Fabiana Pulcineli

Dois dos três senadores por Goiás se dizem favoráveis ao texto do projeto de lei antifacção aprovado na Câmara dos Deputados na noite de terça-feira (18) e que agora será apreciado no Senado. Vanderlan Cardoso (PSD) e Wilder Morais (PL) afirmam que houve avanços e que ainda vão se aprofundar para avaliar propostas de melhorias. Jorge Kajuru (PSB) afirmou estar de licença médica e que vai avaliar o projeto quando retornar, em dezembro.

Vanderlan e Wilder também defendem a classificação de facções como grupos terroristas, mas o primeiro não vê <a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/anuncio-de-wilder-da-ao-pl-tempo-para-definir-projeto-1.3338877" target="_self">ambiente político para propor essa alteração no PL antifacção</a>. Parlamentares e governadores da direita, incluindo Ronaldo Caiado (UB), queriam incluir destaque (sugestão de mudança no texto-base) com a proposta na votação na Câmara, mas a tentativa foi barrada pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), sob alegação de que o tema não era relacionado ao projeto.

Para Vanderlan, a tendência é de que o relator no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), promova poucas mudanças no texto para evitar um novo embate muito forte em retorno do projeto à Câmara. Por isso, a ideia de classificação de terrorista ficaria para outra ocasião.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/anuncio-de-wilder-da-ao-pl-tempo-para-definir-projeto-1.3338877" target="_self">Anúncio de Wilder dá ao PL tempo para definir projeto</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/partido-como-o-nosso-tem-que-ter-candidato-afirma-wilder-1.3338315" target="_self">"Partido como o nosso tem que ter candidato", afirma Wilder</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/wilder-confirma-pre-candidatura-ao-governo-de-goias-1.3338064" target="_self">Wilder confirma pré-candidatura ao governo de Goiás</a></div>

“Bandidos que querem dominar o Estado não tem outro nome, são terroristas”, afirma Wilder, que afirmou sentir falta dessa alteração no projeto.

O senador do PL comemorou o destaque aprovado na Câmara que proíbe presos provisórios de votar nas eleições. “Foi o que me saltou aos olhos. Com isso a esquerda perde parte de seu eleitorado”, diz.

A inclusão foi proposta pelo deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS), que prevê a proibição do alistamento de eleitores em prisão provisória e o cancelamento do título de quem já tem o documento. Atualmente só são proibidos de votar condenados com sentença transitada em julgado (definitiva, sem possibilidade de recursos) ou aqueles que perderam direitos políticos.

O parlamentar alegou que “não faz sentido o cidadão estar afastado da sociedade, mas poder decidir os rumos da política do município, estado e até do Brasil”. Na votação, o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ) ironizou a proposta, afirmando que o ex-presidente Jair Bolsonaro e a deputada Carla Zambelli (ambos do PL) estariam impedidos de votar.

Vanderlan afirma que vai solicitar dados sobre a perda de recursos que o governo alega que afetará a Polícia Federal. O relator já afirmou que fará mudanças neste ponto. “Não pode tirar um centavo da PF”, disse Vieira, em entrevista à Globo News. O senador do PSD elogiou o relator, afirmando ser muito criterioso e conhecedor da área de segurança.

O texto final - o sexto - do relator na Câmara, Guilherme Derrite (PP-SP) estabeleceu que bens apreendidos em investigações feitas pela PF serão direcionados para o Fundo Nacional de Segurança Pública e não mais para fundos específicos da PF. No caso de operações compartilhadas pelo governo federal e Estados, haverá divisão dos recursos.

Sobre o ponto de endurecimento das penas, Wilder se diz cético sobre os resultados. “Tenho dúvidas sobre a efetividade. Defendo que é preciso acabar com as progressões, do contrário não adianta penas altas”, afirma.

Já Vanderlan considerou positivo o aumento das penas. “Se não der um choque bem apertado, com leis duras, não há efeito. A pessoa tem de pensar muitas vezes antes de virar faccionado”, diz.

O senador do PSD afirma que vai avaliar melhor a alegação do governo federal de que o texto estabeleceu restrições e procedimentos que dificultam ações federais rápidas. Apesar de discussões pontuais, ele prevê que o governo federal fracassará se insistir em resgatar o texto inicial do projeto.

A aprovação na Câmara, por 370 votos a 110, foi uma derrota para o governo federal, que defendia a retomada do texto enviado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A bancada do PT votou contra o relatório final.

Wilder diz que a pauta da segurança pública “sempre foi central” na atuação dele no Senado, com vários projetos e relatorias de matérias do setor, e culpa o PT pela piora do setor. “Considero que a grave situação atual é reflexo da falta de prioridade dos governos do PT em relação a este tema. É notável que, apenas às vésperas de uma eleição, o partido demonstre interesse em discuti-lo”, afirma, reforçando o embate político que tomou conta da discussão na Câmara.

“Vou analisar cada ponto do projeto e sugerir as mudanças necessárias para que finalmente possamos dar paz à população brasileira”, completou Wilder.

Além de solicitar estudos sobre alguns pontos do projeto, Vanderlan afirma também que pretende conversar com o governador Caiado para saber suas propostas de mudanças. “Eu liguei e ainda não consegui falar com ele, mas vou ouvi-lo até porque Goiás é referência sobre redução dos índices de criminalidade”, afirma.

O governador, que passou o dia na terça-feira na Câmara acompanhando a tramitação do projeto, reafirmou nesta quarta-feira (19) a intenção de insistir com a equiparação de faccionados a terroristas, mas defendeu a inclusão da emenda na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, proposta pelo governo federal no ano passado, e que andará na Câmara em dezembro (leia reportagem na página 7).

Wilder e Vanderlan se dizem favoráveis ao PL Antifacção

Política

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Matéria - Política

Senado

Um dia depois de a Câmara dos Deputados aprovar o texto-base do Projeto de Lei Antifacção, enviado pelo governo Lula (PT) e alterado seis vezes pelo relator, Guilherme Derrite (PP-SP), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), criticou nesta quarta-feira (19) o não acolhimento da emenda que busca equiparar o crime de organizações criminosas ao terrorismo - apresentada pela oposição de última hora por meio de um destaque e barrada pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB). “Veja, a luta continua. Ontem realmente não colocaram em votação aquilo que seria a equiparação com o terrorismo, o que foi uma falha, pois nós tínhamos quórum, votação suficiente e que realmente deram pela inconstitucionalidade da emenda, que tem não tem inconstitucionalidade. Se a matéria é afim ao texto, não tem porquê ela ser considerada inconstitucional”, afirmou Caiado. O governador disse, por outro lado, que a equiparação pode ser levada adiante no âmbito da proposta de emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, também do governo federal, prevista para entrar na pauta de votação da Câmara no dia 4 de dezembro, conforme anunciou Motta em entrevista à CBN na semana passada. “Mas dia 4 de dezembro agora, o texto da PEC vai entrar em votação e na PEC realmente vem a equiparação com a prática terrorista, e, como tal, a presença daquilo que é fundamental no combate ao crime no Brasil que são as Forças Armadas. Então isso entraria neste momento, ao caracterizá-la assim, entrariam as Forças Armadas - Marinha, Aeronáutica, Exército, para poder ter uma maior cobertura de fronteiras e também do litoral”, declarou Caiado. O governador passou toda a terça-feira (18) em Brasília para articular pessoalmente apoio à aprovação do projeto. Questionado sobre o saldo das articulações, disse que foram positivas. “Ele acolheu uma emenda minha para realmente acabar 100% com as visitas íntimas. Também autoriza o monitoramento ambiental, de audiências já caracterizadas no projeto, como sendo prerrogativa nossa. As emendas apresentadas por nós também foram atendidas. E vem na PEC do dia 4 de dezembro.”O projeto de Lei Antifacção enviado pelo governo tinha, originalmente, finalidade de modernizar e fortalecer o ordenamento jurídico brasileiro, atualizando normas para enfrentamento mais eficaz ao crime organizado, sobretudo às facções. Entretanto, o relator promoveu alterações ao longo da tramitação, criando uma lei autônoma sobre organizações criminosas ultraviolentas. A proposta foi aprovada com 370 votos favoráveis e 110 contrários, após série de negociações políticas e vaivém no texto que segue para análise do Senado. Apesar das falas de Caiado e da comemoração da oposição com a derrota ao governo com a aprovação do texto na Câmara, a tendência apontada é a de que a matéria passe por modificações no Senado. Em vídeo nas redes sociais, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Otto Alencar (PSD-BA), colegiado responsável pela análise inicial do texto, disse que a etapa na Casa será “mais estratégica” e que pretende ouvir a Polícia Federal, o Ministério Público, a Polícia Civil e outros órgãos que são envolvidos na linha de frente no enfrentamento ao crime organizado antes de selar a versão final da matéria a ser votada.Nesta quarta, após a aprovação do projeto na Câmara, integrantes do governo federal reagiram negativamente à derrota sofrida no Legislativo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o PL Antifacção enfraquece órgãos como Receita Federal, Polícia Federal, além de “facilitar a vida de líderes do crime organizado”, e alegou que “apelos” do governo não foram atendidos pelos parlamentares. “O que foi aprovado ontem (terça), paradoxalmente, asfixia financeiramente não o crime organizado, mas a Polícia Federal. Ele tira dinheiro da Polícia Federal e enfraquece a Receita Federal no combate ao crime organizado. Então, por melhor que tenha sido a intenção, vai na direção contrária do que se pretende”, afirmou o ministro.Caiado criticou o ministro, dizendo que ele “deixou muito a desejar” por onde passou no governo federal - no Ministério da Educação e na Fazenda - e o chamou de “incompetente”. “Agora, o que nós fizemos foi uma coisa só. O projeto só tem uma coisa: o perdimento fica com o Estado se a operação for do Estado. O perdimento fica com o governo federal se for do governo federal”, disse. Ao seguir com críticas a Haddad, Caiado relacionou a “incompetência” do ministro ao caso da aeronave Falcon 50, apreendida pela Polícia Civil de Goiás em 2019 por supostamente ter sido usada por organização criminosa. “Você pode ir ali no aeroporto de Goiânia, você vai lá filmar um Falcon 50 que desde o primeiro ano do meu governo eu prendi e está lá. Eu pedi várias vezes ao órgão dele, que é subordinado a ele (Haddad), para que realmente leiloasse ou que entregasse ao Estado de Goiás para que leiloássemos e construíssemos um hospital. Só que hoje ele não vale mais nada. Um Falcon 50. Chegou voando de Dubai e nós o prendemos. Está lá apodrecendo. Se estivesse na mão do Estado, a gente já tinha leiloado ele, já tinha feito dinheiro”, afirmou Caiado, para completar: “Então está aí: nós não tiramos nada do governo federal. Se a operação é do Estado, o perdimento é do Estado. Se é da PF, o perdimento é da PF.” Nesta quarta, Caiado participou da entrega do prêmio “Zé Gotinha do Cerrado”, que ocorreu na Escola de Saúde de Goiás, em Goiânia, iniciativa que reconhece os municípios goianos que alcançaram os melhores resultados nas campanhas de vacinação. No evento, Caiado também lançou o programa Respira Goiás, voltado ao fortalecimento da Atenção Primária à Saúde.

Equiparar facção a terrorismo na PEC da Segurança, defende Caiado

Segurança Pública

A nova leva de pílulas do MDB promove o vice-governador Daniel Vilela, presidente estadual do partido, como sucessor de Ronaldo Caiado (UB). 

Na primeira delas, o emedebista aparece com um telefone nas mãos, assistindo a trecho de discurso no qual o governador o chama de “aliado, amigo, leal, dedicado”. “Falo isso porque eu sei a quem eu estou entregando o Estado de Goiás”, completa o chefe do Executivo. Daniel agradece a Caiado e diz em seguida que “os avanços conquistados em nosso estado não vão parar”. 

Em outra peça, ele faz comparativos com governos anteriores nas áreas de segurança, infraestrutura e saúde. “Trabalho com inovação. É assim que a gente faz o melhor governo do Brasil”, resume. Um terceiro vídeo, voltado ao público feminino, mostra o vice dizendo que tem “orgulho de ver como o governo trabalha para cuidar, empoderar e proteger as mulheres”. “Precisamos e vamos avançar ainda mais”, emenda.

Prioridade

O governador Caiado cancelou boa parte de sua agenda nesta terça-feira (18) para ir a Brasília. Seu objetivo é acompanhar (e articular) a votação do projeto antifacção na Câmara dos Deputados.

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Outra refeição

Diante da viagem a Brasília, o jantar com os deputados estaduais, no Palácio das Esmeraldas, foi convertido em almoço. Caiado seguirá para Brasília logo após o encontro com os integrantes de sua base na Assembleia Legislativa.

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Nomes

Além de Caiado, outros governadores devem ir à Câmara dos Deputados. A prioridade do goiano é viabilizar a votação aberta de destaque que prevê o enquadramento de faccionados como terroristas.

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Xadrez

A leitura é a de que a votação aberta ajudará, ao expor os votos dos deputados federais, a neutralizar a pressão do governo federal, que é contrário à proposta.

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Perigoso - Homem se arrisca andando na parte superior de caminhão cegonha em movimento, na Avenida 85, em Goiânia. (André Costa)

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No STF

A Assembleia Legislativa protocolou embargos de declaração com efeitos infringentes para tentar suspender os efeitos do julgamento do Supremo Tribunal Federal que declarou, em agosto, a inconstitucionalidade do chamado quadro suplementar em extinção (QSE) do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

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Alcance

O STF permitiu que os 120 beneficiados pelo QSE se aposentem, mas a Alego vê “erro” no trecho do acórdão que mantém apenas quem foi nomeado até 4 de fevereiro, quando foi publicada a lei que previa a extinção dos cargos. É que 20 servidores tomaram posse entre essa data e 1° de junho, quando a regra entrou em vigor.

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Concurso da Câmara

Representantes da Câmara de Goiânia e do Instituto Verbena/UFG apresentaram, nesta segunda-feira (17), ao Ministério Público Estadual (MPGO) a proposta de minuta de edital de concurso para contratação de 62 servidores efetivos. A promotora Miryam Belle deu sua permissão para a continuidade das providências e o edital será publicado na próxima semana.

Pergunta para:

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Wilder Morais (Divulgação)

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Wilder Morais

Senador pelo PL

Existe a possibilidade de o PL fazer aliança e apoiar Daniel Vilela?&nbsp;

Na minha cabeça o nosso candidato à Presidência da República é o Jair Bolsonaro (PL). Se não for, vai ser quem ele escolher. Aí, de repente, pode fazer uma composição e Caiado pode apoiar o nosso candidato a presidente. Essa questão está acima de qualquer decisão estadual. A decisão local é para a gente colocar o nosso nome como pré-candidato ao governo.

Arremate:

No México - O deputado federal Zacharias Calil (UB) vai participar, na cidade de Monterrey, no México, do 25º Encontro Internacional de Educação Inicial e Pré-escolar: “Construindo Futuros. Inovação e Desenvolvimento Integral desde a Primeira Infância. O evento será realizado nesta semana, entre os dias 20 e 22 de novembro. O goiano foi convidado pelo senador Dr. Alberto Anaya Gutiérrez.

Certificação mantida -&nbsp;O Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP) passou novamente pela avaliação da Organização Nacional de Acreditação e manteve o selo ONA Nível 1, que atesta padrões de qualidade e segurança na assistência. O certificado é válido por dois anos e a unidade divulgou que se prepara para elevar seu nível de acreditação.

Pílula leva à TV trecho de discurso de Caiado que aponta Daniel sucessor

Opinião

Matéria - Coluna Giro

Giro

Enquete - Em quem você votaria para governador de Goiás?

Após a intensificação de cobranças internas nas últimas semanas, o senador Wilder Morais, presidente do diretório goiano do Partido Liberal (PL), confirmou, em reunião com correligionários na tarde desta segunda-feira (17) em sua residência em Goiânia, pré-candidatura ao governo de Goiás na eleição de 2026. A decisão ocorre em meio a outras pré-candidaturas já anunciadas ao Palácio das Esmeraldas, como do vice-governador Daniel Vilela (MDB) e do ex-governador Marconi Perillo (PSDB).

Ao POPULAR, Wilder disse que o primeiro plano é definir agenda de trabalho e, então, intensificar as movimentações a fim de que os goianos o reconheçam como pré-candidato no ano que vem. Sem citar nomes, ele afirmou que o PL “terá candidatura nacional no ano que vem” e, sendo assim, “Goiás também vai ter porque a nacional precisa ter palanque aqui”.

“Tivemos uma reunião do grupo nosso aqui, eles me apertaram me pedindo, e decidimos que eu serei pré-candidato ao governo do Estado. Vamos começar a anunciar isso. Também vamos ter chapa para o Senado”, afirmou Wilder, para completar: “Vamos vir com a pauta para desenvolver o Estado de Goiás, e eu vou trazer a minha experiência de empresário, de parlamentar, de alguém que esteve no Executivo. Goiás é um Estado conservador e exige posicionamento nosso. Partido como o nosso tem que ter candidato.”

O encontro desta segunda foi planejado pelo próprio senador ainda na semana passada com o intuito de tratar de “questões políticas do partido em Goiás”. Outra definição acertada foi a da pré-candidatura do deputado federal Gustavo Gayer (PL) ao Senado.

A confirmação de Wilder ocorre quase dez dias depois de ele ter participado de um encontro do agronegócio em Jataí (Sudoeste do estado), no dia 8, junto a lideranças nacionais ligadas ao bolsonarismo, no qual o senador fez discurso em tom eleitoral e chegou a ser citado como futuro governador pelo organizador do evento, o ex-deputado federal Marcelo Brum (Republicanos-RS).

Na ocasião, o senador já vinha sendo cobrado por aliados para ampliar a movimentação de pré-campanha, mas teria sinalizado que deixaria para intensificar as ações no ano que vem. A antecipação, segundo Wilder, se deu pela pressão dos correligionários e também pela análise de pesquisas internas do partido que o mostram com vantagem sobre os prováveis adversários ao governo estadual em 2026.

“Têm pesquisas nossas que mostram que eu estou em terceiro lugar. Se eu falo em pesquisa, o pessoal de Taquaral, por exemplo, lá atrás também não acreditava em mim não. Achavam que eu não ia conseguir chegar ao Senado. Mas eu acredito no meu projeto”, afirmou.

Nos últimos 12 meses, houve intensa redução do número de prefeitos filiados a partidos de oposição ao governo de Goiás desde o fim das eleições de 2024. Depois de alcançar a vitória em 26 cidades no ano passado, O POPULAR revelou que o PL conta agora com apenas 14 prefeitos filiados e com tendência de mais baixas.

O prefeito de Novo Gama (Entorno do Distrito Federal), Carlinhos do Mangão (PL), declarou apoio, no último dia 11, às pré-candidaturas de Daniel, e da primeira-dama Gracinha Caiado ao Senado em 2026.

Wilder minimizou a debandada dos prefeitos do PL, disse que “isso é fato isolado do prefeito” e afirmou que no ano que vem “viajará a todos os 246 municípios do estado”.

“A maioria dos prefeitos perdeu a base inteira nessas cidades e está só ele. Mas aí é decisão do prefeito (de sair), tem que perguntar ao prefeito. A nossa parte fizemos - elegemos eles”, afirmou o senador, acrescentando que a justificativa para a redução dos filiados pode ter a ver com “pressão do atual governo” e “medo de perder verba”.

Conforme mostrou O POPULAR no dia 10, na cúpula do governo estadual há apostas de que o PL ainda pode ficar com a base diante da prioridade do partido, já manifestada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, em eleger senadores em todo o País. Dentro do grupo de Wilder, no entanto, as manifestações são de confiança em suas declarações de que a sigla estará na oposição. Nesse contexto, o governador Ronaldo Caiado (UB) tem agendada visita a Bolsonaro, que está preso em regime domiciliar, no dia 9 de dezembro.

Além de Wilder, a reunião desta segunda contou com a presença do deputado federal Gustavo Gayer; dos deputados estaduais Eduardo Prado e Major Araújo; dos vereadores por Goiânia Oséias Varão e Coronel Urzêda; dos ex-deputados Fred Rodrigues e Lissauer Vieira; e do advogado da sigla, Victor Hugo Pereira. Cotado para deputado federal ano que vem, o vereador Vitor Hugo não compareceu ao encontro.

<div attr-cid="policy:1.3338349" attr-version="policy:1.3338349:1763458214" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3338349" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3338349', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3338349">Enquete - Em quem você votaria para governador de Goiás? (1.3338349)</a></div>

"Partido como o nosso tem que ter candidato", afirma Wilder

Eleições 2026

Wilder faz discurso em tom eleitoral, durante evento do agro em Jataí

Presente em encontro do agronegócio em Jataí (Sudoeste do Estado) no sábado (8), junto de lideranças nacionais aliadas ao bolsonarismo, o <a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/wilder-morais-processa-32-portais-de-noticias-1.3325060" target="_self">senador Wilder Morais</a>, presidente estadual do PL, reforçou a pré-candidatura ao governo do Estado em tom eleitoral de palestra e nas conversas nos bastidores com aliados.

Cobrado internamente a se movimentar mais para a disputa, Wilder reafirmou aos correligionários que vai intensificar a pré-campanha no ano que vem, mas foi citado como futuro governador pelo organizador do evento, o ex-deputado federal Marcelo Brum (Republicanos-RS).

Jataí é a cidade-natal do vice-governador e pré-candidato ao governo, Daniel Vilela (MDB), e forte no agro. O prefeito, Geneilton Assis, é um dos poucos da lista dos 26 eleitos pelo PL que não vão aderir ao governo.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/wilder-morais-processa-32-portais-de-noticias-1.3325060" target="_self">Wilder Morais processa 32 portais de notícias</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/deputado-estadual-anuncia-saida-do-pl-e-ataca-wilder-e-gayer-1.3321466" target="_self">Deputado estadual anuncia saída do PL e ataca Wilder e Gayer</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/em-discurso-eleitoral-marconi-aponta-pontos-de-mudanca-em-goiania-1.3324146" target="_self">Em discurso eleitoral, Marconi aponta pontos de mudança em Goiânia</a></div>

O encontro no município, chamado de Seminário a Voz do Campo, realizado pela primeira vez fora do Rio Grande do Sul, contou com a presença do ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo), que compôs a força-tarefa da Operação Lava Jato; do deputado federal Ricardo Salles (Novo-SP), ex-ministro do Meio Ambiente no governo de Jair Bolsonaro (PL); do advogado Jeffrey Chiquini, que virou celebridade digital ao atuar na defesa de réus no julgamento do 8 de Janeiro no Supremo Tribunal Federal (STF); e de Maurício Galante, primeiro brasileiro eleito vereador nos Estados Unidos, apoiador do presidente Donald Trump.

Em palestra, Wilder destacou sua atuação no Senado e como secretário de Indústria e Comércio, no início da gestão do governador Ronaldo Caiado (UB), em 2019-20. “Se hoje nós geramos mais emprego e renda, foi o senador Wilder Morais, que na época era secretário, e ajudou a trazer as indústrias para o Estado de Goiás inteiro”, afirmou, sob aplausos na plateia, em evento na sede do CTG Querência Goiana.

Wilder também citou projetos de lei que contemplam o agro, como a permissão de porte de arma no campo e mencionou as eleições de 2026. “Ano que vem vamos ter escolhas para vários cargos. Qual perfil vamos escolher? (...) A maior ação social que vamos ter para a sociedade sabe qual é? É geração de emprego e renda”, afirmou.

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O senador falou ainda de sua trajetória e de sua infância em Taquaral, com “pai taxista e mãe costureira”. Ao final, exaltou o agro: “É nesse Brasil que quero estar dentro. O Brasil do agro, o Brasil que deu certo”.

O evento teve como temas a propriedade privada; o “lobby ambiental” no País; e questões jurídicas e políticas do Brasil. O procurador da República Guilherme Schelb, de Brasília (DF), fez uma palestra sobre o “risco do socialismo tomar as propriedades privadas” no País.

Marcelo Brum, radialista do programa A Voz do Campo, foi suplente de deputado federal e assumiu a vaga de Onyx Lorenzoni no período em que foi ministro-chefe da Casa Civil no governo Bolsonaro. No evento, o organizador agradeceu a presença de Wilder e o fato de ele acompanhar as palestras. “Vai ser governador, está escrito. Vai ser governador. Eu tiro o chapéu”, disse.

Depois do evento, Wilder voltou de avião particular para sua fazenda em Nerópolis com Ricardo Salles e Chiquini de carona. O deputado estadual Delegado Eduardo Prado e o ex-presidente da Assembleia Legislativa Lissauer Vieira - ambos do PL - também estiveram presentes no evento. O prefeito não participou porque estava em viagem ao exterior. Ele foi a missão oficial na China.

Em almoço no local e em conversas com aliados, Wilder falou dos planos de chapa majoritária com ele na disputa ao governo e com o deputado federal Gustavo Gayer (PL) concorrendo ao Senado.

Na cúpula do governo, há apostas de que o PL ainda pode ficar com a base diante da prioridade do partido, já manifestada por Bolsonaro, em eleger senadores em todo o País. Dentro do grupo de Wilder, no entanto, as manifestações são de confiança em suas declarações de que a sigla estará na oposição.

Mesmo com cobranças por mais movimentações, os correligionários afirmam que vão esperar a decisão de Wilder e consideram que o grupo terá chapa própria competitiva.

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