No Goianão 2025, os finalistas Vila Nova e Anápolis têm perfis bem diferentes quanto aos gols marcados na competição. O Tigre é mais econômico, possui a bola parada como uma das principais armas e marca com mais frequência no 1º tempo. O Galo da Comarca tem um ataque mais explosivo, aposta em jogadas trabalhadas e brilha mais no 2º tempo.

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O Vila Nova tem 12 gols marcados no Campeonato Goiano, somando a 1ª fase, quartas de final e semifinal. O Anápolis, por sua vez, ostenta quase o dobro: 23 gols. Na hora de balançar as redes, ambos possuem propostas distintas.

No lado do Vila Nova, treinado por Rafael Lacerda, a bola parada é uma grande arma. Metade dos gols marcados pela equipe no Estadual se originaram disso: três surgiram após cobranças de escanteio, dois em cobranças de pênalti e um em cobrança de falta.

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Muito por causa disso, a maioria dos gols colorados são de cabeça: seis. Outros cinco são de pé direito e um, contra. Nenhum foi marcado com o pé esquerdo até o momento.

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O Anápolis também tem seis gols que começaram em bola parada. Porém, a maioria aparece com a bola rolando: em 19 oportunidades, a equipe treinada por Ângelo Luiz vislumbrou a troca de passes e os cruzamentos como uma oportunidade de vazar o adversário.

Além disso, há um equilíbrio na maneira com que os gols do Galo da Comarca são anotados: dez com a perna direita, nove com a perna esquerda e cinco de cabeça, além de um gol contra.

Outro dado interessante do Anápolis é que a equipe não perdeu nenhum jogo em que balançou as redes neste Campeonato Goiano. As únicas duas derrotas foram em placares de 1 a 0 contra Goiás e Atlético-GO. No caso do Vila Nova, houve um revés de 3 a 1 contra o Goiânia, em que o Tigre chegou a sair na frente.

Além dessas diferenças na construção dos gols, o ataque vilanovense costuma aparecer mais no 1º tempo (8 gols foram marcados na etapa inicial, e os outros 4 na etapa final), ao contrário do ataque tricolor, que brilha mais no 2º tempo (16 gols na etapa final, e os outros 9 na etapa inicial).

Vila Nova e Anápolis, donos das melhores campanhas do Goianão - o Tigre possui um ponto a mais no geral -, fazem a final do campeonato estadual. O jogo de ida está marcado para o próximo domingo (23), às 17 horas, no Jonas Duarte.

Perfil dos gols do Vila Nova no Goianão:

Cabeça: 6
Perna direita: 5
Gol contra: 1
Perna esquerda: 0

Bola parada: 6
Bola rolando: 6

Escanteio: 3
Pênalti: 2
Falta: 1

1º tempo: 8
2º tempo: 4

Perfil dos gols do Anápolis no Goianão:

Perna direita: 10
Perna esquerda: 9
Cabeça: 5
Gol contra: 1

Bola rolando: 19
Bola parada: 6

Pênalti: 3
Escanteio: 2
Tiro de meta: 1

1º tempo: 9
2º tempo: 16

A derrota de 3 a 0 para o Vila Nova e a perda do título do Campeonato Goiano, no domingo (30), no Estádio Serra Dourada, doeram no Anápolis, que tira lições do revés e se preparar para a disputa da Série C do Campeonato Brasileiro, que vai começar para o clube neste mês de abril - a estreia é fora de casa, contra o CSA-AL, e a tabela não foi oficializada pela CBF - as datas são entre 12 e 14 abril.

Os próximos dias serão dedicados à preparação para o torneio nacional. Alguns jogadores serão dispensados e outros contratados, mas a diretoria não revelou os nomes que chegam e aqueles que estão de saída. A reapresentação após o Goianão será na próxima quinta-feira (3).

"Temos uma base (elenco) que é boa. Alguns jogadores serão dispensados e outros vão chegar. A nossa intenção é lutar pelo acesso (à Série B). Ficamos quatro anos na Série D, aprendemos como funciona a competição e, agora, vamos trabalhar para a disputa da Série C", explicou o presidente do Conselho Deliberativo do Anápolis, Marlon Caiado.

Para o dirigente, é possível conseguir o segundo acesso seguido, em nível nacional -- o Anápolis foi vice-campeão da Série D de 2024 -, o que seria o maior salto da história do clube. Chegar entre os quatro melhores da Série C de 2025 e jogar a Série B em 2026 ou nos próximos anos é um dos objetivos do Anápolis.

Segundo Marlon Caiado, será preciso elevar o poder de investimento do clube para fazer boa campanha na Série C. O conselheiro afirmou que o Anápolis tem despesa mensal de R$ 380 mil. A diretoria está buscando novos parceiros para melhorar o caixa do Galo da Comarca. A convicção é de que o clube precisa ter mais receitas para que possa investir nas contratações e ter competitividade na Série C.

O Anápolis termina o Estadual como vice-campeão e garante vagas nas Copas do Brasil e Verde da próxima temporada. A participação na Copa Verde, segundo Marlon Caiado, é algo que precisa ser analisado, por causa do calendário de 2026 e do que pode oferecer em termos de bônus aos participantes.

O Galo da Comarca também conquistou, pela segunda vez, o título de Campeão do Interior -- a primeira taça do torneio foi garantida em 1947 -- e faturou R$ 200 mil. Um dos vários destaques técnicos da equipe foi o artilheiro do Goianão, o atacante Igor Cássio, com seis gols, mas que se lesionou antes da decisão, no aquecimento, e não disputou a partida de volta da decisão com o Vila Nova.

"Antes do campeonato (Goiano), ninguém acreditava no nosso time, a não ser os dirigentes, o elenco e a comissão técnica. Disputamos contra orçamentos muito superiores ao nosso. É por isso que temos de buscar mais recursos", destacou o dirigente do Anápolis.

Na Série C, o time terá de recuperar a confiança da torcida, frustrada por como se deu a derrota e a perda do título para o Vila Nova. O clima entre os torcedores do time tricolor era de otimismo pelo resultado anterior e a vantagem garantida após o triunfo de 2 a 0 no jogo de ida.

Foi mais um vice do Estadual -- o clube foi 2º colocado também em 1968, 1995 e 2016. Em 1996, disputou o título numa fase final (triangular) com Atlético-GO e Goiás, mas ficou em 3º lugar.

O técnico Ângelo Luiz, após a derrota, justificou as mudanças e os imprevistos que teve durante a final. Ele lamentou a contusão de Igor Cássio no aquecimento e explicou que precisou trocar o atacante Kadu, um dos bons valores do time no Goianão, porque o jogador sentiu uma jogada dura.

O volante Samuel Michels, pivô das discussões com jogadores do Vila Nova antes e durante a final, também pediu para ser substituído, segundo o técnico.

Ângelo Luiz levou por duas vezes o Galo da Comarca a uma decisão de título - ano passado, foi vice da Série D - e termina o Estadual como treinador ousado e campeão do Interior.

O atacante Edu e o Goiás chegaram a um acordo para a rescisão antecipada de contrato. O jogador de 32 anos tem vínculo até o fim deste ano com o time esmeraldino, mas vai deixar a equipe antes do início da Série B. A negociação foi concluída no último final de semana.

Edu foi contratado pelo Goiás em junho do ano passado, com contrato até o final deste ano. Ele disputou 14 partidas em 2024, com dois gols marcados. Na atual temporada, foram nove jogos, dois gols e uma assistência.

Desde sua chegada ao Goiás, Edu não conseguiu ter sequência como titular e teve desempenho abaixo de temporadas como apresentou no Brusque (29 gols entre 2020 e 2021) e Cruzeiro (22 gols em 2022).

Na semana passada, o atacante publicou uma foto indicando que deixaria o clube goiano. Edu tem negociações com outras equipes, uma delas é o Brusque, que vai jogar a Série C neste ano.

Edu deixa o Goiás após algumas semanas turbulentas junto à torcida. O atacante se envolveu em uma discussão com um torcedor horas depois da derrota para o Vila Nova, no jogo de ida da semifinal do Goianão, além de ser vaiado e xingado por alguns torcedores em jogos na Serrinha.

Ele é um dos atletas que estão em uma lista de jogadores que devem deixar o Goiás. A direção esmeraldina tem feito negociações com atletas para rescindir vínculos ou definir saídas por empréstimos.

Edson Carioca foi emprestado ao Mirassol, enquanto o atacante Vinícius e o técnico Jair Ventura tiveram contratos rescindidos - a dupla parcelou as multas rescisórias e receberá, cada, cerca de R$ 1 milhão em dez parcelas.

O atacante Gabriel Poveda, campeão goiano pelo Vila Nova, destacou o "sentimento" do clube na busca pelo título e valorizou a força da torcida na reversão de um placar desfavorável na grande decisão. Segundo o jogador, outro clube não teria lotado um estádio em um panorama parecido.

"O presidente (Hugo Jorge Bravo) falou uma vez em entrevista que o Vila Nova é sentimento. Acho que foi a principal característica do nosso elenco, o sentimento pela camisa, pelo tabu que a gente queria muito acabar. Sabemos o tamanho do Vila Nova, da responsabilidade e do sentimento do torcedor, que estava machucado, triste", avaliou ao POPULAR.

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Gabriel Poveda chegou ao Vila Nova neste ano em um cenário de otimismo pelo que fez na carreira, principalmente em 2022, quando foi artilheiro da Série B pelo Sampaio Corrêa.

Com a camisa colorada, ele teve altos e baixos e iniciou o jogo de volta da final do Goianão no banco de reservas, mas deu a assistência para o primeiro gol de Tiago Pagnussat.

"Às vezes eu tento me colocar no lugar deles. Depois de um 2 a 0, qualquer outro clube tinha colocado 4, 5 mil pessoas aqui, e os ingressos foram esgotados antes de chegar o dia do jogo. Estamos muito felizes de ter coroado esse campeonato com o título para a torcida. Não sei se em Goiânia tem essa cerveja toda que o pessoal vai tomar aí", brincou Gabriel Poveda.

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O Vila Nova conseguiu algo histórico no Serra Dourada. Pela 1ª vez em finais diretas do Campeonato Goiano, uma equipe conseguiu reverter desvantagem de pelo menos dois gols. No Jonas Duarte, o Anápolis havia vencido por 2 a 0. Em Goiânia, o Tigre aplicou 3 a 0 - Igor Henrique e Renan Cocão (contra) foram os autores dos outros gols.

O Vila Nova agora se prepara para a disputa da Série B. Elenco e comissão técnica ganharam folga nesta segunda (31) e terça (1º), e retorna às atividades na quarta-feira (2). No próximo sábado (5), às 18 horas, o Tigre visita o Coritiba pela rodada de estreia da Segundona.

Em meio à comemoração pelo título do Campeonato Goiano, o Vila Nova segue se preparando para a disputa da Série B, que começa no próximo final de semana. O Tigre acertou a contratação do goleiro Guilherme Nogueira, de 25 anos, que está no Capivariano (SP).

Além disso, o zagueiro Weverton, que pertence ao Cruzeiro, foi regularizado no BID da CBF e fica à disposição para o técnico Rafael Lacerda.

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A notícia da contratação de Guilherme Nogueira foi publicada primeiramente pelo repórter Gustavo Ramos e confirmada pelo POPULAR. O atleta chega primeiramente como opção de terceiro goleiro, já que Kozlinski possui histórico de lesões e Kauã subiu neste ano das categorias de base. Atualmente, Halls é o titular debaixo das traves.

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Guilherme Nogueira começou a carreira na base da Ponte Preta. Pelo profissional, atuou também por Inter de Limeira, Linense e Primavera, todos do interior paulista. Desde o ano passado, está no Capivariano.

Em 2025, fez 19 partidas como titular na campanha do acesso para a elite do Campeonato Paulista, após eliminar o Ituano.

Como o time ainda disputará a final do Paulistão A2 contra o Primavera, ele só chega ao Vila Nova depois do jogo de volta da decisão, que inicialmente está marcado para domingo (6).

O zagueiro Weverton, por sua vez, está acertado com o Vila Nova desde a semana passada. Assim como o atacante Ruan Ribeiro, o defensor foi regularizado e está apto a estrear. O clube deve anunciar oficialmente as contratações ao longo dos próximos dias.