Em assembleia realizada na manhã desta terça-feira (8), os servidores presentes aceitaram a proposta do governo de Goiás de pagar a data-base atrasada com a alíquota de 10,16%, ou seja, de acordo com a inflação. A decisão foi tomada em votação, durante manifestação feita em frente à antiga sede da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), na Alameda dos Buritis, nesta manhã.Na parte da tarde, às 14h, os líderes sindicais levarão o documento com o resultado da votação para o secretário estadual da Governadoria, Adriano da Rocha Lima. "Aceitamos essa proposta, ainda que parcial, para que o governador envie o projeto para a Assembleia e continuarmos requerendo o restante. Achamos que neste momento é o mais prudente", explica o presidente do Sindicato dos Funcionários do Fisco do Estado de Goiás (Sindifisco), Paulo Sérgio dos Santos Carmo. O governo não paga a data-base dos servidores desde 2016 e, no ano passado, enviou a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2022 sem a previsão do pagamento, o que gerou reação por parte das categorias. Diante da pressão, o governo anunciou, em fevereiro, que pagaria a reposição com o índice de 5,5%, bem abaixo dos esperados 25,5%.Depois, no dia 4 de março, o governo mudou o índice para 10,16%, de acordo com a inflação. Na época, a justificativa foi de que, por ter entrado no Regime de Recuperação Fiscal (RRF), havia impedimento legal de dar o reajuste acima da inflação. Apesar de ainda esperarem pela reposição de 25,5%, as categorias decidiram aceitar essa última proposta, na assembleia realizada nesta terça.