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Dona de creche ligou dizendo que tinha causado a morte de criança esquecida em carro, diz marido

Flaviane Gabrielly Lima perguntou o que fazer e o marido disse para ela ligar para os bombeiros. Ela está presa por suspeita de deixar o menino no carro por cerca de quatro horas

José Petrucio dos Santos e a esposa Flaviane Gabrielly Lima (Reprodução/TV Anhanguera)

José Petrucio dos Santos e a esposa Flaviane Gabrielly Lima (Reprodução/TV Anhanguera)

A dona da creche que Salomão Rodrigues Faustino morreu após ser esquecido dentro de um carro em Nerópolis, na Região Metropolitana de Goiânia, ligou para o marido e disse que tinha causado a morte do menino de 2 anos. Flaviane Gabrielly Lima está presa por suspeita de deixar o menino no carro por cerca de quatro horas.

Minha esposa me ligou por volta de 17h40 e falou amor, eu matei uma criança. Acabou o mundo para mim. Fique muito abatido, perguntei que criança e ela disse que havia esquecido o Salomão dentro do carro. Ela perguntou o que fazer e eu disse para ela ligar para os bombeiros e ela disse, mas ele está morto", contou José Petrucio dos Santos em entrevista à TV Anhanguera.

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Ao POPULAR , a defesa de Flaviane disse que não fará novos pronunciamentos. Anteriormente, o advogado Giovanni Machado, disse que ela trabalha com crianças há anos e "sempre foi uma pessoa responsável, cuidadora e está profundamente abalada, vivendo o pior momento de sua vida". Também disse que não houve "qualquer intenção, qualquer descuido consciente ou negligência deliberada" dela.

Entenda o caso

Salomão Rodrigues Faustino morreu na terça-feira (18) (Reprodução/Redes sociais)

Salomão Rodrigues Faustino morreu na terça-feira (18) (Reprodução/Redes sociais)

O caso aconteceu na tarde de terça-feira (18). De acordo com a polícia, Flaviane, que também era encarregada de buscar e levar o menino para o berçário, entrou no estabelecimento e esqueceu Salomão dentro do veículo. Em depoimento,Flaviane disse que só percebeu que tinha esquecido a criança no carro ao ir embora para casa .

"Fiz minha rotina, em torno de 4h, eu falei para uma das tias que eu iria embora, pois eu estava com muita dor de cabeça. Quando eu abri o carro, o Salomão dobrou o corpinho. Ele estava na cadeirinha e com o balanço do carro, quando eu abri, ele pendeu o corpinho para a frente, foi quando eu vi, desamarrei rápido da cadeirinha e levei para dentro [da creche] e a gente ligou para os bombeiros", afirmou a investigada.

Tentou fugir

A polícia informou que após a confirmação da morte de Salomão, Flaviane tentou fugir da cidade, mas foi localizada e presa em Itaberaí. À polícia, ela justificou que temia represálias e não sabia como reagir diante da tragédia.Flaviane passou por audiência de custódia na quarta-feira (19) e o juiz Camilo Schubert Lima converteu a prisão em flagrante para preventiva.

A defesa explicou que "não há tentativa de se esquivar da responsabilidade" e que "no momento da prisão em flagrante, ela estava a caminho do distrito policial para se apresentar".

Família desolada

Muito abalada, a mãe de Salomão, Giselle, é conduzida em cadeira de rodas pelo marido, Vilmar, durante o cortejo (Wildes Barbosa / O Popular)

Muito abalada, a mãe de Salomão, Giselle, é conduzida em cadeira de rodas pelo marido, Vilmar, durante o cortejo (Wildes Barbosa / O Popular)

Como mostrou O POPULAR , o pai de Salomão disse que a família está desolada, mas ressaltou que Flaviane adorava o menino e também está sofrendo com a situação. "Estamos desolados, em resumo, pois era tudo que tínhamos. No fundo eu sei o quanto ela [Flaviane] também está sofrendo, não tanto quanto nós, mas sei que ela está sofrendo", afirmou Vilmar Faustino.

Vilmar Faustino, Giselle Rodrigues e Salomão Rodrigues Faustino (Arquivo pessoal/Vilmar Faustino)

Vilmar Faustino, Giselle Rodrigues e Salomão Rodrigues Faustino (Arquivo pessoal/Vilmar Faustino)

Em uma publicação nas redes sociais, a mãe de Salomão lamentou a morte precoce do filho e disse que ele levou toda sua alegria. Meu filho amado meu eterno Mamão! Salomão você ficou tão pouco tempo com a mamãe, você levou todo meu coração e minha alegria, como eu viverei sem você? Do que me adianta viver agora e não ter a sua alegria, do que me adianta viver e não poder escutar mais sua voz e sua doçura, filho não demora buscar a mamãe não", escreveu Giselle Rodrigues.

A avó de Salomão disse que o pequeno era filho único de Giselle e Vilmar e nasceu depois de três abortos espontâneos sofridos pela mãe. "No último [aborto] ia fazer três meses de gestação. Com o passar do tempo ela engravidou e teve nosso amado Salomão. Ele era o milagre. O desejo do coração da minha filha. Meu tão esperado netinho. Tão esperado sobrinho. Tão esperado bisneto, nossa alegria", contou Valéria Rodrigues.

Valéria Rodrigues com o neto Salomão Rodrigues Faustino que morreu após ser deixado em carro, em Nerópolis (Arquivo pessoal/Valéria Rodrigues)

Valéria Rodrigues com o neto Salomão Rodrigues Faustino que morreu após ser deixado em carro, em Nerópolis (Arquivo pessoal/Valéria Rodrigues)

Investigação

Salomão foi enterrado na quarta, no Cemitério Municipal de Nerópolis. O delegado responsável pelo caso, André Fernandes, informou que umafuncionária da creche omitiu a informação de que a Salomão foi esquecido no carro quando pediu socorro ao Corpo de Bombeiros.

"Ela [a funcionária] ligou dizendo que a criança estava dormindo, que não despertava, que estava ficando roxa. Essa que foi a primeira versão passada para o bombeiro. Esse fato foi mudado no hospital. No local, as funcionárias chamaram os bombeiros e falaram a verdade", disse o delegado.

A investigação deve ser concluída no prazo de 10 dias.

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Dona de creche ré por morte de criança esquecida em carro não tinha autorização para fazer transporte escolar, diz MP

Denúncia do órgão também apontou que o berçário funcionava sem autorização

Flaviane Lima Souza, de 36 anos, virá ré por esquecer Salomão Rodrigues Faustino, de 2 anos, dentro do carro dela, o que levou a morte dele (Reprodução/TV Anhanguera)

Flaviane Lima Souza, de 36 anos, virá ré por esquecer Salomão Rodrigues Faustino, de 2 anos, dentro do carro dela, o que levou a morte dele (Reprodução/TV Anhanguera)

A dona de creche Flaviane Lima Souza, de 36 anos, que se tornou ré pela morte de Salomão Rodrigues Faustino , de 2, não tinha autorização para fazer transporte escolar. A informação consta na denúncia apresentada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO). O documento foi recebido pela Justiça na última quarta-feira (5).

Conforme verificado no curso investigativo, ela [Flaviane] não preenchia os requisitos legais exigidos pelo art. 138 do Código de Trânsito Brasileiro para a prestação de serviço de transporte escolar, o que já evidenciava a conduta irregular: uma pessoa não habilitada adequadamente para tal atividade, mas que, ainda assim, decidira exercê-la", diz um trecho da denúncia.

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Com a denúncia do MP-GO, Flaviane se tornou ré por homicídio qualificado com dolo eventual, após esquecer Salomão dentro do carro em Nerópolis , na Região Metropolitana de Goiânia. A qualificação do crime é diferente do que concluiu a Polícia Civil (PC), que a indiciou por homicídio culposo , quando não há intenção de matar.

Ainda segundo a peça acusatória, Flaviane trancou a vítima dentro do veículo dela sob calor intenso por horas , sem qualquer possibilidade de defesa e sem adotar nenhuma medida de controle para garantir a segurança da criança sob sua responsabilidade, o que resultou na morte do menino. Além disso, a promotoria considerou que o berçário funcionava sem autorização.

Em nota enviada ao POPULAR , a defesa da ré, composta pelos advogados Gildo Martins e Deliene Neres, manifestou irresignação quanto à denúncia. Segundo a defesa, as provas mostram que o caso se trata de um homicídio culposo, sem dolo. "A imputação realizada pela acusação não se sustenta juridicamente e desconsidera elementos fundamentais para a correta tipificação dos fatos", disseram os advogados (leia a nota na íntegra ao final da matéria).

Relembre o caso

O crime aconteceu no dia 18 de fevereiro deste ano. Conforme a polícia, Flaviane, que também era encarregada de buscar e levar o menino para o berçário, entrou no estabelecimento e esqueceu Salomão dentro do veículo. Em depoimento, Flaviane disse que só percebeu que tinha esquecido a criança no carro ao ir embora para casa .

"Fiz minha rotina, em torno de 4h, eu falei para uma das tias que eu iria embora, pois eu estava com muita dor de cabeça. Quando eu abri o carro, o Salomão dobrou o corpinho. Ele estava na cadeirinha e com o balanço do carro, quando eu abri, ele pendeu o corpinho para a frente, foi quando eu vi, desamarrei rápido da cadeirinha e levei para dentro [da creche] e a gente ligou para os bombeiros", afirmou a investigada.

Carro onde Salomão Rodrigues Faustino, de 2 anos, foi esquecido e acabou morrendo, segundo a polícia. (Reprodução/TV Anhanguera)

Carro onde Salomão Rodrigues Faustino, de 2 anos, foi esquecido e acabou morrendo, segundo a polícia. (Reprodução/TV Anhanguera)

Tentativa de fuga

A polícia informou que, após a confirmação da morte de Salomão, Flaviane tentou fugir da cidade, mas foi localizada e presa em Itaberaí. À polícia, ela justificou que temia represálias e não sabia como reagir diante da tragédia. O POPULAR mostrou que Flaviane chegou a ligar para o marido e disse que tinha causado a morte do menino.

"Minha esposa me ligou por volta de 17h40 e falou: amor, eu matei uma criança. Acabou o mundo para mim. Fiquei muito abatido, perguntei que criança e ela disse que havia esquecido o Salomão dentro do carro. Ela perguntou o que fazer e eu disse para ela ligar para os bombeiros e ela disse, mas ele está morto", contou José Petrucio dos Santos em entrevista à TV Anhanguera.

A defesa explicou que "não há tentativa de se esquivar da responsabilidade" e que, "no momento da prisão em flagrante, ela estava a caminho do distrito policial para se apresentar".

Causa da morte

O laudo médico do hospital para onde Salomão foi levado apontou que a criança morreu por intermação . "No laudo médico, na certidão de óbito do Salomão, consta que a causa da morte foi intermação, ou seja, um descontrole do organismo sobre a capacidade de conseguir manter em uma temperatura adequada. E a partir do momento que perde esse equilíbrio, os órgãos começam a falecer e ter uma série de características que podem levar realmente a óbito", explicou o delegado André Fernandes.

Família desolada

Como mostrou O POPULAR , o pai de Salomão disse que a família está desolada , mas ressaltou que Flaviane adorava o menino e também está sofrendo com a situação. "Estamos desolados, em resumo, pois era tudo que tínhamos. No fundo, eu sei o quanto ela [Flaviane] também está sofrendo, não tanto quanto nós, mas sei que ela está sofrendo", afirmou Vilmar Faustino.

Em uma publicação nas redes sociais, a mãe de Salomão lamentou a morte precoce do filho e disse que ele levou toda sua alegria . "Meu filho amado, meu eterno Mamão! Salomão, você ficou tão pouco tempo com a mamãe, você levou todo meu coração e minha alegria, como eu viverei sem você? Do que me adianta viver agora e não ter a sua alegria, do que me adianta viver e não poder escutar mais sua voz e sua doçura, filho, não demora buscar a mamãe não", escreveu Giselle Rodrigues.

A avó de Salomão disse que o pequeno era filho único de Giselle e Vilmar e nasceu depois de três abortos espontâneos sofridos pela mãe. "No último [aborto] ia fazer três meses de gestação. Com o passar do tempo, ela engravidou e teve nosso amado Salomão. Ele era o milagre. O desejo do coração da minha filha. Meu tão esperado netinho. Tão esperado sobrinho. Tão esperado bisneto, nossa alegria", contou Valéria Rodrigues.

Valéria Rodrigues com o neto Salomão Rodrigues Faustino que morreu após ser deixado em carro, em Nerópolis (Arquivo pessoal/Valéria Rodrigues)

Valéria Rodrigues com o neto Salomão Rodrigues Faustino que morreu após ser deixado em carro, em Nerópolis (Arquivo pessoal/Valéria Rodrigues)

Nota da defesa de Flaviane

Os advogados Gildo Martins e Deliene Neres, no exercício da defesa técnica da Ré, vem a público manifestar sua irresignação quanto à denúncia oferecida contra sua cliente pelo crime de homicídio triplamente qualificado.

A materialidade e as provas constantes nos autos demonstram, de forma inequívoca, que se trata de um caso de homicídio culposo, sem qualquer configuração de dolo. A imputação realizada pela acusação não se sustenta juridicamente e desconsidera elementos fundamentais para a correta tipificação dos fatos.

Diante disso, a defesa adotará todas as medidas legais cabíveis para a devida correção da denúncia, confiando que as instâncias competentes farão prevalecer a justiça e a correta aplicação do direito. GILDO MARTINS OAB/GO 59.690 DELIENE NERES OAB/GO 57.741

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Dona de creche vira ré por homicídio qualificado após esquecer criança dentro de carro

Denúncia apontou que Flaviane Lima Souza trancou a vítima dentro do carro dela sob calor intenso por horas, sem qualquer possibilidade de defesa, e que criou um ambiente de "risco extremo" para as crianças

Flaviane Lima Souza, de 36 anos, virá ré por esquecer Salomão Rodrigues Faustino, de 2 anos, dentro do carro dela, o que levou a morte dele (Reprodução/TV Anhanguera)

Flaviane Lima Souza, de 36 anos, virá ré por esquecer Salomão Rodrigues Faustino, de 2 anos, dentro do carro dela, o que levou a morte dele (Reprodução/TV Anhanguera)

A dona de creche Flaviane Lima Souza, de 36 anos, se tornou ré por homicídio qualificado com dolo eventual, após esquecer Salomão Rodrigues Faustino , de 2, dentro do carro, em Nerópolis, na Região Metropolitana de Goiânia. A qualificação do crime é diferente do que concluiu a Polícia Civil (PC), que a indiciou por homicídio culposo , quando não há intenção de matar.

Em nota ao POPULAR , a defesa da ré, os advogados Gildo Martins e Deliene Neres, disse estar inconformada com a denúncia. Segundo a defesa, as provas mostram que o caso se trata de um homicídio culposo, sem dolo. "A imputação realizada pela acusação não se sustenta juridicamente e desconsidera. Diante disso, a defesa adotará todas as medidas legais cabíveis para a devida correção da denúncia, confiando que as instâncias competentes farão prevalecer a justiça e a correta aplicação do direito", disseram os advogados.

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A denúncia, enviada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), foi recebida pela Justiça, nesta quarta-feira (5). Conforme a peça acusatória, no exercício de sua atividade como responsável pela creche, Flaviane trancou a vítima dentro do carro dela sob calor intenso por horas , sem qualquer possibilidade de defesa, sem adotar nenhuma medida de controle para garantir a segurança da criança sob sua responsabilidade, o que resultou na morte do menino.

Além disso, a promotoria considerou que o berçário funcionava sem autorização e que a Flaviane prestava transporte escolar sem atender aos requisitos legais exigidos pelo Código Brasileiro de Trânsito, e, por isso, também foi denunciada por exercício ilegal de profissão ou atividade econômica.

Carro onde Salomão Rodrigues Faustino, de 2 anos, foi esquecido e acabou morrendo, segundo a polícia. (Reprodução/TV Anhanguera)

Carro onde Salomão Rodrigues Faustino, de 2 anos, foi esquecido e acabou morrendo, segundo a polícia. (Reprodução/TV Anhanguera)

Dessa forma, a dona da creche poderá responder por homicídio qualificado com dolo eventual, que ocorre quando a pessoa assume o risco de matar, mesmo sem ter a intenção direta.

"Risco extremo" às crianças

O MPGO apontou que, ao analisar a conduta da dona da creche, deve ser considerado todas as suas decisões e omissões ao longo do dia. De acordo com a denúncia, Flaviane conduzia suas atividades de maneira precária e sem qualquer sistema de controle regular das crianças, "criando ativamente um risco extremo para os menores que frequentavam o berçário". O POPULAR mostrou que a creche não tinha a conferência de presença das crianças todos os dias , ou a chamada era feita somente no final do dia.

Segundo o promotor de Justiça Daniel Parreira, o caso não pode ser reduzido a um simples esquecimento, pois, para ele, Flaviane tomou sucessivas decisões que levaram à morte da criança.

O risco não decorreu de um erro isolado, mas, sim, de um cenário em que a denunciada operava sua atividade sem critérios mínimos de segurança, tornando previsível o resultado trágico e evidenciando sua indiferença em relação à sorte da vítima", afirma a denúncia.

Salomão Rodrigues, de 2 anos, morreu após ser esquecido no carro por cerca de quatro horas (Reprodução/Redes sociais)

Salomão Rodrigues, de 2 anos, morreu após ser esquecido no carro por cerca de quatro horas (Reprodução/Redes sociais)

Omissão e fuga

O MPGO afirmou ainda que Flaviane omitiu informações importantes ao acionar o Corpo de Bombeiros quando deixou de informar que Salomão havia sido deixado dentro do veículo. O POPULAR mostrou que uma funcionária teria ligado aos militares informando que a criança estava na cama e ficando roxa, sem respirar , segundo a PC.

Além disso, a promotoria disse que, após o ocorrido, a mulher deixou o local, tendo sido localizada pela Polícia Militar em Itaberaí, há cerca de 80 quilômetros do local do crime.

Exercício ilegal da profissão

A denúncia considera que o crime foi praticado com emprego de meio cruel, uma vez que a vítima morreu de forma lenta e agonizante dentro do veículo fechado, e com recurso que impossibilitou sua defesa, considerando a idade da criança.

O promotor defendeu que a ré tinha responsabilidade contratual de garantir a segurança e bem-estar da criança, e que o crime ocorreu dentro de uma instituição de ensino privada, onde a criança deveria estar sob proteção integral.

O Ministério Público também pediu a fixação de um valor mínimo para reparação dos danos causados pelo crime à família da vítima.

Causa da morte

O laudo médico do hospital para onde Salomão foi levado apontou que a criança morreu por intermação.

No laudo médico, na certidão de óbito do Salomão, consta que a causa da morte foi intermação, ou seja, um descontrole do organismo sobre a capacidade de conseguir manter em uma temperatura adequada. E a partir do momento que perde esse equilíbrio, os órgãos começam a falecer e ter uma série de características que podem levar realmente a óbito", explicou o delegado André Fernandes.

Entenda o caso

O caso aconteceu no dia 18 de fevereiro deste ano. De acordo com a polícia, Flaviane, que também era encarregada de buscar e levar o menino para o berçário, entrou no estabelecimento e esqueceu Salomão dentro do veículo. Em depoimento,Flaviane disse que só percebeu que tinha esquecido a criança no carro ao ir embora para casa .

"Fiz minha rotina, em torno de 4h, eu falei para uma das tias que eu iria embora, pois eu estava com muita dor de cabeça. Quando eu abri o carro, o Salomão dobrou o corpinho. Ele estava na cadeirinha e com o balanço do carro, quando eu abri, ele pendeu o corpinho para a frente, foi quando eu vi, desamarrei rápido da cadeirinha e levei para dentro [da creche] e a gente ligou para os bombeiros", afirmou a investigada.

Tentou fugir

José Petrucio dos Santos e a esposa Flaviane Gabrielly Lima (Reprodução/TV Anhanguera)

José Petrucio dos Santos e a esposa Flaviane Gabrielly Lima (Reprodução/TV Anhanguera)

A polícia informou que após a confirmação da morte de Salomão, Flaviane tentou fugir da cidade, mas foi localizada e presa em Itaberaí. À polícia, ela justificou que temia represálias e não sabia como reagir diante da tragédia. ** ** O POPULAR mostrou que Flaviane chegou a ligar para o marido e disse que tinha causado a morte do menino.

Minha esposa me ligou por volta de 17h40 e falou amor, eu matei uma criança. Acabou o mundo para mim. Fique muito abatido, perguntei que criança e ela disse que havia esquecido o Salomão dentro do carro. Ela perguntou o que fazer e eu disse para ela ligar para os bombeiros e ela disse, mas ele está morto", contou José Petrucio dos Santos em entrevista à TV Anhanguera.

Família desolada

Como mostrou O POPULAR , o pai de Salomão disse que a família está desolada , mas ressaltou que Flaviane adorava o menino e também está sofrendo com a situação. "Estamos desolados, em resumo, pois era tudo que tínhamos. No fundo eu sei o quanto ela [Flaviane] também está sofrendo, não tanto quanto nós, mas sei que ela está sofrendo", afirmou Vilmar Faustino.

Em uma publicação nas redes sociais, a mãe de Salomão lamentou a morte precoce do filho e disse que ele levou toda sua alegria. Meu filho amado meu eterno Mamão! Salomão você ficou tão pouco tempo com a mamãe, você levou todo meu coração e minha alegria, como eu viverei sem você? Do que me adianta viver agora e não ter a sua alegria, do que me adianta viver e não poder escutar mais sua voz e sua doçura, filho não demora buscar a mamãe não", escreveu Giselle Rodrigues.

Muito abalada, a mãe de Salomão, Giselle, é conduzida em cadeira de rodas pelo marido, Vilmar, durante o cortejo (Wildes Barbosa / O Popular)

Muito abalada, a mãe de Salomão, Giselle, é conduzida em cadeira de rodas pelo marido, Vilmar, durante o cortejo (Wildes Barbosa / O Popular)

A avó de Salomão disse que o pequeno era filho único de Giselle e Vilmar e nasceu depois de três abortos espontâneos sofridos pela mãe. "No último [aborto] ia fazer três meses de gestação. Com o passar do tempo ela engravidou e teve nosso amado Salomão. Ele era o milagre. O desejo do coração da minha filha. Meu tão esperado netinho. Tão esperado sobrinho. Tão esperado bisneto, nossa alegria", contou Valéria Rodrigues.

Valéria Rodrigues com o neto Salomão Rodrigues Faustino que morreu após ser deixado em carro, em Nerópolis (Arquivo pessoal/Valéria Rodrigues)

Valéria Rodrigues com o neto Salomão Rodrigues Faustino que morreu após ser deixado em carro, em Nerópolis (Arquivo pessoal/Valéria Rodrigues)

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Vídeo mostra quando dona de creche percebe que esqueceu menino dentro do carro por 4h

Câmeras de segurança do berçário gravaram áudios da empresária e funcionárias tentando reanimar a criança

Um vídeo de câmera de segurança, obtido com exclusividade pela TV Anhanguera, mostra quando a dona da creche percebeu que esqueceu o menino Salomão Rodrigues Faustino, de 2 anos, dentro do carro dela por 4 horas em Nerópolis , na Região Metropolitana de Goiás. A gravação capturou a conversa entre a empresária Flaviane Lima Souza, de 36 anos, e as suas funcionárias (assista ao vídeo acima).

Meu Deus do céu... Como é que eu vou falar que eu esqueci uma criança dentro do carro? Ele tá morto, e agora?", disse a dona da creche.

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Flaviane foi indiciada, na última semana, por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) por esquecer o pequeno Salomão Rodrigues dentro do carro, em Nerópolis. O laudo médico apontou que a criança morreu por intermação, de acordo com a Polícia Civil (PC).

Ao POPULAR, a defesa da indiciada, o advogado Gildo Martins, informou que ainda não foi notificada a respeito da conclusão do inquérito e só se manifestará quando tiver acesso.

No vídeo é possível ouvir outra voz, que seria de uma funcionária, sugerindo fazer uma ligação, mas é repreendida por Flaviane: "Não vai ligar 'pra' ninguém". Em outro trecho da gravação, a empresária liga para o esposo e, em momento de desespero, cogita fugir.

No vídeo é possível ouvir também muito barulho de água. De acordo com a investigação, a empresária tentou reanimar o menino jogando água sobre ele. A polícia, após ouvir a equipe do socorro ao Corpo de Bombeiros de Goiás que esteve no local , constatou que o pedido de socorro demorou cerca de 10 minutos.

O delegado responsável pelo caso, Alex Fernandes, disse que a polícia concluiu que Flaviane não teve a intenção de matar a criança e que houve uma série de fatores que levaram ao esquecimento da criança.

Ela tinha consciência que devia zelar pela criança, mas ela não tinha o conhecimento que a criança estava no interior do veículo, passando uma dificuldade e que iria falecer em decorrência disso. Ela não tinha conhecimento dessa causalidade. Então, a gente fez um estudo profundo sobre essa situação e concluímos em permanecer a tipificação no homicídio culposo", afirmou o investigador.

Flaviane teve a prisão preventiva convertida para domiciliar pela juíza Sandra Regina Teixeira Campos, na quarta-feira (26). Além disso, a dona da creche terá que cumprir medidas cautelares.

Relembre o caso

Flaviane Lima, dona do berçário onde a criança foi esquecida, e Salomão Faustino, menino que morreu dentro do carro (Reprodução/TV Anhanguera e Reprodução/Redes Sociais)

Flaviane Lima, dona do berçário onde a criança foi esquecida, e Salomão Faustino, menino que morreu dentro do carro (Reprodução/TV Anhanguera e Reprodução/Redes Sociais)

No dia 18 de fevereiro de 2025, Flaviane, que era encarregada de buscar e levar o menino de casa para o berçário, acabou esquecendo Salomão dentro do veículo. Ela afirmou em seu depoimento à polícia que só notou que havia esquecido o menino no carro quando saiu do berçário para ir embora para casa.

Fiz minha rotina, em torno de 4h, eu falei para uma das tias que eu iria embora, pois eu estava com muita dor de cabeça. Quando eu abri o carro, o Salomão dobrou o corpinho. Ele estava na cadeirinha e com o balanço do carro, quando eu abri, ele pendeu o corpinho para a frente, foi quando eu vi, desamarrei rápido da cadeirinha e levei para dentro [da creche] e a gente ligou para os bombeiros", afirmou a mulher.

Após a confirmação da morte de Salomão, Flaviane tentou fugir da cidade, segundo a polícia . Ela foi localizada e presa em Itaberaí junto com seu esposo. À polícia, ela justificou que temia represálias e não sabia como reagir diante da tragédia.

Situação da família

Como mostrou O POPULAR, o pai de Salomão disse que a família está desolada , mas ressaltou que Flaviane adorava o menino e está sofrendo com a situação. "Estamos desolados, em resumo, pois era tudo que tínhamos. No fundo eu sei o quanto ela [Flaviane] também está sofrendo, não tanto quanto nós, mas sei que ela está sofrendo", afirmou Vilmar Faustino.

Em uma publicação nas redes sociais, a mãe de Salomão lamentou a morte precoce do filho e disse que ele levou toda sua alegria. "Meu filho amado meu eterno Mamão! Salomão você ficou tão pouco tempo com a mamãe, você levou todo meu coração e minha alegria, como eu viverei sem você? Do que me adianta viver agora e não ter a sua alegria, do que me adianta viver e não poder escutar mais sua voz e sua doçura, filho não demora buscar a mamãe não", escreveu Giselle Rodrigues.

A avó de Salomão disse que o pequeno era filho único de Giselle e Vilmar e nasceu depois de três abortos espontâneos sofridos pela mãe. "No último [aborto] ia fazer três meses de gestação. Com o passar do tempo ela engravidou e teve nosso amado Salomão. Ele era o milagre. O desejo do coração da minha filha. Meu tão esperado netinho. Tão esperado sobrinho. Tão esperado bisneto, nossa alegria", contou Valéria Rodrigues.

Salomão com seus pais, Giselle e Vilmar (Divulgação)

Salomão com seus pais, Giselle e Vilmar (Divulgação)

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Exaustão de dona de creche pode ter provocado o esquecimento de criança, conclui polícia

Salomão Rodrigues Faustino morreu por intermação após ficar cerca de quatro horas dentro do carro. Flaviane Lima Souza foi indiciada por homicídio culposo, quando não há intenção de matar

undefined / Reprodução

A Polícia Civil concluiu que exaustão da dona da creche pode ter provocado o esquecimento de Salomão Rodrigues Faustino , de 2 anos, dentro do carro, em Nerópolis, na Região Metropolitana de Goiânia. O menino morreu por intermação após ficar cerca de quatro horas dentro do carro. Flaviane Lima Souza foi indiciada por homicídio culposo , quando não há intenção de matar.

Ela estava vivendo no limite. Desenvolveu uma atividade profissional que nas segundas e quartas-feiras, era professora de português em um colégio aqui da cidade. Na parte da tarde, todos os dias no berçário. E na parte da noite, de segunda a sexta-feira, como coordenadora pedagógica do mesmo colégio. E na terça, quinta e sexta, ficava também no berçário. E somado a isso, no sábado ainda ela trabalhava no berçário, até às 17h. Descansava domingo, explicou o delegado responsável pelo caso, Alex Fernandes.

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A defesa de Flaviane informou na quinta-feira (28) que ainda não foi notificada a respeito da conclusão do inquérito e só se manifestará quando tiver acesso. O POPULAR entrou em contato com o advogado nesta sexta-feira (28), mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Entenda o caso

Salomão Faustino, de 2 anos, ficou cerca de 4 horas dentro de carro e morreu (Arquivo pessoal/Vilmar Faustino)

Salomão Faustino, de 2 anos, ficou cerca de 4 horas dentro de carro e morreu (Arquivo pessoal/Vilmar Faustino)

O caso aconteceu no dia 18 de fevereiro deste ano. De acordo com a polícia, Flaviane, que também era encarregada de buscar e levar o menino para o berçário, entrou no estabelecimento e esqueceu Salomão dentro do veículo. Em depoimento,Flaviane disse que só percebeu que tinha esquecido a criança no carro ao ir embora para casa .

"Fiz minha rotina, em torno de 4h, eu falei para uma das tias que eu iria embora, pois eu estava com muita dor de cabeça. Quando eu abri o carro, o Salomão dobrou o corpinho. Ele estava na cadeirinha e com o balanço do carro, quando eu abri, ele pendeu o corpinho para a frente, foi quando eu vi, desamarrei rápido da cadeirinha e levei para dentro [da creche] e a gente ligou para os bombeiros", afirmou a investigada.

Montagem de fotos de Flaviane Lima Souza e Salomão Rodrigues Faustino (Reprodução/TV Anhanguera e Reprodução/Redes sociais)

Montagem de fotos de Flaviane Lima Souza e Salomão Rodrigues Faustino (Reprodução/TV Anhanguera e Reprodução/Redes sociais)

Tentou fugir

A polícia informou que após a confirmação da morte de Salomão, Flaviane tentou fugir da cidade, mas foi localizada e presa em Itaberaí. À polícia, ela justificou que temia represálias e não sabia como reagir diante da tragédia. O POPULAR mostrou que Flaviane chegou a ligar para o marido e disse que tinha causado a morte do menino.

Minha esposa me ligou por volta de 17h40 e falou amor, eu matei uma criança. Acabou o mundo para mim. Fique muito abatido, perguntei que criança e ela disse que havia esquecido o Salomão dentro do carro. Ela perguntou o que fazer e eu disse para ela ligar para os bombeiros e ela disse, mas ele está morto", contou José Petrucio dos Santos em entrevista à TV Anhanguera.

Família desolada

Vilmar Faustino, Giselle Rodrigues e Salomão Rodrigues Faustino (Arquivo pessoal/Vilmar Faustino)

Vilmar Faustino, Giselle Rodrigues e Salomão Rodrigues Faustino (Arquivo pessoal/Vilmar Faustino)

Como mostrou O POPULAR , o pai de Salomão disse que a família está desolada , mas ressaltou que Flaviane adorava o menino e também está sofrendo com a situação. "Estamos desolados, em resumo, pois era tudo que tínhamos. No fundo eu sei o quanto ela [Flaviane] também está sofrendo, não tanto quanto nós, mas sei que ela está sofrendo", afirmou Vilmar Faustino.

Em uma publicação nas redes sociais, a mãe de Salomão lamentou a morte precoce do filho e disse que ele levou toda sua alegria. Meu filho amado meu eterno Mamão! Salomão você ficou tão pouco tempo com a mamãe, você levou todo meu coração e minha alegria, como eu viverei sem você? Do que me adianta viver agora e não ter a sua alegria, do que me adianta viver e não poder escutar mais sua voz e sua doçura, filho não demora buscar a mamãe não", escreveu Giselle Rodrigues.

Muito abalada, a mãe de Salomão, Giselle, é conduzida em cadeira de rodas pelo marido, Vilmar, durante o cortejo (Wildes Barbosa / O Popular)

Muito abalada, a mãe de Salomão, Giselle, é conduzida em cadeira de rodas pelo marido, Vilmar, durante o cortejo (Wildes Barbosa / O Popular)

A avó de Salomão disse que o pequeno era filho único de Giselle e Vilmar e nasceu depois de três abortos espontâneos sofridos pela mãe. "No último [aborto] ia fazer três meses de gestação. Com o passar do tempo ela engravidou e teve nosso amado Salomão. Ele era o milagre. O desejo do coração da minha filha. Meu tão esperado netinho. Tão esperado sobrinho. Tão esperado bisneto, nossa alegria", contou Valéria Rodrigues.

Valéria Rodrigues com o neto Salomão Rodrigues Faustino que morreu após ser deixado em carro, em Nerópolis (Arquivo pessoal/Valéria Rodrigues)

Valéria Rodrigues com o neto Salomão Rodrigues Faustino que morreu após ser deixado em carro, em Nerópolis (Arquivo pessoal/Valéria Rodrigues)

Investigação

O delegado responsável pelo caso informou que umafuncionária da creche omitiu a informação de que a Salomão foi esquecido no carro quando pediu socorro ao Corpo de Bombeiros.

"Ela [a funcionária] ligou dizendo que a criança estava dormindo, que não despertava, que estava ficando roxa. Essa que foi a primeira versão passada para o bombeiro. Esse fato foi mudado no hospital. No local, as funcionárias chamaram os bombeiros e falaram a verdade", disse o delegado.

A mãe de Salomão passou mal duas vezes durante o depoimento no dia 21. Os bombeiros foram chamados e Giselle precisou ser encaminhada a um hospital da cidade.

À esquerda, foto Giselle e o filho Salomão juntos. À direita, momento em que ela desmaia na Delegacia de Nerópolis. (Reprodução/Redes Sociais e TV Anhanguera)

À esquerda, foto Giselle e o filho Salomão juntos. À direita, momento em que ela desmaia na Delegacia de Nerópolis. (Reprodução/Redes Sociais e TV Anhanguera)

Ausência de protocolo

De acordo com o delegado, a investigação constatou uma série de circunstâncias e de situações na creche onde Salomão morreu, como ausência de seguir um protocolo exigido para o tipo de atividade, que resultou na fatalidade. Inclusive, que não tinha chamada de presença regular das crianças.

"O berçário não obedecia às normas de chamadas, de diários de classes, que é todo registro feito na atividade educacional, que são livros obrigatórios, esses livros também não tinham uma regularidade", destacou o delegado.

Homicídio culposo

A pólícia concluiu que Flaviane não teve a intenção de matar Salomão e que houve uma série de fatores que levaram ao esquecimento da criança. Por esse motivo, ela foi indiciada por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

"Ela tinha consciência que devia zelar pela criança, mas ela não tinha o conhecimento que a criança estava no interior do veículo, passando uma dificuldade e que iria falecer em decorrência disso. Ela não tinha conhecimento dessa causalidade. Então, a gente fez um estudo profundo sobre essa situação e concluímos em permanecer a tipificação no homicídio culposo", afirmou o investigador.

Colaborou Rodrigo Melo

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