Concluir obras, observar a tendência de crescimento da despesa com pessoal, ampliar a cobertura da saúde pública, enfrentar a falta de vagas para o ensino infantil e criar mecanismo para diminuir o déficit atuarial da previdência estão entre temas relevantes que devem ser enfrentados pelo próximo prefeito da capital. Os itens foram mencionados no relatório “Desafios de Goiânia”, elaborado pelo Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO) e entregue, nesta quinta-feira (17), aos candidatos Fred Rodrigues (PL) e Sandro Mabel (UB).

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Dentro da área de gestão fiscal, orçamentária e patrimonial, o documento aponta que o gasto com folha de pagamento está crescendo desde o exercício de 2022 e atualmente se aproxima do limite de alerta estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Os dados do tribunal apontam que esta despesa do Executivo em 2023 correspondeu a 49,84% da receita corrente líquida (RCL). O limite prudencial é de 51,3%. Para os municípios, a despesa com pessoal pode alcançar o máximo de 60% da RCL, sendo 54% para o Executivo e 6% para o Legislativo.

Além disso, de acordo com o relatório, “diversos órgãos da administração direta e indireta do Poder Executivo do município de Goiânia” ainda não se adaptaram ao Colare Pessoal, plataforma do TCM-GO que as prefeituras do estado devem usar para encaminhar à instituição informações de atos de pessoal, vida funcional (descrição de trajetória e regime jurídico dos servidores) e folha de pagamento.

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O documento também aponta que a declaração da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) como empresa dependente economicamente da Prefeitura “pode impactar de forma significativa na despesa de pessoal do município de Goiânia, com possível extrapolação dos limites previstos na legislação”. Em junho, o TCM-GO confirmou a dependência. Uma proposta de termo de ajustamento de gestão (TAG) apresentado pelo Paço está sob análise do tribunal, mas este tipo de instrumento não pode ser firmado devido à proximidade com o fim do mandato.

No relatório, o TCM-GO cita ainda que a administração possui saldo elevado de crédito inscrito na dívida ativa. Segundo o documento, em 2023, foram inscritos R$ 457,6 milhões, com o recebimento de R$ 182,7 milhões. A dívida ativa é formada por créditos de natureza tributária e não tributária devidos à Fazenda Pública, que não foram pagos dentro de prazo estabelecido por decisão judicial ou por lei. “O controle e a gestão adequada da dívida ativa são essenciais para maximizar a arrecadação e garantir a saúde financeira do órgão ou entidade responsável”, informou o tribunal.

O presidente do TCM-GO, Joaquim de Castro, afirmou que o relatório é “uma contribuição para o debate” e “uma reflexão para os candidatos”. “São problemas que vão se perpetuando e que precisam ser resolvidos”, disse Castro. O evento também marcou o lançamento do evento Transição de Mandatos, marcado para 19 de novembro.

<h2>Prioridades</h2>

Ao receber o relatório, Fred afirmou que, se for eleito, a prioridade da sua gestão será a saúde. O candidato fez críticas ao desempenho da área atualmente e disse que “não falta dinheiro”, argumentando que os municípios devem aplicar o mínimo de 15% da receita nesta área e a capital usa 21%. Fred voltou a citar o objetivo de escolher “pessoas técnicas” para ocupar cargos em sua gestão.

Mabel também mencionou questões relacionadas à saúde do município, como o porcentual elevado de recursos aplicados e falta de resultados na ponta. “É um problema de gestão”, afirmou. O candidato fez elogios à iniciativa do TCM e disse que parte das sugestões vai ao encontro do diagnóstico que sua equipe fez.

Na educação, o documento afirma que a Prefeitura deve elaborar um novo relatório para monitorar e avaliar o Plano Municipal de Educação, com objetivo de orientar de forma mais eficiente a futura gestão no cumprimento e melhorias de indicadores. Os dados do tribunal apontam que, entre novembro de 2023 e janeiro de 2024, foi apurado déficit aproximado de 10 mil vagas em creches e 8 mil vagas em pré-escolas.

Já na saúde, a instituição citou como desafio, entre outros pontos, a necessidade de existir regularidade do repasse financeiro à rede conveniada do Sistema Único de Saúde (SUS). “Em diversas ocasiões o TCM-GO já identificou a suspensão dos atendimentos pela rede conveniada em decorrência do atraso da remuneração das instituições conveniadas, que dependem de um fluxo de caixa regular para se manterem operacionais”, informa o documento.

Nesta área, o documento do tribunal menciona que o município deve ampliar a cobertura populacional na atenção básica à saúde. O TCM-GO destaca que o índice é de 54,5%. O porcentual é do Ministério da Saúde, consultado em dezembro de 2023.

A instituição sugeriu ainda implementar alíquota de contribuição suplementar para amortização do déficit atuarial do plano previdenciário do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS).

Para a área de infraestrutura, o tribunal mencionou a relevância da conclusão da obra do BRT Norte-Sul.

TCM cita folha e obras entre maiores desafios em Goiânia

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Matéria - Política

Eleições 2024

O prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), já avalia a possibilidade de estender por cerca de seis meses os decretos já previstos de estado de calamidade pública nas áreas de Finanças e Saúde, a partir do início do seu mandato, em 1º de janeiro do ano que vem. A medida é considerada por aliados como essencial para “arrumar a casa” diante da situação crítica das contas municipais e do colapso da Saúde, garantindo a manutenção de serviços.

Um dos principais intuitos com a adoção do estado de calamidade pública é permitir ao novo governo revisar contratos, limitar a realização de novos empenhos e negociar dívidas com maior flexibilidade, evitando a interrupção de serviços essenciais na capital. Além disso, a medida deve possibilitar a liberação de créditos extraordinários por parte do governo federal, fornecendo fôlego e mais tranquilidade para a administração financeira da cidade nos primeiros 180 dias de gestão.

Em entrevista nesta sexta-feira (13), Mabel afirmou que o decreto de calamidade pública na Saúde buscará acelerar processos e negociações também com o governo federal. Como exemplo, mencionou que foi informado sobre um aporte de R$ 35 milhões que a ministra Nísia Trindade (Saúde), em articulação com o senador Jorge Kajuru (PSB), já teria garantido para Goiânia a partir deste ano em virtude do colapso na área.

Segundo o futuro prefeito, a medida também facilitará compras emergenciais de medicamentos e outros insumos. “Tem uma série de processos que precisam ser feitos nessa área da Saúde, e a calamidade ajuda nesses processos”, justificou.

Na área financeira de Goiânia, o foco será garantir ações emergenciais e reequilibrar as contas do município. Mabel voltou a dizer que a capital possui uma dívida estimada em R$ 1,6 bilhão, incluindo R$ 500 milhões apenas na Saúde. Ele destacou a gravidade dos problemas previdenciários e a pressão de pagamentos de precatórios.&nbsp;

“O município não suporta, definitivamente não suporta. O dado de R$ 1,6 bilhão não é oficial. É o que nós estamos estimando, conforme foi aparecendo as contas. Estou falando esse número já faz tempo. Nós temos que priorizar áreas, outras demandam mais tempo”, reforçou Mabel.

“É uma prerrogativa do prefeito decretar calamidade pública. É o instrumento jurídico adequado. E aí, decretando calamidade pública, ele concentra os esforços financeiros e administrativos para solucionar aquela crise. Assim, ele afasta algumas regras de controle financeiro, para o fim de contornar a crise”, explica o procurador do município, Brenno Kelvys Marques.

O procurador reforça que o tempo do decreto vai de acordo com a necessidade administrativa que for “enxergada ali no momento”. “E isso vai depender da situação que ele encontrar e o que os órgãos vão informar a ele.” A legislação, diz Kelvys, não delimita e não limita a quantidade de dias ou meses que pode ter o estado de calamidade.

Em elaboração

Um membro da equipe de transição do futuro prefeito afirmou que os decretos ainda estão em fase de elaboração e a redação final será concluída nas próximas semanas com base em informações que o grupo está levantando das secretarias.&nbsp;

Nesta sexta, Mabel também anunciou que além dos dois decretos de calamidade, pretende publicar outros 40 logo no primeiro dia de gestão. O objetivo principal será dar maior agilidade às ações e destravar processos, segundo ele. Além disso, o pacote deve incluir projetos de lei a serem enviados à Câmara Municipal de Goiânia para ajustes estruturais. “Quanto mais rápido a Câmara puder fazer, melhor”, disse.

Conforme antecipado pela coluna Giro, Mabel pretende centralizar a administração financeira da Prefeitura. Os decretos de calamidade permitirão restringir a autonomia de secretários para autorizar despesas, além de suspender novos empenhos e possibilitar a prorrogação do vencimento de contratos de curto prazo.

O objetivo é assegurar a continuidade dos serviços essenciais, evitando que fornecedores rescindam contratos unilateralmente enquanto a nova gestão negocia soluções para o reequilíbrio financeiro. A proposta de Mabel surge para contornar a grave crise atual em Goiânia.&nbsp; 
Na Saúde, o colapso na rede municipal levou o Ministério Público de Goiás (MP-GO) a solicitar intervenção estadual, já iniciada. O cenário inclui escassez de insumos, falta de medicamentos, carência de profissionais e leitos de UTI.&nbsp;

O agravamento culminou na prisão do então titular da pasta, Wilson Pollara, e de dois outros membros da cúpula da secretaria. Sua sucessora, Cynara Mathias, permaneceu apenas sete dias no cargo e, em seu lugar, assumiu Pedro Guilherme Gioia de Moraes, que chefiou a pasta por outros seis dias. Agora, a gestão da Saúde está sob o comando do interventor estadual, o médico Márcio de Paula.

Já no campo financeiro, as contas do município preocupam a equipe de transição de Mabel desde o início da transição. O futuro secretário da Fazenda, Valdivino Oliveira, afirmou que a receita estimada para 2025 pela administração atual está superestimada em cerca de R$ 650 milhões, projetando um déficit significativo para o próximo ano.&nbsp;

A última vez que a Prefeitura de Goiânia decretou estado de calamidade pública foi durante a pandemia de Covid-19. Sob a gestão de Iris Rezende (MDB), o decreto foi instaurado em março de 2020 e permaneceu em vigor até 2022, permitindo ao município lidar com os desafios impostos pela crise sanitária e organizar as atribuições dos órgãos públicos para enfrentar a situação emergencial.

Mabel avalia estender estado de calamidade por seis meses

Prefeitura de Goiânia

O prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), anunciou na manhã desta sexta-feira (13) os nomes que comandarão as secretarias municipais de Governo e da Casa Civil, a Controladoria-Geral do Município (CGM) e a sua Chefia de Gabinete a partir do ano que vem. Conforme antecipou O POPULAR em 29 de novembro, duas futuras secretárias, agora confirmadas, são vinculadas à Câmara de Goiânia: a vereadora não reeleita Sabrina Garcêz (Republicanos), que comandará a pasta de Governo; e a advogada e atual diretora legislativa, Gabriela Machado Tejota, que assumirá a Casa Civil. Além delas, Mabel anunciou o advogado Juliano Gomes Bezerra para a CGM, e o ex-servidor estadual Thiago Ferreira para a sua chefia de Gabinete. Em meio à insatisfação de parlamentares com suas declarações que garantem o contingenciamento de cargos comissionados na Prefeitura, o futuro prefeito afirmou que “tem procurado evitar” esse tipo de barganha com vereadores, mas ressaltou que não é contrário à nomeação de pessoas ligadas ao Legislativo municipal.“Elas não são (fruto de indicação)”, disse Mabel sobre Sabrina e Gabriela. “Eu não tenho nada contra nomear pessoas da Câmara, algum vereador. Eu estou procurando evitar, uma vez que eles já têm os cargos deles, e temos outras pessoas”, prosseguiu o prefeito eleito, em entrevista coletiva na Federação das Indústrias de Goiás (Fieg).Com o anúncio desta sexta, o secretariado de Mabel já soma sete nomes confirmados, incluindo Valdivino Oliveira (Fazenda), Giselle Faria (Educação) e Luiz Pellizzer (Saúde). Além desses, o Conselho de Administração da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) aprovou, ainda na manhã desta sexta, a indicação do coronel Cleber Aparecido Santos, da Polícia Militar de Goiás, para a presidência da empresa.JustificativasMabel justificou a escolha de Sabrina para a secretaria de Governo mencionando a relação profissional de anos atrás entre os dois. Ele ressaltou também que a experiência como parlamentar contribui para a interlocução política e destacou que a decisão final contou com o aval do partido da vereadora, o Republicanos. “Logicamente teve a aquiescência do partido dela também, não é só escolha minha. Eles também são responsáveis por ela”, afirmou o prefeito eleito.Sobre Gabriela, indicada para a Casa Civil, Mabel destacou seu trabalho na equipe de transição. Ele mencionou que a conhece “há muito tempo” porque é padrinho do deputado estadual Lincoln Tejota (UB), com quem Gabriela é casada. No entanto, o convite, segundo Mabel, ocorreu “sob protesto” do presidente da Câmara, Romário Policarpo (PRD). O futuro prefeito também anunciou que o ex-secretário Jairo da Cunha Bastos, atual membro da equipe de transição, será subchefe da Casa Civil. Juliano Bezerra, que já foi controlador-geral do município, retornará ao cargo no governo Mabel com foco em identificar e corrigir problemas estruturais. Ele apontou como principal desafio da Controladoria o diagnóstico de gargalos, contratos mal feitos e atas de procedência duvidosa, com o objetivo de sanear todas as áreas e garantir maior governança. Já Thiago Ferreira, escolhido como chefe de Gabinete, atuou na pré-campanha do prefeito eleito, coordenando sua agenda e o cerimonial. Com 25 anos de experiência no serviço público estadual, ele foi assessor do Cerimonial do Governador por 16 anos e, posteriormente, chefiou o cerimonial do então vice-governador Lincoln Tejota. Em 2022, integrou a campanha de Gustavo Mendanha na disputa pelo governo de Goiás.

Mabel anuncia outros quatro auxiliares

Durou apenas 29 minutos a permanência do prefeito Rogério Cruz (SD) na sua prestação de contas relativa ao segundo quadrimestre de 2024, em audiência pública da Comissão Mista da Câmara Municipal de Goiânia, na manhã desta sexta-feira (13). Após uma rápida fala e passar a apresentação dos dados orçamentários para o secretário municipal de Finanças, Cleyton Menezes, o prefeito deixou a sala de reuniões da presidência da Casa.Cruz alegou um compromisso com membros da equipe de intervenção na Saúde e do Ministério Público de Goiás (MPGO) e abandonou a reunião repentinamente, sem aguardar os questionamentos dos vereadores, gerando um clima de insatisfação e protesto entre os presentes. De acordo com o presidente da Comissão Mista, Cabo Senna (PRD), o prefeito informou uma reunião com a equipe de transição, que contaria com a presença da promotora de Justiça Marlene Nunes, do secretário de Saúde, Pedro Guilherme Gioia, e do interventor estadual na área, Márcio de Paula Leite, além de membros da Procuradoria Geral do Município (PGM). A informação foi repassada por Senna logo após o chefe do Executivo municipal se ausentar.Com a saída de Cruz, os vereadores expressaram insatisfação e, devido à ausência do prefeito, decidiram não dar continuidade à audiência. O POPULAR procurou a equipe de transição do prefeito eleito, Sandro Mabel (UB), e o gabinete de crise da Saúde municipal, que informaram, por mensagem, que não houve reunião com Cruz na manhã desta sexta. À reportagem da TV Anhanguera, a promotoria do MPGO também negou encontro com o prefeito no período. Em nota, a assessoria de Cruz afirmou que o compromisso do prefeito era outro, também sobre a Saúde.Segundo o texto, Cruz não disse ao presidente da comissão que teria uma reunião com a promotora e a equipe de intervenção. “Após a apresentação integral dos dados financeiros, (Cruz) informou ao presidente da Comissão Mista que se ausentaria para reunião agendada com a equipe da secretaria municipal de Saúde. Ele não mencionou reunião com a promotora, nem equipe de transição, e não presenciou a fala do presidente da Comissão Mista após sua saída”, diz a nota. Senna lembrou que a legislação não prevê sanções para a ausência do prefeito e sugeriu que, em uma próxima atualização, sejam estabelecidas medidas para essas situações. Apesar da saída de Cruz, o titular e a equipe da secretaria municipal de Finanças (Sefin) permaneceram, já que a Lei de Responsabilidade Fiscal exige apenas a presença do secretário da pasta para a prestação de contas. ReaçõesVereadora de oposição, Kátia Maria (PT) definiu o episódio como “lastimável”, posto que a prestação de contas é “a oportunidade de mostrar à sociedade e defender-se de toda crise instalada no município de Goiânia”. “Nós queremos saber onde foram parar os recursos da Saúde. É lastimável. É um desrespeito”, disse a petista. Aava Santiago (PSDB) afirmou que considera todo o final de gestão de Cruz como “melancólico” e com “notas de cinismo”. “Quem acompanha as prestações de contas, deve se lembrar que elas eram superlotadas, cheias de vereadores, cheias de secretarias, assessores, claque. Na hora que o prefeito é derrotado, sai desgastado, com gestão cheia de problemas, aí as pessoas que vinham aqui aplaudir desaparecem?”, questionou a tucana. Atrasada, a prestação de contas foi marcada após Senna enviar ofício ao Paço Municipal, no dia 4 de dezembro, comunicando que Cruz deveria comparecer à Câmara de Goiânia para a audiência pública no dia 13. Diante da delicadeza do atual cenário, o Giro mostrou que o prefeito chegou a cogitar a possibilidade de não participar da apresentação aos vereadores. No período em que esteve na Casa, Cruz leu um discurso no qual defendeu o legado de suas obras, destacando avanços no orçamento e a alta na arrecadação. “Fica minha gratidão e reconhecimento de que tudo que fizemos juntos teve uma resposta positiva. Deixo, sim, o meu legado. Muitas coisas foram feitas na nossa cidade, muitas obras foram entregues, muitas desenvolvidas e muitos projetos foram apresentados com o apoio desta Casa”, disse o prefeito. DadosA Prefeitura informou déficit de R$ 349 milhões na receita líquida no segundo quadrimestre. Contudo, a Sefin apontou que, apesar do resultado negativo, o fato foi compensado pelo superávit dos exercícios financeiros anteriores. De acordo com a pasta, a receita total alcançou R$ 5,93 bilhões, enquanto as despesas somaram R$ 6,28 bilhões. A Dívida Consolidada Líquida (DCL) também registrou um aumento significativo, saltando para R$ 821,1 milhões no segundo quadrimestre deste ano, contra R$ 321 milhões no mesmo período do ano passado. Em 2022, o Paço havia registrado um superávit financeiro de R$ 213,40 milhões no total.A Sefin também informou que A Prefeitura investiu acima do mínimo exigido na Saúde. Enquanto o porcentual mínimo estipulado é de 15%, os investimentos foram de 22,17%, totalizando R$ 896,3 milhões. Contudo, o índice para Educação ficou abaixo de 25% com um investimento de 22,83%, totalizando R$ 850,3 milhões. Quanto à execução das emendas impositivas, recursos do orçamento destinados a partir de indicações dos vereadores, o valor aplicado foi de R$ 18,567 milhões – o que corresponde a 89,41% do total orçado.

Cruz abandona prestação de contas depois de 29 minutos

Câmara de Goiânia

MP pede intervenção na área da saúde em Goiânia

Após quase dois meses de suspensão, a Prefeitura de Goiânia fez pagamentos à empresa Transmédica, que presta serviço de home care a pacientes da saúde municipal e o atendimento retornou integralmente na quinta-feira (12). A informação foi confirmada ao POPULAR pelo diretor técnico da empresa, Rodrigo Cleto.

“O pagamento foi parcial. Pagou-se apenas duas parcelas das seis que estão abertas. Neste mês, completa a sétima [parcela] aberta”, afirmou.

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Rodrigo Cleto explicou que, durante quase dois meses, o atendimento em home care ficou parcialmente suspenso.&nbsp;

“Os pacientes mais graves continuaram com atendimento e os pacientes menos graves nós retiramos a equipe multidisciplinar, parte de fonoaudiologia, psicologia, fisioterapia”, destacou.&nbsp;

O POPULAR questionou a Prefeitura de Goiânia sobre quando o restante dos débitos serão quitados, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/mp-go-define-com-sms-como-pagar-debitos-de-setembro-da-saude-em-goiania-1.3208499" target="_blank">MP-GO define com SMS como pagar débitos de setembro da Saúde em Goiânia</a> 
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<h2>Alívio&nbsp;</h2>

As quase 30 famílias que utilizam o serviço de home care na capital receberam com alívio a notícia da retomada dos atendimentos.&nbsp;

“Nos recebemos o comunicado da empresa Transmédica, e já recebi o comunicado da técnica que vem para minha casa, cuidar da Elisa. Eu sei que eu posso trabalhar e a Elisa está sendo cuidada por uma pessoa responsável, por uma pessoa amiga”, afirmou Renata Gomes Dias, avó da pequena Elisa, em entrevista à TV Anhanguera.&nbsp;

A mãe de Davi Lucas também comemorou a continuidade do tratamento do filho. “Eu estou muito feliz com o comunicado que eu recebi, do retorno dos profissionais do home care. Eles retornam os atendimentos da fisioterapeuta, fonoaudióloga e dos técnicos de enfermagem 24 horas”, destacou Letícia Heliodoro de Moura, em entrevista à TV Anhanguera.

<h2 style="font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; color: rgb(0, 0, 0); text-rendering: optimizelegibility;">Crise na Saúde&nbsp;</h2>

O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) pediu, no último dia 6, um pedido de&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/cidades/mp-go-pede-intervenc-o-do-estado-na-area-da-saude-de-goiania-1.3207484" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none;" target="_blank">intervenção estadual na área da Saúde</a>&nbsp;do Município de Goiânia, com implicações na área de finanças relacionadas ao setor. A representação foi protocolada pelo procurador-geral de Justiça de Goiás, Cyro Terra Peres.

A peça apresentada ao Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) contém 75 páginas e detalha um cenário de colapso no sistema de saúde pública local, caracterizado por violações sistemáticas aos direitos fundamentais à vida e à saúde, além de descumprimentos reiterados de decisões judiciais.

<div attr-cid="policy:1.3208312" attr-version="policy:1.3208312:1733767295" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3208312" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3208312', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3208312">MP pede intervenção na área da saúde em Goiânia (1.3208312)</a></div>

<h2>Interventor na Saúde</h2>

O prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil) confirmou, na manhã de terça-feira (10), o nome de Márcio de Paula como interventor na saúde da capital.&nbsp; A validação foi informada pelo prefeito eleito.

"O governador Ronaldo Caiado nos ouviu para poder indicar o nome na saúde. O médico que indicamos, o dr. Márcio, tem conhecimento da estrutura de Saúde de Goiânia e tem disposição para atuar da maneira que precisamos neste momento", disse Mabel.

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