Reavivada pelos parlamentares após a megaoperação contra o Comando Vermelho, no Rio de Janeiro, a discussão no Congresso Nacional sobre a mudança do sistema eleitoral brasileiro para o sistema distrital misto, que modifica a forma de eleger representantes à Câmara dos Deputados, às Câmaras Municipais e às Assembleias Legislativas, é descabida e se vale de um lance factual para tentar promover o que tem potencial de ser, caso avance, a maior e mais profunda reforma no modelo desde o advento do Código Eleitoral de 1945, avaliam professores e cientistas políticos ouvidos pelo POPULAR. Aprovado no Senado e engavetado desde 2017 na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, o projeto de lei do ex-senador José Serra (PSDB-SP) que prevê a mudança e voltou a tramitar na Câmara está em vias de ser pautado na CCJ após sinalizações favoráveis do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), que escolheu o deputado Domingos Neto (PSD-CE) para a relatoria. Neto disse, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, ter recebido sinal verde do PT e PL, os dois maiores partidos da Casa, para seguir adiante com o texto.