Rubens Salomão

O senador e presidente estadual do PSD, Vanderlan Cardoso, rejeitou a existência de qualquer diálogo para composição do partido com a <a href="https://opopular.com.br/politica/cautela-marca-reac-o-de-daniel-e-marconi-a-numeros-de-pesquisa-1.3303485" target="_self">pré-candidatura do ex-governador Marconi Perillo</a> (PSDB) para a disputa das eleições em 2026. O parlamentar respondeu ao POPULAR sobre o que chamou de “rumores” e “boatos” que apontam avanços nas últimas semanas em conversas a partir de articulação junto ao presidente nacional da sigla, Gilberto Kassab.

A aliança chegou a ser dada como certa por tucanos ouvidos pela reportagem nos últimos dias, considerando a provável falta de espaço para a candidatura à reeleição de Vanderlan na base do governador Ronaldo Caiado (UB) e do vice, Daniel Vilela (MDB). Além disso, os aliados de Perillo consideravam, nos bastidores, que o reforço do projeto de oposição poderia dar resposta à ausência de nomes competitivos para a formação de chapas do PSD a deputado federal e estadual.

O senador nega que tenha participado de qualquer diálogo neste sentido e reafirma a intenção de participar do projeto governista no próximo ano. “A tendência do PSD é caminhar com o Daniel Vilela e o governador Ronaldo Caiado em 2026. Não tem tido conversas com o PSDB. Eu não fui procurado e nem conversei com o ex-governador Marconi Perillo. Isso é mais conversas que surgem por aí, mas não tem nada de concreto”, afirmou.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/vanderlan-diz-que-candidatura-de-mendanha-so-dependera-dele-1.3318032" target="_self">Vanderlan diz que candidatura de Mendanha "só dependerá dele"</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/cautela-marca-reac-o-de-daniel-e-marconi-a-numeros-de-pesquisa-1.3303485" target="_self">Cautela marca reação de Daniel e Marconi a números de pesquisa</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/vanderlan-confirma-licenca-e-pedro-chaves-assume-mandato-na-terca-1.3281138" target="_self">Vanderlan confirma licença e Pedro Chaves assume mandato na terça</a></div>

“Isso é normal. Em toda véspera de eleição tem isso. São só rumores e alguns boatos são plantados. Pode até ser fogo amigo, mas o fato é que o pessoal planta esse tipo de coisa. De concreto, não tem nada com relação ao PSDB”, definiu.

Vanderlan reforçou o processo de aproximação com Caiado e Daniel, intensificado desde o início do ano depois da separação do senador e o Palácio das Esmeraldas na eleição à Prefeitura de Goiânia em 2024. O pessedista defende que “a política é feita de gestos” e cita a participação em eventos governistas como a inauguração do Complexo Oncológico de Referência (CORA) e o lançamento de obras em Doverlândia.

Apesar disso, o senador apontou que ainda precisa de resposta positiva por parte do governo estadual. “A ampla maioria dos prefeitos que estão me apoiando são da base, mas isso não depende só de mim”, disse.

“Tem que sentar e conversar para saber qual é o interesse do governador e do vice em ter o PSD nessa composição e como vai ser isso. Nós não conversamos sobre isso ainda e tudo tem o seu momento. O governador está viajando muito e articulando a candidatura dele, mas vai chegar o momento em que vamos sentar e definir isso, de uma forma bem tranquila e madura”, defendeu.

Vanderlan não acredita na possibilidade de imposição da direção nacional do partido a favor de uma aliança com o PSDB no estado, apesar de admitir a boa relação entre Kassab e Marconi. “O Kassab é muito firme com relação a isso. Ele é amigo do Marconi, mas ele não interfere e respeita muito a autoridade local. O que o presidente nacional quer saber é o que vai ser melhor para o PSD em Goiás e, principalmente, onde vai ser possível montar a melhor chapa”, considerou.

<h2>Divisão interna</h2>

O possível caminho fora da base de apoio a Daniel levou à consideração de desfiliação do ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, que <a href="https://opopular.com.br/politica/vanderlan-diz-que-candidatura-de-mendanha-so-dependera-dele-1.3318032" target="_self">trocou o MDB pelo PSD em junho</a>, de olho em vaga na chapa majoritária do grupo governista. O ex-candidato ao governo abriu diálogo para adesão ao Podemos, mas também foi sondado pelos comandos regionais do Republicanos, PRD, Agir, DC e Solidariedade.

Em resposta ao Giro, Mendanha apontou que continua no PSD e que não pensa em sair no momento. “Há muitos presidentes de partido me procurando pelas especulações sobre descumprimento do que havia sido combinado comigo quando me filiei. Mas eu confio na palavra do presidente Gilberto Kassab e vamos discutir candidatura ao Senado no ano que vem. Hoje eu só mudaria se decidirem não apoiar Daniel Vilela ao governo. O resto ainda não me preocupa”, disse.

Vanderlan, no entanto, define que Mendanha precisa viabilizar a própria pré-candidatura ao Senado. “O compromisso do partido com o Mendanha era de que ele poderia ser candidato ao que ele quisesse. De deputado estadual a governador. A meta dele na época, o que ele queria, era ser vice. Tanto é que ele só veio depois que eu dei a garantia de que eu não iria pleitear a vice. Mas eu perguntei qual era o plano B e ele disse que era ser candidato a senador, mas isso só vai depender dele”, definiu o presidente do PSD.

O senador apontou que não se incomoda com a eventual disputa contra Mendanha e citou as eleições em que concorreu com lideranças como Iris Rezende e Maguito Vilela, ambos do MDB, e até o próprio Perillo. “Não vai depender do partido. Vai depender das articulações dele para viabilizar a candidatura. São duas vagas e tanto eu quanto o Kassab dissemos para ele fazer o trabalho”, disse.

“O Gustavo Mendanha pode ser candidato ao que ele quiser, mas veio com o compromisso de também ajudar o partido. Por exemplo, o compromisso de ajudar a fazer chapa. Vamos ver o que ele vai mostrar dentro do partido. Até agora, tem quatro meses que ele se filiou e ainda nada de contribuição para o partido. Se ele quer conquistar o espaço dentro do PSD, que é um partido grande, isso é com trabalho”, afirmou Vanderlan.

O presidente estadual do PSD também declarou não ter preocupação com a formação, ainda lenta, de chapas proporcionais. “O melhor caminho para o partido é estar na base, porque é mais fácil fazer uma chapa com a possibilidade de virem pré-candidatos aliados”, disse. “Alguns até tentam adiantar o processo e montar chapas agora, mas quando chega lá na frente desmancha tudo. Já vimos isso acontecer várias vezes”.

O senador voltou a se posicionar contra o lançamento de chapa única com apenas dois nomes, mesmo que os escolhidos sejam ele próprio ao lado da primeira-dama, Gracinha Caiado (UB). “Fechar só com dois nomes é prejudicial inclusive à candidatura do Daniel. Nós temos alguns outros pré-candidatos e, na minha visão, quanto mais candidatos tivermos, melhor”, finalizou o senador.

Vanderlan nega chance de aliança com Marconi e aponta até 'fogo amigo'

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Eleições 2026

<img attr-cid="policy:1.2434178" attr-version="policy:1.2434178:1760993765" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.2434178/image/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Ex-governador José Eliton (sem partido) (Diomício Gomes/ O Popular)

Existe um abismo entre as votações do PT nas eleições para governador de Goiás em comparação com as votações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Estado. Em 2022, por exemplo, o candidato a governador Wolmir Amado teve 6,98% dos votos válidos no primeiro turno e Lula, 39,51%. Aproximar as duas votações faz parte do projeto que levou às conversas do ex-governador José Éliton (sem partido) com lideranças do PT, para tratar da eleição de 2026.

Éliton, que já apoiou a candidatura de Fernando Haddad em 2018 e de Lula em 2022, acredita que um <a href="http://opopular.com.br/politica/frente-de-esquerda-em-goias-busca-nomes-para-chapa-majoritaria-1.3326028" target="_self">projeto eleitoral em Goiás</a> com esse foco tem chance de, pelo menos, uma vitória política, mas para que isso aconteça defende que a disputa no estado também seja nacionalizada, com apoio político do presidente Lula, de ministros de seu governo e apoio eleitoral (leia-se estrutura de campanha) do diretório nacional do PT.

O ex-governador já conversou com Delúbio Soares, pré-candidato a deputado federal, com os deputados federais Rubens Otoni e Adriana Accorsi, esta também presidente do diretório regional, e com Olavo Noleto, secretário-executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (Conselhão) do governo federal. Ele já sinalizou positivamente para uma possível candidatura a governador por um dos partidos coligados com o PT, mas impõe duas condições: que o projeto tenha apoio nacional e que a definição de candidatura seja tomada até o final deste ano.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/frente-de-esquerda-em-goias-busca-nomes-para-chapa-majoritaria-1.3326028" target="_self">Frente de esquerda em Goiás busca nomes para chapa majoritária</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/frente-de-esquerda-em-goias-busca-nomes-para-chapa-majoritaria-1.3326028" target="_self">Adriana avalia que PT pode abrir mão de majoritária em Goiás</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/adriana-lanca-chapa-em-pleito-para-direc-o-do-pt-1.3276945" target="_self">Adriana lança chapa em pleito para direção do PT</a></div>

A deputada Adriana Accorsi confirmou ao jornal O POPULAR as conversações. “O José Éliton é uma possibilidade e ele se coloca à disposição para ser candidato ou para colaborar e ser um <a href="http://opopular.com.br/politica/frente-de-esquerda-em-goias-busca-nomes-para-chapa-majoritaria-1.3326028" target="_self">articulador de forças políticas</a>", disse ela em entrevista publicada nesta segunda-feira (20).

Eliton, contudo, tem sinalizado que não aceitará entrar na <a href="https://opopular.com.br/politica/frente-de-esquerda-em-goias-busca-nomes-para-chapa-majoritaria-1.3326028" target="_self">disputa só para marcar presença</a>, em um projeto que seja apenas local e que não entrará candidato em janeiro, caso uma decisão não seja tomada ainda neste ano.

Na hipótese de ele ser candidato, o ex-governador poderá concorrer contra seu aliado Marconi Perillo (PSDB), o que ele não descarta. O ex-governador tem dito nas conversas com lideranças petistas que se isso acontecer ele não vai atacar Marconi, porque não é de seu perfil.

Éliton tem se posicionado claramente contrário o bolsonarismo desde 2018, ao passo que Marconi, mesmo evitando se posicionar entre os dois polos políticos, tem dado sinais de mais proximidade com lideranças que apoiam o ex-presidente Jair Bolsonaro do que com a esquerda. Estaria aí a principal divergência entre eles e que poderá leva-los a palanques diferentes no próximo ano.

<a href="https://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 85, 128); outline: 0px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Eliton acha que PT deve nacionalizar eleição para melhorar votação de governador em Goiás

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Cileide Alves

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CHEGA PRA CÁ

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), afirmou, nesta segunda-feira (20), que seu objetivo principal é ser candidato a presidente da República pelo União Brasil.&nbsp;&nbsp;

“A minha luta e a minha posição é de ser candidato a presidente pelo União Brasil, que é maior que o PP. Como tal, é um partido que tem luz própria, que convive muito bem com o PP, e com outros partidos, Cidadania, Solidariedade, PRD e todos os outros, que estarei aberto ao diálogo”, disse o governador, no programa Café com CBN, da CBN Goiânia.

Caiado destacou que a federação entre União Brasil e PP ainda não foi homologada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O governador confirmou diálogo com outros partidos, mas disse que a estratégia é “coisa normal na vida pública”, citando que as candidaturas majoritárias podem ser registradas com coligações partidárias.

Embora tenha lançado a pré-candidatura a presidente em abril, Caiado enfrenta resistências dentro do UB para ser o nome do partido em 2026. <a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-da-cileide/caiado-confirma-conversa-com-lideres-do-solidariedade-prd-sobre-candidatura-presidencial-1.3320733" target="_blank">A informação é que, diante disso, ele iniciou diálogo com outros partidos, como o Solidariedade e PRD, que formaram federação neste ano</a>.

Contexto

O UB e o PP anunciaram a formação de uma federação - a União Progressista - em agosto. No mês passado, os dois partidos anunciaram, juntos, o desembarque do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).&nbsp;

No início deste mês, em entrevista ao jornal O Globo, o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, disse que, na sua visão, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já decidiu qual candidato apoiará na eleição de 2026, citando os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), como os nomes viáveis. Nogueira defendeu que o anúncio seja feito em janeiro de 2026.&nbsp;

<a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-diz-que-ciro-nogueira-demonstra-ansiedade-sobre-vice-1.3320584" target="_blank">Caiado reagiu à declaração, afirmando que Nogueira demonstrou "ansiedade vergonhosa"</a> para "se colocar como candidato a vice-presidente" na chapa de Tarcísio, caso ele entre na disputa pela presidência. O goiano também citou relação anterior do senador com Lula.&nbsp;

"De pronto, Ciro já veta pelo menos três pré-candidaturas: as de Romeu Zema (governador de Minas Gerais, do Novo), Eduardo Bolsonaro (deputado federal do PL e filho de Bolsonaro) e a minha, prestando um enorme desserviço à direita. Não falo por Zema ou Eduardo, mas quanto à minha pré-candidatura, devo dizer que não dependo de aval de Ciro Nogueira". Caiado defende que a direita tenha múltiplas candidaturas no primeiro turno da eleição.

Depois disso, houve a divulgação de que o governador havia iniciado diálogo com lideranças sobre a possibilidade de ser candidato em outras siglas.&nbsp;

Outros temas

Caiado participou, nesta segunda, ao lado do vice-governador, Daniel Vilela (MDB), do programa Café com CBN, que teve como tema o papel do governo estadual no desenvolvimento de Goiânia. Além de política, os gestores e convidados discutiram saúde pública, inovação, transporte público, turismo, entre outros temas.&nbsp;

'Minha luta e a minha posição é de ser candidato a presidente pelo União Brasil', diz Caiado

A deputada federal e presidente regional do PT, Adriana Accorsi, mantém aberta a possibilidade de articulação nacional alcançar posicionamentos mais amistosos ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dentro da federação União Progressista. A composição, formada por União Brasil e PP, decidiu no início do mês suspender a atuação partidária e abrir processos éticos contra os ministros filiados às duas siglas, em reforço à postura de oposição ao governo federal.

Apesar do posicionamento, defendido pelo governador Ronaldo Caiado (UB) na busca por viabilizar a própria pré-candidatura ao Palácio do Planalto, Adriana Accorsi aponta a <a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/adriana-diz-que-pt-vai-definir-nome-para-o-governo-ate-o-fim-do-ano-1.3318822" target="_self">presença de governistas e aliados de Lula</a> em “setores importantes” dos dois partidos e que o PT entrará na disputa interna. A deputada federal afirma ao POPULAR que o diálogo nacional buscará as hipóteses de apoio das legendas ao presidente ou mesmo a manutenção dos aliados com liberação para participação na campanha petista em 2026.

“O que acontece é que partes importantes desses partidos querem continuar no governo, mas mais do que isso, querem apoiar a reeleição do presidente Lula. Nós queremos também. Nós vamos disputar essas forças políticas”, afirma. A deputada cita atuação e protagonismo da ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, nas conversas com as legendas e com os ministros.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/adriana-avalia-que-pt-pode-abrir-m-o-de-majoritaria-em-goias-1.3286128" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px;" target="_self">Adriana avalia que PT pode abrir mão de majoritária em Goiás</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/pl-reafirma-wilder-na-disputa-1.3285653" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px;" target="_self">PL reafirma Wilder na disputa</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/pl-reforca-distancia-da-base-e-mdb-ja-projeta-disputa-1.3186908" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px;" target="_self">PL reforça distância da base e MDB já projeta disputa</a></div>

Depois de bater o martelo e forçar que os ministros deixassem o governo, as executivas de UB e PP afastaram ministros do Turismo, Celso Sabino (UB), e do Esporte, André Fufuca (PP). Mesmo sendo considerados parte da cota do UB, os ministros do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e das Comunicações, Frederico Siqueira, foram poupados, já que não são filiados a nenhum partido e são apadrinhados pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (UB/AP).

“É um diálogo que está acontecendo agora. O que a gente sabe é que partes relevantes, além dos ministros e líderes políticos desses partidos, não só querem permanecer no governo, como entendem que o mais correto politicamente hoje é apoiar a reeleição do presidente, que é uma candidatura em franca ascensão. A possibilidade de ele ser reeleito cresce a cada dia e estamos a poucos pontos de uma definição em primeiro turno”, considera Adriana Accorsi.

A deputada confirma a busca pelo apoio de UB e PP, apesar do avanço dos comandos nacionais em direção à oposição. “Claro que esse apoio entra na conversa. Afinal, ficaram até agora no governo. Agora, eles têm que votar com a gente nas pautas prioritárias como agenda de mais direitos à classe trabalhadora e defesa intransigente da democracia, sem anistia”, diz.

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Em última alternativa, a parlamentar indica a possibilidade de que os ministros e outros políticos lulistas no UB e PP migrem para partidos que compõem a base. “Essa é a avaliação que essas lideranças políticas fazem também. A gente dialoga nesse sentido e nós queremos essas lideranças, seja permitido pelo partido ou seja que eles se filiem a partidos aliados”, completa.

Depois de trocar ataques públicos com Ronaldo Caiado e de considerar articulação interna para reverter o afastamento, o ministro Celso Sabino apontou na última semana que deixar o cargo agora seria “grande irresponsabilidade” e “covardia”. O auxiliar de Lula projeta candidatura ao Senado pelo Pará no próximo ano e, além da permanência no governo, busca viabilizar apoio recíproco do presidente para a disputa.

No início do mês, Ronaldo Caiado aumentou o tom de críticas contra Sabino e o caracterizou de “traidor” e “quinta coluna”, em expressão que define quem colabora com o inimigo dentro do próprio grupo. O governador também rejeitou a possibilidade de o ministro manter o cargo e a filiação ao fim do prazo de avaliação pelo conselho de ética. “Essa decisão está muito clara e essa tese que ele desenha é impossível de acontecer. A realidade dentro do partido hoje é de decisões pelo afastamento das atividades e pela expulsão. Então, não sei onde ele viu essa tese dentro do União Brasil. O partido não vai mais tolerar”, apontou Caiado.

Adriana cita ministros e considera apoio nacional de UB e PP

Sob nova direção estadual há pouco mais de um mês, o Partido dos Trabalhadores retomou reuniões com siglas aliadas em busca de definir, ainda neste ano, os nomes que disputarão as eleições majoritárias e proporcionais no próximo ano. As legendas, no entanto, mantêm indefinição sobre indicações ao governo, vice e para as duas vagas ao Senado, já que as principais lideranças se posicionam, por enquanto, para disputa à Câmara dos Deputados.

A procura por nomes para encabeçar o projeto no próximo ano foi alvo de debates internos realizados com as direções dos partidos que compuseram, em 2024, a coligação em torno da candidatura da deputada federal e atual presidente regional do PT, Adriana Accorsi, à Prefeitura de Goiânia.

Entre os principais quadros do PT, os deputados federais Adriana Accorsi e Rubens Otoni focam em projetos de reeleição e o ex-reitor da UFG e vereador por Goiânia, Edward Madureira, trabalha com o único objetivo de buscar mandato de deputado federal. Já a bancada de deputados estaduais, composta por Bia de Lima, Mauro Rubem e Antônio Gomide, busca a recondução à Assembleia.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/adriana-avalia-que-pt-pode-abrir-m-o-de-majoritaria-em-goias-1.3286128" target="_self">Adriana avalia que PT pode abrir mão de majoritária em Goiás</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/pl-reafirma-wilder-na-disputa-1.3285653" target="_self">PL reafirma Wilder na disputa</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/pl-reforca-distancia-da-base-e-mdb-ja-projeta-disputa-1.3186908" target="_self">PL reforça distância da base e MDB já projeta disputa</a></div>

Além da abertura para a apresentação de possíveis pré-candidaturas nas próprias legendas, ganhou força a possibilidade de filiação e apoio ao ex-governador José Eliton (sem partido). Depois de ocupar a vice-governadoria nos dois últimos mandatos de Marconi Perillo (PSDB) no Palácio das Esmeraldas, o político assumiu a gestão estadual em abril de 2018 e foi derrotado no primeiro turno por Ronaldo Caiado (UB), na tentativa de reeleição.

Desde então, Eliton anunciou apoio a Fernando Haddad, naquela eleição, e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com participação nas articulações da frente de esquerda no pleito de 2022. Adriana Accorsi confirma a intenção de contar com Eliton, que se desfiliou do PSB, para a composição em 2026. “O José Eliton é uma possibilidade e ele se coloca à disposição para ser candidato ou para colaborar e ser um articulador de forças políticas”, afirma.

<a href="https://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_self">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a>

O próprio ex-governador aponta ao POPULAR que não tem decisão sobre a disputa e cobra engajamento nacional para viabilizar uma eventual candidatura ao governo. “Expus a eles que há uma possibilidade de alcançar um bom resultado eleitoral e político em Goiás a partir do estabelecimento de um projeto claro, com participação efetiva das lideranças nacionais e com a escolha antecipada dos pré-candidatos para haver a conexão com o eleitor que já vota nesse campo historicamente e abrir a chance de ir para o segundo turno”, afirmou.

“Com relação à candidatura, eu coloquei a minha disposição em contribuir com o projeto. Se vai avançar ou não, isso vai ser objeto de análise lá na frente”, completou o ex-governador.

A aproximação com José Eliton ocorre em meio à retomada do interesse de petistas por possível aliança com Marconi Perillo (PSDB), que anunciou pré-candidatura para quinta disputa ao governo no fim de setembro, com a meta de fortalecer a oposição em Goiás, além de dar solução à falta de alternativas próprias para a <a href="https://opopular.com.br/politica/adriana-avalia-que-pt-pode-abrir-m-o-de-majoritaria-em-goias-1.3286128" target="_self">chapa majoritária</a>.

“Não vejo essa possibilidade. O próprio Marconi colocou que não tem interesse em apoiar o presidente Lula ou desejo de compor. Não vejo que nós temos que insistir nesse caminho. Eu sou a presidenta. Não adianta outras pessoas do partido falarem que querem. Podem querer, mas não vai ter. Essa é uma decisão do partido nacional e nós vamos seguir, além do próprio Marconi já ter falado no programa Jackson Abrão. Então, está resolvido”, afirmou Adriana.

A dirigente aponta que buscará ampliar a aliança além dos partidos das federações Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) e da federação PSOL/Rede, citando outras siglas que “figuram, pelo menos no âmbito nacional, mais à esquerda”, como PDT, PSB e Cidadania.

A aproximação com José Eliton e a consideração sobre Marconi geram divergência internas na frente de esquerda em Goiás. “O PT ainda não apresentou um nome e a gente está aberto à construção da frente progressistas, mas que seja realmente dentro do nosso campo. Que não seja aliado a nenhum ex-governador ou vice-governador, que não discutem com o movimento. Com esse tipo de postura, a gente não caminha e temos nomes para candidatura própria”, afirma a presidente estadual do PSOL, Cíntia Dias.