A Universidade Federal de Goiás (UFG) termina este ano com uma dúvida: quem será seu novo reitor em 6 de janeiro, dia que encerra o terceiro mandato do professor Edward Madureira?Pelas regras atuais, deve ser a vice-reitora Sandramara Chaves, eleita em junho último pela comunidade universitária para comandar a instituição entre 2022 e 2026. Mas nem sempre as normas prevalecem nas decisões do presidente Jair Bolsonaro, responsável por nomear os reitores das instituições federais a partir de uma lista tríplice indicada por seus conselhos universitários.Para forçar o presidente a escolher o nome da candidata vitoriosa nas eleições diretas, o Conselho Universitário (Consuni) da UFG incluiu na sua lista tríplice os nomes de Sandramara e de duas professoras com militância política em partidos de esquerda, Angelita Pereira de Lima, da Faculdade de Comunicação e Informação, e Karla Emmanuela Ribeiro Hora, da Escola de Engenharia Civil e Ambiental. O presidente Bolsonaro tem deixado as nomeações para última hora. O mandato do reitor da Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, vencerá nesta quinta-feira e até este momento ainda não saiu o decreto de nomeação do seu sucessor.Independentemente da publicação do decreto, o reitor Edward Madureira deixará o cargo no dia 6 – ele será substituído pela vice-reitora Sandramara Chaves –, encerrando seu terceiro mandato como reitor.Edward foi o professor que mais tempo dirigiu a universidade. Foram 12 anos, oito deles entre 2006 e 2014 e os quatro anos entre 2018 e 2022. Neste período, a UFG cresceu fisicamente, em número de cursos, de professores, de estudantes matriculados e transformou seus campus avançados nas Universidades Federal de Jataí, a UFJ, e Federal de Catalão, a UFCat.Para conversar sobre a UFG de hoje e seus desafios em meio à pandemia e a um governo que desvaloriza a ciência o “Chega pra Cá” convidou o engenheiro agrônomo e reitor Edward Madureira.