Chega Pra Cá #83

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O Centro de Excelência em Estudos, Monitoramento e Previsões Ambientais do Cerrado (Cempa-Cerrado) Universidade Federal de Goiás foi uma das instituições que alertaram a população goiana, na semana passada, sobre a presença de um sistema de alta pressão atmosférica. O resultado foi a formação da “bolha de calor” em Goiás e em outras áreas do Mato Grosso, Tocantins, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.

Essa bolha de calor é uma variação normal do tempo ou é uma excepcionalidade provocada pelo fenômeno El Niño. Ou pior ainda, é efeito do aquecimento global que chegou para ficar? Para entender o porquê das altas temperaturas que incomodam a população desde a semana passada, o entrevistado deste Chega pra Cá é Angel Domínguez Chovert, meteorologista do Cempa-Cerrado.

Angel Domínguez tem doutorado em meteorologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e desenvolve um sistema de multiprodutos meteorológicos para a região do Cerrado no Centro-Oeste do Brasil, utilizando modelos numéricos de previsão de tempo.

Cileide Alves - Jornalista

TT: @cileidealves 
Instagram: @cileide.alves

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Cileide Alves entrevista Angel Domínguez Chovert, meteorologista do Cempa-Cerrado ()

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Angel Domínguez Chovert, meteorologista do Cempa-Cerrado da UFG

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Chega pra Cá #83

Chega126

A fumaça que encobriu Goiânia na manhã deste domingo (25) chegou a praticamente todas as regiões do Estado. A fuligem também atingiu milhões de pessoas em outras cidades brasileiras. Ela vem de incêndios que atingem o país de Norte a Sul. São Paulo registrou cerca de 4 mil focos de incêndio no mês de agosto, quase dez vezes mais que no mês passado.

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Os incêndios castigam estados do Norte, na região amazônica, e o Pantanal. Em apenas um dia, Rondônia registrou mais de 200 focos de fogo. Das 27 unidades da federação, 16 estados, Goiás entre eles, e o Distrito Federal enfrentam a pior estiagem já vista no período&nbsp;de maio a agosto.

Para entender melhor esses acontecimentos a convidada deste Chega pra Cá é a pesquisadora Karla Longo, do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Ela também participa do Centro de Excelência em Estudos, Monitoramento e Previsões Ambientais do Cerrado (Cempa-Cerrado), uma parceria entre o Inpe, a UFG e o governo estadual.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/videos/cileide-alves-entrevista-karla-longo-1.3168046" target="_blank">Cileide Alves entrevista Karla Longo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/sinal-amarelo-para-o-ensino-medio-no-brasil-1.3166008" target="_blank">Sinal amarelo para o ensino médio no Brasil</a></div>

Goiana, graduada em física pela UFG, Karla fez pós-doutorado na Nasa nos Estados Unidos e trabalhou como cientista sênior em universidades norte-americanas. Karla tem experiência na área de geofísica, com ênfase em química da atmosfera, e atua em modelagem numérica, qualidade do ar, queimadas e seus impactos, mudanças do tempo e clima entre outros temas.

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Goiás sufocado pela fumaça

Opinião

Opinião - título

Matéria - Opinião

Meio Ambiente

Chega pra Cá entrevista Karla Longo

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A fumaça que encobriu Goiânia na manhã deste domingo (25) chegou a praticamente todas as regiões do Estado. A fuligem também atingiu milhões de pessoas em outras cidades brasileiras. Ela vem de incêndios que atingem o país de Norte a Sul. São Paulo registrou cerca de 4 mil focos de incêndio no mês de agosto, quase dez vezes mais que no mês passado.

Os incêndios castigam estados do Norte, na região amazônica, e o Pantanal. Em apenas um dia, Rondônia registrou mais de 200 focos de fogo. Das 27 unidades da federação, 16 estados, Goiás entre eles, e o Distrito Federal enfrentam a pior estiagem já vista no período&nbsp;de maio a agosto.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/videos/cileide-alves-entrevista-armando-vergilio-1.3164005" target="_blank">Cileide Alves entrevista Armando Vergílio</a> 
<a href="https://opopular.com.br/videos/cileide-alves-entrevista-ricardo-barbosa-1.3161789" target="_blank">Cileide Alves entrevista Ricardo Barbosa</a></div>

Para entender melhor esses acontecimentos a convidada deste Chega pra Cá é a pesquisadora Karla Longo, do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Ela também participa do Centro de Excelência em Estudos, Monitoramento e Previsões Ambientais do Cerrado (Cempa-Cerrado), uma parceria entre o Inpe, a UFG e o governo estadual.

Goiana, graduada em física pela UFG, Karla fez pós-doutorado na Nasa nos Estados Unidos e trabalhou como cientista sênior em universidades norte-americanas. Karla tem experiência na área de geofísica, com ênfase em química da atmosfera, e atua em modelagem numérica, qualidade do ar, queimadas e seus impactos, mudanças do tempo e clima entre outros temas.

Cileide Alves - Jornalista 
TT: @cileidealves 
Instagram: @cileide.alves

Cileide Alves entrevista Karla Longo

Chega pra Cá #126

Cileide Alves entrevista Ricardo Barbosa

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Acabou o período de definição de candidatos a prefeito e a vereador e de acerto de alianças eleitorais. Agora os partidos têm até o dia 15 próximo para entregar à justiça as atas das convenções e pedir registro de candidaturas e coligações.

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Em Goiânia, sete candidatos foram autorizados a disputar as eleições: Adriana Accorsi pelo PT; Fred Rodrigues, pelo PL; Matheus Ribeiro, do PSDB, o prefeito Rogério Cruz, do Solidariedade; Sandro Mabel, do União Brasil; Vanderlan Cardoso, do PSD, e Professor Pantaleão, da Unidade Popular.

Para avaliar o cenário eleitoral, o entrevistado deste Chega pra Cá é o professor de Métodos e Técnicas de Pesquisa da Faculdade de Ciências Sociais da UFG, Ricardo Barbosa Lima. Ele é também diretor-executivo do DataUFG, Laboratório Multiusuário de Pesquisa e Avaliação de Políticas Públicas.

 
Cileide Alves - Jornalista 
TT: @cileidealves 
Instagran: @cileide.alves

Chega pra Cá #123

A polícia violenta promove a violência. Mais do que isso, empurra a própria polícia para o crime. Esse é o resumo do que o pesquisador Bruno Paes Manso conversou com a jornalista Cileide Alves no programa Chega Pra Cá desta terça-feira (23). Autor de livros sobre o crime organizado como A Guerra: A Ascensão do PCC e o Mundo do Crime no Brasil, de 2018 (em coautoria com Camila Nunes Dias); A República das Milícias, de 2020; e Fé e Fuzil – lançado ano passado –, ele foi o convidado da edição 121 do podcast do POPULAR.

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Jornalista, professor, escritor e doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP), Bruno é também pesquisador do Núcleo de Estudos de Violência (NEV) da mesma instituição e estuda o comportamento do crime organizado nos últimos 50 anos. “Nos anos 80 havia um cenário muito desorganizado e conflituoso no tráfico de drogas, com muitos homicídios. O PCC e as demais facções surgem em um contexto para reorganizar esse mercado e passar a atuar de forma atacadista, para vender droga em todo o Brasil e no resto do mundo. É uma nova fase, num novo patamar, e o dinheiro do crime organizado se multiplica, começa a ser lavado e financia outros negócios”, diz.

Cileide questionou Bruno Manso sobre Goiás ter atualmente a 3ª maior proporção (32,2%) no País em letalidade policial em relação ao total de homicídios, atrás apenas de Amapá e Sergipe. “Isso significa que praticamente uma a cada três pessoas assassinadas em Goiás é morta pela polícia. É uma situação escandalosa, um número muito elevado”, alerta o pesquisador.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/troca-por-lampadas-led-ocorrera-ate-dezembro-1.3157259" target="_blank">Troca por lâmpadas LED ocorrerá até dezembro</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/consorcio-repassa-maquinas-a-comurg-e-aterro-volta-a-operar-1.3157257" target="_blank">Consórcio repassa máquinas a Comurg e aterro volta a operar</a> 
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Para ele, as pessoas tendem a associar a violência policial à produção de ordem. “Esse é um dos maiores sensos comuns do Brasil. Enxergam a violência policial não como crime, mas como se isso ensinasse a respeitar a lei. É algo que existe há 50 anos, com os grupos de extermínio”, disse. “Na verdade, quando a polícia mata demais isso acaba empurrando o policial para o crime, porque ele fica muito poderoso e pode se tornar um protagonista da cena criminal. É o processo de milicianização que estamos vendo acontecer no Brasil.”

O senso comum também dá sucesso eleitoral, explica Bruno Paes, ligando a reeleição do governador do Rio, Cláudio Castro (PL), à estratégia de aumento das mortes nas favelas às vésperas do primeiro turno de 2022. “As pessoas associavam essas mortes a uma reação ao crime, mas hoje vemos o Rio de Janeiro tomado pelas milícias”, explica.

<h2>Alternativa</h2>

E qual seria a solução? Mais presença constante nas comunidades mais violentas, acredita Bruno. “No fim do século passado, em 1999, São Paulo parecia uma coisa sem solução, com homicídios crescendo havia 40 anos. Mas a partir dos anos 2000 essa taxa começou a cair e agora são 7 mortes por 100 mil habitantes – a mesma taxa de letalidade da polícia de Goiás hoje”. Ele explicou que, nas regiões onde havia muita violência (como chacinas ou muitas mortes seguidas), começou a ocorrer o que chamou de “operação saturação”, que consistia na ocupação do lugar pela polícia por vários meses. “Com a demonstração de força dessa ocupação temporária, os criminosos começaram a pensar que matar atrapalhava o faturamento.”, contou.

Isso, segundo Bruno Paes Manso, passou a induzir um novo tipo de comportamento na cena criminal, já que sempre que havia violência, havia também o risco de a facção perder dinheiro ou até quebrar. “Tolera-se o tráfico de drogas, mas não o tráfico de drogas violento. É uma redução de danos, com a qual acaba tendo de se trabalhar”, explica. Nesse novo cenário, conclui, a atuação da segurança pública precisaria se dar em outro patamar, o da inteligência.

Essa e todas as edições do programa Chega Pra Cá podem ser assistidas na íntegra no canal do POPULAR no YouTube ou também pelos aplicativos de celular destinados a podcasts.