O ex-presidente regional do PSDB, deputado estadual Gustavo Sebba, rebateu nesta terça-feira (16) as críticas direcionadas pelo governador Ronaldo Caiado (UB) e pelo vice, pré-candidato à reeleição, Daniel Vilela (MDB), contra as gestões tucanas à frente do Palácio das Esmeraldas. O tucano defendeu a pré-candidatura do ex-governador Marconi Perillo (PSDB) ao governo e acusou que as falas não passam de “narrativa” criada diante da “inoperância”.“É revelador que, depois de oito anos no poder, o atual governo ainda precise recorrer a comparações com gestões encerradas há mais de uma década para tentar justificar seus próprios resultados. Quando falta entrega no presente, o passado vira alvo. E a corrupção toma conta do atual governo, onde Dani Boy quer ser aprendiz e herdeiro dos escândalos”, rebateu Sebba.O parlamentar afirma que os tucanos estão “prontos para comparar tudo” e citou suspeitas de corrupção. “Quem vendeu por R$ 10 milhões todo o complexo do Estádio Serra Dourada? Sendo que valeria no mínimo R$ 1,5 bilhão. Quem fez o Hospital Cora por R$ 2,5 bilhões? Mas o custo real é em torno de R$ 100 milhões”, disse.As afirmações respondem às falas e Caiado e Daniel durante entrega de veículos para 206 municípios, em Goiânia, quando houve antecipação do discurso para a eleição ao governo estadual do próximo ano. Os dois retomaram a busca por comparação com os governos do PSDB, com críticas e acusações principalmente ao último mandato de Marconi Perillo, e realizaram a convocação da base aliada para alcançar a “continuidade”.Ambos lembraram das dívidas recebidas em 2019 e apontaram as pendências da administração anterior com pagamentos de contrapartidas da saúde e transporte escolar junto às prefeituras. Além disso, Caiado e Daniel voltaram a imputar a existência de esquemas de corrupção nas gestões tucanas.Para Sebba, “os fatos são teimosos. E, à medida que o fim do governo se aproxima, o que se vê é um castelo de cartas montado à base de discurso, propaganda e comparação forçada. Pronto para desabar ao menor sopro da realidade”.O tucano citou o período em que o atual governo não pagou os serviços da dívida junto à União, seja por liminares do Supremo Tribunal Federal (STF) ou pela adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) e criticou que a gestão “não transformou isso em obras estruturantes, modernização do estado ou um novo ciclo de desenvolvimento”. “Não pagou a dívida e não entregou o que prometeu. Isso não é eficiência, é paralisia”, escreveu.O deputado estadual buscou utilizar os desgastes políticos das decisões para criação e cobrança da taxa do agro e as recentes elevações do ICMS sobre os combustíveis e criação de contribuição aos dependentes do Ipasgo Saúde. “O governo atual empurrou a conta para servidores públicos e produtores rurais. Mesmo assim, deixou desequilíbrio fiscal e rombo na receita. É o que aponta o Tribunal de Contas do Estado. Governo que cobra mais e entrega menos não se sustenta. E o castelo começa a balançar”, acredita Sebba.Caiado questionou, no discurso, o destino do recurso referente à venda da Celg Distribuição, em 2017, e apontou que “o dinheiro sumiu”. Sobre o destino dos recursos, o tucano aponta que, “nos governos do PSDB, prefeitos foram atendidos pelo Goiás na Frente, programa que levou obras e investimentos às cidades. O atual governo não pagou as duas últimas parcelas, obrigando prefeitos a paralisar obras”, afirmou o ex-presidente da sigla.“A comparação com os governos de Marconi Perillo e do PSDB não assusta. Pelo contrário. Foi nesse período que Goiás pagou dívidas, organizou as contas, investiu em infraestrutura, fortaleceu municípios, garantiu segurança hídrica e energética, virou referência nacional em políticas sociais e alcançou outro patamar de desenvolvimento econômico. Isso não é narrativa. É história”, avaliou Sebba.