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Rubens Salomão

Rubens Salomão

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Especializado na cobertura política desde 2010.

Caiado diz ser 'pragmático' sobre possível disputa com Bolsonaro

Governador avalia que ex-presidente segue “carta forte”, mas ressalta que pretende estar na corrida contra qualquer nome no primeiro turno

Rubens Salomão, Caio Henrique Salgado
Ronaldo Caiado, durante coletiva em Salvador: “O eleitorado do União Brasil é conservador de direita”

Ronaldo Caiado, durante coletiva em Salvador: “O eleitorado do União Brasil é conservador de direita” (Romildo De Jesus/Ato Press/Folha)

A possibilidade de disputar a Presidência da República mesmo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi considerada nesta quinta-feira (03) pelo governador Ronaldo Caiado (UB), na véspera do lançamento da própria pré-candidatura ao Palácio do Planalto. A avaliação foi apresentada pelo goiano ao ser questionado sobre a insistência do ex-presidente em se apresentar para o pleito de 2026, mesmo depois da inelegibilidade e de ter se tornado réu no Supremo Tribunal Federal (STF).

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Caiado não descartou a possibilidade de Bolsonaro conseguir entrar na disputa e comparou a situação do militar à enfrentada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que retomou os direitos políticos após o STF anular as condenações decorrentes de investigações da Operação Lava Jato.

"É um direito que ele tem. Acho que ele é uma carta forte do jogo e não se pode desconhecer a liderança dele e ele vai continuar da mesma maneira como o Lula se colocou pré-candidato, né? Isso tudo ainda vai ter um julgamento. Então, com essas coisas a gente tem que ser mais realista", afirmou. "Se ficarmos discutindo o 'se' ou o 'acho', fica muito distante. Eu, como cirurgião, sou mais pragmático e gosto de chegar e já resolver. Então a minha vida é essa: eu chego aqui para dizer o que eu posso fazer e eu nunca escolhi adversário", disse.

A declaração de Caiado foi dada na primeira entrevista coletiva desde que chegou a Salvador (BA) para o lançamento da pré-candidatura , marcada para esta sexta-feira (4), no Centro de Convenções de Salvador, onde receberá também o título de cidadão baiano e a comenda 2 de julho. A agenda ocorreu durante visita à Federação do Comércio da Bahia (Fecomercio/BA).

"Eu acho que os adversários virão. E falam que tudo tem que se aglutinar no primeiro turno, então tem que se revogar a lei eleitoral no Brasil. Porque a lei é feita para que no primeiro turno todos os partidos lancem candidato e, no segundo turno, aqueles dois que estiverem lá, aí tudo bem. No segundo turno tem a polarização de um com o outro. No primeiro turno, você tem o candidato que você gosta dele. No segundo turno, você tem o candidato que você comunga com as ideias dele. Talvez não seja o seu, mas é aquele mais próximo de você. Esse é o sistema eleitoral brasileiro e é nesse sistema eleitoral que eu me coloco à disposição para disputar a eleição de 2026", avaliou o governador.

Além de cogitar o cenário em que poderia disputar contra Bolsonaro ou outros nomes da direita, Caiado também desconversou sobre a decisão de participar ou não do ato em favor do ex-presidente, agendado para domingo (06), na Avenida Paulista, em São Paulo.

Essa será a primeira manifestação de rua após Bolsonaro ter se tornado réu no STF e tem como mote a anistia aos condenados pelos atos golpistas 8 de Janeiro, que tem sido defendida por Caiado. O ato também servirá como teste da capacidade de Bolsonaro levar apoiadores e lideranças políticas relevantes às ruas após o protesto esvaziado na praia de Copacabana, em março.

Depois de conversar com o ex-presidente por telefone na última semana e com o pastor Silas Malafaia, que organiza a manifestação, Caiado evitou confirmar a agenda. "Cada coisa a seu tempo. Agora, nós estamos tratando aqui do título que vou receber, da comenda 2 de julho e da minha pré-candidatura. Aí, eu tratarei desse assunto com toda a tranquilidade no sábado".

Bolsonaro e sete aliados viraram réus no dia 26 de março, acusados de tentar um golpe de Estado em 2022. Na denúncia, a Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa o grupo de formar o chamado "núcleo crucial" de uma organização criminosa, cujo objetivo seria destruir a democracia. Segundo a acusação, Bolsonaro liderou essa organização e tinha um projeto autoritário de poder.

Coerência

Em meio à dúvida sobre a presença de lideranças políticas relevantes no evento de lançamento da pré-candidatura, Caiado minimizou a postura governista de parlamentares do União Brasil. O governador respondeu diretamente, em entrevista coletiva, sobre a possibilidade de o deputado federal Elmar Nascimento (BA) seguir com apoio ao presidente Lula em 2026.

"Eu não sabia que ele ia marchar com o PT. Eu posso dizer com muita tranquilidade que eu respeito a opção de cada colega. Eu vivi naquela Casa durante 24 anos e quero mostrar uma coisa só: você é fruto do seu hábitat. Você é fruto do seu eleitor. É muito difícil você fazer uma transição dessa e buscar o eleitor de volta. As pessoas conhecem o Ronaldo Caiado em 40 anos de vida pública. Então, é preciso ter coerência e a política nos ensina que a popularidade oscila. Agora, coerência é o que preserva o político. Em Goiás isso se chama político folha de bananeira, que acompanha o vento", respondeu.

"Isso porque, se você busca o eleitorado do União Brasil, é conservador de direita. Esse é o eleitorado. Então, você tem que saber onde é que você está. Eu estou no União Brasil porque sempre foi essa a minha posição de vida desde meu PFL, com minha ficha abonada por Antônio Carlos Magalhães", relembrou. "Então, é isso que eu entendo na política. Entendo que cada um de nós precisa ter a responsabilidade com quem nós representamos e o nosso futuro político".

Pesquisa

Caiado ainda apontou que "o governo derreteu", ao analisar números da pesquisa Genial/Quaest que apontam avanço da reprovação de Lula. A desaprovação do petista cresceu e chegou a 56% dos eleitores brasileiros, no pior índice desde o início do mandato e a primeira vez que ultrapassa 50%. A aprovação do presidente caiu para 41%, o menor patamar desde o início do mandato.

"O governo derreteu. Derreteu. O único ativo que o PT tinha era o Lula e botou ele para falar, a reprovação dele está em 56%. É um governo que, a cada dia que passa, a comida na mesa está mais cara, a inflação está cada vez maior, a taxa de juros está 14,25%. O Brasil está realmente em um momento em que você não tem nenhuma área de atuação do governo com resultado", disse.

"Se você pega o governo federal e compara, modéstia à parte, com o meu estado, eu peguei nessa situação e hoje ele é o primeiro lugar na educação, na segurança, no combate à pobreza, na transparência e na liquidez. Então, é boa gestão e seriedade com o dinheiro público. É assim que se governa."

Segurança pública centraliza discurso na Bahia

Os resultados da gestão estadual e as dificuldades enfrentadas em outros locais do país, principalmente na Bahia, foram assunto central nos primeiros discursos do governador Ronaldo Caiado (UB) durante agendas em Salvador. O tema foi destaque na abertura e no fim da fala de 32 minutos do goiano em reunião na Federação do Comércio da Bahia.

Em entrevista coletiva, Caiado foi questionado sobre os índices de criminalidade no estado baiano e que ações a gestão do Partido dos Trabalhadores, do governador Jerônimo Rodrigues, deveria tomar para enfrentar o problema.

"Cada um tem seu estilo de governar. O meu é muito conhecido e deu certo. Ou seja: o meu primeiro mandamento foi: ou bandido muda de profissão ou muda do estado de Goiás. Bandido em Goiás não se cria e o governador é responsável por dar segurança pública a seu povo. Essa é minha responsabilidade e exerço na sua plenitude", afirmou.

Caiado ainda alegou que "Goiás é uma ilha de segurança completa" no cenário nacional e que o tema tem ganhado maior atenção dos brasileiros. "É isso que o Brasil pede hoje em todas as pesquisas."

A violência se descolou das questões sociais e se isolou como a maior preocupação dos brasileiros, segundo pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (2). O assunto foi indicado como prioritário por 29% dos entrevistados, seguido de questões sociais (23%); Economia (19%); Saúde (12%); Corrupção (10%) e Educação (7%). Na pesquisa anterior, divulgada em janeiro, a violência aparecia empatada tecnicamente com questões sociais, que engloba fome, pobreza e população em situação de rua.

É a primeira desde o início da série histórica, em abril de 2023, em que a violência aparece isolada no topo. Naquela época, a principal preocupação dos brasileiros era a economia, que agora está em segundo lugar, empatada tecnicamente com as questões sociais. A pesquisa Quaest foi encomendada pela Genial Investimentos e realizada entre os dias 27 e 31 de março. Foram entrevistadas 2.004 pessoas de 16 anos ou mais em todo o Brasil. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos porcentuais, para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.

Não é possível mais o Brasil se transformando em um narco estado. Essa é a verdade: o território brasileiro, cada vez mais, ocupado pelos faccionados. O Brasil não quer virar uma Venezuela, um México ou uma Colômbia. O Brasil quer virar como os países europeus e os países em desenvolvimento na Ásia e não é essa a vida que se vive lá. Então, vamos trabalhar por aí e essa é a maneira que eu não só penso, mas aplico segurança pública.

Caio Henrique Salgado viajou a convite da Fecomércio-GO

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A intensa agenda de pré-candidato de Caiado

Esta edição do Giro 360, podcast de política do POPULAR , em parceria com a CBN Goiânia, chega em um dia incomum, por um bom motivo.

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Caio Henrique Salgado (editor da coluna Giro), Júlio Lacerda (subeditor de Notícias do jornal) e Rubens Salomão (repórter de política) repercutem o intenso fim de semana do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), que começou com lançamento de pré-candidatura a presidente e terminou com participação em ato ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) .

Para apimentar o debate, a jornalista Cileide Alves, colunista do jornal e comentarista da CBN e da TV Anhanguera, se junta ao trio.

Para acompanhar, é só dar o play.

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Caiado mira eleitorado de direita ao defender anistia e se reaproximar de Bolsonaro

Com pouca ou nenhuma esperança de contar com o apoio de Jair Bolsonaro (PL) a seu projeto presidencial, o governador Ronaldo Caiado (UB) foi à Avenida Paulista defender anistia e voltou a subir em palanque ao lado do ex-presidente de olho no eleitorado de direita, com o qual construiu sua carreira política. Nova pesquisa Quaest mostrou neste domingo (6) que 56% dos brasileiros são contrários ao perdão aos envolvidos na tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023.

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Aliados de Caiado apontam, no entanto, que a maior parcela de seus apoiadores em potencial pensam diferente. Além disso, eles argumentam que o goiano tem convicção a respeito do tema. "Ele está conversando com eleitor dele, que apoia a anistia e, mais do que isso, está conversando com a crença que ele tem. Ele defendeu isso muito antes de ter apelo popular, em fevereiro de 2024", afirma um caiadista, citando a entrevista concedida pelo chefe do Executivo ao programa Diálogos da GloboNews.

Microfone

Caiado postou fotos ao lado de Bolsonaro e outros seis governadores que também foram a São Paulo. Durante o ato, o locutor o chamou, em nome de seu partido, para confirmar o apoio à anistia. O governador disse sim, mas ala do UB está na base do presidente Lula (PT), inclusive com indicação de ministérios.

Retribuição

Bolsonaro mencionou o governador em discurso: "O Caiado tá aqui inelegível. Vai recuperar a elegibilidade dele, se Deus quiser." Detalhe é que a ação foi movida pelo PL.

Entrelinhas

Teve gente que viu no gesto de Bolsonaro novo sinal de insatisfação com o PL local. Presidentes da sigla em Goiás e Goiânia, o senador Wilder Morais e o deputado federal Gustavo Gayer estavam no trio elétrico.

Euforia

Após conviver por semanas com a sombra da divisão no UB, Caiado estava, segundo aliados, "eufórico"com seu evento na Bahia.

Macaco prego atravessa entre os carros na Avenida Areião, que circunda o parque homônimo, em Goiânia. Infelizmente, é comum ver os animais se arriscarem para buscar comida nas imediações (Diomício Gomes / O Popular)

Macaco prego atravessa entre os carros na Avenida Areião, que circunda o parque homônimo, em Goiânia. Infelizmente, é comum ver os animais se arriscarem para buscar comida nas imediações (Diomício Gomes / O Popular)

Métricas

Levantamento encomendado pela comunicação de Caiado mostrou que foram mais 300 matérias veiculadas sobre o lançamento de sua pré-campanha em TVs, sites e jornais. Desse total, 64% foram classificados entre "neutro" e "positivo". Apenas 7% seriam negativas, quase todos relacionados às ausências de lideranças nacionais do UB.

No STF

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, emitiu parecer contrário a ADI movida pelo PT e entendeu que não há discriminação ou arbitrariedade em a lei goiana que limita as vagas de policial penal a 20% para mulheres. Justificou sua posição com o argumento de que a população carcerária feminina no Estado é de cerca de 5%.

Divergência

A PGR defendeu também que a reserva de vagas pode ocorrer, desde que bem justificada. A Advocacia-Geral da União já tinha se manifestado pela procedência da ADI movida pelo PT. O relator da ação é o ministro Alexandre de Moraes.

Pergunta para:

Francisco Júnior (PSD) , presidente da Codego

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O senador Vanderlan Cardoso (PSD) tem feito uma série de gestos de aproximação com a base governista. Como avalia?

Avalio como um gesto de bom senso. Até porque, em 2020, o Vanderlan fez o compromisso de apoiar a reeleição do governador Caiado, que se deu a partir de 2020, quando o governador subiu no palanque dele. Depois disso todo o PSD se manteve unido, se manteve no projeto do Caiado e de Daniel (Vilela, vice-governador).

Arremate:

Dia de Jackson - O convidado do Jackson Abrão Entrevista desta segunda-feira (7) é o prefeito Sandro Mabel, que completa 100 dias de gestão nesta semana. O programa tem transmissão ao vivo no portal do POPULAR, a partir das 10 horas.

Aliás... - Conforme adiantado aqui, Mabel anunciou programação de shows em comemoração aos 100 dias de sua gestão.

Jantar - Paulo Roberto da Costa, sócio-fundador do Grupo Tropical, Leandro Costa, CEO da Raiz Urbana, recebem em Goiânia, nesta segunda, o embaixador do México no Brasil, Alejandro Ramos Cardoso. Assinarão Memorando de Entendimento referente às obras do Aldeia do Vale Brasília, que trará referências à cultura mexicana.

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Ex-bolsonarista vai coordenar ações entre evangélicos de Caiado

Parlamentar carioca participou de culto em Salvador juntamente com o governador de Goiás e líderes religiosos, citando goiano como a ‘melhor opção’

Ronaldo Caiado e Otoni de Paula no evento: foco no voto evangélico

Ronaldo Caiado e Otoni de Paula no evento: foco no voto evangélico (Reprodução Redes sociais)

O deputado federal Otoni de Paula(MDB-RJ), um ex-bolsonarista que vinha se aproximando do presidente Lula, será o coordenador da pré-campanha presidencial de Ronaldo Caiado (União Brasil) entre os evangélicos. Nos últimos anos, Otoni, foi um dos mais destacados parlamentares da base evangélica e transitou por diversos campos políticos.

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O deputado federal apoiava o ex-presidente Jair Bolsonaro, até recentemente fazer acenos a Lula, sofrendo críticas por isso no meio evangélico. Na eleição municipal do Rio de Janeiro no ano passado, foi o coordenador entre os evangélicos da campanha à reeleição do prefeito Eduardo Paes (PSD).

No último sábado (5), Caiado, Otoni e outros pastores foram a um culto na Igreja Batista Lírios dos Vales, em Salvador (BA). A visita ocorreu um dia após o lançamento da pré-campanha do governador de Goiás à Presidência.

Em discurso, Otoni disse que "o desejo de mudança se encontrou com a experiência. Hoje o problema se encontra com quem sabe resolver. A alternativa para o Brasil se encontrou com a sua melhor opção". O parlamentar e outros pastores também abençoaram Caiado enquanto estava ajoelhado.

"Vamos rodar esse Brasil todo, porque não há caminho melhor para que o doutor Ronaldo seja conhecido do que pelas igrejas. Reunindo os líderes, para que possam conhecê-lo", disse o deputado federal carioca, que também é pastor.

Ao discursar, o governador reforçou posicionamentos ideológicos defendidos pela base evangélica. "As posições de Caiado não são de omissão, mas de defesa da vida e da família. Não é discurso, eu provo com ações durante toda minha vida", disse o goiano no evento.

"Tenho uma vida junto ao segmento religioso. Agora, é reforçar os laços", reforçou Caiado ao se dirigir aos participantes do culto. Ainda no ano passado, em meio à disputa para presidir a bancada evangélica na Câmara dos Deputados, o governador sinalizou apoio à candidatura de Otoni, que acabou derrotado pelo colega Gilberto Nascimento (PSD-SP).

Naquele momento, o parlamentar foi um dos primeiros a sugerir que Bolsonaro abra caminho na direita para "não matar potenciais candidatos ou pré-candidatos". "A direita não pode se submeter ao reboque do bolsonarismo", afirmou Otoni em discurso na Câmara dos Deputados que inflamou reações contra o parlamentar dentro da base evangélica ligada ao ex-presidente e que foi elogiado pelo próprio Caiado em encontro logo após a fala.

Antes, Otoni irritou bolsonaristas por representar a bancada evangélica em uma cerimônia no Palácio do Planalto em outubro do ano passado, quando puxou uma oração pelo presidente Lula.

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Caiado participa de ato pela anistia na Avenida Paulista

Governador decide de última hora por presença em manifestação com Jair Bolsonaro e reafirma que 8 de janeiro foi “indefensável”, mas defende perdão por pena desproporcional

Ex-presidente Jair Bolsonaro com Ronaldo Caiado e outros governadores: goiano cita busca por “justiça”

Ex-presidente Jair Bolsonaro com Ronaldo Caiado e outros governadores: goiano cita busca por “justiça” (Reprodução Redes sociais)

O governador Ronaldo Caiado (UB) decidiu de última hora e participou da manifestação, neste domingo (06), em defesa da anistia dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. O goiano não discursou no palanque do evento, mas reforçou o posicionamento em postagens nas redes sociais e declarações à imprensa, na Avenida Paulista.

"Hoje, todos nós aqui estamos. Convidados pelo presidente Bolsonaro, nós somos sete governadores para mostrar que o sentimento é nacional de promover a anistia dessas pessoas que praticaram, sim, aquela prática indefensável do dia 8 de janeiro, mas que não merecem a pena na proporção que está sendo dada. É isso que nós estamos buscando. Justiça, mas sem ser uma ação do estado que venha a punir como se fosse um gesto de vingança", afirmou.

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Caiado foi a São Paulo ainda no início da manhã e se encontrou com o ex-presidente Jair Bolsonaro antes de seguir para a Avenida Paulista. Apesar do interesse político, a viagem ocorreu em jato oficial do governo de Goiás. De acordo com o registro, o voo com um Cessna Citation II teve aterrissagem às 8h40, no Aeroporto de Congonhas. A aeronave, da empresa Sunbird Aviação, tem como operador o governo goiano. Consultada, a assessoria de Caiado não respondeu aos questionamentos sobre o uso da estrutura pública para o deslocamento.

O governador mantinha indefinida a participação no ato de Bolsonaro e só confirmou a presença no sábado (05). Ele participou também de café da manhã, realizado no Palácio dos Bandeirantes, com o ex-presidente, além de governadores e aliados.

Além do goiano, também marcaram presença na manifestação outros seis governadores: Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais; Jorginho Mello (PL), governador de Santa Catarina; Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo; Wilson Lima (UB), governador do Amazonas; Ratinho Junior (PSD), governador do Paraná; e Mauro Mendes (UB), governador do Mato Grosso. Entre goianos, estiveram no ato o deputado federal Gustavo Gayer, o senador Wilder Morais e o vereador e ex-deputado federal Vitor Hugo.

Discurso

Apesar da busca por aproximação com as pautas do ex-presidente, Caiado mantém discordâncias sobre pontos cruciais do discurso promovido pela extrema-direita, como o apontamento de que haveria em curso uma "ditadura" do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ao avaliar a decisão do Supremo de tornar Jair Bolsonaro réu por planejar um golpe, Caiado negou a existência de ditadura, em entrevista ao Metrópoles. "É lógico que existe um descontentamento por parte do ex-presidente com relação à maneira como está sendo levado o processo, mas daí a ser dito que seja uma ditadura? Não. Não acredito que seja uma ditadura. Ele deve ter direito a ampla defesa. Eu não rotulo um Poder de maneira nenhuma como democrata que sou", disse.

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