Chega pra Cá 28-06-2022

<div attr-cid="policy:1.2480717" attr-version="policy:1.2480717" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.2480717" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.2480717', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.2480717">Imagem (1.2480717)</a></div>Em 1993 havia 32 milhões de brasileiros em insegurança alimentar grave no Brasil. Esse fato levou o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, a criar o Ação Cidadania, formando uma imensa rede de mobilização de alcance nacional de combate à fome, com apoio do então presidente da República, Itamar Franco, que declarou estado de emergência contra a fome.Depois de 29 anos, o Brasil retrocedeu e registrou, em 2022, 33milhões de pessoas passando fome e 65 milhões com alguma restrição alimentar, segundo dados divulgados no início do mês pela Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional).&nbsp;Essa realidade levou o Ação Cidadania a promover na semana passada o Encontro Nacional contra a Fome, reunindo 27 organizações sociais do Brasil para analisar o atual cenário e encontrar saídas para o problema.&nbsp;Para tratar desse assunto tão grave, nosso convidado no Chega pra Cá é o diretor-executivo do Ação Cidadania, Rodrigo Afonso.Leia também:<a href="https://opopular.com.br/noticias/cidades/crise-lota-restaurante-social-em-goiás-1.2477462">Crise lota restaurante social em Goiás</a><a href="https://opopular.com.br/noticias/cidades/fome-de-alunos-faz-aumentar-demanda-de-comida-nas-escolas-públicas-de-goiás-1.2475424">Fome de alunos faz aumentar demanda de comida nas escolas públicas de Goiás</a>

Cileide Alves entrevista Rodrigo Afonso, diretor-executivo do Ação Cidadania, ONG criada por Betinho

Vídeos

Assine - Offers Target - 2

Matéria - vídeo

O resultado da consulta à comunidade universitária para a escolha do novo comando da Universidade Federal de Goiás (UFG), a partir de janeiro de 2026, traz um feito histórico. Será a primeira vez que a instituição, com 65 anos de história, terá duas mulheres como reitora e vice-reitora: Sandramara Matias Chaves, 67 anos, e Camila Cardoso Caixeta, 45. Elas derrotaram a chapa adversária, liderada por Karla Emmanuela Ribeiro Hora e Eliomar Araújo, com uma diferença de 11,2% dos votos (55,6% a 44,4%). Ambas as chapas acompanharam a apuração na sede da Adufg - Sindicato das Universidades Federais de Goiás.

Foi aos gritos de “Democracia! Democracia!” por parte de apoiadores que Sandramara e Camila receberam o resultado. Abraços efusivos e lágrimas de alívio traduziram o final da campanha, uma das mais acirradas na UFG. Na madrugada do dia 24, fora do horário permitido, um e-mail apócrifo foi direcionado aos alunos com críticas à Camila Caixeta, acusando-a de sucatear programas de assistência no período em que ocupou a Diretoria de Atenção Estudantil (DAE) e a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae). À época reitor da UFG, o hoje vereador de Goiânia pelo PT Edward Madureira saiu em defesa da candidata.

<a href="https://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Ainda cansada após uma noite mal dormida e respondendo a uma série de mensagens de felicitações, Sandramara Matias recebeu O POPULAR para esta entrevista. Ela adiantou que, em 4 de julho, o Conselho Universitário (Consuni) se reunirá para escolher a lista tríplice que será enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem nomeado os escolhidos por comunidades universitárias. Em 2021, a professora foi a mais votada no pleito eleitoral da UFG, mas não assumiu por ter sido preterida pelo então presidente Jair Bolsonaro, que escolheu o último nome da lista, a atual reitora Angelita Lima.

Sandramara e Camila vão dirigir a partir de janeiro uma universidade que reúne 40 mil pessoas, entre professores, técnico-administrativos e alunos espalhados por quatro câmpi: Goiânia, Aparecida de Goiânia, Goiás e Cidade Ocidental.

<div class="p-readmore-box">
<fieldset class="field text heading headline" id="work_189805" style="margin: 7px 0px; padding: 0px; border-width: 0px; border-style: solid; border-color: initial; outline: 0px; font-size: 11px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; vertical-align: baseline; border-collapse: collapse; color: rgb(0, 0, 0);"><a href="https://opopular.com.br/cidades/professora-sandramara-matias-e-a-mais-votada-para-ser-a-nova-reitora-da-ufg-1.3281216" target="_self">Professora Sandramara Matias é a mais votada para ser a nova reitora da UFG</a></fieldset>

<fieldset class="field text lead" id="work_189807" style="margin: 7px 0px; padding: 0px; border-width: 0px; border-style: solid; border-color: initial; outline: 0px; font-size: 11px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; vertical-align: baseline; border-collapse: collapse; color: rgb(0, 0, 0);"><a href="https://opopular.com.br/economia/governo-de-goias-abre-inscric-es-para-olimpiada-de-inteligencia-artificial-com-premio-de-ate-r-5-mil-para-alunos-1.3275537" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px;" target="_self">Governo de Goiás abre inscrições para olimpíada de Inteligência Artificial com prêmio de até R$ 5 mil para alunos</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/estudante-de-goias-e-aceita-em-tres-universidades-portuguesas-1.3275991" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px;" target="_self">Estudante de Goiás é aceita em três universidades portuguesas</a></fieldset>
</div>

Como a sra. analisa o resultado?

Foi bastante expressivo e demonstra mais uma vez a vontade da comunidade universitária, considerando o que aconteceu quando fui eleita em 2021 e não fui nomeada. Agora, quatro anos depois, tivemos uma diferença de 11% a mais de votos numa instituição que é dinâmica, que muda de maneira muito rápida sua configuração social, política e econômica. Foi a manifestação da vontade da comunidade universitária.

Como receberam as denúncias contra Camila Caixeta?

Desde o início da campanha nós vivenciamos atitudes desse tipo. Tivemos invasão de privacidade, divulgação de fake news e, no apagar das luzes, veio o e-mail que faz acusações não só à Camila, mas à gestão anterior, quando Edward Madureira era reitor e eu, pró-reitora. Estava muito claro que o objetivo era desqualificar a gestão anterior, desqualificar o que eles chamam de “grupo” que vem gerindo a universidade. E teve um impacto para estudantes, técnicos e professores que estão chegando agora e que não conhecem a história da instituição. O processo democrático é salutar. É muito decepcionante quando a campanha caminha para um viés pelo qual a universidade não deveria se pautar, até porque somos uma instituição que forma pessoas, e a formação não se dá somente na sala de aula. Nunca vivenciei uma campanha como essa. Vivenciamos situações que nos decepcionaram muito.

Qual era sua expectativa ao montar a chapa UFG Atenta e Forte?

A gente espera que as campanhas se pautem pela discussão das questões administrativas, financeiras, orçamentárias, de gestão, acadêmicas e pedagógicas. Foi assim que pautamos nossa campanha. Colocamos três eixos: experiência, diálogo e ação. Fizemos mais de 200 reuniões, visitamos praticamente todos os espaços da universidade para ouvir, levantar demandas e fazer um mapeamento. Nossa carta-programa foi construída coletivamente, a comunidade universitária contribuiu numa plataforma em torno de 26 eixos temáticos.

Como avalia a acusação de ser um “grupo” que está à frente da UFG há cerca de 20 anos?

A UFG não é dividida em grupos. É uma universidade que tem os mesmos objetivos e, nesses diferentes mandatos, a gestão foi composta por pessoas distintas. Eu prefiro pautar o que era a universidade e como ela cresceu em todos os indicadores no trabalho de cada pessoa que contribuiu para que ela chegasse aonde chegou. Muitas pessoas passaram pelas últimas gestões e o resultado está aí: uma universidade com um forte programa de inclusão, com uma produção científica que é referência mundial, que inclui diferentes segmentos da sociedade que historicamente não tinham acesso à universidade pública. Em todos os indicadores, a UFG cresceu exponencialmente. Tem hoje 250 laboratórios de pesquisa e mais de 350 laboratórios de ensino. É impressionante o quanto mudou sua configuração, o quanto potencializou sua ação em todas as dimensões de ensino, pesquisa, extensão e inovação tecnológica. Reduzir a universidade a um grupo é desconsiderar esse processo. Qualquer indicador mostra que nos últimos 20 anos a UFG cresceu de forma exponencial. Tem problemas, porque ela é dinâmica, os desafios são constantes e são muitas as demandas. Mas, não dá para reduzir a UFG a problemas. Superamos desafios na pandemia. A despeito dos cortes orçamentários, a universidade mostrou seu potencial, o quanto ela é forte e como foi capaz de sair dessa situação ainda mais forte. Muitos dos problemas têm a ver com as políticas dos últimos anos para as instituições federais de ensino superior, com os cortes orçamentários.

Quais são seus planos para a UFG?

Temos uma carta-programa construída coletivamente e nosso plano será fruto dela. Vamos começar um diálogo com as unidades acadêmicas. Queremos uma gestão aberta e participativa. Há uma série de desafios, precisamos estabelecer prioridades, uma delas é a recuperação da estrutura física da UFG. Todos esses anos as universidades federais vêm sofrendo com cortes orçamentários. Nossa prioridade é trabalhar pela ampliação do orçamento para fazer frente ao desafio de recuperar a infraestrutura, de renovar ou recuperar equipamentos defasados. Outra prioridade é fortalecer a pesquisa na pós-graduação e lutar pela recomposição da assistência estudantil. O recurso destinado à UFG pelo Programa Nacional de Assistência ao Estudante é insuficiente para atender nossos alunos em vulnerabilidade social.

Hoje a UFG tem vários nichos que captam recursos de empresas. Isso ajuda no orçamento da instituição?

Há um porcentual que é destinado à unidade acadêmica, a partir da captação dos professores para projetos de pesquisa, de extensão ou de desenvolvimento. Esses recursos ajudam, mas não são o suficiente para resolver pendências. O que precisamos é de uma recomposição orçamentária para fazer frente às demandas a partir do orçamento da União, para que as universidades tenham autonomia. E a autonomia passa também pela mudança da lei que obriga as universidades a enviar uma lista tríplice para o governo federal para a escolha do reitor. É uma questão de respeito à vontade da comunidade universitária. Isso não ocorre nos Institutos Federais.

O programa de inclusão da UFG é um dos eixos estruturantes da carta-programa, não?

Sim, temos um programa de inclusão que está consolidado, que promove a inclusão de diferentes segmentos. O grande desafio é promover mecanismos de permanência, que passam pelo acolhimento, pela assistência estudantil, pela moradia, bolsas que possibilitem concluir o curso de graduação e combater a evasão. Queremos implantar capacitação para que servidores técnico-administrativos saibam lidar com esse público que a UFG vem absorvendo, como pessoas neurodivergentes, com deficiência, indígenas, quilombolas e com altas habilidades. Outro ponto é a gestão de pessoas, a valorização dos técnico-administrativos, melhores condições de trabalho e ampliação do número de vagas. Também queremos fortalecer a política institucional para as licenciaturas na UFG, para a formação de professores. Outra questão é o fortalecimento do Hospital das Clínicas enquanto unidade de ensino. Temos várias ações desenvolvidas ali. Ele é um equipamento fundamental.

Já pensou como sua equipe será composta?

Não, vamos aguardar o resultado do Consuni e o envio da lista tríplice para o governo federal. Esse processo precisa de muita análise, porque passa por diferentes fatores. Os escolhidos precisam estar alinhados com o processo de gestão construído coletivamente e ter representatividade.

Reitora eleita Sandramara Matias: 'A UFG não é dividida em grupos'

Cidades

Cidades - título

Matéria - Cidades

Entrevista

Live: Cileide Alves entrevista Oseias Varão

<div attr-cid="policy:1.3277953" attr-version="policy:1.3277953:1750166660" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3277953" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3277953', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3277953">Live: Cileide Alves entrevista Oseias Varão (1.3277953)</a></div>

Um fato que ficou evidente na eleição para prefeito de Goiânia, em 2024, foi o isolamento político do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. O ex-deputado Fred Rodrigues foi bem votado no primeiro turno, chegou em 1º lugar ao segundo turno, mas faltaram apoios para garantir sua vitória contra Sandro Mabel (UB).

<a href="http://opopular.com.br/canal" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp </a>

Agora o PL diz que pretende fazer diferente na eleição para governador e senador. O partido mira o eleitorado de centro e traça estratégias para chegar até este público, que, aliás, ajudou Mabel a vencer Fred. O vereador Oseias Varão é defensor dessa mudança, e o convidado deste episódio do Chega pra Cá.

Cileide Alves - Jornalista 
TT: @cileidealves 
Instagran: @cileide.alves

<img attr-cid="policy:1.3277948" attr-version="policy:1.3277948:1750166930" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3277948/WhatsApp Image 2025-06-17 at 09.41.45.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Cileide Alves entrevista Oseias Varão (Reprodução/ Arquivo O POPULAR/ Alberto Maia/ Câmara dos Vereadores )

&nbsp;

&nbsp;

Chega pra Cá #154: Oseias Varão, vereador do PL

AO VIVO

Webstories - Ipasgo terá internação em apartamentos

Webstories -  Ipasgo terá internação em apartamentos

Até julho deste ano, o Serviço Social Autônomo de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo Saúde) oferecerá novos planos de saúde com leito tipo apartamento. Até então, as duas novas opções anunciadas no final de abril só disponibilizavam leito tipo enfermaria. A migração para os produtos - que contam com uma cobertura maior de procedimentos, mas são mais caros - é um dos maiores desafios da gestão. Dos cerca de 590 mil usuários do serviço, somente 2,4 mil usam os novos planos.

<ul>
	<li>Veja na TV Anhanguera:&nbsp;<a href="https://g1.globo.com/go/goias/videos-bom-dia-go/video/presidente-do-ipasgo-tira-duvidas-sobre-cobranca-de-retroativos-13622604.ghtml" target="_blank">Presidente do Ipasgo tira dúvidas sobre cobrança de retroativos</a></li>
</ul>

O presidente do Ipasgo, Bruno D’Abadia, ainda promete modernizar o atendimento ao público, que é alvo de reclamações. O multiatendimento presencial, que atualmente é feito na sede do Ipasgo, no Setor Pedro Ludovico, irá para outro edifício. Outros canais de atendimento, como WhatsApp, serão aprimorados. Além disso, a intenção é ampliar a capacidade de atendimento em unidades próprias e, ao mesmo tempo, melhorar o uso dos recursos públicos e diminuir o déficit do serviço, que fica entre R$ 20 milhões e R$ 21 milhões mensais.

&nbsp;

Os dois novos planos do Ipasgo, Cerrado e Família, foram lançados no final de abril deste ano. Quanto usuários já estão usando os planos novos?

Temos 2,4 mil usuários, aproximadamente, já ativos nos novos planos e mais 2,4 mil com os pedidos em análise de documentação.

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; outline: 0px; outline-offset: -2px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

A maioria são casos de adesão ou tiveram migrações de usuários dos planos antigos?

A maioria é adesão e muitos no plano família (que abrange até o terceiro grau de consanguinidade como, por exemplo, netos).

&nbsp;

Os novos servidores do Governo de Goiás não têm a possibilidade de usar os planos antigos do Ipasgo. Entretanto, as pessoas que usam algum dos planos já disponíveis não são obrigadas a fazer migração para os planos novos que possuem valores acima de R$ 1 mil para pessoas com 59 anos ou mais. É um desafio convencer esse público a fazer a migração?

Acho que vamos ter bem pouca migração das pessoas mais velhas em função dos próprios valores, em que pese a cobertura. O nível de cobertura dos novos planos é bem melhor.

&nbsp;

Por exemplo?

O rol de medicamentos oncológicos é bem maior. A coparticipação também é bem limitada nos novos planos.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/deficit-do-ipasgo-atinge-ate-r-21-milh-es-por-mes-1.3269463" target="_self">Déficit do Ipasgo atinge até R$ 21 milhões por mês</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/usuario-do-ipasgo-ganha-mais-uma-semana-para-pagar-parcela-da-coparticipac-o-1.3267394" target="_self">Usuário do Ipasgo ganha mais uma semana para pagar parcela da coparticipação</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/usuario-do-ipasgo-ganha-novo-prazo-para-pagar-1-parcela-de-coparticipac-es-1.3266411" target="_self">Usuário do Ipasgo ganha novo prazo para pagar 1ª parcela de coparticipações</a></div>

Se não são os idosos, quais usuários estão migrando para os planos novos?

Servidores mais jovens (...) Tem um nível de atratividade bom até os 40 anos. Então, a gente imagina que vai ter uma migração (...) A missão, hoje, é tentar trazer gente para os novos planos.

&nbsp;

Para além do valor, uma das reclamações dos usuários é que os planos Cerrado e Família só contam com leito tipo enfermaria. Existe uma previsão de oferecer planos com leito tipo apartamento ainda neste ano?

Se não for em junho, no máximo em julho.

&nbsp;

Quem são os usuários do Ipasgo atualmente?

Temos uma ampulheta etária. O topo é largo, a base é larga e o meio é estreito. Temos muitas crianças e adolescentes e muitas pessoas com 59 anos ou mais. São 107 mil (pessoas), mais ou menos, menores de 18 anos, e 180 mil com mais de 59 anos.

A faixa das crianças e adolescentes, historicamente, sempre foi uma faixa subsidiadora. Agora, deixou de ser em função de TEA (Transtorno do Espectro Autista).

&nbsp;

Isso quer dizer que agora as crianças e adolescentes representam um gasto?

Estão chegando no empate. Ou seja, não geram mais subsídio. Geravam subsídio para os idosos. Estão chegando no limite. Por que? A contribuição é baixa e os custos aumentaram.

&nbsp;

Em entrevista à jornalista Cileide Alves na edição do Chega pra Cá, do POPULAR, realizada no dia 27 de maio, o senhor disse que o déficit mensal estimado do Ipasgo gira entre R$ 20 milhões e R$ 21 milhões. A modelagem dos planos antigos, que não segue uma tabela atuarial (quando a cobrança é feita por faixa etária), contribui para isso?

Os (planos) anteriores são deficitários por definição. Os planos antigos são legados, direito adquirido e a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) permitiu a manutenção deles (...), mas metade dos planos antigos são deficitários.

<div attr-cid="policy:1.3273361" attr-version="policy:1.3273361:1749119308" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3273361" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3273361', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3273361">Webstories - Ipasgo terá internação em apartamentos (1.3273361)</a></div>

Considerando o cenário apontado, é possível reduzir o déficit?

O déficit existe em valor nominal, mas existe também em valor relativo, ou seja, per capita. Eventualmente, a gente não consegue, e é bem difícil, de verdade, reduzir o déficit nominal, o valor (...) Se eu conseguir diminuir esse déficit per capita, entende que, em 5 ou 10 anos, na medida em que agora existe uma regra de reajuste dos planos atuariais bem clara, e que eu preciso aplicar, porque é regra da própria ANS (planos regulados pela agência têm o valor reajustado anualmente), o déficit per capita vai caindo. Então, se hoje eu tenho um déficit de R$ 270 milhões por ano em um total de R$ 2,5 bilhões, se eu mantiver R$ 270 milhões por ano (de déficit) enquanto estiver em R$ 3,5 bilhões, entende que proporcionalmente melhora? (...) Vamos trabalhar na redução per capita, ou seja, você diminui a sinistralidade.

&nbsp;

Como fazer isso? 

A primeira ação é a inteligência assistencial. A maneira como o Ipasgo sempre funcionou como autarquia era aberta. É o seguinte: quem quer credenciar, credencia. Faz o edital e chama o pessoal para credenciar. Isso é inteligente? Em alguma medida, isso gera acesso e o acesso é importante.

&nbsp;

Agora, será que faz sentido eu deixar um beneficiário sair procurando em qual hospital que ele vai buscar um atendimento nefrológico. E aí, cada hospital vai vender isso no varejo e me cobrar um preço no varejo ou se eu tiver centros de especialidades eu não consigo negociar, no pacote, preços melhores?

Isso não significa, na prática, uma redução da rede credenciada?

Não. O ponto é: eu tenho possibilidade de ter leitos ortopédicos em 10 hospitais. Cada um vai dizer o seguinte: ‘olha, o Ipasgo eu atendo’. Quanto? ‘Os que aparecerem e eu tiver vaga’. Quanto custa? ‘Custa R$ 1,5 mil por diária’.

Somando as diárias que eu tenho autorizadas em Goiânia dão 50. E se eu negociasse com três hospitais e falasse o seguinte: olha, você vai ter 15, você 15 e você 20. Garantidas pelo Ipasgo. Sempre que precisar, o Ipasgo vai ter. E aí, para essas 15 (vagas), vou pagar 10%, 20% a menos. A ideia não é, de forma alguma, reduzir a quantidade. Nada disso está sendo feito, inclusive. São estudos de inteligência assistencial.

&nbsp;

Pode dar outros exemplos?

O procedimento de distribuição de medicamentos oncológicos orais. A ANS coloca como regra que tem que ser entregue em casa pela comodidade desse paciente oncológico. A maneira como o Ipasgo sempre trabalhou foi a entrega nos institutos, nos hospitais de tratamento oncológico.

Se você tem inteligência (assistencial), consegue fazer a logística reversa de medicamentos que não foram utilizados. Contrata a empresa correta e, autorizada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), ela pode fracionar o medicamento. Por exemplo: a indústria entrega somente 100 cápsulas, mas o paciente só vai usar 60. O fornecedor habilitado e autorizado pela Anvisa, pode fracionar o medicamento e entregar somente 60 cápsulas para aquele paciente e as outras 40, ao invés de desperdiçar, juntamos com outras 20 e entregamos para outro paciente.

&nbsp;

Isso também envolve os atendimentos em unidades próprias como a Ipasgo Clínicas, localizada no Setor Leste Universitário?

Temos algumas especialidades que só tem lá. Não tem na rede credenciada por quê? Porque a gente fez um trabalho de atender algumas especialidades que estão em falta na rede. Vamos ampliar esse tipo de iniciativa. Pode até não aumentar o número de unidades (próprias), mas vamos aumentar a capacidade de atendimento em unidade própria.

&nbsp;

E no interior?

Não temos condições de fazer essa concentração. Vamos no sentido de mapear necessidades não atendidas, para atendê-las. No interior, nenhuma iniciativa de concentração em região (...) No extremo Nordeste do estado, possivelmente, vão ter algumas especialidades que não têm em nenhum dos municípios. Aí é diferente. Ao invés de dizer que eu estou pegando o que existe e concentrando, posso fazer de Posse ou Campos Belos um polo para aquilo que hoje não tem.

&nbsp;

Os prestadores de serviços reclamam de uma falta de atualização da tabela de consultas e procedimentos. O último reajuste do valor pago por consulta, por exemplo, ocorreu em 2022. Existe uma previsão de atualização desses valores? 

Neste mês ainda vamos anunciar. A priori, consultas. Querendo ou não, é a porta de entrada.

 
E em relação aos procedimentos?

Já começamos esse trabalho. Recebemos várias categorias, hospitais, clínicas. Estamos entendendo quais são os procedimentos mais críticos.

&nbsp;

No ano passado, o governo de Goiás fez um aporte de R$ 480 milhões ao Ipasgo. Parte desse dinheiro foi usada para cobrir o déficit e o restante foi utilizado na constituição de uma reserva financeira que a ANS exige que as operadoras de planos de saúde. Como estão essas provisões técnicas?

Parte dessas reservas já foi depositada nos fundos regulamentados pela ANS. A outra metade vamos depositar dentro de 30 dias. Daqui para o final do ano tem algum saldo de complementação das reservas. Esses cálculos atuariais estão sendo finalizados.

&nbsp;

Qual a periodicidade desses aportes do governo?

Não está sendo mensal. Como recebemos esse valor ano passado, vamos trabalhar para receber, possivelmente em uma ou duas parcelas, no segundo semestre. Há a possibilidade de a gente vir a trabalhar isso em uma periodicidade maior? Sim. Mas qual a mínima periodicidade? Trimestral. Porque eu fecho balanços trimestrais, audito balanços trimestrais e mando para a ANS.

&nbsp;

A mudança no sistema de gestão do Ipasgo, ocorrida em agosto de 2024 e necessária para a adesão à ANS, teve problemas, o que resultou na suspensão da cobrança das coparticipações referentes ao segundo semestre do ano passado. Quanto deixou de entrar nos cofres do Ipasgo por conta disso? 

Mais ou menos R$ 16 milhões, R$ 17 milhões por mês. Aproximadamente 85 milhões (no total).

&nbsp;

Ao longo de maio, os usuários foram chamados para regularizar o pagamento referente ao segundo semestre de 2024, com a possibilidade de parcelamento do valor devido em até 24 vezes, dependendo do montante. Qual é o prazo estimado para que o Ipasgo receba todo o valor devido?

Do total de usuários, 78,5% vão parcelar em até cinco vezes. A gente recebe isso este ano ainda. Na segunda faixa, de cinco a dez vezes (parcelamento), mais 11% a 12% dos usuários. Da imensa maioria, mais de 90%, vamos receber em até dez vezes.

&nbsp;

Quanto o Ipasgo já recebeu até o momento?

Temos um dado atualizado de sexta-feira (30 de maio). Já recebemos, aproximadamente, 65%, 70% dos valores das primeiras parcelas.

&nbsp;

Durante o período de regularização das copartipações, usuários reclamaram ao POPULAR de dificuldades para conseguir informações e acessar atendimento presencial e/ou por telefone com o Ipasgo. A gestão estuda melhorias nesse aspecto?

Lançamos, nesta semana, um novo site. Bem mais bonito e moderno. O 0800 com adicional. Por quê? O anterior lotou a capacidade física de linhas a serem atendidas. Então, infelizmente, o que estava acontecendo? A ligação sequer completava. Porque nesse processo (de pagamento das coparticipações retroativas) houve tantas dúvidas que o sistema não suportou.

O atendimento do Ipasgo como um todo, infelizmente, estava um pouco parado no tempo. Em função disso, vamos, até setembro, possivelmente, sair com muitas soluções novas de atendimento. Coisas que outras áreas já têm, como WhatsApp, chatbot no WhatsApp, chat pelo aplicativo. Vamos voltar, em alguma medida, possivelmente até a enviar comunicações físicas aos beneficiários. O multiatendimento vai sair daqui (sede do Ipasgo). Vai para uma sede nova toda preparada para receber beneficiários.

&nbsp;

Como está a negociação com os prestadores que, na época do imbróglio, receberam adiantamentos com base em uma média ponderada da produção dos meses anteriores? 

É o próximo passo. Esse encontro de contas de quem recebeu mais (do que prestou de serviço) não vai ser suave. Mas, quando eles receberam os adiantamentos, isso foi bastante colocado. Foi comunicado.

&nbsp;

Médicos reclamaram que ao longo do segundo semestre de 2024 não conseguiram acessar a própria produtividade pelo portal do Ipasgo. O problema já foi totalmente resolvido?

Dos meses 10 (outubro), 11 (novembro), 12 (dezembro) e 1 (janeiro), está 100% detalhado. Qualquer um deles pode entrar lá e ver o extrato de prestação de serviço. Setembro (de 2024), de 75% a 80% já está detalhado. O que temos hoje infelizmente são, mais ou menos, 28 prestadores que não reenviaram seus arquivos para processarmos. Estamos fazendo um trabalho um a um, até com alguma ênfase jurídica.

&nbsp;

Quando a negociação será iniciada?

Estamos na fase final do reprocessamento. Eu diria que ainda neste mês começaremos a chamar todo mundo (prestadores).

&nbsp;

O que aconteceu, de fato, quando houve a mudança de sistema de gestão?

O ponto é que o planejamento da transição não foi bom. Ir ao prestador e falar: “Prestador, você costumava mandar suas faturas assim, no sistema do próprio Ipasgo e neste formato. Agora, é ao contrário. Você vai mandar dessa outra forma, nesse outro sistema e com esse tipo de acesso.” O planejamento, a comunicação, a instrução e o treinamento não foram eficazes à época.

A mudança poderia ter sido mais bem planejada, comunicada e treinada, mas ainda assim teria, com certeza, resistência do outro lado. Os faturistas passaram a ter de seguir um pouco mais de regras. O sistema teve erros do próprio sistema? Teve. Não foi só falta de treinamento ou comunicação. O sistema teve erros de adaptação e comunicação com os demais sistemas do Ipasgo. Ele é ruim por conta disso? Não. Hoje está rodando? Normalmente.

Em entrevista, presidente do Ipasgo diz que haverá opção de apartamento em novos planos

Exclusivo

O déficit mensal estimado do Serviço Social Autônomo de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos e Militares do Estado de Goiás (Ipasgo Saúde) gira entre R$ 20 milhões e R$ 21 milhões. Foi o que o presidente do serviço, Bruno Magalhães D’Abadia, afirmou durante entrevista à jornalista Cileide Alves na edição do&nbsp;Chega pra Cá, do POPULAR, ocorrida na manhã desta terça-feira (27).

O número é menor do que o informado pelo ex-presidente do Ipasgo, Vinícius Luz, à reportagem em setembro de 2024. Na ocasião, ele disse que o valor girava em torno de R$ 24 milhões por mês e que apostava no processo de auditoria como principal solução para reverter o cenário, que justificou ser fruto do aumento da utilização do plano de saúde por parte dos beneficiários.

Nesta terça, D’Abadia, que assumiu o Ipasgo no início de março deste ano, reforçou que um déficit entre as despesas e a arrecadação não é uma novidade. “O Ipasgo, em pouquíssimos momentos da sua vida, teve sustentabilidade de receber igual ou mais do que as despesas”, analisou.

Segundo ele, o déficit não impactará o termo de compromisso firmado entre o Ipasgo e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em setembro de 2024, documento que sacramentou a adesão do serviço à agência. De acordo com D’Abadia, a Lei nº 21.880, de 20 de abril de 2023, que instituiu o serviço social autônomo (SSA), garante que o governo de Goiás banque o déficit à medida que ele exista.

Mesmo assim, o presidente do Ipasgo sinalizou que o intuito é reduzir o déficit, já que o governo estadual também arca com outros custos em diversas áreas, como saúde e educação. “A intenção é que esse valor seja cada vez menor”, afirmou D’Abadia.

No ano passado, o governo de Goiás fez um aporte de R$ 480 milhões ao Ipasgo. D’Abadia aponta que parte desse dinheiro foi usada justamente para cobrir o déficit do serviço e que a outra parte foi utilizada na constituição de uma reserva financeira que a ANS exige que as operadoras de planos de saúde tenham.

“Se houver um calote generalizado, se houver uma pandemia, se houver qualquer situação extrema, existe um valor reservado para fazer frente a isso”, detalhou D’Abadia. Conforme o presidente do Ipasgo, os aportes para a construção dessa reserva financeira serão finalizados neste ano.

Sistema

A mudança no sistema de gestão do Ipasgo, ocorrida em agosto de 2024 e necessária para a adesão à ANS, gerou transtornos para os prestadores de serviços e usuários. De acordo com o serviço, o período de análises e ajustes foi necessário para que nenhum beneficiário sofresse cobranças indevidas, garantindo precisão e transparência nos dados.

O envio das coparticipações, por exemplo, estava temporariamente suspenso desde o segundo semestre do ano passado. Elas só voltaram a ser cobradas normalmente a partir de março deste ano. Agora, os usuários têm até a próxima sexta-feira (30) para darem início ao pagamento retroativo. Em reportagem publicada no dia 20 de maio, o POPULAR mostrou que os beneficiários enfrentavam dificuldade para efetuar a quitação.

De acordo com D’Abadia, são poucas as empresas com software de gestão para atender os requisitos exigidos pela ANS. Ele afirmou que o problema ocorrido em 2024 não foi com o sistema propriamente dito e sim com o projeto de implantação. “A implantação, infelizmente, não foi muito bem planejada”, pontuou. Para o presidente do Ipasgo, não faz sentido mudar de sistema novamente, pois isso representaria a necessidade de um novo período de implantação. “Não está havendo acúmulo de novos erros”, sustentou.

Durante a entrevista ocorrida nesta terça, Cileide apontou que a não cobrança das participações e o adiantamento de pagamentos a prestadores teriam causado um impacto de cerca de R$ 230 milhões às contas do Ipasgo. D’Abadia defendeu que a maior parte desse valor diz respeito às coparticipações, que já tiveram a cobrança retomada.

Sobre os adiantamentos aos prestadores, ele apontou que será feito um encontro de contas. “Foi uma escolha da gestão à época, para tentar diminuir o prejuízo, diminuir o ruído junto aos prestadores, fazer adiantamentos com base em uma média ponderada do que tinha sido nos meses anteriores (...) Agora, no reprocessamento, o que será feito? Um encontro de contas. Quem recebeu a menos, vai receber a diferença no que foi efetivamente prestado. Quem recebeu a mais, vai ter glosas nas faturas seguintes”, esclareceu.

Na entrevista, D’Abadia ainda explicou que os pagamentos aos prestadores começaram a ser feitos no mês passado. Ele ainda adiantou que a gestão pretende rever valores da tabela paga aos prestadores de serviço, em especial no que diz respeito às consultas médicas. A expectativa é de que uma nova tabela seja anunciada em junho.

Novos planos

Recentemente, o Ipasgo anunciou dois planos de saúde. São os primeiros produtos criados após o registro da instituição na ANS e são mais caros do que os planos já oferecidos pelo serviço. Mensalidades para acomodação em enfermaria de pessoas de 59 anos ou mais ultrapassam R$ 1 mil. Conforme o presidente do Ipasgo, já houve quase 2,5 mil pedidos de adesão ou migração para os novos planos.

Sobre reclamações recorrentes dos usuários em relação a demora e dificuldade para acessar consultas e exames pelo Ipasgo, D’Abadia afirmou que o serviço tem respeitado as normas e prazos estipulados pela ANS e classificou o comportamento dos usuários como uma “ansiedade”.

Déficit do Ipasgo atinge até R$ 21 milhões por mês

Saúde suplementar

O Popular