-Imagem (1.2032784)Com o aumento dos casos de coronavírus e também de mortes causadas pela doença, cientistas do mundo inteiro buscam achar um remédio para combater a covid-19.Em pronunciamento em rede nacional na última quarta-feira (8), o presidente Jair Bolsonaro defendeu o uso da cloroquina em pacientes com o novo coronavírus e afirmou que sempre colocou a vida em primeiro lugar. O presidente disse ter conversado com o médico Roberto Kalil, que admitiu ter usado o medicamento para tratar-se da Covid-19. “Não só usou bem como a ministrou para dezenas de pessoas. Estão todos salvos”, afirmou o presidente.Segundo Bolsonaro, o médico teria dito que preferiu usar a hidroxicloroquina apesar da ausência de estudos conclusivos sobres seus efeitos para não se arrepender no futuro.O Ministério da Saúde indica o uso cloroquina e hidroxicloroquina apenas para pacientes diagnosticados com a covid-19 que estejam internados com quadro grave de saúde. O ministro Luiz Henrique Mandetta disse que não mudará o protocolo antes de evidências científicas robustas sobre segurança e eficácia da droga para pacientes leves, mas observou que médicos têm o direito de receitar esse tratamento, assumindo riscos e eventuais responsabilidades.De acordo com diretor secretário do CRF-GO Daniel Jesus, os estudos divulgados até agora sobre a cloroquina contra a covid-19 são incompletos e não têm resultados confiáveis, seja contra ou a favor.A hipótese de seu uso contra o novo coronavírus tem uma de suas bases na França, de onde se alastrou rapidamente pelo mundo. No entanto, organizações de saúde e representantes da comunidade científica apelam à prudência e criticam conclusões prematuras sobre a eficácia da cloroquina.Daniel ressalta que o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina pode causar efeitos colaterais na saúde dos olhos, dos rins e do coração.