O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formou maioria a favor da <a href="https://www.opopular.com.br/noticias/politica/tse-confirma-cassa%C3%A7%C3%A3o-de-mandato-do-deputado-vin%C3%ADcius-cirqueira-1.2160571" target="_blank">cassação do mandato do deputado estadual Vinícius Cirqueira (PROS)</a>, em julgamento no plenário virtual que começou na sexta-feira (13) e termina nesta quinta-feira (19), às 23h59. Quatro ministros do TSE já se manifestaram contra o recurso apresentado pelo deputado. Três ainda não votaram.O parlamentar foi acusado pelo Ministério Público Eleitoral de captação e gasto ilícito de recursos durante a campanha de 2018. Em janeiro de 2020, o <a href="https://www.opopular.com.br/noticias/politica/tre-go-cassa-mandato-do-deputado-estadual-vin%C3%ADcius-cirqueira-1.1981617" target="_blank">Tribunal Regional Eleitoral (TRE-GO) confirmou, por unanimidade, a cassação do diploma de Vinícius</a>.No TSE, o deputado alegou cerceamento de defesa, tendo em vista o indeferimento do pedido de adiamento da sessão de julgamento, em razão da impossibilidade de comparecimento de seu advogado. O pedido foi negado pelo ministro Alexandre de Moraes.À reportagem, Vinícius disse que se pronunciará após o fim do julgamento.&nbsp;&nbsp;

TSE forma maioria pela cassação do deputado estadual Vinícius Cirqueira

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Matéria - Política

Conteúdo investigado:&nbsp;<a href="https://projetocomprova.com.br/wp-content/uploads/2025/02/00-Conteudo-investigado-FALSO-Abraji-e-Comprova.jpg" target="_blank">Vídeo</a>&nbsp;em que o senador Marcos do Val afirma ter provas claras da intervenção da USAID nas eleições presidenciais brasileiras de 2022. Segundo ele, a interferência se deu com a aplicação no Brasil, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do “modelo de censura” preconizado pela USAID. Uma das diretrizes, afirma Do Val, era a atuação de uma coalizão para checagem de fatos, “filtrando informações que deveriam chegar ao público”. Por trás da iniciativa, segundo o senador, estaria a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).

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Onde foi publicado: Facebook e Instagram.

Conclusão do Comprova: Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) sugere estar revelando documentos secretos que contêm “provas claras” de que “o modelo de censura americano foi aplicado no Brasil” para interferir nas eleições presidenciais de 2022. “Me deram a autorização para falar”, diz ele, acrescentando que guardava o material, em silêncio, desde 2023.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://az.opopular.com.br/comprova/video-mostra-replicas-usadas-em-airsoft-para-acusar-justica-de-devolver-armas-do-crime-organizado-1.3233196" target="_blank">Vídeo mostra réplicas usadas em airsoft para acusar Justiça de devolver armas do crime organizado&nbsp;</a> 
<a href="https://opopular.com.br/comprova/video-e-tirado-de-contexto-para-dizer-que-trechos-da-biblia-ser-o-banidos-de-redes-sociais-1.3230393" target="_blank">Vídeo é tirado de contexto para dizer que trechos da bíblia serão banidos de redes sociais&nbsp;</a> 
<a href="https://opopular.com.br/comprova/e-falso-que-agencia-lupa-foi-financiada-pela-usaid-para-interferir-nas-eleic-es-de-2022-1.3231156" target="_blank">É falso que Agência Lupa foi financiada pela USAID para interferir nas eleições de 2022&nbsp;</a></div>

Os documentos, porém, são públicos e podem ser lidos por qualquer pessoa com acesso à internet. O documento produzido pela USAID é de 2021 e traça um panorama da desinformação a nível global, como forma de ajudar seus funcionários e parceiros a compreender seus princípios básicos e a como lidar com o fenômeno, reduzindo os danos de seus impactos. Já o documento do TSE delineia esforços para reduzir os efeitos da desinformação no processo eleitoral brasileiro.

Ambos os documentos citam a checagem de fatos como um dos aspectos para combater a desinformação. Do Val equipara a verificação à “censura”, mas não apresenta provas a respeito de suas afirmações. Como mostra o histórico da atividade do Comprova, o que pode ser verificado em links disponíveis na internet, o projeto não censura ou filtra conteúdos na internet.

O Comprova procurou Marcos Do Val. Não houve retorno até o fechamento desta verificação.

<a href="https://projetocomprova.com.br/about/" target="_blank">Enganoso</a>, para o Comprova, é o conteúdo retirado do contexto original e usado em outro de modo que seu significado sofra alterações; que usa dados imprecisos ou que induz a uma interpretação diferente da intenção de seu autor; conteúdo que confunde, com ou sem a intenção deliberada de causar dano.

Alcance da publicação: O Comprova investiga os conteúdos suspeitos com maior alcance nas redes sociais. A publicação teve mais de 3,4 mil visualizações e 3,7 mil curtidas até o dia 19 de&nbsp; fevereiro.

Fontes que consultamos: O Comprova fez buscas na internet para localizar e ler os documentos mostrados no vídeo. Ao encontrar o link de publicação do documento da USAID no site da agência, mencionado em um<a href="https://cepa.org/wp-content/uploads/2022/03/CEPA-Owning-the-Conversation-3.31.22.pdf" target="_blank">&nbsp;arquivo em pdf</a>, recuperou-o no site&nbsp;<a href="https://web.archive.org/" target="_blank">Web Archive</a>, plataforma que grava e arquiva páginas da internet para consulta posterior, mesmo quando o site original não estiver acessível online. Esse é o caso do site da USAID, que não está ativo. Foram consultados dados sobre os programas de financiamento da agência norte-americana e publicações dos sites do Projeto Comprova e da Abraji. O senador Marcos do Val foi procurado.

<h2>Documentos são públicos</h2>

No vídeo, Marcos do Val mostra dois documentos que, segundo ele, trazem “provas claras” de que as eleições foram manipuladas. Ele dá a entender que os documentos são sigilosos. Ao se referir a um deles, diz que “a USAID nem imaginava que a gente ia chegar até isso”. O documento, porém, não é sigiloso. Ele foi disponibilizado no site da entidade,&nbsp;<a href="https://web.archive.org/web/20211101010453/https://pdf.usaid.gov/pdf_docs/PA00XFKF.pdf" target="_blank">como mostra gravação de página no Web Archive</a>. Também é possível consultá-lo em pelo menos dois outros sites (<a href="https://www.ictworks.org/wp-content/uploads/2021/10/usaid-disinformation-primer.pdf" target="_blank">aqui</a>&nbsp;e&nbsp;<a href="https://cnxus.org/wp-content/uploads/2021/11/usaid-disinformation-primer.pdf" target="_blank">aqui</a>). A página da USAID está fora do ar,&nbsp;<a href="https://www.estadao.com.br/internacional/musk-e-trump-atacam-usaid-e-principais-diretores-da-agencia-sao-afastados/?srsltid=AfmBOopsANVN6tmuMVBizK-yOlJ1t31csqlxIbEq_3MI0eEk7NBrMQYo" target="_blank">após o início de uma investigação do governo de Donald Trump</a>&nbsp;a respeito das atividades da agência.

O documento, chamado Disinformation Primer, algo como “Guia de Desinformação” em tradução livre, foi produzido pela agência. Ele não apresenta um “modelo de censura”. Como consta na página 1, trata-se de uma cartilha com o objetivo de ajudar funcionários e parceiros da USAID a compreender os princípios básicos da desinformação – como ela é difundida, por que é difundida e como reduzir os danos de seu impacto nas sociedades em todo o mundo.

O outro documento citado por Marcos do Val é intitulado “Programa Permanente de Enfrentamento à Desinformação no Âmbito da Justiça Eleitoral – Plano Estratégico Eleições 2022”.&nbsp;<a href="https://www.justicaeleitoral.jus.br/desinformacao/arquivos/programa-permanente-de-enfrentamento-a-desinformacao-novo.pdf" target="_blank">Ele também é público e está disponível no site do TSE</a>. O programa foi instituído na&nbsp;<a href="https://www.tse.jus.br/legislacao/compilada/prt/2021/portaria-no-510-de-04-de-agosto-de-2021" target="_blank">Portaria nº 510, de 4 de agosto de 2021</a>, com a “finalidade de enfrentar a desinformação relacionada à Justiça Eleitoral e aos seus integrantes, ao sistema eletrônico de votação, ao processo eleitoral em suas diferentes fases e aos atores nele envolvidos” (Art. 1).

<h2>Guia da USAID não contém ‘modelo de censura’</h2>

No vídeo, Marcos do Val diz que a comparação entre os documentos provaria que “o modelo de censura americano foi de fato aplicado no Brasil” para manipular as eleições. Ele menciona “coalizão para checagem de fatos, filtrando informações que deveriam chegar ao público”, como uma dessas “provas”. Neste momento, ele cita a página 52 do guia da USAID e a página 11 do&nbsp;<a href="http://justicaeleitoral.jus.br/desinformacao/arquivos/programa-permanente-de-enfrentamento-a-desinformacao-novo.pdf" target="_blank">documento do TSE</a>. Segundo ele, a Abraji “estaria por trás dessa checagem de fatos”.

Como consta no&nbsp;<a href="https://projetocomprova.com.br/about/" target="_blank">site do Comprova</a>, a Abraji é a entidade que mantém e lidera a iniciativa, uma coalizão atualmente composta por 42 veículos.

A&nbsp;<a href="https://web.archive.org/web/20211101010453/https://pdf.usaid.gov/pdf_docs/PA00XFKF.pdf" target="_blank">partir da página 52</a>, o guia da USAID lista, no tópico “Esforços de Programação Focados em Eleições”, um compilado de ações para reduzir a desinformação adotadas ao redor do mundo para defender a integridade de eleições democráticas. Dentre elas, “construir a capacidade dos corpos de gestão eleitoral para combater a desinformação durante os períodos eleitorais”.

É isso o que propõe o documento do TSE, que descreve, na página 11, o histórico das ações do órgão, desde 2017, para o enfrentamento dos efeitos da desinformação sobre o processo eleitoral.

O documento do TSE cita o guia da USAID dentre uma série de outras referências teóricas, produzidas por “organismos internacionais e por entidades internacionais e nacionais dedicadas ao estudo e ao enfrentamento da desinformação” (Pág. 16).

O fato de o TSE ter tomado medidas contra a desinformação e de a USAID ter feito um guia sobre desinformação não fornecem qualquer prova de que as ações descritas sejam ilegítimas ou tenham influenciado as eleições. Não indicam, também, a existência de alguma relação entre elas ou de “provas claras” de que “o modelo de censura americano foi de fato aplicado no Brasil”.

<h2>Programa do TSE não orienta checagem de fatos</h2>

O “Programa Permanente de Enfrentamento à Desinformação no Âmbito da Justiça Eleitoral” foi&nbsp;<a href="https://www.tse.jus.br/comunicacao/noticias/2020/Maio/programa-de-enfrentamento-a-desinformacao-com-foco-nas-eleicoes-2020-mobiliza-instituicoes" target="_blank">lançado inicialmente nas eleições de 2020</a>. No&nbsp;<a href="https://bibliotecadigital.tse.jus.br/xmlui/handle/bdtse/7523" target="_blank">documento</a>, há previsão para organização de um fluxo de informações entre membros da Justiça Eleitoral e agências de checagem de fatos com o objetivo de verificar “possíveis conteúdos falsos relacionados ao Processo Eleitoral” (Pág. 26). Ainda na mesma página, o TSE destaca que “cada instituição de checagem terá absoluta independência em suas apurações e será responsável pelas checagens que realizar”.

A iniciativa, chamada “Coalizão para Checagem”, também integrou a versão do programa para as eleições de 2022. O&nbsp;<a href="https://www.justicaeleitoral.jus.br/desinformacao/arquivos/programa-permanente-de-enfrentamento-a-desinformacao-novo.pdf" target="_blank">material</a>&nbsp;– que é o citado por Do Val no vídeo – descreve, na página 34, que “o ingresso de novas instituições de checagem na coalizão deve levar em consideração seu comprometimento e esforço com o enfrentamento à desinformação, além de aspectos como transparência, apartidarismo, ética jornalística, consistência no trabalho de checagem ao longo dos últimos dois anos, além da aplicação de uma política de correção clara e comunicada ao público”.

Em 2022, a parceria entre o TSE e as agências de checagem envolveu o Comprova. O projeto se chamou Confirma 2022 e sua existência era pública. Em 2023, a iniciativa foi&nbsp;<a href="https://www.abraji.org.br/noticias/premio-internacional-e-dado-a-fact-checkers-brasileiros" target="_blank">premiada no evento GlobalFact10, realizado na Coreia do Sul</a>. Por meio da parceria, eleitores podiam solicitar informações à corte via WhatsApp e, se houvesse uma verificação publicada a respeito daquele tema,&nbsp;<a href="https://www.tse.jus.br/comunicacao/noticias/2023/Julho/parceria-entre-tse-whatsapp-e-agencias-de-checagem-para-combater-desinformacao-no-app-conquista-premio-internacional" target="_blank">poderiam receber esclarecimento</a>s&nbsp;feitos com base nas verificações já publicadas.

<h2>Comprova não ‘filtra’ informações</h2>

No vídeo, Marcos do Val afirma a existência de uma “coalizão para checagem de fatos, filtrando informações que deveriam chegar ao público”, tendo por trás a Abraji. Apesar de não citar nominalmente o Comprova, é ao projeto de checagem de fatos liderado pela Abraji que ele se refere.

O Projeto Comprova, porém, não “filtra”, censura ou tira de circulação conteúdos que estão disponíveis na internet. Como&nbsp;<a href="https://projetocomprova.com.br/about/faqs/" target="_blank">descrito no site da iniciativa</a>, o Comprova monitora as redes sociais e recebe de seus leitores sugestões de conteúdos suspeitos ou duvidosos. Aqueles que têm mais viralização são investigados e uma verificação é publicada, com uma de quatro etiquetas possíveis:<a href="https://projetocomprova.com.br/about/" target="_blank">&nbsp;Enganoso, Falso, Comprovado ou Sátira</a>.

Esse conteúdo com os esclarecimentos é publicado no site do Comprova e pode ser&nbsp;<a href="https://projetocomprova.com.br/about/faqs/" target="_blank">republicado por qualquer veículo de imprensa</a>.

<h2>Verbas da USAID</h2>

Como&nbsp;<a href="https://projetocomprova.com.br/about/faqs/" target="_blank">consta no site do Comprova</a>, o projeto foi idealizado e desenvolvido pelo First Draft com a colaboração da Abraji, do Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor), do Google News Initiative e do Meta Journalism Project, e teve início em 2018. Não há, portanto, participação da USAID ou do TSE na fundação do Comprova.

Também não há qualquer envolvimento da USAID ou do TSE no financiamento do Comprova. Até 2024, o Google foi o patrocinador master do projeto, que ainda recebeu recursos da Meta e do WhatsApp.

Ao longo dos anos, o projeto recebeu outros aportes financeiros, dentre eles o da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil – e não da USAID, que é um outro órgão do governo norte-americano. Eles serviram para financiar os projetos&nbsp;<a href="https://www.abraji.org.br/abraji-lanca-comprova-comunidades" target="_blank">+Comunidades</a>, em 2020, no governo de Donald Trump, e&nbsp;<a href="https://projetocomprova.com.br/publica%C3%A7%C3%B5es/comprova-embaixada-e-consulados-dos-eua-lancam-o-projeto-redacoes-para-ampliar-checagem-de-desinformacao/" target="_blank">+Redações</a>, em 2022, no mandato de Joe Biden. A existência das duas iniciativas, bem como a origem de seu financiamento, é pública.

Os dados sobre os programas de financiamento da USAID estão disponíveis para consulta na internet no portal&nbsp;<a href="http://foreignassistance.gov/" target="_blank">ForeignAssistance.gov</a>, do governo norte-americano. Conforme o portal, não há qualquer financiamento para o Comprova, a Abraji, agências de checagens ou veículos jornalísticos nos anos de 2022, 2023 e 2024.

Por que o Comprova investigou essa publicação: O Comprova monitora conteúdos suspeitos publicados em redes sociais e aplicativos de mensagem sobre políticas públicas, saúde, mudanças climáticas e eleições e abre investigações para aquelas publicações que obtiveram maior alcance e engajamento. Você também pode sugerir verificações pelo&nbsp;<a href="https://api.whatsapp.com/send?l=pt_pt&amp;phone=5511970454984&amp;text=Quero%20enviar%20um%20conte%C3%BAdo" target="_blank">WhatsApp +55 11 97045-4984</a>.

Outras checagens sobre o tema: O Comprova já desmentiu outras alegações de Marcos do Val, quando mostrou que<a href="https://projetocomprova.com.br/publica%C3%A7%C3%B5es/trump-nao-pode-prender-moraes-caso-seja-eleito-presidente-dos-eua-diferentemente-do-que-afirmou-marcos-do-val/" target="_blank">&nbsp;Trump não pode prender Alexandre de Moraes</a>&nbsp;e que&nbsp;<a href="https://projetocomprova.com.br/publica%C3%A7%C3%B5es/senador-engana-ao-usar-falas-antigas-de-drauzio-varella-sobre-pandemia/" target="_blank">falas antigas de Drauzio Varella foram usadas para minimizar a gravidade da pandemia de covid-19</a>. Sobre a USAID, o Comprova mostrou recentemente que&nbsp;<a href="https://projetocomprova.com.br/publica%C3%A7%C3%B5es/e-falso-que-agencia-lupa-foi-financiada-pela-usaid-para-interferir-nas-eleicoes-de-2022/" target="_blank">é falso que a Agência Lupa foi financiada pela USAID para interferir nas eleições de 2022</a>, que&nbsp;<a href="https://projetocomprova.com.br/publica%C3%A7%C3%B5es/imagem-de-alexandre-de-moraes-com-bone-da-usaid-foi-gerada-por-ia/" target="_blank">imagem de Alexandre de Moraes com boné da USAID foi gerada por IA</a>, que&nbsp;<a href="https://projetocomprova.com.br/publica%C3%A7%C3%B5es/post-alega-sem-apresentar-provas-que-covid-19-foi-criada-em-laboratorio-por-ordem-de-obama/" target="_blank">post alega sem apresentar provas que a covid-19 foi criada em laboratório por ordem de Obama</a>&nbsp;e que<a href="https://projetocomprova.com.br/publica%C3%A7%C3%B5es/video-e-tirado-de-contexto-para-dizer-que-trechos-da-biblia-serao-banidos-de-redes-sociais/" target="_blank">&nbsp;vídeo é tirado de contexto para dizer que trechos da Bíblia serão banidos das redes sociais.</a>

Documentos mostrados por senador não são sigilosos e nem provam que 'modelo de censura' americano foi aplicado no Brasil

Matéria - genérica

Comprova

A campanha eleitoral, período no qual partidos e candidatos têm permissão para fazer propaganda política buscando votos, pode começar a partir da próxima sexta-feira, 16 de agosto. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabelece o que pode e o que não pode ser feito durante a campanha.

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<h2>O que é permitido?</h2>

<ul>
	<li>Propaganda em língua nacional: Todo o material de campanha deve ser em português e mencionar o partido político. É preciso incluir os nomes dos candidatos a vice e de todos os partidos envolvidos.</li>
	<li>Fachadas de comitês: Candidatos podem usar fachadas de comitês de campanha para propaganda, com limite de quatro metros quadrados para os textos.</li>
	<li>Uso de alto-falantes e material gráfico: Permitido até a véspera da eleição, em 5 de outubro, das 8h às 22h. Além disso, não é possível instalá-los a menos de 200 metros das sedes dos Poderes Executivo e Legislativo, tribunais, quartéis, hospitais, escolas, bibliotecas públicas, igrejas e teatros que estejam em funcionamento.</li>
	<li>Eventos com artistas: Permitidos apenas para arrecadação de fundos, desde que não envolvam showmícios.</li>
</ul>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/como-faco-para-denunciar-um-crime-eleitoral-1.3149572" target="_blank">Como faço para denunciar um crime eleitoral?</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/politica/como-s-o-feitas-as-pesquisas-eleitorais-1.3162238" target="_blank">Como são feitas as pesquisas eleitorais?</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/politica/como-posso-votar-estando-no-exterior-1.3162545" target="_blank">Como posso votar estando no exterior?</a></div>

<h2>O que é proibido?</h2>

<ul>
	<li>Outdoor e meios publicitários semelhantes: Não é permitida a propaganda por meio de outdoors, incluindo os eletrônicos.</li>
	<li>Distribuição de brindes: É proibido distribuir camisetas, chaveiros e cestas básicas para os eleitores.</li>
	<li>Propaganda em bens públicos e de uso comum: Não é permitida a veiculação de propaganda em locais como postes, viadutos e outros bens públicos ou de uso comum.</li>
	<li>Derramamento de material de campanha: Jogar material de campanha nas proximidades dos locais de votação é propaganda irregular.</li>
	<li>Conteúdo preconceituoso ou violento: Propagandas que promovam preconceito ou violência, ou que atrapalhem o sossego público, também são proibidas.</li>
</ul>

<h2>Denúncias</h2>

Caso verifique alguma irregularidade, o <a href="https://opopular.com.br/politica/como-faco-para-denunciar-um-crime-eleitoral-1.3149572" target="_blank">cidadão pode registrar uma denúncia</a> de quatro formas: pelo canal on-line do Ministério Público de Goiás (MPGO), pela promotoria eleitoral do lugar da infração, pelo Sistema Cidadão do Ministério Público Federal (MPF) e ainda pelo aplicativo Pardal.

De acordo com o TSE, todas essas regras garantem uma campanha justa e permitem que os eleitores escolham seus representantes de maneira consciente.

O que candidatos podem e não podem fazer durante a campanha eleitoral?

NORMAS DO TSE

A cúpula do Senado afastou a possibilidade de pedidos de impeachment do ministro Alexandre de Moraes avançarem diante da revelação, feita pela Folha de S. Paulo, de que o magistrado usou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fora do rito formal para investigar bolsonaristas.

Aliados do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), veem poucos efeitos práticos e afirmam que o episódio não deve mudar a posição dele de ser frontalmente contra o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Pacheco não se manifestou publicamente.

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Apesar dos acenos feitos à oposição pelo senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), favorito para voltar à presidência da Casa no ano que vem, aliados do parlamentar afirmam que ele sabe do impacto que traria o afastamento de um ministro do STF.

Senadores da base do presidente Lula (PT) minimizaram a revelação e afirmaram que é esperado que a oposição tente se aproveitar politicamente do episódio. Apesar disso, a avaliação é a de que a pressão contra Moraes deve perder força nos próximos dias.

No PSD, maior bancada do Senado, a conclusão da maioria dos senadores é de que não há motivo para impeachment nem Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). O líder do grupo, senador Otto Alencar (PSD-BA), destacou o "crédito" de Moraes pela defesa da democracia.

"É importante que você possa analisar com mais precisão o que aconteceu. Eu nem falo pelo crédito que ele teve, pela coragem que ele teve, pela capacidade que ele teve de sustentar o regime democrático na iniciativa de golpe", diz.

"Estou olhando os fatos. As declarações dele que eu vi me convencem de que não há necessidade, absolutamente, de impeachment nem de CPI", completa o senador.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/moraes-tem-absoluto-rigor-etico-defende-vice-presidente-1.3164464" target="_blank">Moraes tem 'absoluto rigor ético', defende vice-presidente</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/ministro-alexandre-de-moraes-atuou-fora-do-rito-contra-bolsonaristas-entenda-em-5-pontos-1.3164166" target="_blank">Ministro Alexandre de Moraes atuou fora do rito contra bolsonaristas; entenda em 5 pontos</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/carmen-lucia-nega-diferencas-com-moraes-e-diz-que-relac-o-com-plataformas-avancou-1.3163383" target="_blank">Cármen Lúcia nega diferenças com Moraes e diz que relação com plataformas avançou</a></div>

Parte dos senadores também destacou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é investigado por uma tentativa de golpe de Estado - o que exigiu pronta resposta das instituições.

"Nós estávamos diante de uma situação atípica, uma conspiração, uma orquestração de um golpe. Você vai agir dentro do rigor métrico de procedimento, se você está diante de uma tentativa de golpe? Eu acho exigir demais, diante de uma situação de risco de ruptura", afirmou o petista Rogério Carvalho (PT-SE).

Um novo pedido de impeachment contra Moraes foi apresentado por parlamentares da oposição nesta quarta. O documento será protocolado só em 9 de setembro para que haja a coleta de mais assinaturas até a data.

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) afirmou que a reportagem da Folha de S. Paulo foi a "ponta do iceberg". "Não é questão de ser de direita ou de esquerda, ligado a um partido ou outro. Precisamos caminhar pela verdadeira democracia", disse.

Como mostrou a Folha de S. Paulo, o gabinete de Moraes no STF ordenou por mensagens e de forma não oficial a produção de relatórios pela Justiça Eleitoral para embasar decisões do próprio ministro contra bolsonaristas no inquérito das fake news, no Supremo, durante e após as eleições de 2022.

Diálogos aos quais a reportagem teve acesso mostram como o setor de combate à desinformação do TSE, presidido à época por Moraes, foi usado como um braço investigativo do gabinete do ministro no Supremo.

As mensagens revelam um fluxo fora do rito envolvendo os dois tribunais, tendo o órgão de combate à desinformação do TSE sido utilizado para investigar e abastecer um inquérito de outro tribunal, o STF, em assuntos relacionados ou não com a eleição daquele ano.

A Folha de S. Paulo obteve o material com fontes que tiveram acesso a dados de um telefone que contém as mensagens, não decorrendo de interceptação ilegal ou acesso hacker.

Cúpula do Senado afasta hipótese de impeachment de Moraes após ofensiva de bolsonaristas

impeachment?!

Com a proximidade das eleições, as pesquisas eleitorais têm começado a se multiplicar no noticiário político.&nbsp;No entanto, muitos eleitores têm dúvidas sobre a realização destas pesquisas, já que nunca nem sequer fez parte de alguma. Diante disso, O POPULAR explica como é feita uma pesquisa eleitoral e sua importância.

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Antes de mais nada é preciso responder a seguinte pergunta:&nbsp;o que é uma pesquisa eleitoral?&nbsp;

Pois bem,&nbsp;a pesquisa eleitoral é a indagação feita ao eleitorado, em determinado momento, a respeito de candidatas e candidatos que podem disputar ou já concorrem em uma eleição. Essa ferramenta de opinião pública é utilizada por institutos ou entidades&nbsp;para verificar a preferência do eleitorado nos meses que antecedem um pleito.

Antes de seguirmos é preciso explicar que&nbsp;como toda pesquisa de opinião pública, a pesquisa eleitoral utiliza método científico ao considerar o eleitorado como amostras e&nbsp;a pesquisa deve ser obrigatoriamente registrada na Justiça Eleitoral.&nbsp;&nbsp;

<h2>Como são feitas as pesquisas eleitorais?</h2>

Antes de tudo é preciso definir as amostras. Para isso,&nbsp;os institutos utilizam como parâmetro para a composição das amostras dados fornecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), além de estimativas populacionais e a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), ambos divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Diante disso,&nbsp;as pesquisas são realizadas por meio de visitas domiciliares ou em pontos de fluxo de pessoas. Além disso,&nbsp;o questionário deve ter duas perguntas principais, uma espontânea e uma estimulada.

Na pergunta espontânea,&nbsp;o entrevistador não pode dizer os nomes dos candidatos, a pergunta deve ser algo como:&nbsp;“Se as eleições fossem hoje, em quem você votaria?”. Já na&nbsp;pergunta estimulada, o entrevistador deve dizer os nomes dos candidatos e deve perguntar algo como: “Se as eleições fossem hoje e os candidatos fossem estes, em quem você votaria?”.

É importante destacar que&nbsp;a lista com os nomes dos&nbsp;candidatos&nbsp;deve, primeiramente, ser mostrada ao&nbsp;eleitor, nunca lida pelo entrevistador. Além disso, os nomes devem ser mostrados em uma disposição circular, semelhante a uma pizza. Isto porque se houver uma sequência, a decisão do entrevistado pode ser influenciada.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/como-funciona-a-apurac-o-dos-votos-nas-eleic-es-1.3157762" target="_blank">Como funciona a apuração dos votos nas eleições?</a> 
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<h2>Nunca fui entrevistado para uma pesquisa eleitoral, por quê?&nbsp;</h2>

Como dissemos acima, as amostras são definidas pelos institutos por meio de dados fornecidos pelo TSE e IBGE. Diante disso,&nbsp;as pessoas escolhidas para compor a amostra são selecionadas levando em conta características que representam o conjunto de todos os eleitores. Tais características podem ser&nbsp;idade,&nbsp;gênero,&nbsp;escolaridade,&nbsp;distribuição de renda, dentre outras.&nbsp;

Por exemplo, imagine que o Brasil tem 156 milhões de eleitores aptos a votar e a maioria dos institutos entrevista cerca de 2 mil pessoas em um levantamento. Isso significa que, a grosso modo, a chance de você ser selecionado é de uma em aproximadamente 100 mil ‒ e pode ser ainda menor considerando os subgrupos das amostras.

A definição da amostra é o primeiro passo de um pesquisa eleitoral. Porém, a amostra é decididoa a partir de um cálculo, que leva em conta a&nbsp;margem de erro,&nbsp;nível de confiança e outros critérios.

<h2>O que é margem de erro, nível de confiança e outros critérios?</h2>

A margem de erro, ou o erro amostral, nada mais é do que uma estimativa das possíveis diferenças entre a amostra selecionada e a população estudada, entre o valor medido e aquele que de fato se deseja medir. Esse critério&nbsp;existe porque os levantamentos são feitos com uma pequena porção do eleitorado, e exatamente essa representação pode conter imprecisões.

O nível de confiança&nbsp;significa que, se uma pesquisa tivesse sido feita mais de uma vez exatamente nas mesmas condições, esta seria a probabilidade de o resultado se repetir dentro da margem de erro.

Por outro lado, o&nbsp;intervalo de confiança&nbsp;é formado a partir dos valores máximo e mínimo da margem de erro prevista. Como os resultados de uma pesquisa nunca são exatos, eles devem ser interpretados dentro de um intervalo de confiança.

<h2>O que diz a legislação eleitoral?</h2>

De acordo com&nbsp;o artigo 33 da&nbsp;Lei das Eleições (Lei n° 9.504/1997),&nbsp;as entidades e as empresas que realizarem pesquisas de opinião pública relativas a eleições ou a candidatas e candidatos, para conhecimento público, são obrigadas, para cada pesquisa, a registrar, junto à Justiça Eleitoral, até cinco dias antes da divulgação, as seguintes informações:

<ol>
	<li>quem contratou a pesquisa;</li>
	<li>valor e origem dos recursos despendidos no trabalho;</li>
	<li>metodologia e período de realização da pesquisa;</li>
	<li>plano amostral e ponderação quanto a sexo, idade, grau de instrução, nível econômico e área física de realização do trabalho a ser executado;</li>
	<li>intervalo de confiança e margem de erro;</li>
	<li>sistema interno de controle e verificação, conferência e fiscalização da coleta de dados e do trabalho de campo;</li>
	<li>questionário completo aplicado ou a ser aplicado;</li>
	<li>nome de quem pagou pela realização do trabalho e cópia da respectiva nota fiscal.</li>
</ol>

Ainda segundo a Lei das Eleições, a divulgação de pesquisa sem o prévio registro das informações sujeita os responsáveis a uma multa no valor de R$ 50 mil a R$ 100 mil. Já a divulgação de pesquisa fraudulenta constitui crime, punível com detenção de seis meses a um ano e multa no valor de&nbsp;R$ 50 mil a R$ 100 mil.