Webstories - Policial morre Niquelândia

A segurança pública foi outro tema central nos debates durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de Goiânia nesta quinta-feira (13). Enquanto aguardam o envio de projetos de lei considerados prioritários pela Prefeitura, os vereadores dedicaram grande parte do tempo ao debate sobre a violência no país, com posicionamentos acalorados.

<a href="https://opopular.com.br/canal" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Alguns parlamentares buscaram responsabilizar o governo Lula (PT) pelo aumento da violência, mas outros apontaram falhas na gestão Bolsonaro (PL), defendendo maior foco do debate na Casa em questões locais.

O assunto começou quando Vitor Hugo (PL), militar da reserva não remunerada do Exército Brasileiro, subiu à tribuna para falar que de uma proposta de sua autoria que visa multar pessoas que utilizarem drogas em logradouros públicos. O parlamentar defendeu que a medida não cria uma nova pena, mas estabelece uma sanção administrativa. Ele criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que descriminalizou o porte de até 40g de maconha, classificando-a como “uma abertura para as portas do inferno”.

<div class="p-readmore-box" style="font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif;"><a href="https://opopular.com.br/politica/criticas-e-incerteza-sobre-a-comurg-marcam-sess-o-1.3230849" target="_blank">Críticas e incerteza sobre a Comurg marcam sessão</a> 
 
<a href="opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/relac-o-de-mabel-com-a-camara-emula-a-de-iris-em-suas-ultimas-gest-es-1.3230824" target="_blank">Giro | Relação de Mabel com a Câmara emula a de Iris em suas últimas gestões</a> 
 
<a href="opopular.com.br/cidades/pm-morre-apos-ser-baleado-por-homem-que-faz-familia-refem-em-niquelandia-diz-policia-1.3229715" target="_blank">PM morre após ser baleado por homem que faz família refém, em Niquelândia, diz polícia</a></div>

Ao mencionar a <a href="https://az.opopular.com.br/cidades/pm-morre-apos-ser-baleado-por-homem-que-faz-familia-refem-em-niquelandia-diz-policia-1.3229715" target="_blank">morte do cabo da Polícia Militar Paulo Vitor Coelho Campos</a>, alvejado por um foragido na madrugada de terça-feira (11), o vereador atacou o governo federal, acusando-o de ser leniente com criminosos. “Mas a postura da esquerda brasileira, e desse desgoverno federal em particular, que é extremamente leniente com os criminosos, faz com que ações como essa infelizmente aconteçam”, afirmou.

O bolsonarista citou dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que apontam aumento da violência contra as mulheres no país em 2023, e reforçou a desaprovação do presidente Lula em pesquisas recentes divulgadas.

Aava Santiago (PSDB) rebateu as críticas de Vitor Hugo, afirmando que a flexibilização das regras para Clubes de Tiro e Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CACs) durante o governo Jair Bolsonaro (PL) contribuiu para o aumento do tráfico de armas, destacando que muitas armas apreendidas em operações policiais foram adquiridas legalmente e depois desviadas para o crime organizado.

“Se hoje tem uma enxurrada de armas ilegais nesse país, eles vêm de um presidente que nunca foi comprometido com a segurança pública, sempre foi um bravateiro, um cínico, aquele que hoje não pode disputar a eleição. Jair Bolsonaro é o nome dele - que não constará nas urnas em 2026, porque de tão incompetente e criminoso se tornou inelegível.”

A tucana também questionou a relevância do debate sobre segurança pública em nível municipal, sugerindo que os vereadores deveriam focar em questões locais, como o desperdício de livros na gestão do prefeito Rogério Cruz (SD), revelado pelo POPULAR nesta quinta.

<div attr-cid="policy:1.3230894" attr-version="policy:1.3230894:1739527871" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3230894" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3230894', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3230894">Webstories - Policial morre Niquelândia (1.3230894)</a></div>

Polarização

Coronel Urzêda (PL), por sua vez, saiu em defesa dos CACs, afirmando que menos de 2% das armas apreendidas são de pessoas autorizadas, relatando sua experiência “em campo”. O vereador criticou a inelegibilidade de Bolsonaro e destacou que a redução dos homicídios começou no governo Temer, continuou com Bolsonaro, mas voltou a crescer no governo Lula. O vereador também comparou a segurança em estados governados por políticos de direita e esquerda, sugerindo que criminosos teriam votado em Lula.

Sanches da Federal (PP), ex-superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), reforçou a defesa dos CACs, afirmando que a categoria é “honesta e honrada”, e elogiou o Governo de Goiás, afirmando que o estado é seguro devido à “atuação de um governo de direita”.

Já o vereador de oposição e também policial rodoviário federal, Fabrício Rosa (PT) criticou o governo Bolsonaro, afirmando que os profissionais da segurança pública sofreram desprestígio e perda de direitos durante seu mandato. Ele disse que o ex-presidente usou a polícia para fins políticos e o acusou de não apresentar projetos estruturais para a segurança pública.

Vereadores nacionalizam debate ao focar segurança

Política

Política - título

Assine - Offers Target - 2

Matéria - Política

Câmara de Goiânia

O prefeito Sandro Mabel (UB) volta a receber os vereadores para reunião no Paço Municipal, na manhã desta sexta-feira (21). O segundo encontro em 10 dias ocorre em contexto de persistência do clima de insatisfação na Câmara de Goiânia, que cresceu após o vazamento de documentos internos referentes à elaboração de decreto que regulamentará o pagamento das emendas impositivas.

<a href="https://opopular.com.br/canal" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Conforme mostrado aqui nesta quinta-feira (20), um dos pontos cogitados, e em seguida descartado diante do entendimento de que depende do envio de projeto à Câmara, seria a redução da fatia destinada ao orçamento impositivo, de 2% para 1,5% da receita corrente líquida do município.

A coluna apurou que, em linha com a minuta do texto estudado no Paço, Mabel pretende defender a necessidade de implantação de regras mais rígidas, especialmente no que diz respeito aos repasses às entidades. Um de seus argumentos é o de que o modelo atual tem chamado a atenção dos órgãos de controle, e que o mesmo movimento levado adiante pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), em relação ao Congresso Nacional pode ocorrer na capital.

Todos de olho

O STF pode julgar a qualquer momento ADI que questiona o porcentual do orçamento impositivo da Assembleia Legislativa do Mato Grosso. Flávio Dino abriu divergência pela redução de 2% para 1,55%. Foi seguido por Alexandre de Moraes. A decisão que sair de lá deve definir regras para os legislativos estaduais e municipais.

Com Daniel

A primeira agenda de Mabel nesta sexta será com o vice-governador Daniel Vilela (MDB). O prefeito convidou seu secretariado e os vereadores para agenda que antecederá a reunião sobre as emendas.

Com Caiado

Mabel vai depois a Brasília, para conversa com Antônio Rueda. O presidente nacional do União Brasil vai consultá-lo sobre a federação com o PP. O prefeito deve seguir o posicionamento do governador Ronaldo Caiado, que, interessado em seu projeto presidencial, é frontalmente contra a sociedade entres os dois partidos.

<img attr-cid="policy:1.3243493" attr-version="policy:1.3243493:1742517669" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3243493/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Carona perigosa - Motociclista trafega pelas ruas de Goiânia com a carona levando um cão nos braços (Wildes Barbosa / O Popular)

Os dois juntos

De Caiado sobre Daniel em evento do Goiás Social Mulher em Aparecida, nesta quinta-feira (20): “Em março, daqui um ano, quem vai estar no governo é esse aqui, ó. E aí nós vamos continuar esse trabalho do mesmo jeito. Vai melhorar mais ainda e aí vocês vão botar ele ainda para governar esse estado ainda mais tempo. Tá bem?”

E essa?

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, disse em evento da CACB, em Brasília, que a superintendente da PF em Goiás, Marcela Rodrigues, é cotada para a Secretaria Estadual de Segurança Pública. Citou como exemplo da boa relação que tem com Caiado após Márcio Luís (Facieg) defender as políticas de segurança adotadas no estado.

Descarte irregular

Mabel inaugura nesta sexta oito pontos provisórios para descarte de entulhos. Segundo o Consórcio Limpa Gyn, a capital possui mais de mil locais onde materiais diversos são jogados irregularmente. Foram removidas 117 mil toneladas nos primeiros 50 dias de 2025.

Pergunta para:

José Nelto 
Deputado federal pelo UB

<img attr-cid="policy:1.3243491" attr-version="policy:1.3243491:1742517189" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3243491/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
()

Flávia Morais (PDT) foi oficializada como coordenadora da bancada goiana e fala em pacificação. Como avalia?

Nós já tomamos uma decisão. Sete deputados e um senador da República formaram um grupo independente. Vamos reunir na semana que vem e decidir quais rumos tomar. Ela conseguiu dividir a bancada depois de usar todas as práticas mais nefastas para virar o jogo de uma eleição. Está valendo a primeira eleição. Ganhei dela. 

Arremate:

Podcast - O episódio desta semana do Giro 360 já está disponível. O tema do primeiro bloco é o anúncio do cantor Gusttavo Lima e o impacto de sua decisão no projeto presidencial do governador Ronaldo Caiado, que também precisa lidar com a possível federação de seu partido com o PP. 

Tem mais -&nbsp;No segundo bloco, o podcast destrincha a inédita confusão provocada pelas duas eleições para a escolha de um coordenador para a bancada federal goiana.

Nacional -&nbsp;O presidente da Juceg, Euclides Siqueira, foi eleito diretor institucional da Federação Nacional das Juntas Comerciais (Fenaju), durante assembleia geral realizada em João Pessoa (PB).

Mabel volta a se reunir com vereadores para tratar das emendas impositivas

Opinião

Matéria - Coluna Giro

Giro

Prometido para o início de fevereiro, o decreto da Prefeitura de Goiânia que para regulamentar a transparência e a destinação das emendas impositivas dos vereadores segue, há mais de um mês, em fase de ajustes no Paço e sem data para publicação. No entanto, a minuta da norma, vazada entre os parlamentares na quarta-feira (18), como mostrou o Giro, fez escalar o clima de insatisfação nos bastidores, especialmente pela inclusão de redução do porcentual das emendas de 2% para 1,5% da receita corrente líquida do município.

<a href="https://opopular.com.br/canal" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

A minuta do decreto, a qual O POPULAR teve acesso, expôs a intenção da Prefeitura de diminuir o valor dos recursos dos vereadores, sob a alegação de garantir responsabilidade fiscal e eficiência na alocação de dinheiro público. No entanto, a Procuradoria Geral do Município (PGM), por meio da Especializada de Assessoramento Jurídico, emitiu um parecer concluindo que a alteração não pode ser feita por decreto.

Nos bastidores, os vereadores tratam o assunto com desconfiança, mas demonstram insatisfação com a iniciativa de diminuir o porcentual das emendas. Eles alegam que isso poderia gerar um “racha” nas fronteiras entre o Executivo e o Legislativo, além de o ato ser interpretado como “inconstitucional”. Além disso, questionam ainda o motivo para Mabel querer agir com austeridade.

<div class="p-readmore-box"><a href="http://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/mabel-volta-a-se-reunir-com-vereadores-para-tratar-das-emendas-impositivas-1.3243494" target="_blank">Giro |&nbsp;</a><a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/mabel-volta-a-se-reunir-com-vereadores-para-tratar-das-emendas-impositivas-1.3243494" target="_blank">Mabel volta a se reunir com vereadores para tratar das emendas impositivas</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/vereadores-aprovam-perd-o-de-dividas-de-feirantes-e-donos-de-pit-dogs-em-goiania-1.3242774" target="_blank">Vereadores aprovam perdão de dívidas de feirantes e donos de pit dogs em Goiânia</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/politica/municipios-goianos-citam-perda-de-r-387-milh-es-com-isenc-o-do-ir-1.3242686" target="_blank">Municípios goianos citam perda de R$ 387 milhões com isenção do IR</a></div>

Há também a informação de que a Câmara já estaria “municiada” para atuar contra qualquer “arrocho” do Executivo com um decreto legislativo para barrar os efeitos de atos da Prefeitura sobre o Legislativo.

O vice-presidente da Câmara, Anselmo Pereira (MDB), afirmou ao POPULAR que a Casa só se manifestará oficialmente sobre o caso quando houver a publicação do decreto. “Se o prefeito fizer o decreto e decretar, nós vamos discutir o decreto. Mas aquilo que não é decretado não existe. Minuta de decreto é presunção”, disse o emedebista.

Segundo relatos, o vazamento da minuta pegou mal no Paço, já que não se trata de um documento finalizado e, portanto, ainda é passível de avaliação interna. Além disso, há receio no aumento do desgaste com os parlamentares, embora o entendimento do entorno de Mabel seja o de que o regramento em relação aos recursos precisa ser ampliado a fim de evitar maiores problemas e escândalos.

O líder do prefeito na Câmara, Igor Franco (MDB) disse ao POPULAR que acredita que haverá um consenso para resolver o impasse entre os poderes. “O Sandro é um prefeito de consciência, ele foi parlamentar e entende o Legislativo, e tenho certeza de que haverá um consenso aí, uma solução, para resolver da melhor forma possível. Não vejo conflitos. O consenso virá em construção com os vereadores. Tem muita coisa aí que é disse me disse”, afirmou Franco.

O vazamento da minuta ocorre em meio ao tensionamento do desgaste na relação do Paço com os vereadores. Há uma semana, o prefeito Sandro Mabel (UB) marcou ida à Casa para tratar com os vereadores sobre o plano de reformulação da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). De última hora, desmarcou a ida e reagendou a reunião para o Paço, com os vereadores da base, no dia 11.

Na ocasião, em coletiva, Mabel admitiu ruídos na relação com os vereadores. No dia seguinte, afirmou ao POPULAR que não compareceria à prestação de contas do terceiro quadrimestre de 2024, marcada para 24 de março, na Câmara, alegando que não teria o que dizer sobre as contas do ex-prefeito Rogério Cruz (SD).

A sequência de negativas provocou reações contrárias dos vereadores nos bastidores do Legislativo e até mesmo em plenário. Após a repercussão negativa, Mabel afirmou que “poderia ir” à Câmara.

Legalidade

A redução de porcentual, via decreto, excederia o poder regulamentar do Executivo e agiria de forma contrária ao previsto na Lei Orgânica do Município e na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025, que estabelecem o limite de 2%.

A PGM destacou, no seu parecer, que o decreto não pode alterar a lei, mas apenas complementá-la, e que, portanto, qualquer mudança no porcentual das emendas impositivas deve ser feita por meio de alteração na Lei Orgânica ou por uma nova lei, seguindo o exemplo da Lei Complementar Federal nº 210/2024, que estabeleceu regras específicas para a execução de emendas parlamentares na União. A pasta ressaltou ainda que a redução proposta por decreto violaria o princípio da legalidade e poderia ser sustada pela Câmara Municipal de Goiânia posteriormente.

O parecer também mencionou a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), que tem reforçado a necessidade de transparência e responsabilidade fiscal na destinação de emendas parlamentares. O STF já havia suspendido a execução de emendas ao Orçamento da União, mas liberou posteriormente com condições específicas, como a Lei Complementar nº 210/2024, que estabelece limites e regras para a execução de emendas a partir de 2025. No caso de Goiânia, a PGM entendeu que a redução do porcentual deve seguir um processo legislativo adequado, e não por meio de decreto.

Conforme mostrou O POPULAR, os vereadores goianienses destinaram 95% das emendas impositivas deste ano para associações, institutos e outras entidades sem fins lucrativos, sob a justificativa de envolver menos burocracia e execução mais rápida do que se fossem enviadas diretamente à Prefeitura. Contudo, a transparência nesse modelo de destinação é baixa.

Nesse sentido, a minuta prevê que órgãos, entidades e fundos terão a obrigação de enviar, até o quinto dia útil do mês seguinte, um relatório mensal detalhado sobre a execução das emendas à secretaria de Articulação Institucional e Captação, que encaminhará os dados à secretaria da Fazenda, que ficará responsável pela elaboração de um relatório circunstanciado.

A justificativa dada por auxiliares da Prefeitura é que os ajustes estão sendo feitos concomitantemente aos pareceres da PGM, o que explicaria a demora na publicação do decreto e as idas e vindas antes de ser encaminhado para a Casa Civil. A norma tem como inspiração o decreto do governo estadual, editado no último dia 31 de janeiro, que estabelece regras para a aplicação dos recursos dos deputados estaduais.

A Secretaria Municipal de Articulação Institucional e Captação deverá atuar com maior protagonismo na fiscalização das emendas dos vereadores quando o decreto for publicado.

Enquanto a Prefeitura de Goiânia finaliza a preparação do decreto, o Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO) publicou, ainda no início deste mês, uma instrução normativa que estabelece as diretrizes para a operacionalização das emendas individuais nas leis orçamentárias municipais em todo o estado.

A instrução prevê que as emendas podem ser genéricas (executadas diretamente pelas prefeituras) ou definidas (vinculadas a programas específicos ou destinadas a entidades privadas sem fins lucrativos). Neste último caso, é exigida a apresentação de um plano de trabalho detalhado, incluindo cronograma físico-financeiro, metas e plano de aplicação de despesas.

Minuta de decreto cria nova insatisfação com vereadores

Gleisi Hoffmann mostra serviço e Fernando Haddad força a porta para voltar ao palco e à cena principal, depois de derrotas consecutivas e de ver seu prestígio interno balançar e a confiança na opinião pública desabar. De “alternativa natural” ao presidente Lula como candidato da esquerda, acaba de se defrontar com 58% de avaliação negativa na pesquisa Genial Quaest no mercado financeiro.Por mais que Haddad tente desqualificar o resultado, alegando que a pesquisa nem pode ser chamada de pesquisa, vamos combinar que 106 economistas, gestores e analistas de fundos de investimento de São Paulo e Rio são, sim, uma amostra significativa do mercado.Assim como a queda de popularidade de Lula acendeu o sinal amarelo no Planalto e o governo se uniu em torno de uma “esquerdização”, ou “dilmização”, a perda de força interna e popular sacudiu Haddad e ele voltou a arregaçar as mangas para anunciar propostas e a soltar a voz em uma entrevista atrás da outra.O vértice desses dois movimentos é Gleisi. Ela é tanto a cara da guinada do governo à esquerda quanto fator decisivo para Haddad se animar e se expor mais, ainda que se equilibrando entre manifestações ortodoxas e a defesa das medidas nem tanto do gabinete presidencial.Gleisi chegou ao Planalto determinada a esquentar a articulação política, que passou a ser não só com os líderes, mas diretamente com os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, e com escolha cautelosa das palavras. Não é “construção”, mas “consolidação” do trabalho feito. Não se fala em “maioria”, mas em “base sólida” no Congresso.Seja ou não real, aprovar o Orçamento de 2025, após meses, é considerado um troféu de estreia para ela. A comissão especial votou às 14h e, antes das 18h, a proposta já estava aprovada no plenário, antes do embarque de Lula para Japão e Vietnã, neste sábado, com Alcolumbre e Motta a bordo. O novo desafio será o IR. Se der certo, quem vai levar os louros, Haddad ou Gleisi?O governo parece, enfim, unido e com rumo claro. Orçamento aprovado; enxertos de última hora pró-baixa renda (no auxílio gás e no Minha Casa, Minha Vida, por exemplo); isenção do IR até R$ 5 mil, compensada com alíquotas maiores para os mais ricos. Um rumo, digamos, pró-popularidade.E Lula mantém viagens, não espanca mais o BC e não fala mais de “reforma ministerial”, que virou dança de cadeiras do PT para segurar votos da baixa renda e da classe média. Agora é convencer o “andar de cima” de que a inflação será contida, o arcabouço fiscal é para valer, os juros vão cair, o Brasil vai crescer e... Lula não é Dilma. Na Genial Quaest, só 7% acreditam nisso.

Gleisi sacode Haddad e governo

Opinião - título

Matéria - Opinião

Eliane Cantanhêde

Enquanto o Brasil enfrenta um cenário alarmante com a expansão do crime organizado, especialmente em atividades lícitas como revelado pelo Estadão — que destaca o impressionante movimento de R$ 146,8 bilhões por ano em combustíveis, bebidas alcoólicas, ouro e cigarro, dominados por facções como o PCC e o Comando Vermelho — Goiás se destaca como um modelo de segurança pública bem-sucedida. O estado tem experimentado uma redução impressionante nos índices de criminalidade, refletindo um trabalho sério e eficaz das autoridades locais.

Nos últimos seis anos, Goiás alcançou uma redução de 97,6% nos índices de criminalidade, colocando o estado em uma posição de referência nacional, segundo números divulgados pelo Observatório de Segurança Pública da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP). Isso prova que o trabalho sério e comprometido tem dado frutos: 7.834 mandados cumpridos, 5.976 foragidos recapturados, 203 quadrilhas desarticuladas e 20 toneladas de drogas retiradas das ruas em apenas três meses de 2024.

Entre as reduções mais significativas, destaca-se uma diminuição de 9,4% nos homicídios dolosos e de 17,4% nos feminicídios. Com 128 dos 246 municípios de Goiás sem registros de homicídios, fica evidente o impacto positivo das políticas implementadas. O estado também registrou uma queda de 71,4% no roubo de cargas, 37,5% nos feminicídios, 31,2% no furto a transeuntes e 27% nos roubos de veículos.

A melhoria da segurança pública em Goiás tem atraído atenção até de outros estados, como demonstrado pela participação do governador Ronaldo Caiado na 14ª edição da Expert XP, um dos maiores festivais de investimentos do mundo, realizado em São Paulo, e a convite da Rádio Guaíba, de Porto Alegre (RS), detalhou as estratégias que garantiram a redução drástica da criminalidade em Goiás, incluindo o forte controle dos presídios, que tem sido uma das medidas-chave no enfrentamento do crime organizado.

Ao contrário de muitos estados onde as facções criminosas dominam tanto atividades ilícitas quanto “legais”, Goiás se destaca pelo controle efetivo do crime organizado, garantindo a paz e a segurança da população. Em comparação com estados como Rio de Janeiro e Salvador, onde o crime organizado está enraizado tanto nas favelas quanto em negócios legais, Goiás apresenta uma realidade mais segura, graças ao trabalho contínuo e estratégico focado em dados.

Esses dados são um reflexo direto de ações que tem se dedicado a combater a criminalidade e a garantir que Goiás não seja refém das facções criminosas que, de acordo com as investigações, movimentam bilhões de reais por ano, em atividades como o tráfico de drogas, contrabando de combustíveis e outros crimes.

Em suma, Goiás não só se tornou um dos estados mais seguros do Brasil, mas também um exemplo de como uma liderança comprometida e ações eficazes podem transformar um cenário de violência em um modelo de segurança pública. O exemplo de Goiás merece ser reconhecido e seguido, não apenas como um marco de sucesso, mas como um convite à mudança em todo o Brasil.

Haroldo Naves, ex-prefeito de Campos Verdes e Presidente da Federação Goiana de Municípios (FGM)