Mapa da violência: Regiões Noroeste e Oeste são as que mais concentram crimes em Goiânia

Levantamento realizado pelo Instituto Federal de Goiás para subsidiar a segunda fase do programa 'Em Frente, Brasil', obtido com exclusividade pelo POPULAR, aponta que região concentra grande parcela dos delitos contra a vida na capital. Dados vão subsidiar elaboração de plano para reverter criminalidade

Rua escura no Parque Tremendão, na Região Noroeste: iluminação falha pode ter ligação com violência

Rua escura no Parque Tremendão, na Região Noroeste: iluminação falha pode ter ligação com violência ( Wildes Barbosa)

Atualizada às 20h17

Um levantamento realizado pelo Instituto Federal de Goiás (IFG) entre setembro e dezembro de 2019 apontou que as regiões Noroeste e Oeste de Goiânia são as líderes em crimes contra a pessoa. A capital é dividida em sete perímetros. Este tipo de violência contempla as agressões de homicídio, latrocínio e estupro, entre outros. O documento foi elaborado para atender a segunda fase do programa Em Frente, Brasil, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que é comandado pelo ministro Sérgio Moro. Um grupo de trabalho com integrantes das esferas municipal, estadual e federal trabalha desde esta quarta-feira (12), e deve concluir nesta sexta-feira (14) o Plano Local de Segurança , que vai subsidiar os próximos passos da iniciativa.

O estudo intitulado Diagnóstico Socioterritorial de Segurança, obtido com exclusividade pelo POPULAR, foi desenvolvida por meio de convênio com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério e teve, além do IFG, diversos parceiros. A primeira etapa da iniciativa apresentou resultado na redução de homicídios, no comparativo entre setembro e dezembro de 2018 e 2019, afirmam as autoridades da Força Nacional. A diminuição foi de 28% na Região Noroeste e de 43% na Oeste.

Um dos dados que mais chamam a atenção é o referente aos estupros. Dentre os 148 casos notificados à Secretaria Estadual de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO) em 2019, 53 foram na Região Noroeste e 52 na Oeste. Somadas as duas áreas concentraram pouco mais de 70% deste tipo de crime (veja quadro). Vale ressaltar que, embora sejam regiões de grande extensão, não detém a maior parte da população. Além da análise quantitativa, foram verificadas para esta questão as circunstâncias em que elas aconteceram.

O levantamento não crava causas específicas para a questão, mas coloca entre as possíveis situações que podem contribuir para os estupros, a eficiência e manutenção dos equipamentos de luz e o número de lotes baldios na região. O Conjunto Vera Cruz, por exemplo, apresenta, de acordo com o estudo, 1.436 terrenos sem edificação.

O secretário de Comunicação da Prefeitura de Goiânia, Vassil Oliveira, informou, em nota, que a primeira fase do Em Frente, Brasil foi bem sucedida e acrescentou que o serviço segue as normas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O texto enfatiza que "todos os bairros das duas regiões questionadas são bem atendidos em iluminação pública, chegando a 95% de cobertura." A resposta diz também que as lâmpadas utilizadas são instaladas com a potência exigida pela Agência, respeitando a potência indicada. Secretário municipal de Planejamento e Habitação, Henrique Alves pontua a situação da região é um cumulativo de anos. Sobre os vazios urbanos, ele diz que esta questão é tratada no Plano Diretor de Goiânia, atualmente em discussão na Câmara de Vereadores.

Os bairros das regiões Noroeste e Oeste concentraram, em 2017 e 2018, 26% dos assassinatos, segundo os dados do estudo. O perfil identificado das vítimas não difere do que é encontrado em outros levantamentos do tipo como o Mapa da Violência e o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. São majoritariamente jovens, negros e com vulnerabilidades sociais. Além disso, há detalhes como horários, locais e ocupações das vítimas. Estes pontos vão auxiliar as forças de segurança e outros serviços públicos a atuarem para minimizar os números.

Fotografia

O diagnóstico traça um perfil das regiões que tem desde questões históricas à atual situação com relação à moradia, saúde, educação, esporte e lazer. A ocupação do território, diz o estudo, foi marcada pela "luta coletiva pela moradia". O levantamento cita, por exemplo, a ocupação da Fazenda Caveiras, iniciada em 1979.

Os moradores também foram ouvidos, tanto em questões sobre os problemas vividos quanto às necessidades enxergadas por eles. "Nossa ideia não era só trabalhar com o banco de dados bruto, mas também ouvir os agentes, moradores, que de fato, são aqueles que estão na ponta e têm o que dizer", frisa a coordenadora da pesquisa, a professora Marizângela Aparecida de Bortolo Pinto, do Câmpus Luziânia.

O projeto-piloto Em Frente, Brasil foi iniciado em Goiânia e em Ananindeua (PA), Cariacica (ES), Paulista (PE) e São José dos Pinhais (PR). Os agentes da Força Nacional começaram a primeira fase da iniciativa em Goiânia em setembro de 2019 e tiveram a permanência renovada por mais 180 dias em dezembro do ano passado.

3 Perguntas para Henrique Alves
Secretário municipal de Planejamento e Habitação de Goiânia fala sobre recursos para segunda fase de programa "Em Frente, Brasil"

1 - Qual é a expectativa para a segunda fase do programa?
Nós tivemos uma primeira etapa que foi muito produtiva com reduções bem significativas dos índices de criminalidade e eu acho que esta oficina que está acontecendo é um marco de início da segunda etapa, que é justamente uma discussão entre todos os entes, municipal, estadual e federal, sociedade organizada e líderes comunitários para que no final seja formulado o Plano Local de Segurança que vai apontar os investimentos para as regiões.

2 - O Plano Local de Segurança não tem a previsão de recursos orçamentários, como será feita a implantação dele?
Não em relação ao Ministério da Justiça, mas todos os outros ministérios vão oferecer projetos e programas para que, não só o município como também o Estado, possam - isso não é uma política a curto prazo, é uma política a médio, longo prazo - aprimorar aquilo que foi apontado como dificuldade no diagnóstico que foi produzido pelo próprio Instituto Federal de Goiás (IFG) e pela Secretaria Municipal de Planejamento e Habitação. Nós temos na oficina, oito ministérios representados.

3 - Quais são as áreas que precisam de mais assistência?
Isso varia muito de região para região, o diagnóstico apresentado na oficina mostra que isto varia de acordo com o bairro. Tem bairros que às vezes você necessita de uma complementação em relação a mais opções de lazer, parques praças. Já tem áreas em que é mais necessária a presença de Centros de Referência de Assistência Social (Cras).

Equipes da Força Nacional atuam diretamente na ação ostensiva nas regiões Noroeste e Norte

Equipes da Força Nacional atuam diretamente na ação ostensiva nas regiões Noroeste e Norte (Fábio Lima)

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Ex-aluno acusado de matar professora vai a júri popular

Cleide Aparecida dos Santos morreu após ser atacada com golpes de faca pelo ex-aluno em outubro de 2022

Professora atuava na educação há quase 40 anos

Professora atuava na educação há quase 40 anos (Reprodução)

O ex-aluno acusado de matar a professora Cleide Aparecida dos Santos, de 60 anos, vai a júri popular na próxima quarta-feira (9), em Inhumas. O julgamento de Henrique Marcos Rodrigues de Oliveira está previsto para começar às 9 horas da manhã, no Fórum da cidade.

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Cleide foi assassinada na madrugada do dia 24 de agosto de 2022 após ter a casa invadida por Henrique Marcos Rodrigues, que confessou ter matado a mulher como forma de vingança por ela o repreendê-lo por mau comportamento, incluindo a venda de drogas, enquanto estudava na escola em que era gestora.

Entenda o caso

De acordo com a denúncia, à Polícia Militar, Henrique Marcos confessou que consumia e vendia drogas nas imediações e até dentro da escola, situação que fazia com que Cleide o advertisse frequentemente. Isso teria feito com que ele criasse um ressentimento por ela e o desejo de vingança.

No dia anterior ao homicídio, Henrique tentou invadir a residência de Cleide, mas foi interrompido pelo filho dela, que acionou a polícia. Na madrugada do dia 24, Henrique voltou, quebrou a porta e invadiu a casa. Ele esfaqueou Cleide com aproximadamente 17 golpes enquanto ela tentava fugir, e também feriu o filho que tentou protegê-la. Cleide chegou a ser levada à uma Unidade de Pronto Atendimento, mas faleceu devido a hemorragia causada pelos ferimentos.

As desavenças teriam sido iniciadas anos após Henrique Marcos deixar o Colégio Estadual Presidente Castelo Branco, unidade de ensino fundamental gerida por Cleide. Conforme apurou o POPULAR , o homem foi aluno do local em 2014, quando conviveu com a educadora. Mesmo após a saída, no entanto, a convivência indireta foi mantida, já que a casa de Henrique fica a duas quadras do colégio.

No entanto, na época do crime, a professora já não estava trabalhando na unidade próxima da casa de Henrique. Conforme registro da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), Cleide estava atuando como professora assistente no Centro de Ensino em Período Integral Horácio Antônio de Paula, unidade que fica a mais de três quilômetros da casa do homem acusado pelo assassinato e da escola em que o desafeto teria surgido.

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Homem é preso suspeito de esfaquear adolescente dentro de ônibus

Segundo a PRF, suspeito agrediu adolescente por achar que o celular seria uma arma 

Faca utilizada pelo suspeito

Faca utilizada pelo suspeito (Divulgação/Polícia Rodoviária Federal (PRF))

Um homem de 44 anos foi preso suspeito de esfaquear um adolescente de 16 anos em um ônibus, na BR-060, km 138, na saída para Anápolis, no centro goiano. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o ônibus estava no trajeto de Anápolis para Goiânia quando o suspeito desferiu um golpe de faca contra o rapaz, que estava mexendo no celular, pois achou que o objeto fosse uma arma.

O nome do suspeito não foi divulgado, por isso, O POPULAR não localizou a defesa até a última atualização desta reportagem.

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O caso aconteceu na manhã de terça-feira (25). De acordo com a PRF, o suspeito viu o jovem mexendo no celular e achou que era uma arma. A polícia informou que, com uma faca, o homem golpeou o adolescente.

Conforme a PRF, os passageiros que estavam no ônibus e presenciaram a situação acionaram a polícia e seguraram o suspeito. Após a chegada da polícia, o homem foi encaminhado para a central de flagrantes, enquanto o adolescente foi transportado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Novo Mundo. A polícia não divulgou o estado de saúde do adolescente.

Como o nome do adolescente não foi divulgado, O POPULAR não conseguiu atualizar o estado de saúde dele até a última atualização desta matéria.

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Vitória foi morta a facadas e não houve abuso sexual, aponta laudo do IML

Além de não ter marcas de violência sexual, os exames necroscópicos não identificaram consumo de entorpecentes.

O corpo dela foi encontrado no dia 5 de março, com sinais de tortura. (Reprodução / Redes sociais)

O corpo dela foi encontrado no dia 5 de março, com sinais de tortura. (Reprodução / Redes sociais)

A adolescente Vitória Regina de Sousa, 17, morreu em razão de facadas no tórax, pescoço e rosto, segundo laudo do IML (Instituto Médico Legal) a que a reportagem teve acesso. Não há sinais de abuso sexual. A causa especificada no documento é hemorragia traumática.

Vitória foi morta em Cajamar, na Grande São Paulo, e teve seu corpo encontrado no último dia 5, após ter desaparecido em 26 de fevereiro.

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Além de não ter marcas de violência sexual, os exames necroscópicos não identificaram consumo de entorpecentes. Os exames deram positivo para álcool etílico no organismo. No entanto, de acordo com o laudo, "a dosagem alcoólica, pode indicar um processo de fermentação característico da putrefação, no qual ocorre formação de álcool etílico semelhante ao presente em bebidas alcoólicas".

Em razão da presença do álcool, a polícia investiga se ela pode ter sido dopada antes do crime.

Suspeito preso no caso Vitória foi desmentido pela esposa em depoimento
Caso Vitória: Adolescente encontrada morta trabalhava para ser independente e queria ser técnica em necropsia
Segurança de obra é morto durante roubo de materiais de construção; vídeo

A Polícia Civil encontrou manchas de sangue na casa do principal suspeito de envolvimento na morte da adolescente, Maicol Antonio Sales dos Santos, que está preso temporariamente. Os investigadores agora analisam se o local foi usado como cativeiro da jovem.

Em entrevista coletiva nesta terça-feira (18), o delegado Luiz Carlos do Carmo, diretor do Demacro (Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo), disse que Maicol era obcecado pela adolescente e confessou o crime.

Carmo chamou Maicon de "stalker" e disse que ele vinha monitorando Vitória desde o ano passado. "Ele era obcecado pela vítima", declarou o delegado.

A investigação também encontrou material genético em uma pá e uma enxada encontradas perto do local onde foi encontrado o corpo da adolescente.

As ferramentas pertencem ao padrasto de Maicol, que prestou depoimento. Ele afirmou que a pá e a enxada haviam sumido há cerca de 15 dias, e que, antes do crime, achava que elas tinham sido roubadas por um funcionário.

A polícia agora fará testes para analisar se o material genético e o sangue são de Vitória. O processo demora de 30 a 40 dias para ficar pronto.

O mesmo está sendo feito para identificar o sangue encontrado no porta-malas do carro de Maicol, um Toyota Corolla prata.

Dos três carros apreendidos desde o início das investigações (os outros sendo um Corsa branco e um Yaris prata), o Corolla é o único no qual foi encontrado sangue.

Outras provas contribuem para a suspeita sobre Maicol. Sua mulher, por exemplo, desmente que ele tenha dormido com ela na noite em que Vitória teria sido raptada.

A localização do celular de Maicol também aponta que ele esteve perto da adolescente Vitória, segundo Luis Carlos do Carmo, diretor do Demacro (Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo).

Os agentes também afirmam que gritos e movimentações estranhas foram ouvidas na casa do suspeito. Testemunhas teriam sido ameaçadas por ele durante a investigação da polícia, afirmou Carmo em entrevista coletiva no dia 10.

Isso o torna o principal suspeito, mas não o único, segundo o delegado. Outras duas pessoas também são investigadas. A polícia pediu a prisão de três pessoas mas a Justiça só permitiu a de Maicol.

Perícia realizada pela polícia de São Paulo no celular de Maicol Antonio Sales dos Santos, preso como suspeito pela morte da adolescente Vitória Sousa, aponta que ele seguia a jovem desde o ano passado.

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Sogra que morreu após enfartar depois de genro ameaçar ela com arma foi enforcada por ele, diz filha

Família informou que o homem não aceitava o fim do relacionamento com a ex, filha da vítima

Lúcia Helena Rosa Lino era hipertensa, segundo a família. Rodrigo Alves Primo está preso preventivamente

Lúcia Helena Rosa Lino era hipertensa, segundo a família. Rodrigo Alves Primo está preso preventivamente (Arquivo pessoal/Amanda Rosa Lino e Divulgação/Polícia Militar)

A sogra de Rodrigo Alves Primo, Lúcia Helena Rosa Lino, de 57 anos, foi enforcada pelo genro após ele ameaçá-la com uma arma de fogo. Segundo a filha de Lúcia, Amanda Rosa Lino, o genro colocou o revólver no ouvido da vítima e disse que iria matá-la. Lúcia, que era hipertensa, implorou para que o genro a soltasse , pois estava sentindo dores no peito e precisava tomar o remédio. Ele morreu momentos depois após um enfarte.

Amanda contou que ela e o marido foram para a casa da mãe após a irmã pedir socorro.

Minha irmã me ligou desesperada pedindo ajuda. Eu desci para lá [com o marido], e quando cheguei, ele [Rodrigo] já estava enforcando minha mãe e com a arma no ouvido dela falando que iria matá-la", disse Amanda.

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Ao Popular, a defesa de Rodrigo informou que ele está abalado com o ocorrido e que "a verdade real dos fatos será esclarecida no processo judicial". Rodrigo está preso preventivamente na Unidade Prisional Regional de Itauçu e pode responder pelos crimes de feminicídio, ameaça e injúria contra mulher, lesão corporal, além de disparo de arma de fogo em via pública.

Entenda o caso:

O caso ocorreu na última quinta-feira (13) , no Setor Teodoro Alves Rezende, em Inhumas, na Região Metropolitana de Goiânia. A família contou que a esposa de Rodrigo havia saído de casa, no dia anterior, após o casal ter uma briga. Rodrigo não aceitou o término da relação e foi até a casa da sogra, onde estava a companheira, quando o crime ocorreu.

Em depoimento, a esposa de Rodrigo disse que ele chegou na casa da mãe dela, desceu do veículo segurando uma latinha de cerveja e, no momento em que sua mãe estendeu a mão para cumprimentá-lo, ele sacou uma arma de fogo da cintura, apontou em direção à cabeça dela e disse: "Você não fala que mata ou morre por causa de sua filha?".

Ela ainda contou que Rodrigo teria pego o celular de Lúcia Helena para que ela não ligasse para a polícia. Em seguida, segundo a mulher, o suspeito se virou para ela e a ameaçou dizendo: "Se você não ficar comigo, não ficará com mais ninguém". Ela então foi para a rua e ligou para a irmã.

Momentos depois, a mulher contou ter ouvido um disparo, a princípio ela acreditou que o esposo tinha atirado contra a mãe dela, mas ele teria mirado para o alto. Em seguida, conforme o depoimento, o suspeito apontou a arma para as duas.

A mulher também confirmou o relato da irmã dela [Amanda] de que Rodrigo colocou o revólver no ouvido de Lúcia, momento em que ela implorou para que ele a soltasse para que tomasse remédio. Segundo a filha, o suspeito sabia que a sogra era hipertensa e "não podia passar por sustos ou sofrer emoções fortes".

Prisão

Conforme a família, o homem foi contido por eles até a chegada da Polícia Militar (PM). Os agentes informaram que quando chegaram ao local os parentes estavam segurando a mão de Rodrigo, que ainda estava com a arma. Após ser desarmado pelos militares, ele foi preso e o casal de cunhados encaminhados para Unidade de Pronto Atendimento (UPA), devido às lesões que sofreram pelo corpo durante a briga.

Morte

Segundo a PM, no momento em que as viaturas estavam saindo do local, Lúcia ainda passava mal e foi levada por vizinhos até a Unidade Básica de Saúde (UBS) João Ribeiro de Castro Sobrinho, que fica na região da casa dela.

De acordo com Amanda, na unidade de saúde foi informada de que a mãe sofreu um infarto. Segundo a PM, viaturas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e do Corpo de Bombeiros foram até o local para ajudar no socorro da vítima, mas após 20 minutos de massagem cardíaca, a mulher morreu. Lúcia deixou duas filhas e três netos.

Nota completa da defesa do suspeito

A defesa a do Sr. Rodrigo, lamenta profundo pesar pelo falecimento da senhora Lúcia. O sr. Rodrigo, encontra-se muito abalado o acorrido.

Esclarecemos que a verdade real dos fatos será em tempo oportuno devidamente esclarecidos no bojo do processo judicial.

Vale ressaltar, que o sr. Rodrigo, é réu primário, possui trabalho lícito, com conduta ilibada até o ocorrido.

Além do mais, é importante frizar que qualquer conclusão nesse momento é meramente especulativa e temerária.

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