Depois de trocar auxiliares em meio a embate interno no Paço Municipal e atritos com a Câmara, o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), disse nesta segunda-feira (7) que "quem manda na gestão é o Executivo" e negou predominância dos correligionários do Distrito Federal."Brasília nunca influenciou no governo de Goiânia. Qualquer governo trabalha junto com seu partido. Mas não significa que o partido manda. Quem manda é o Executivo, é quem foi eleito, quem teve votos e está sentado na cadeira", afirmou, em entrevista coletiva. "Estamos administrando em conjunto. Todos os partidos têm seu modo de prestar serviço e eu acompanho sempre isso", completou.O prefeito não quis comentar as declarações do presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, de que quer distância da gestão em Goiânia. O POPULAR mostrou na semana passada que, em uma conversa de Whatsapp, o presidente foi alertado sobre o risco de "crivelização" da capital goianiense, e respondeu que já deu conselhos, mas não foi ouvido."Não tenho nada a dizer. São palavras do presidente com um vereador. Não foram minhas palavras", disse Rogério Cruz. Ele afirmou que ainda não conversou com o presidente a respeito e negou rompimento com a direção nacional. "Sou do partido. Não tem rompimento algum."Entre aliados do prefeito em Goiânia, incluindo integrantes dos diretórios estadual e municipal do Republicanos, há críticas ao nível de influência do presidente do partido no DF, Wanderley Tavares, e do nome indicado por ele para a Secretaria Municipal de Governo, Arthur Bernardes.Rogério exonerou os titulares da Secom e do Imas, Marcos Teixeira e Junior Café, além de nomes do segundo escalão da Sefin, na semana passada e tinha evitado comentar as mudanças. Nesta segunda, ele disse que foram "decisões administrativas, que fazemos melhorar a situação da população". Ele admitiu a possibilidade de novas trocas. "Pode ter. Estamos entrando no segundo ano do mandato."O prefeito esteve nesta manhã na casa de uma moradora do Residencial Paraíso, região Norte de Goiânia, depois que ela reclamou do aumento do ITU, quando na verdade já deveria ter IPTU porque construiu a casa no lote.