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62 cidades devem fechar tudo em Goiás

Número de municípios que decidiu adotar maior rigidez era de ao menos 41 na última quinta-feira. Possível responsabilização de gestores tem pesado na avaliação

62 cidades devem fechar tudo em Goiás

(Diomício Gomes/O Popular)

Aumentou para ao menos 62 o total de municípios goianos que estão em regiões consideradas em situação de calamidade que declararam adesão às recomendações da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) e devem decretar o fechamento de todos os estabelecimentos e serviços que não forem essenciais por tempo que varia de 5 a 14 dias. Já o número de cidades que não vão seguir a nota técnica subiu de 6 para 10, enquanto o das que não decidiram ainda passou de 27 para 5.

Para o levantamento feito nesta sexta-feira (19), a reportagem não conseguiu localizar 10 das 89 cidades que estavam nas regiões que aparecem em vermelho no mapa de calor divulgado pela SES-GO na quarta-feira (17) para os prefeitos com os níveis de risco por causa do avanço da segunda onda de Covid-19 no Estado.

Três prefeituras mudaram de ideia sobre a nota técnica e já publicaram decretos municipais acatando as sugestões do governo estadual. É o caso da prefeitura de Israelândia, com 2,7 mil habitantes, que anunciou a adesão na manhã desta sexta. Um dia antes, o executivo municipal havia dito que estudava a flexibilização de algumas atividades fora do escopo do que é considerado essencial. Entretanto, agora a justificativa é que a melhor decisão para enfrentar o avanço da Covid-19 na região é se todos os municípios seguirem a recomendação.

Também mudaram o posicionamento a gestão de Britânia, com 5,8 mil pessoas, e Guarinos, com 1,7 mil. A primeira havia só publicado um decreto colocando a cidade em estado de calamidade, mas sem promover nenhuma restrição além do que já vinha sendo feito. Na manhã desta sexta saiu um novo documento determinando o fechamento de tudo que não for essencial, segundo a Secretaria Municipal de Administração. Já a segunda cidade havia decidido pela flexibilização de algumas atividades e recuou nesta sexta.

Alguns prefeitos e secretários municipais de saúde comentaram temer uma ação do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) caso não acatassem a nota técnica. O procurador-geral de Justiça Aylton Vechi, chefe do órgão, já havia dito na quarta que os promotores poderiam entrar até com ações criminais, com base na Lei de Improbidade Administrativa, se os prefeitos não seguissem as orientações.

É uma estratégia do governo estadual para fazer com que, desta vez, as medidas estipuladas pela equipe técnica sejam seguidas. Na última vez que o governador Ronaldo Caiado (DEM) sugeriu algo aos prefeitos, uma espécie de lei seca vetando a venda e o consumo de bebida alcoólica em bares e similares após às 22 horas, cada um fez de um jeito, mudando a sugestão ou até mesmo a ignorando o documento do Estado.

Na região do Entorno Sul, os prefeitos de Luziânia, Cidade Ocidental, Novo Gama e Valparaíso de Goiás vão se reunir com o titular da SES-GO, Ismael Alexandrino, na próxima segunda-feira (22) e tentar uma audiência com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), para que a região toda siga uma mesma orientação casada com o DF. "Nossa realidade envolve Brasília. Só atravessar a rua aqui e já estamos no Distrito Federal, não dá para fazer algo que seja diferente em cada lugar", comentou o prefeito de Valparaíso, Pábio Mossoró (MDB).

Apesar da indefinição na região, Novo Gama já optou por seguir a nota técnica enquanto o decreto definitivo não é consensuado entre as prefeituras. A informação é do titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Júlio Pereira Campos.

Ao todo, junto com estas quatro cidades há mais três que compõem a região Entorno Sul. A prefeitura de Santo Antonio do Descoberto é a única delas que já confirmou que não vai aderir à nota técnica. A justificativa é que lá já tem um decreto restringindo muitas atividades, como a proibição de consumo de bebidas em bares após 22h e que é necessário avaliar como serão os próximos dias.

União regional

Alguns secretários comentaram que estão seguindo a nota técnica mesmo que a realidade de suas respectivas cidades seja diferente do restante da região. "Aqui quase não está tendo caso ativo, mas preferimos ir com o governador porque um dia tá baixo, mas no outro vem com força, então precisamos fazer nossa parte. Estamos numa região considerada vermelha."

Em Palestina, a prefeitura afirma que a decisão de fechar tudo que não é essencial já estava sendo adotada desde o começo do mês, por causa de um surto de casos em um assentamento na cidade. Já em Santa Cruz, o número de casos estaria aumentando, mas a gestão achou melhor seguir a orientação estadual mesmo assim.

O titular da SMS de Heitoraí, Valdivino Torquato Alves, disse que a cidade só deve se decidir na segunda-feira, quando vai analisar o posicionamento das outras prefeituras que estão na mesma região, a Rio Vermelho. Ao todo são 17 cidades, sendo que levantamento feito pelo POPULAR mostra que 10 estão acatando a nota técnica e 4 não estão, entre estas a cidade de Goiás. Só em duas, a reportagem não encontrou representantes para informação a decisão.

"Está tudo muito confuso, parece que cada cidade está fazendo de um jeito, precisamos ver isso direito", comentou ele, acrescentando que a prefeitura tem adotado muitas medidas para restringir a transmissão do coronavírus, como uma barreira sanitária na entrada da cidade e a limitação de horários para funcionamento de estabelecimentos comerciais. "Só temos 3 casos ativos, mas a tendência é seguir a nota técnica."

As justificativas do não

Entre as cidades que não vão seguir a nota técnica, as justificativas são variadas. Em Araguapaz, o titular da SMS, João Batista Cardoso, disse que a prefeitura resolveu dialogar com os comerciantes e adotar as sugestões que deveriam ser para cidades em nível crítico (cor laranja), com restrição apenas do fluxo de pessoas nos estabelecimentos. "Se fechar tudo, (o setor econômico) não aguenta."

Em Ivolândia, a prefeitura alega que são muito poucos os estabelecimentos comerciais e a movimentação já é muito pequena, mas que houve um reforço nas medidas preventivas.

O prefeito de Mozarlândia, Valter Aleixo, argumentou que a cidade não está no vermelho como o restante da região, apesar de não haver por parte do mapa divulgado pela SES-GO esta distinção por cidades. Ele quer se reunir com o representante do MP-GO na segunda-feira para avaliar quais medidas o município pode adotar para não ter de seguir a orientação da nota técnica.

Em Três Ranchos, a prefeitura afirma que proibiu o funcionamento dos estabelecimentos relacionados ao turismo e lazer, que são os que, na justificativa da gestão, possibilitam as aglomerações de pessoas. O restante das atividades segue apenas com restrição de horários.

A prefeitura de Ipameri decretou o fechamento de todos os estabelecimentos não-essenciais, mas a partir das 18h. Enquanto a de Itaberaí vetou atividades que promovem aglomerações, como casa de eventos, e preferiu reforçar a fiscalização e a punição a quem não respeitas as medidas previstas nos decretos municipais e de distanciamento social e higiene, como uso de máscaras. "Nossa cidade está no amarelo, vamos apertar a corda de acordo com os leitos, que ainda temos vagos", disse a prefeita Rita de Cássia.

MP pressiona municípios

Até a conclusão desta reportagem, na noite de sexta-feira (19), a prefeitura de Caldas Novas ainda trabalhava na elaboração de um decreto municipal no qual adotaria medidas para reforçar o combate ao coronavírus, mas sem seguir a orientação da nota técnica da SES-GO, que no caso da cidade, que se encontra em uma região de situação de calamidade, deveria ser pelo fechamento de todos os estabelecimentos não-essenciais.

Mesmo sem o executivo municipal ainda oficializar a postura, a promotoria de Justiça de Caldas já expediu uma recomendação ao prefeito Kleber Luiz Marra e também à prefeita de Rio Quente, Ana Paula Lima de Oliveira Machado, para que "interrompam todas as atividades, exceto supermercados e congêneres, postos de combustível e serviços de urgência e emergência em saúde, pelo prazo de 14 dias".

A prefeitura de Caldas alega que conseguiu ampliar em mais 10 o número de leitos com o apoio dos empresários do setor de turismo e criou uma força-tarefa em conjunto com a Polícia Civil e Militar, além de bombeiros e outros órgãos, para reforçar a fiscalização e punir quem descumprir as regras, promovendo aglomerações ou deixando de usar máscara, por exemplo.

O promotor Vinícius de Castro Borges destacou em nota enviada pela assessoria de imprensa do MP-GO que, em Caldas Novas, estão ocupados 100% dos leitos de UTI da rede privada, com moradores de outros municípios internados por meio da regulação estadual, e que no dia 15 houve duas mortes por Covid-19 de moradores que estavam internados em Goiânia e Itumbiara. "Além disso, 83% dos leitos clínicos da rede privada de Saúde, ala Covid, e 50% dos leitos do Hospital de Retaguarda estavam ocupados."

Ainda segundo a nota, caso os municípios não cumpram o que diz a nota técnica, "sem comprovação de efetivo e substancial aumento da rede de serviços de saúde pelos dois municípios", "poderá haver responsabilização pessoal da autoridade recomendada, inclusive para que arque pessoalmente com os custos do tratamento de saúde de qualquer morador que não consiga vaga em UTI, vaga em leito de enfermaria ou respirador na rede pública".

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'PT vai sair mais forte e construir alianças em Goiás'

Favorito do presidente Lula para comandar o diretório nacional do partido falou em modelo para a disputa estadual diante do que vê como ‘desafio histórico’ em 2026

BRASÍLIA, DF, BRASIL, 10.03.2025: POSSE-GLEISI-HOFFMANN-ALEXANDRE PADILHA - Na foto o prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva. O Presidente Lula, acompanhado da primeira dama Janja, do vice presidente Geraldo Alckmin, dos presidentes da Câmara, deputado Hugo Motta, e do senado, senador Davi Alcolumbre, durante cerimônia de posse dos novos ministro Gleisi Hoffmann na Secretaria de Relações Institucionais, e Alexandre Padilha na Saúde. No Palácio do Planalto. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)

BRASÍLIA, DF, BRASIL, 10.03.2025: POSSE-GLEISI-HOFFMANN-ALEXANDRE PADILHA - Na foto o prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva. O Presidente Lula, acompanhado da primeira dama Janja, do vice presidente Geraldo Alckmin, dos presidentes da Câmara, deputado Hugo Motta, e do senado, senador Davi Alcolumbre, durante cerimônia de posse dos novos ministro Gleisi Hoffmann na Secretaria de Relações Institucionais, e Alexandre Padilha na Saúde. No Palácio do Planalto. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress) (Pedro Ladeira/Folhapress)

O ex-prefeito de Araraquara (SP) Edinho Silva (PT) acredita que a eleição presidencial de 2026 terá Lula (PT) como candidato e deverá marcar a abertura de novos rumos no partido. Nomes da direita, como o governador Ronaldo Caiado (UB) , já se movimentam na busca pelo espólio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível.

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Em meio ao início das negociações, Edinho diz, em entrevista ao POPULAR , que a "política de alianças" no PT é um caminho natural, dada a complexidade do tabuleiro atualmente. O modelo, afirma, poderá decantar em Goiás no âmbito da disputa para o governo estadual.

O fortalecimento da sigla em Goiás é uma das metas de Edinho caso assuma a presidência do diretório nacional do PT. Ele é pré-candidato na disputa que ocorrerá em julho e é o nome favorito do presidente Lula.

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Neste sábado (12), ele se reuniu com lideranças petistas em Goiânia, entre elas, a deputada federal Adriana Accorsi , favorita para comandar a sigla em Goiás, que hoje é presidida pela vereadora de Goiânia Kátia Maria. Também estavam presentes outros petistas históricos como o ex-prefeito Pedro Wilson, o ex-tesoureiro do PT nacional Delúbio Soares e o secretário-executivo de Relações Institucionais da Presidência da República, Olavo Noleto, além dos deputados Antônio Gomide, Mauro Rubem e Bia de Lima.

Edinho ressaltou a importância de, "neste momento histórico", defender a democracia e um Judiciário forte, ao ser questionado sobre proposta no Congresso Nacional de anistia aos acusados e condenados pelos ataques às sedes dos Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro de 2023. "Nós não queremos a barbárie, nós não queremos o fascismo, nós queremos a democracia."

O ex-prefeito também apontou dificuldades do PT em dialogar com a nova classe trabalhadora, precarizada e conectada às plataformas digitais. Edinho falou sobre a participação popular como ferramenta de enfrentamento à crise da democracia representativa. Nesse sentido, defendeu a retomada do orçamento participativo como "bandeira identitária" do PT e valorizou os conselhos de políticas públicas como espaços fundamentais de construção democrática.

O senhor chega a Goiânia como pré-candidato à presidência do diretório nacional do PT. Como avalia esse processo de candidatura e qual é o peso de Goiás para sua eleição?

É um desafio imenso. Eu já cumpri muitas tarefas no processo de construção do PT, já fui presidente municipal, já fui vereador, fui prefeito quatro vezes, fui deputado, fui ministro de Estado, coordenei duas campanhas presidenciais da Dilma (Rousseff) e do presidente Lula, fui presidente do PT no estado de São Paulo, mas eu não tenho nenhuma dúvida que esse é o maior desafio da minha vida - que é presidir o maior partido da América Latina, numa conjuntura difícil, onde nós estamos vendo a ascensão da direita internacional.

O maior desafio do PT nesse momento histórico é derrotar o fascismo, é fazer com que a gente construa um amplo campo político inspirado na democracia. Mas para que isso aconteça, nós temos que reeleger o presidente Lula em 2026 para que ele possa continuar organizando as políticas públicas, reorganizando o governo brasileiro, para que a gente possa efetivamente ter um projeto de desenvolvimento nacional, inclusive nessa nova conjuntura econômica e política, que o Trump está forçando o mundo a se realocar, a se reorganizar."

E Goiás?

É claro que é impossível nós pensarmos o papel do PT nesse momento histórico tão difícil, sem pensarmos o papel de um estado como Goiás. Goiás é central na construção desse projeto político e eu estou muito feliz de estar aqui, muito feliz de ter oportunidade de dialogar com as nossas lideranças. Fui recebido pela nossa deputada Adriana (Accorsi), que eu espero que presida o PT aqui em Goiás, para que a gente possa fortalecer o nosso projeto e construir, fazer a construção política necessária para que a democracia avance.

Em eleições anteriores, o PT teve sempre candidatura própria. O senhor acha que é possível viabilizar uma candidatura do PT em Goiás em 2026?

Olha, eu espero que a gente faça um bom PED (processo eleitoral direto) aqui primeiro. Um PED que a gente consiga organizar o partido da melhor forma possível. Nesse processo de organização do partido, que a gente construa uma agenda que dialogue com a sociedade, e que, nesse projeto que dialogue com a sociedade, a gente consiga também dialogar com as forças políticas de Goiás.

Então, se a gente tiver uma direção forte, se essa direção for capaz de construir um projeto que entenda a complexidade política do momento, eu não tenho nenhuma dúvida que a política de alianças é natural, é decorrência desse processo. Eu tenho muita confiança nas lideranças políticas de Goiás e tenho certeza que o PT vai sair desse processo mais forte e com condições de construir uma política de alianças que dê conta da realidade da vida do povo goiano.

A política de alianças, o senhor está dizendo alianças só com os partidos de esquerda ou aliança com outras siglas?

Eu não posso dizer o que é importante para Goiás. Quem vai dizer o que é importante para Goiás é a direção do PT aqui de Goiás. O que eu vou é apoiar a decisão que for tomada aqui.

O senhor assumindo a presidência do partido nacionalmente, haveria uma deliberação maior para as eleições do ano que vem para que o PT possa fazer aliança com outras siglas?

Claro que nós vamos fazer uma construção política que dê conta do Brasil, mas eu sempre digo que quando a direção do partido é forte, a gente tem que apoiar a decisão do partido. Se nós tivermos uma direção do partido forte, se o PT estiver forte em Goiás, o papel da direção nacional é apoiar a deliberação que for tomada aqui no estado. Essa é a minha posição.

Então, uma das prerrogativas do senhor a partir desse ano, caso o senhor assuma a sigla, seria fortalecer o partido? Essa vai ser a máxima ou tem outras pretensões?

Nós temos que fortalecer o PT aqui em Goiás, sempre, porque é um estado muito importante. Não há projeto nacional sem a gente passar por Goiás. Então, se o PT estiver forte, dialogando com a sociedade goiana, construindo um projeto para o povo de Goiás, a política de alianças é consequência desse processo.

Com relação à discussão da anistia aos envolvidos nos ataques do 8 de Janeiro, em Brasília, a ministra Gleisi Hoffmann falou na semana passada em entrevista que é 'plenamente defensável' a redução das penas. Como que o senhor avalia essa fala?

A ministra Gleisi Hoffmann depois soltou uma outra nota se posicionando ou esclarecendo o seu posicionamento. Eu penso que esse debate, se há um debate a ser feito, ele tem que ser feito com o Poder Judiciário. E nós não podemos tomar nenhuma medida que enfraqueça a democracia. A defesa da democracia é fundamental nesse momento histórico que nós estamos vivendo. Então qualquer construção que se faça, primeiro tem que fortalecer a democracia, e tem que fortalecer o Poder Judiciário. Porque um Poder Judiciário enfraquecido significa a sociedade caminhando para a barbárie. Nós não queremos a barbárie, nós não queremos o fascismo, nós queremos a democracia. E para isso o Poder Judiciário tem que estar forte.

Em 2026, o governador Ronaldo Caiado já se coloca como pré-candidato à Presidência. Muito se discute a sucessão do presidente Lula. Ainda não se sabe se de fato ele será candidato...

O presidente é candidato. Ele é candidato.

Como o senhor vê esse cenário em que o PT, teoricamente, não tem sucessor de Lula no futuro? A esquerda hoje tem quadros para isso?

Eu acho que são dois debates. Em 2026, o presidente Lula é candidato. O que nós temos que debater no PT é qual o partido que nós queremos para o pós-Lula, para quando o presidente não estiver mais nas urnas. Esse é um debate que nós temos que fazer. Nós precisamos de um partido forte, onde as instâncias funcionem, que a gente tenha trabalho de organização de base. O PT em muitos lugares renunciou ao trabalho de organização de base. Nós temos que ter um partido que consiga interpretar essa nova classe trabalhadora que está se formando nesse século 21. Então, nós temos que ter um partido que dialogue com a questão da transição energética, da segurança pública, que enfrente o debate do desgaste da democracia representativa. Na minha avaliação, nós temos que recuperar o conceito da democracia, principalmente com a democracia direta, com a organização dos conselhos populares. A gente não pode abrir mão do orçamento participativo nas nossas prefeituras. Os nossos vereadores têm que continuar defendendo o orçamento participativo. Se nós tivermos um partido forte, como diz o presidente Lula, o seu sucessor será o PT. Se o PT estiver forte, organizado e em sintonia com a sociedade, o nome nós vamos construir com naturalidade.

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Alerta de tempestade com rajadas de vento é lançado para Goiás; veja regiões mais afetadas

Chuva intensa pode acontecer com rajadas de vento de até 60 km/h. Há risco de alagamentos

Alerta de tempestade com rajadas de vento é lançado para Goiás; veja regiões mais afetadas

(Wildes Barbosa/O Popular)

Goiás tem alerta de chuvas intensas com formato de tempestade para este final de semana. A previsão, segundo a coordenadora do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet-GO), Elizabete Alves Ferreira, é de pancadas isoladas com volume entre 20 e 30 milímetros por dia, além de rajadas de vento e raios. As regiões mais afetadas são o norte, nordeste e noroeste do estado. Há risco de alagamentos.

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Conforme Elizabete, a chuva em Goiás é causada devido à combinação de calor e umidade. Em todo o estado, a umidade do ar deve ficar entre 50% e 95%, enquanto as temperaturas máximas podem ultrapassar os 30ºC.

Tem abertura de sol e com a umidade acaba ocasionando essas pancadas de chuva no período da tarde, por isso nós [Inmet] colocamos esse alerta para toda a parte região norte do estado", explicou a meteorologista em entrevista ao POPULAR.

A chuva intensa pode causar alagamentos em alguns municípios, enquanto as rajadas de vento, que podem chegar aos 60 km/h, a queda de árvores e galhos.

"Pode acontecer alagamento em cidades que tenham pontos de alagamentos, como Porangatu e São Miguel do Araguaia. Se for uma chuva de 10 mm em 10 minutos enche bem rápido, então a gente pode ter sim essa condição de alagamento", detalhou.

De acordo com o boletim informativo do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), os municípios que devem ser mais afetados pela chuva são:

  • Ipameri
  • Porangatu
  • Três Ranchos
  • Morrinhos
  • Formosa
  • Santa Helena
  • Pirenópolis
  • Cocalzinho de Goiás
  • São Miguel do Araguaia
  • Elizabete ainda explicou que, inicialmente, o alerta é válido para as regiões norte, nordeste e noroeste de Goiás, porém pode se estender a partir da próxima segunda-feira para as outras regiões, atingindo, inclusive, a Grande Goiânia. Mas ressalta que, mesmo sem alerta, os moradores da capital podem ser surpreendidos com chuvas rápidas e isoladas entre esta sexta (11) e domingo (13).

    Portanto, a orientação do Inmet para todo o estado é:

  • Em caso de rajadas de vento, não se abrigue debaixo de árvores, pois há leve risco de queda e descargas elétricas;
  • Não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda
  • Evite usar aparelhos eletrônicos ligados à tomada;
  • Obtenha mais informações junto à Defesa Civil (199) e ao Corpo de Bombeiros (193).
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    Mãe recebe alta e vai ao enterro das filhas que morreram em acidente de ônibus

    Devido ao estado de saúde da professora e a complexidade do transporte dos corpos para Goiás, Laura e Lorena foram sepultadas em Araguari, Minas Gerais

    Laura Costa de Negreiros, de 6 anos, e Lorena Costa de Negreiros, 2, estão entre os 11 mortos no acidente (Divulgação/PMR-MG e redes sociais)

    Laura Costa de Negreiros, de 6 anos, e Lorena Costa de Negreiros, 2, estão entre os 11 mortos no acidente (Divulgação/PMR-MG e redes sociais)

    A mãe das crianças que morreram em um acidente de ônibus , que saiu de Goiás e tombou em uma rodovia de Minas Gerais, recebeu alta e conseguiu acompanhar o enterro delas na manhã desta quinta-feira (10). A professora Luana Costa estava internada com o bebê de 6 meses, no Hospital Universitário Sagrada Família (Husf), em Araguari (MG). Ela e o filho estão entre os 36 feridos no acidente.

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    De acordo com a secretária de saúde de Minas Gerais, Thereza Cristina Griep, Luana e o filho estavam internados desde a terça-feira (8) no hospital universitário. Ela passou por uma cirurgia na clavícula nesta quarta e recebeu alta pouco antes do enterro das filhas, às 10h desta quinta. O bebê também foi liberado.

    A família, que viajava para São Paula onde visitariam os pais de Laura, é moradora de Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia, mas segundo a tia das meninas, Nataly Negreiros, o sepultamento aconteceu em Minas Gerais, devido ao estado de saúde de Luana e a dificuldade no traslado dos corpos de Laura e Lorena Costa de Negreiros, de 6 e 2 anos, para Goiás.

    Luana acabou de receber alta e não teria como ir se fosse em Trindade. Além de a locomoção dos corpos ser muito delicada por conta do estado em que estavam. Então, a família foi para lá [MG]", detalhou a tia.

    Comoção

    Luana era professora de uma escola particular de Trindade, que divulgou uma nota de pesar e informou que Laura foi aluna da unidade.

    Que o sorriso delas seja lembrado como um raio de sol que aqueceu os corações de quem teve o privilégio de conviver com elas", escreveu a direção (veja íntegra da nota ao final desta reportagem).

    A Prefeitura de Trindade também publicou e enviou para a reportagem um comunicado de pesar. "Uma perda irreparável que atinge de forma dolorosa toda a nossa cidade" (veja íntegra da nota ao final deste texto).

    Tragédia

    Imagens do ônibus tombado na rodovia (Divulgação/Polícia Militar Rodoviária)

    Imagens do ônibus tombado na rodovia (Divulgação/Polícia Militar Rodoviária)

    Laura e Lorena estão entre os 11 mortos na tragédia. Todas as vítimas viajavam em um ônibus da empresa Real Expresso, aconteceu por volta das 3h30 de terça-feira (7), a cerca de 25 quilômetros de Araguari na região do Triângulo Mineiro, em Minas Gerais.

    Segundo a polícia, o veículo havia partido de Anápolis (GO) às 20h30 da última segunda-feira (6), com destino a São Paulo. Antes fez paradas em Goiânia e Caldas Novas. Uma outra parada estava programada para Araguari, cidade mineira, às 2h20.

    A Polícia Militar Rodoviária de Minas Gerais (PMR-MG) relatou que o motorista afirmou ter passado por um radar na MG-413 dentro da velocidade permitida, cerca de 150 metros antes do trevo onde ocorreu o tombamento. Em seguida, ele disse ter visto um vulto no retrovisor e, ao tentar evitar um possível choque, freou bruscamente, fazendo o ônibus colidir com o canteiro e capotar.

    O local, segundo o tenente do pelotão da PMRv, Marcelo Sousa, responsável pela área onde o veículo tomou a PMRv, o local não possui histórico de acidentes por estar equipado com radares. O motorista foi ouvido pela Polícia Civil de Minas Gerais (PC-MG) e liberado.

    A PC-MG informou nesta quarta que as investigações seguem em andamento "para esclarecer as causas do grave acidente envolvendo um ônibus de viagem, registrado na madrugada desta terça-feira (8/4), na rodovia AGR-0747, trecho da MG-223, em Araguari, no Triângulo Mineiro".

    Vítimas

    Segundo testemunhas, várias pessoas foram arremessadas para fora do veículo. Os feridos foram encaminhados a diversos hospitais da região, mas os nomes e estados de saúde não foram divulgados pelas autoridades. Segundo a secretaria de saúde da cidade, quase todos receberam alta, inclusive uma gestante que precisou de uma cirurgia de emergência. Apenas uma mulher segue em internada em estado grave.

    Sobrevivente

    O acidente aconteceu por volta das 3h15 desta terça-feira (8) na rodovia MG-223, no Km 134, em Minas Gerais. Thiago Rocha minutos antes de entrar no ônibus, em Goiânia (Divulgação/PMRv e Arquivo pessoal/Thiago Rocha)

    O acidente aconteceu por volta das 3h15 desta terça-feira (8) na rodovia MG-223, no Km 134, em Minas Gerais. Thiago Rocha minutos antes de entrar no ônibus, em Goiânia (Divulgação/PMRv e Arquivo pessoal/Thiago Rocha)

    Thiago Rocha, de 41 anos, foi um dos sobreviventes do acidente com o ônibus da viação Real Expresso que tombou na MG-223, em Minas Gerais, segundo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

    Thiago relatou que o ônibus entrou no trevo em alta velocidade e que, em poucos segundos, ele foi lançado da poltrona onde estava, mesmo usando cinto de segurança. Após recuperar os sentidos, ouviu gritos de socorro e, junto com outros passageiros, ajudou a quebrar os vidros de janelas para resgatar feridos.

    Eu travei. Comecei a chorar porque eu vi realmente como estava as pessoas. Pessoas em cima de pessoas, pedaço de braço, pedaço de perna. Então foi muito difícil. Foi uma cena bem forte, impactante. Eu já perdi a conta de quantas vezes caí em lágrimas daquela hora até agora", relatou ao POPULAR .

    O acidente aconteceu por volta das 3h15 desta terça-feira (8) na rodovia MG-223, no Km 134, em Minas Gerais. Thiago Rocha minutos antes de entrar no ônibus, em Goiânia (Divulgação/PMRv e Arquivo pessoal/Thiago Rocha)

    O acidente aconteceu por volta das 3h15 desta terça-feira (8) na rodovia MG-223, no Km 134, em Minas Gerais. Thiago Rocha minutos antes de entrar no ônibus, em Goiânia (Divulgação/PMRv e Arquivo pessoal/Thiago Rocha)

    Atrasos e excesso de velocidade

    O sargente da Polícia Militar de Minas Gerais (PM-GO), Amador Júnior disse ao POPULAR que sobreviventes relataram que o motorista dirigia o ônibus em alta velocidade .

    Nesta quarta-feira (9), a empresa foi procurada pelo jornal O POPULAR para comentar sobre as denúncias de excesso de velocidade, mas não respondeu até a última atualização da reportagem.

    Por nota divulgada na terça-feira, a Real Expresso afirmou que o atraso na partida ocorreu dentro da normalidade, devido a paradas programadas. A empresa acrescentou que o ônibus havia passado por manutenção preventiva e corretiva, e o motorista estava descansado. A troca de condutor estava prevista apenas em Uberaba, a cerca de 170 km do local do acidente. A viação declarou não operar com motoristas em dupla, mas sim com substituições ao longo do percurso, para garantir a segurança dos profissionais.

    A empresa também informou que os discos do tacógrafo e as imagens das câmeras internas do veículo foram entregues às autoridades. Conforme a Real Expresso, o sistema de telemetria não identificou condutas fora dos padrões de segurança. Ainda assim, afirmou que tomará medidas cabíveis caso alguma irregularidade seja constatada. Desde o acidente, equipes especializadas foram mobilizadas para apoiar vítimas e familiares, com um canal de atendimento 24 horas disponível pelo número 0800 728 1992.

    A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), também por nota, lamentou o ocorrido e confirmou que o ônibus estava com toda a documentação e registros em dia para o transporte interestadual de passageiros. O veículo possuía seguro de Responsabilidade Civil (RC), Certificado de Segurança Veicular (CSV) válidos e cronotacógrafo aferido. A ANTT informou ainda que acompanha o caso junto a outros órgãos e instaurou um processo administrativo para monitoramento e apoio às investigações.

    Íntegra da nota da escola

    É com imenso pesar que comunicamos o falecimento das pequenas Laura e Lorena, filhas da nossa querida professora Luana, vítimas do trágico acidente com ônibus com destino a São Paulo, ocorrido na madrugada de hoje.

    Laura foi nossa aluna, o que torna essa perda ainda mais profunda e dolorosa para nós.

    "Que o sorriso delas seja lembrado como um raio de sol que aqueceu os corações de quem teve o privilégio de conviver com elas."

    Estejam orando pela família da nossa professora Luana, ela segue internada e vai passar por uma cirurgia, seu bebê Dante está bem!

    Íntegra da nota da Prefeitura de Trindade

    A Prefeitura de Trindade manifesta, com profundo pesar, sua solidariedade às vítimas do grave acidente ocorrido na madrugada desta terça-feira (08/04), na rodovia MG-223, entre Araguari e Tupaciguara, no Triângulo Mineiro. A tragédia, que envolveu um ônibus da viação Real Expresso, deixou 11 mortos e dezenas de feridos, causando grande comoção em todo o país.

    Entre as vítimas fatais, infelizmente, estão duas crianças trindadenses, de apenas 2 e 6 anos de idade. Uma perda irreparável que atinge de forma dolorosa toda a nossa cidade.

    O prefeito de Trindade Marden se solidariza com os familiares neste momento de imensa dor e tristeza, e reforça o compromisso da gestão municipal em prestar todo o apoio necessário às famílias enlutadas. Que Deus conforte os corações de todos os que sofrem com esta tragédia.

    Prefeitura Municipal de Trindade

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    Ex-aluno é condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato de professora

    Ele também responde por lesão corporal grave e ameaça contra o filho da professora, com pena total de 21 anos e 9 meses de prisão

    Professora atuava na educação há quase 40 anos.

    Professora atuava na educação há quase 40 anos. (Reprodução/Redes Sociais)

    O ex-aluno Henrique Marcos Rodrigues de Oliveira foi condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato da professora Cleide Aparecida dos Santos . Por ter esfaqueado o filho dela, Anício Nonato da Silva Júnior, Henrique vai responder por mais um ano e nove meses de reclusão. Somadas as penas, o ex-aluno foi condenado a 21 anos e nove meses de prisão e um mês e 15 dias de detenção - que pode ser cumprido em regime semiaberto ou aberto.

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    Henrique foi levado a júri popular nesta quarta-feira (9) , no Fórum de Inhumas, município que fica na Região Metropolitana de Goiânia. De acordo com a sentença, o ex-aluno responde por homicídio qualificado - crime cometido contra Cleide - lesão corporal grave e ameaça - contra Anício.

    O POPULAR tentou contato com a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO), que representa o acusado, por e-mail, para saber se a defesa vai recorrer da sentença e qual o posicionamento inicial, mas não obteve retorno. Antes do julgamento, a defensoria informou que não comentaria o caso.

    Sobre o crime:

    Professora atuava na educação há quase 40 anos. (Reprodução/Redes Sociais)

    Professora atuava na educação há quase 40 anos. (Reprodução/Redes Sociais)

    Cleide foi assassinada na madrugada do dia 24 de agosto de 2022 , após ter a casa invadida por Henrique, que fica no Bairro Anhanguera, em Inhumas. Conforme a investigação, o rapaz confessou ter matado a professora como forma de vingança por ela o repreendê-lo por mau comportamento, incluindo a venda de drogas, enquanto estudava na escola em que ela era gestora.

    As desavenças teriam começado anos após Henrique deixar o Colégio Estadual Presidente Castelo Branco, em Inhumas, unidade de ensino fundamental gerida por Cleide. Conforme apurou o POPULAR , o homem foi aluno do local em 2014, quando conviveu com a educadora. Mesmo após a saída, no entanto, a convivência indireta foi mantida, já que a casa de Henrique Marcos fica a duas quadras do colégio.

    No entanto, na época do crime, a professora já não estava trabalhando na unidade próxima à residência de Henrique Marcos. Conforme registro da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), Cleide estava atuando como professora assistente no Centro de Ensino em Período Integral Horácio Antônio de Paula, que fica a mais de três quilômetros da casa do homem acusado pelo assassinato e da escola em que o desafeto teria surgido.

    Segundo a denúncia do Ministério Público, Henrique Marcos confessou à Polícia Militar (PM) que consumia e vendia drogas perto e até dentro da escola, situação que fazia com que Cleide o advertisse frequentemente. Isso teria feito com que ele criasse um ressentimento por ela e o desejo de vingança . Além disso, no dia anterior ao homicídio, Henrique tentou invadir a casa de Cleide, mas foi interrompido pelo filho dela, que acionou a polícia. Porém, na madrugada do dia 24, Henrique voltou, quebrou a porta e invadiu a casa.

    De acordo com a polícia, ele esfaqueou Cleide com aproximadamente 17 golpes enquanto ela tentava fugir, e também esfaqueou o filho dela, que tentou protegê-la. Cleide chegou a ser levada a uma Unidade de Pronto Atendimento, mas não resistiu. Um vídeo mostra o ex-aluno fugindo da casa da professora após matá-la (assista abaixo).

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