O STF (Supremo Tribunal Federal) tornou réus nesta segunda-feira (22) mais 250 pessoas acusadas de participar dos ataques golpistas do dia 8 de janeiro.

Esta é a quinta rodada de análise de denúncias apresentadas pela PGR (Procuradoria-Geral da República) após os atos antidemocráticos promovidos por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O julgamento começou na última terça-feira (16) e tinha prazo até as 23h59 desta segunda, mas às 19h todos os ministros já haviam votado.

Nesta análise estavam os casos dos que teriam incitado a animosidade das Forças Armadas contra os Poderes, em associação criminosa.

Eles foram presos na manhã do dia 9 de janeiro, no acampamento montado em frente ao quartel-general do Exército em Brasília, e compõem o grupo chamado de incitadores, sem envolvimento direto no vandalismo aos prédios.

Votaram pela abertura das ações penais contra este grupo os ministros Dias Toffoli, Rosa Weber, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Edson Fachin.

Leia também:

<a href="https://opopular.com.br/politica/adriana-accorsi-sera-suplente-na-cpmi-de-8-de-janeiro-1.3027570" target="_blank">-&nbsp;Adriana Accorsi será suplente na CPMI de 8 de janeiro</a>

<a href="https://opopular.com.br/politica/moraes-manda-soltar-anderson-torres-ex-ministro-de-bolsonaro-e-determina-uso-de-tornozeleira-1.3027497" target="_blank">-&nbsp;Moraes manda soltar Anderson Torres, ex-ministro de Bolsonaro, e determina uso de tornozeleira</a>

<a href="https://opopular.com.br/politica/pf-mira-empresarios-e-fazendeiros-em-operac-o-contra-suspeitos-de-financiar-ataques-golpistas-de-8-de-janeiro-1.3027259" target="_blank">-&nbsp;PF mira empresários e fazendeiros em operação contra suspeitos de financiar ataques golpistas de 8 de janeiro</a>

Eles seguiram o entendimento do ministro Alexandre de Moraes, que votou para receber as denúncias e transformar os acusados em réus. Já Kassio Nunes Marques e André Mendonça opinaram contra o recebimento.

Até o momento, 1.045 acusados já se tornaram réus no Supremo devido aos atos golpistas. O tribunal abriu 100, 200, 250, 245 e 250 ações penais, respectivamente, contra envolvidos.

Ao todo, 1.390 pessoas foram denunciadas pela PGR por envolvimento nos ataques. Em manifestações sobre o caso, a Procuradoria afirmou haver conjunto probatório para sustentar a acusação, como imagens, mensagens e testemunhos.

O material aponta a existência de uma situação estável e permanente de uma associação formada por centenas de pessoas para atentar contra as instituições.

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STF torna réus mais 250 denunciados pelos ataques do 8/1

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ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS

POP_CORPO_VANESSA_3_4_2025

<div attr-cid="policy:1.3248391" attr-version="policy:1.3248391:1743686314" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3248391" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3248391', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3248391">POP_CORPO_VANESSA_3_4_2025 (1.3248391)</a></div>

O corpo encontrado que pode ser da vendedora Vanessa Soares, de 24 anos, que estava desaparecida desde o dia 20 de março em Posse, no nordeste de Goiás, estava enterrado em uma estrada de chão na região de Guarani de Goiás, no norte do estado. Em um vídeo gravado pelo capitão Alan Barbosa, comandante da 10ª Companhia Independente de Bombeiro Militar de Posse, ele explica como o corpo foi encontrado&nbsp;na noite desta quarta-feira (2)&nbsp;(veja no vídeo acima).&nbsp;

<cite>Era uma pequena estrada de chão e nesse local nós encontramos o que provavelmente segundo as investigações é o corpo de Vanessa Soares. Estamos, portanto, encerrando oficialmente as buscas por Vanessa Soares feitas pelo Corpo de Bombeiros Militar do estado de Goiás”, disse o capitão. &nbsp;</cite>

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As buscas por Vanessa Soares contaram com ajuda do Corpo de Bombeiros, das polícias Militar e Científica. Segundo o capitão Alan Barbosa, o Corpo de Bombeiros atuou no caso com a ajuda de drones e cães farejadores.&nbsp;

Segundo o delegado responsável pelo caso, Iago Ideão, após a polícia confrontar o marido de Vanessa Soares, que está preso desde a última segunda-feira (31),&nbsp;mostrando ao suspeito todas as provas reunidas durante as investigações, ele contou onde estava o corpo da jovem.&nbsp;

<cite>Após confrontar o marido de Vanessa mostrando a ele todos os elementos que foram reunidos durante as investigações, ele não teve outra alternativa senão apontar onde estava o corpo da sua companheira”, disse o delegado em vídeo divulgado pela polícia.&nbsp;</cite>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/corpo-que-pode-ser-de-vendedora-desaparecida-em-posse-e-encontrado-diz-policia-1.3248347" target="_blank">Corpo que pode ser de vendedora desaparecida em Posse é encontrado, diz polícia</a>&nbsp; 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/corpo-que-pode-ser-de-vendedora-desaparecida-foi-encontrado-apos-marido-indicar-o-local-diz-delegado-1.3248369" target="_blank">Corpo que pode ser de vendedora desaparecida foi encontrado após marido indicar o local, diz delegado</a>&nbsp; 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/pai-de-vendedora-desaparecida-em-posse-desabafa-13-dias-de-angustia-1.3248041" target="_blank">Pai de vendedora desaparecida em Posse desabafa: '13 dias de angústia'</a>&nbsp;</div>

Ainda segundo Ideão, as investigações continuam a fim de esclarecer como o fato aconteceu. O homem, de acordo com o delegado, não confessou o crime. A polícia fará outro interrogatório e está aguardando os laudos que confirmarão a identidade.&nbsp;

Em nota enviada ao POPULAR nesta quinta-feira (3), a defesa do marido de Vanessa disse que "o&nbsp;corpo foi enviado para a cidade de Goiânia, onde passará por perícia mais minuciosa, para saber de fato como ocorreu a morte". Ainda segundo o advogado Leonardo Magalhães, eles "vão aguardar o desdobramento".&nbsp;

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Buscas por Vanessa Soares contaram com a ajuda do Corpo de Bombeiros, das polícias Militar e Científica (Reprodução/Redes sociais e Divulgação/Corpo de Bombeiros)

Relembre o caso&nbsp;

A vendedora desapareceu na madrugada do dia 21 de março em Posse. Segundo a família, a jovem foi vista pela última vez na noite do dia 20 dentro da residência&nbsp;do casal. Ele dormiu e, ao acordar por volta das 4h da manhã para ir ao banheiro, na volta percebeu que Vanessa não estava mais lá, relatou o pai dela, Manoel Motta.&nbsp;

Em entrevista ao POPULAR, o pai de Vanessa contou que a última pessoa a vê-la foi o esposo. Desde então, a família e a polícia realizavam buscas na tentativa de encontrá-la.&nbsp;

<cite>Ele saiu à procura dela, mas desde então a gente não teve mais notícia", contou o irmão de Vanessa, o empresário Valdinei Soares, de 28 anos, em entrevista ao POPULAR. &nbsp;</cite>

Ainda segundo o irmão, a vendedora havia deixado a aliança e o celular em casa e estava sem os documentos.

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Corpo foi encontrado enterrado em uma estrada de chão na região de Guarani de Goiás (Reprodução/Redes sociais e Divulgação/Corpo de Bombeiros)

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Corpo que pode ser de vendedora desaparecida foi encontrado enterrado em estrada de chão na região de Guarani de Goiás

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INVESTIGAÇÕES

Conteúdo analisado:&nbsp;<a href="https://projetocomprova.com.br/wp-content/uploads/2025/03/null-21.png" target="_blank">Posts</a>&nbsp;que questionam caso de advogado impedido de acompanhar julgamento no STF. Os conteúdos citam o Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), dizendo que isso não poderia ter ocorrido.

Onde foi publicado: X.

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Contextualizando:&nbsp;No dia 25 de março, o advogado Sebastião Coelho foi detido por desacato (e liberado em seguida) após ser proibido de entrar na sala em que ocorria o julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras sete pessoas por tentativa de golpe de Estado, na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).

Nas redes sociais, Coelho contou ter tentado entrar no local, mas disse ter sido impedido. O advogado afirma que isso não poderia ter ocorrido porque ele era “parte do processo”, referindo-se a seu cliente, Filipe Martins, ex-assessor especial de Assuntos Internacionais do ex-presidente Bolsonaro e um dos denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Martins foi citado na petição (PET) 12100, a mesma de Bolsonaro, mas seu julgamento está previsto para abril.

O STF afirma que ele foi impedido de entrar pois não havia se credenciado previamente para acompanhar o julgamento. Considerando a repercussão gerada pelo caso, com posts acusando o STF de ter violado o Estatuto da OAB, o Comprova contextualiza o cenário com o que dizem o estatuto, a OAB, o STF e outros advogados.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/comprova/entenda-a-proposta-de-tributac-o-de-dividendos-feita-pelo-governo-federal-1.3245180" target="_blank">Entenda a proposta de tributação de dividendos feita pelo governo federal</a> 
<a href="https://opopular.com.br/comprova/post-engana-ao-afirmar-que-estudo-concluiu-que-as-vacinas-contra-a-covid-19-n-o-s-o-seguras-1.3243393" target="_blank">Post engana ao afirmar que estudo concluiu que as vacinas contra a covid-19 não são seguras</a> 
<a href="https://opopular.com.br/comprova/entenda-a-medida-provisoria-que-cria-nova-linha-de-credito-consignado-para-trabalhadores-clt-1.3243369" target="_blank">Entenda a medida provisória que cria nova linha de crédito consignado para trabalhadores CLT</a></div>

<h2>OAB</h2>

A&nbsp;<a href="https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8906.htm" target="_blank">lei que dispõe sobre o Estatuto da OAB</a>&nbsp;diz, em seu artigo sétimo, ser direito do advogado ingressar livremente nos locais abaixo:

a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos (divisórias) que separam a parte reservada aos magistrados; b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presença de seus titulares; c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro serviço público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado; d) em qualquer assembleia ou reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, ou perante a qual este deva comparecer, desde que munido de poderes especiais.

Em&nbsp;<a href="https://www.oab.org.br/noticia/62997/nota-da-oab-sobre-o-advogado-detido-na-sessao-do-stf" target="_blank">nota</a>, a OAB Nacional comunicou que acompanha com atenção os desdobramentos da sessão e que “os fatos narrados serão apurados com responsabilidade”. A instituição ainda destacou que “todos os advogados com processos pautados tiveram garantido o pleno exercício da sustentação oral – uma prerrogativa basilar da advocacia e do devido processo legal”. O órgão também esclareceu que recebeu a representação de colegas que relatam cerceamento de defesa e informou que tratará do tema junto ao STF.

<h2>Supremo</h2>

Procurado por e-mail, o STF afirmou que Coelho “foi detido pela Polícia Judicial do Supremo Tribunal Federal em flagrante delito por desacato e ofensas ao tribunal” e que “o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, determinou a lavratura de boletim de ocorrência por desacato e, em seguida, a liberação do advogado”.

Ainda segundo o órgão, “havia orientação de credenciamento prévio por parte de advogados para participar da sessão da Primeira Turma”. “Aos advogados das partes e às partes é permitido acesso livre, mas os demais tinham que encaminhar os nomes. Por isso, o desembargador aposentado foi encaminhado para acompanhar o julgamento em telão instalado na Segunda Turma, mas se recusou.”

Coelho afirma que era advogado da parte, mas seu cliente não estava sendo julgado naquele dia. Questionado sobre isso, o STF afirmou que, “embora seja o mesmo processo (PET 12100), o acusado que o ex-desembargador defende, Filipe Martins, não faz parte do Núcleo 1 (ou Núcleo Crucial), cuja denúncia foi analisada esta semana”, afirmou o STF.

Martins faz parte do Núcleo 2, que deve ser julgado em 29 e 30 de abril.

<h2>Interpretação</h2>

Consultados pelo Comprova, advogados divergem sobre o caso. Pedro Paulo de Medeiros, criminalista e conselheiro federal da OAB, reforça que o Estatuto da Ordem diz que os advogados podem entrar em qualquer repartição, “mas tem que interpretar a lei”.

De acordo com ele, deve-se interpretar o estatuto de acordo com medidas de segurança. “Sabemos dos riscos e ameaças a que os ministros do Supremo estão submetidos, então, precisa haver precaução, por isso o cadastramento prévio”, diz ele. “Além disso, ele (Coelho) não era advogado de nenhum cliente que estava sendo julgado.”

Já o também criminalista Fernando Capano tem outra interpretação. “O que me parece muito difícil de aceitar é que ele é um advogado regularmente nomeado nos autos para tutelar os interesses de um dos réus. E não é um processo julgado de maneira compartimentalizada. São grupos distintos, em sessões distintas, mas é um processo só”, diz.

Para Capano, Coelho não poderia ter sido impedido de entrar na sala. “Vamos supor que eu sou advogado nomeado nos autos e o processo está sendo julgado. Eu, obviamente, tenho interesse até mesmo em avaliar qual é o tom adotado pelos ministros, e eu sou impedido de adentrar a sessão? Isso me parece um problema gravíssimo.”

<h2>Ameaças</h2>

Às vésperas do julgamento de recebimento da denúncia contra Bolsonaro, o STF registrou um aumento no número de ameaças feitas à Corte. A maioria dos ataques ocorreu por meio da central telefônica do tribunal e por e-mail. Conforme&nbsp;<a href="https://oglobo.globo.com/blogs/malu-gaspar/post/2025/03/stf-registra-ameacas-e-xingamentos-nas-vesperas-de-julgamento-de-bolsonaro.ghtml" target="_blank">apuração do blog da jornalista Malu Gaspar</a>, no jornal O Globo, o clima de hostilidade levou a Ouvidoria do STF a recomendar a criação de um plano de segurança especial para o julgamento.

O STF é alvo de constantes intimidações. Entre o atentado de 8 de janeiro e o início de novembro de 2024,&nbsp;<a href="https://www.poder360.com.br/poder-justica/stf-recebeu-cerca-de-1-000-ameacas-desde-o-8-de-janeiro/" target="_blank">a Corte recebeu ao menos mil ameaças por diferentes meios</a>. No dia 13 de novembro do ano passado, o chaveiro Francisco Wanderley Luiz,&nbsp;<a href="https://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/1815666807897641-saiba-quem-e-francisco-wanderley-luiz-o-tiu-franca-morto-em-explosao-em-brasilia" target="_blank">conhecido como Tiu França,&nbsp;morreu após explodir um artefato em si mesmo na Praça dos Três Poderes, em frente ao STF</a>. Menos de 24 horas depois do ataque,&nbsp;<a href="https://www.cnnbrasil.com.br/politica/ameacas-stf-recebe-e-mails-anonimos-apos-atentado/" target="_blank">o tribunal recebeu pelo menos oito e-mails em acordo com a ação do homem-bomba</a>.

<h2>O advogado</h2>

Sebastião Coelho é magistrado aposentado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) e do Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF).

Ele renunciou ao cargo de corregedor em 2022 e, em 2024, o&nbsp;<a href="https://www.cnj.jus.br/cnj-vai-investigar-conduta-de-desembargador-acusado-de-incitacao-a-atos-golpistas/" target="_blank">Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu processo administrativo disciplinar contra Coelho</a>&nbsp;por suspeita de incitação a atos golpistas da época em que ele ainda estava na ativa.

Segundo o CNJ, Coelho renunciou “ao cargo de corregedor eleitoral em agosto de 2022, três dias após o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes assumir a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”. Ainda de acordo com o órgão, ele “fez discursos contrários ao ministro, afirmando que Moraes incitou guerra em seu discurso de posse” e “participou de uma série de eventos políticos no acampamento montado após as eleições de 2022 no Quartel-General do Exército, em Brasília”.

O Comprova tentou contatar Coelho e Edson Marques, advogado que o acompanhava durante o julgamento, mas não houve resposta até a publicação deste texto.

Fontes consultadas: O Comprova entrou em contato com a OAB, STF e os advogados citados acima.

Por que o Comprova contextualizou este assunto: O Comprova monitora conteúdos suspeitos publicados em redes sociais e aplicativos de mensagem sobre políticas públicas, saúde, mudanças climáticas e eleições. Quando detecta nesse monitoramento um tema que está sendo descontextualizado, o Comprova coloca o assunto em contexto. Você também pode sugerir verificações pelo&nbsp;<a href="https://api.whatsapp.com/send?l=pt_pt&amp;phone=5511970454984&amp;text=Quero%20enviar%20um%20conte%C3%BAdo" target="_blank">WhatsApp +55 11 97045-4984</a>.

Para se aprofundar mais: Sobre o mesmo caso, o&nbsp;<a href="https://www.estadao.com.br/estadao-verifica/desembargador-preso-ordem-alexandre-de-moraes-enganoso/" target="_blank">Estadão Verifica</a>&nbsp;publicou que Coelho foi detido em flagrante e liberado, não preso por ordem de Alexandre de Moraes. O Comprova já mostrou que&nbsp;<a href="https://projetocomprova.com.br/publica%C3%A7%C3%B5es/post-engana-ao-afirmar-que-moraes-atropelou-competencia-do-superior-tribunal-militar/" target="_blank">é enganoso um post que afirma que Moraes atropelou a competência do Superior Tribunal Militar ao decidir que cabe ao STF julgar os militares envolvidos nos atos de 8 de janeiro em Brasília</a>. Outras duas verificações mostraram que&nbsp;<a href="https://projetocomprova.com.br/publica%C3%A7%C3%B5es/imagens-do-8-de-janeiro-nao-foram-vazadas-e-nem-provam-que-lula-armou-invasao/" target="_blank">não é verdade que o presidente Lula (PT) armou a invasão</a>&nbsp;e que&nbsp;<a href="https://projetocomprova.com.br/publica%C3%A7%C3%B5es/video-com-policial-nao-prova-que-invasao-ao-congresso-foi-farsa/" target="_blank">o atentado não foi uma “farsa”</a>. Na seção Comprova Explica você pode ler também que&nbsp;<a href="https://projetocomprova.com.br/publica%C3%A7%C3%B5es/operacao-shadow-nao-mostra-que-ha-organizacao-criminosa-dentro-do-stf-entenda/" target="_blank">a Operação Shadow não mostra que há organização criminosa dentro do STF</a>.

Entenda caso de advogado impedido de entrar em julgamento do STF

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COMPROVA

<img attr-cid="policy:1.3246229" attr-version="policy:1.3246229:1743165588" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3246229/2f004408-9d41-4b34-9580-e3d98c487874.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Ex- presidente Jair Bolsonaro e Presidente Lula (Montagem/ Redação O Popular / Divulgação/ Ricardo Stuckert)

O presidente Lula (PT), no final de uma visita de Estado ao Japão, afirmou que "é visível" que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contribuiu para um plano de assassiná-lo e em uma articulação de golpe.

Bolsonaro se tornou réu com outros sete acusados de integrar o núcleo central da trama golpista de 2022 nesta quarta-feira (26). A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) abre caminho para julgar o mérito da denúncia até o fim do ano.

<cite>"Se ele tiver culpado, ele tem que se contentar com a punição. Isso vale para todos os 213 milhões de habitantes. Então, ao invés de chorar, cai na realidade e saiba que você cometeu um atentado contra a soberania desse país", disse Lula, ao ser questionado em entrevista coletiva sobre a decisão do Supremo.</cite>

<a href="https://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 85, 128); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; outline: 0px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

O presidente criticou o adversário por pedir anistia sem que exista um processo julgado e afirmou que espera que a Justiça cumpra o seu papel. Para Lula, quem pede anistia antes de julgamento "está dizendo que foi culpado".

<cite>"Como não tem como provar que não tentou dar um golpe, faz provocação com a sociedade." diz</cite>

<img attr-cid="policy:1.3246222" attr-version="policy:1.3246222:1743165037" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3246222/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site (31).jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Presidente Lula no Japão (Divulgação/ Ricardo Stuckert)

As declarações foram dadas em Tóquio, na manhã desta quinta-feira (27) no Japão, noite de quarta no horário brasileiro. Lula viajará na sequência para o Vietnã.

<cite>"É visível que o ex-presidente tentou dar um golpe no país. É visível, com todas as provas, que ele tentou contribuir para o meu assassinato, para o assassinato do vice-presidente [Geraldo Alckmin], para o assassinato do ex-presidente da Justiça Eleitoral brasileira [Alexandre de Moraes]. Não adianta agora ele ficar fazendo bravata dizendo que está sendo perseguido."</cite>

<div class="p-readmore-box" style="font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif;"><a href="https://opopular.com.br/politica/bolsonaro-vira-reu-por-tentativa-de-golpe-de-estado-1.3245459" target="_blank">Bolsonaro vira réu por tentativa de golpe de Estado</a>&nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; <a href="https://opopular.com.br/politica/stf-retoma-julgamento-de-bolsonaro-com-voto-de-moraes-veja-os-proximos-passos-1.3245328" target="_blank">STF retoma julgamento de Bolsonaro com voto de Moraes; veja os próximos passos</a></div>

Lula disse ainda que não conhece os autos do processo, mas que todos sabem o que aconteceu no país e que espera que o Supremo "vote com coerência". Também afirmou que o STF está agindo após investigação de meses e meses "muito bem feita" pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. "E com muita delação de gente importante que está acusando."

O presidente também fez uma menção a sua prisão na Operação Lava Jato e disse que não teve, na ocasião, direito à presunção de inocência, além de ver barrada sua candidatura na eleição de 2018.

<cite>Só espero que se faça justiça. Não dou palpite." afirmou.</cite>

Nesta quarta, Bolsonaro criticou Alexandre de Moraes ao comentar a decisão e retomou a ofensiva contra o sistema eleitoral, iniciada antes mesmo de se eleger presidente da República em 2018.

Em vez de chorar, caia na realidade, diz Lula sobre Bolsonaro virar réu no STF

Mais do que se agarrar a um fiapo de esperança com as sinalizações do ministro Luiz Fux no Supremo, o ex-presidente Jair Bolsonaro joga suas fichas na anistia, que finge ser para os vândalos de 8/1, mas foi feita para ele no Congresso. O Supremo está atento e já posicionou seus canhões contra o projeto, ampliou novamente o foro privilegiado para quem é acusado de crimes cometidos em mandatos anteriores e já usa na prática a mudança ao puxar de volta um processo contra Gilberto Kassab, “dono” do PSD, que estava na primeira instância

O inquérito, por suposta propina de R$ 16 milhões da JBS, foi enviado por Alexandre de Moraes para a primeira instância em 2019 e acaba de ser trazido pelo mesmo &nbsp;Moraes para o STF. &nbsp;Em sequência, entre fevereiro e março, Kassab se reuniu com Bolsonaro, a anistia ganhou tração no PSD e no próprio Congresso, o STF mudou o entendimento sobre foro e o caso contra Kassab voltou ao STF. Kassab vai liberar o PSD a favor de Bolsonaro e contra o STF? Difícil... Está aberta uma guerra entre Judiciário e Legislativo. E o Executivo &nbsp;tem lado.

Pelo Placar da Anistia do Estadão, 190 dos 513 deputados eram a favor da anistia até ontem, mas muitos se dizem favoráveis só para os estúpidos do 8/1, não para Bolsonaro e os cabeças do golpe, e vai caindo a ficha de que seria um ataque ao STF, que revidaria e Kassab é só uma advertência. Jogue a primeira pedra quem não tem nenhum probleminha na Justiça, com emendas, desvios e processos eleitorais. Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Hugo Motta? Quantos deputados e senadores?

Na frente jurídica, Bolsonaro está de olho em Fux, que tenta marcar uma posição garantista e fugir do “efeito manada”, em que todos votam da mesma forma. Mas gostaria de ser o novo Marco Aurélio Mello, sempre “do contra”, na direção oposta dos colegas? Apesar de pedir vistas no caso da cabeleireira Débora Santos, a do “Perdeu, mané”, e de defender que o julgamento do “núcleo crucial” do golpe fosse no plenário, Fux manteve a unanimidade da Primeira Turma para acatar a denúncia da PGR e tornar réus Bolsonaro e líderes militares.

Assim, Fux se tornou uma incógnita e está no centro das questões mais nevrálgicas do julgamento: foro privilegiado, Primeira Turma ou plenário, delação de Mauro Cid, tentativa e golpe efetivo, dosimetria de penas. Mas o radar principal dos réus não está na Justiça, mas, sim, na política, menos nos ministros do STF e mais nos deputados e senadores. E eles estão mais preocupados em salvar a própria pele do que a de Bolsonaro. O Supremo sabe disso, como sabe ser bem “convincente”.

Eliane Cantanhêde, jornalista