialmente na área da saúde - em que houve o maior número de desligamentos, de 418 servidores. O Ministério Público de Contas, do Tribunal de Contas dos Municípios (MPC/TCM-GO), e a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) emitiram uma recomendação conjunta ao Paço para nomeação imediata de servidores que atuam no atendimento e acolhimento à população em situação de rua, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social.