IcCidade

Cidades

Com estoque baixo, distribuição de anti-HIV é limitada em Goiás

Medicamento é dispensado em quantidade suficiente para um mês, diferente de antes, quando quantidade era para três meses. Pacientes do interior se dizem prejudicados. ONGs alertam para risco geral à saúde pública

Farmácia do Hospital de Doenças Tropicais (HDT)

Farmácia do Hospital de Doenças Tropicais (HDT) (Marco Monteiro)

O racionamento de medicamento indicado para tratar o vírus da HIV/Aids, em Goiás, provoca insegurança em pessoas soropositivas. A distribuição que antes era realizada em uma quantidade de uso para três meses aos pacientes, está sendo contabilizada apenas para um mês. A redução afeta moradores do interior que precisam viajar para retirar o antirretroviral, considerando o aumento de duas vezes no descolamento a cada três meses. O cenário preocupa ONGs e especialistas, que julgam existir negligência para um tratamento contínuo e que exige preparo público.

A Lamivudina é utilizada em combinação com a Zidovudina e reduz a carga viral do HIV. O tratamento aumenta a contagem de células CD4, que são parasitadas pela Infecção Sexualmente Transmissível (IST). Este conjunto é capaz de desacelerar a progressão da doença e reduzir significativamente a chance de mortalidade. Tâmara Fabíola Gonçalves, de 32 anos, compõe a diretoria da Associação Grupo Aids: Apoio, Vida, Esperança (AAVE), em Goiânia, e relembra que o tratamento eficaz em pessoas que vivem com o HIV/Aids contribui para diminuir os riscos de transmissão.

"O tratamento é importante para quem tem e quem não tem, uma pessoa que adere ao tratamento correto não transmite o vírus mesmo em relação sexual não protegida, a quantidade de vírus no corpo é tão pequena que não consegue contaminar", afirma Tâmara. A mulher alerta também para a iminência de crescimento dos casos de infecção do vírus após o período mais crítico da pandemia da Covid-19 pelo baixo controle de testagem nos últimos anos e escassez de acesso à informação de grupos de risco. "Se continuar com este tipo de redução, o perigo é que a doença volte a matar o que matava antes", desabafa.

Quantidade

Ao todo, o Hospital de Doenças Tropicais (HDT) informou a AAVE que há em torno de 27 mil comprimidos para o tratamento, que deve ser tomado duas vezes ao dia. Cerca de 12 mil pessoas fazem tratamento e retiram a medicação na unidade. De acordo com ela, as pessoas soropositivas que integram as ONGs relatam constante medo da falta de medicação.

"Este medicamento é essencial e a primeira indicação para pessoa soropositiva, estando de acordo com o protocolo de diretrizes de saúde". Tâmara acrescenta que chegou a protocolar uma carta pedindo posicionamento do Ministério Público de Saúde (MP-GO), mas não obteve retorno até a entrevista com O POPULAR.

Leia também:

**- Brasil tem 8ª morte por varíola dos macacos e é o país com mais óbitos pela doença **

**- Parque Areião recebe evento para alertar sobre acidente vascular cerebral (AVC), em Goiânia **

**- Doação de órgãos tem 70% de recusa familiar em Goiás **

A Secretaria de Saúde do Estado de Goiás (SES-GO) aponta que o racionamento não afetou os medicamentos coformulados, e está sendo feito em 16 locais no estado, normalmente ocorre no prazo de 90 dias, e está sendo realizada com 30 dias. Também, ressalta que esta redução no tempo é prevista pelo Ministério da Saúde que, por sua vez, prevê a regularização da dispensação para segunda quinzena de novembro.

Cortes

A queda de 17,4% (R$407 milhões) na previsão orçamentária do governo federal para prevenção, controle e tratamento de HIV/Aids e outras ISTs no ano de 2023 também é refutada em carta de repúdio contra a baixa de estoque do medicamento Lamivudina, a AAVE se une a movimentos sociais que atuam na luta contra a Aids no estado de Goiás: Pastoral da Aids, Grupo Pela Vidda, Centro de Apoio aos Doentes de Aids, RNP+ e Cidadãs Positivas.

O médico infectologista Marcelo Daher enfatiza que o Brasil era visto como referência no sistema de abastecimento e controle da doença e, agora, com o corte de verba, o País vai ficar mais longe um pouco dessa realidade e de uma possível modernização no tratamento oferecido para os cidadãos que convivem com o vírus HIV/Aids. "Estamos falando de medicamentos que não são tão baratos para a população comprar e que são de um programa que foi exemplo pro mundo", comenta. "Essa diminuição de recurso impacta em exames de rotina, medicamentos e atendimentos do paciente. Isso pode trazer um prejuízo e um risco muito grande para toda a população", diz.

Na carta de repúdio, as associações reforçam que os cortes representam um forte ataque à população brasileira. "Em especial grupos vulneráveis à Aids e outras ISTs como LGBTQIA+, profissionais do sexo, pessoas com baixa escolaridade, negros e pessoas que vivem com HIV/Aids, que são proporcionalmente impactadas com a redução de verbas", escreve. Ainda, prejudica políticas de gênero, assistência social, educação sexual e saúde."

Você se interessou por essa matéria?

Acessar conta

É só colocar login e senha e acessar o melhor jornalismo de Goiás.

Criar conta gratuita

É só registrar seu e-mail para ter acesso a 3 matérias por mês, sem pagar nada por isso.

Assine O Popular digital

R$ 9,90 Mensais

Desconto para assinatura digital no primeiro mês

Newsletter

Escolha seus assuntos favoritos e receba em primeira mão as notícias do dia.

Notícias do Atlético

Notícias do Goiás E. C.

Notícias do Vila Nova

Destaques do Impresso

Podcast Giro 360

Economia Goiana

Edição de Domingo

Crônicas da Semana

IcCidade

Cidades

Coletivo de mães em Goiás busca justiça a filhos assassinados

Iniciativa "Mães pela Paz" surgiu após chacina ocorrida em 2018, em Goiânia. Hoje, movimento já conta com cerca de cem mulheres que tiveram filhos mortos durante ações da Polícia Militar goiana

Revolta com morte de filhos durante ação policial e necessidade de justiça levou mães a criar movimento

Revolta com morte de filhos durante ação policial e necessidade de justiça levou mães a criar movimento (Fábio Lima / O Popular)

Maria Khelma, Maria Ramos, Ana Mônica e Telma Regina. Quatro mulheres que há sete anos tiveram suas histórias marcadas por uma chacina ocorrida em Goiânia. O assassinato dos seus filhos por policiais militares motivou as mulheres a criarem o coletivo Mães Pela Paz. Inicialmente, o intuito era se organizar e pressionar as autoridades. Entretanto, o movimento se tornou um espaço de apoio mútuo que já reúne cerca de cem mães que perderam filhos e filhas nas mesmas condições em Goiás. Em comum, a indignação pelas vidas ceifadas.
🔔 Siga o canal do O POPULAR no WhatsApp

A chacina do Residencial Solar Bougainville, em Goiânia, ocorreu no final de abril de 2018. Quatro policiais militares entraram em um casa e mataram Matheus Henrique de Barros Melo, de 19 anos, que morava na casa invadida, o atendente de restaurante Marley Ferreira Nunes, de 17, e o assistente de mecânico Divino Gustavo de Oliveira, de 19. O estudante João Vitor Mateus de Oliveira, de 14 anos, que estava na casa, foi dado como desaparecido.

Os policiais afirmam que foram até a casa de Matheus para supostamente apurar uma denúncia anônima de que alguém havia deixado lá um veículo roubado. Segundo a versão deles, os três mortos reagiram à entrada da equipe no imóvel com disparos, forçando-os a reagir. Os policiais negam que João Vitor estava no local. A versão é refutada pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), que denunciou os policiais pela morte dos quatro jovens, mesmo o corpo de João Vitor nunca tendo sido encontrado. De acordo com familiares, quando a polícia entrou no imóvel, os garotos jogavam videogame.

No início de 2018, Maria Ramos, de 69 anos, havia acabado de se aposentar e tinha como meta o descanso. Seus planos foram drasticamente alterados quando recebeu uma ligação contando que o neto, Matheus, havia sido morto dentro de casa por policiais. Maria nunca mais voltou a pisar na casa em que morava com o neto. Hoje, vive na zona rural de Aragoiânia, cidade na região metropolitana da capital. A tragédia também alterou dramaticamente a vida das mães dos outros jovens. Mudanças de casas e a necessidade de acompanhamento psicológico foram necessárias.

As quatro mulheres já se conheciam antes da tragédia. Moravam próximas e os filhos eram amigos. Segundo elas, eles se viam praticamente todos os dias para conversar, jogar vídeo game e empinar pipas. Duas delas, Maria Khelma e Telma Regina, são irmãs e compartilham uma dor multiplicada: o enterro de Divino Gustavo e o desaparecimento de João Vitor.

Depois do ocorrido, as mulheres se aproximaram. Após dias imersas no que classificam como um luto paralisante, começaram a se reunir, semanalmente, para falar sobre o desaparecimento de João Vitor. Sem esperanças de encontrá-lo vivo, entraram em diversas matas em busca do corpo do adolescente. Em paralelo, começaram a buscar formas de pressionar autoridades policiais para que as mortes e o desaparecimento fossem investigados e solucionados.

Nas reuniões semanais para traçar os caminhos para alcançar a justiça, acabam falando sobre os filhos com amor, saudade e tristeza. Aos poucos, o luto foi sendo trabalhado. Em 2019, Maria Ramos, que é escritora, publicou um livro sobre o episódio intitulado 'Por Que Não Me Sinto Segura Dentro da Minha Própria Casa? Chacina Solar Bougainville'. "Se eu não escrevesse, iria enlouquecer", lembra.

Com pouco conhecimento sobre trâmites legais, mas munidas de coragem, as mulheres procuraram o auxílio de políticos e instituições de defesa dos direitos humanos. Chegaram ao Comitê Goiano de Direitos Humanos Dom Tomás Balduíno, onde surgiu a ideia da criação do coletivo. O nome foi escolhido cuidadosamente. "Queríamos algo que sugerisse enfrentamento, mas também falasse de paz", destaca Maria Ramos, que hoje é presidente do coletivo.

Em meio às diversas idas às salas de delegados, defensores públicos e promotores de justiça, outras mulheres foram chegando ao coletivo e engrossando a luta por justiça. Atualmente, o movimento possui membros de diversas cidades do estado, mas a maior parte se concentra em Aparecida de Goiânia e cidades do Entorno do Distrito Federal. A maioria dessas mães são negras, pobres e moradoras da periferia. "Não tem família rica aqui", frisa Maria Ramos.

Por meio de parcerias com a Universidade Federal de Goiás (UFG) e outras iniciativas, como a Rede Nacional de Advogados e Advogadas Populares (Renap), as mulheres que fazem parte do coletivo possuem assistência psicológica de 15 em 15 dias, além de receberem orientações jurídicas. Maria Khelma, Maria Ramos, Ana Mônica e Telma Regina já falaram sobre o trabalho que desempenham em universidades e escolas, chamando a atenção para os riscos da escalada da violência policial. No momento, se organizam para abrir um CNPJ para o coletivo.

Elas contam que as feridas abertas pelo episódio de violência ainda não se cicatrizaram. Mesmo assim, orientam como podem as mães que chegam até elas com o mesmo olhar desesperado que tinham em 2018. Mesmo com o encaminhamento na Justiça do caso da chacina do Solar Solar Bougainville (leia mais ao lado), o plano das mulheres é manter o Mães Pela Paz vivo, mas futuramente sob a liderança de outras mães, protagonistas de outras tragédias ocorridas em Goiás. "Tem mães que passam por isso e ficam acamadas. É muita dor. Por isso, também precisam existir aquelas que vão para a luta", finaliza Maria Ramos.

Audiência ocorre nesta segunda

A primeira audiência de instrução e julgamento, ocasião em que os envolvidos no processo são ouvidos, da chacina do Residencial Solar Bougainville, em Goiânia, ocorrerá nesta segunda-feira (7). No início de dezembro de 2024, quase sete anos após o ocorrido, o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) denunciou quatro policiais militares pelas mortes: o segundo tenente Fabrício Francisco da Costa, de 42 anos, o terceiro sargento Thiago Antonio de Almeida, de 37, o cabo Eder de Sousa Bernardes, de 40, e o soldado Cledson Valadares Silva Barbosa, de 33. Eles integravam o Batalhão de Choque da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO).

Até a denúncia, um dos quatro jovens envolvidos no episódio era tratado como desaparecido: o estudante João Vitor Mateus de Oliveira, de 14 anos. Entretanto, o MP-GO chegou a conclusão que ele também foi morto pela polícia. As investigações apontam que após matarem Matheus Henrique de Barros Melo, de 19 anos, que morava na casa invadida, o atendente de restaurante Marley Ferreira Nunes, de 17, e o assistente de mecânico Divino Gustavo de Oliveira, de 19, os policiais levaram João Vitor até uma mata no Setor Forteville, a cerca de quatro quilômetros do local da abordagem. O adolescente teria sido morto com três tiros e seu corpo nunca foi encontrado. No matagal onde o MP-GO acredita que ele foi executado foram encontrados os chinelos que ele usava no dia, a carcaça do celular dele e três cápsulas de arma de fogo.

Contrariando a versão dada pelos policiais, o MP-GO destaca o fato de que os peritos não encontraram indícios de que houve a troca de tiros. Para os promotores do caso, a informação sobre as armas é mentirosa e foi dada para encobrir as execuções. De acordo com a denúncia, João Vitor foi morto para que não testemunhasse junto à Polícia Civil do Estado de Goiás (PC-GO) e na Justiça sobre a forma como os amigos foram mortos. Ele teria sido levado para a mata em outro bairro porque os policiais não conseguiram matá-lo na própria residência de modo que pudessem depois sugerir que ele disparou primeiro.

A denúncia foi possível após abertura de procedimento investigatório criminal (PIC) em novembro de 2023 pelo Grupo de Atuação Especial no Controle Externo da Atividade Policial e na Segurança Pública (Gaesp) do MP-GO após reclamação de familiares e de autoridades políticas quanto a falta de respostas por parte da PC-GO.

"Tem 7 anos que não sei o que é dormir"

Mãe de João Vitor Mateus de Oliveira, desaparecido aos 14 anos, após ação policial em 2018, e de outros quatro filhos, Maria Khelma de Oliveira relata os últimos momentos com o adolescente e a vida após a tragédia.

Como o João Vitor era?

Sempre foi um menino tranquilo e brincalhão. Colocar apelido nos outros era com ele mesmo. Era um menino muito vaidoso. Acorda 5 horas para sair às 7 horas de casa (para a escola). Era muito inteligente. Sabe qual era o sonho dele? Se formar engenharia robótica para fazer robôs que ajudassem a polícia. Essa parte me dói muito.

Como foram os últimos momentos antes de João Vitor sumir há sete anos?

Ele veio do serviço (em uma fábrica de sofá). Sentamos fora de casa. Sentei no chão. Ele veio e colocou a cabeça nas minhas pernas. Ficou deitado. Fiquei mexendo na cabeça dele. Ele era muito apegado comigo. Me chamava de 'minha torradinha de bauru'. Depois, ele levantou, tomou banho e falou: 'Mãe, vou lá no Matheus, mas volto agorinha'. Na hora, me deu uma coisa ruim. Um aperto por dentro. Olhei para e falei: 'Meu filho, você podia não ir'. Ele disse que só ia jogar uma partida e já voltava. Ele saiu e eu fiquei olhando para ele. Aquele aperto no peito. Ele foi e voltou (para trocar de roupa). Ele me abraçou bem forte e falou assim para mim: 'Mãe, eu te amo. Te amo muito'. Eu falei: 'Eu também te amo meu filho. Vai com Deus'. Então, ele falou: 'Agorinha eu volto'. Nunca mais.

Depois da chacina, você e sua família se mudaram diversas vezes, inclusive de cidade. Por quê?
A polícia passava e ameaçava. Só no Jardim Ana Lúcia (bairro de Goiânia) me mudei de três casas em menos de dois meses. Eles iam na porta, paravam, buzinavam, colocavam as armas para fora. Depois, eu falei: nós não vamos mais ficar nos mudando. Não somos nós que devemos algo para eles.
Depois de tudo, como ficou sua relação com as forças policiais?
Costumo falar que a polícia, para mim, é como uma caixa de tomate. Tem uns sadios e uns podres no meio. Você tem que separar os podres dos sadios para não contaminar. Não falo que a polícia em geral não presta. Costumo falar que, se não tivesse a polícia, a população sofreria muito. Eu só não concordo com a maneira que eles agem. Chegam e matam sem saber o que está acontecendo.

Nesta segunda-feira (7), ocorrerá a primeira audiência de instrução e julgamento do caso. Qual a sua expectativa para esta fase?

Não sei como estou me sentindo. Há pouco tempo disse para o meu patrão que não estava aguentando. Muito nervosa. Eu tento me acalmar e não consigo. Vou reviver tudo de novo (chora).Tem praticamente sete anos que não sei o que é dormir a partir das 2 horas da madrugada. A hora que eu acordo, a primeira coisa que eu lembro é dele.

O que vem no coração?
A dor, né? Sabe o que é você levantar, durante uns cinco anos da sua vida, sua casa estar toda limpa e você lavar vasilha, lavar roupa e jogar água na casa para ver se não enlouquece? De você chorar e onde você chorar, cair. Se alguém não for lá, você não levanta. Eu passei por isso (...) O que é importante para mim, e creio que para outras mães, é limpar o nome deles. Colocaram eles como bandidos.

A vida ainda tem brilho depois de perder um filho?
Tem. Porque tenho meus outros filhos e meus netinhos. Eu já tinha uma neta e um ano e pouco depois (da morte de João Vitor) minha filha (mais velha) engravidou. Foi quando eu realmente voltei a querer viver. Falo que o Bernardo foi minha luz. Se você ver, ele é muito parecido com o João Vitor.

Você se interessou por essa matéria?

Acessar conta

É só colocar login e senha e acessar o melhor jornalismo de Goiás.

Criar conta gratuita

É só registrar seu e-mail para ter acesso a 3 matérias por mês, sem pagar nada por isso.

Assine O Popular digital

R$ 9,90 Mensais

Desconto para assinatura digital no primeiro mês

Newsletter

Escolha seus assuntos favoritos e receba em primeira mão as notícias do dia.

Notícias do Atlético

Notícias do Goiás E. C.

Notícias do Vila Nova

Destaques do Impresso

Podcast Giro 360

Economia Goiana

Edição de Domingo

Crônicas da Semana

IcCidade

Cidades

Morre ex-presidente da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura

Segundo a família, a morte foi por causas naturais, devido ao avanço da idade e problemas de saúde anteriores

ex-presidente da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA) e um dos fundadores da Associação do Novilho Precoce Goiás (AGPNP), Gilberto de Sant’Anna Filho

ex-presidente da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA) e um dos fundadores da Associação do Novilho Precoce Goiás (AGPNP), Gilberto de Sant’Anna Filho (Reprodução/ SGPA)

Morreu nesta quinta-feira (3) o ex-presidente da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA) e um dos fundadores da Associação do Novilho Precoce Goiás (AGPNP), Gilberto de Sant'Anna Filho, aos 85 anos. A informação foi confirmada pelo atual presidente da SGPA, Gilberto Marques Neto. Segundo a família, a morte foi por causas naturais, devido ao avanço da idade e problemas de saúde anteriores.

🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp

De acordo com o comunicado da SGPA, o velório de Gilberto acontece na manhã desta sexta-feira (4), no Cemitério Jardim das Palmeiras. O sepultamento está previsto para às 11h, no mesmo local.

A morte do ex-presidente da SGPA e AGPNP gerou comoção nas redes sociais. Na nota de pesar publicada pela associação destacou o legado de Gilberto para o agronegócio goiano e sua contribuição para o crescimento e fortalecimento do setor.

Um nome inesquecível para o agronegócio goiano. Sua visão e dedicação foram pilares para o desenvolvimento da nossa associação e para o fortalecimento da pecuária em Goiás. Gilberto deixa um legado de grandes feitos, marcado pelo seu compromisso com a excelência e pelo seu amor pela terra. Sua paixão pela pecuária inspirou a todos nós e continuará a guiar nossos passos.Agradecemos por tudo, Gilberto. Seu trabalho e sua paixão jamais serão esquecidos. Descanse em paz 🕊️", escreveu.

O atual presidente da SGPA também lamentou a morte do agropecuarista e relembrou parte da sua trajetória como representante da classe.

Todos nós sentimos pela sua perda. Amigo, agropecuarista, presidiu a nossa SGPA e o @fundepecgo [ Fundo Emergencial para a Sanidade Animal de Goiás] Quando iniciei no associativismo, presidindo o Sindicato Rural de Guapó, ele fazia parte da diretoria. Em sua gestão na SGPA eu me tornei sócio, em 2005, começando a fazer parte das diretorias logo que ele saiu. Meus sentimentos a todos os familiares!", relembrou Gilberto.

Outros agropecuaristas, ex-colegas e amigos do ex-presidente também lamentaram a morte.

"É lamentável a perda desse grande líder Gilberto Santana Filho, a quem eu tenho gratidão pelos serviços que prestei à SGPA em sua gestão promissora e competente. Os nossos sentimentos de pesar aos familiares e amigos, em especial, aos amigos da SGPA", lamentou um.

"Meus pêsames a família. Foi uma honra trabalhar com Dr. Gilberto, pessoa de índole inabalável , que sempre tratou todos com respeito e humildade.😢", destacou outra.

"Perda inestimável e triste para todos nós. Deus o receba nos braços, e dê consolo aos familiares e amigos. 🙌", escreveu outro.

Trajetória

Natural de Piracanjuba, no sul goiano, Gilberto Filho, também conhecido como Betinho, começou a atuar na causa ruralista ainda na juventude e chegou a ser eleito deputado estadual aos 24 anos, o mais jovem goiano a alcançar o cargo na época (1963-1967). Ele chegou a ser reeleito para o cargo nas duas eleições posteriores.

Gilberto também foi presidente da Caixa Econômica do Estado de Goiás e membro do Conselho Deliberativo do Goiás Esporte Clube. Até se dedicar totalmente à causa agropecuarista, com a organização de associações e presidência da SGPA.

Você se interessou por essa matéria?

Acessar conta

É só colocar login e senha e acessar o melhor jornalismo de Goiás.

Criar conta gratuita

É só registrar seu e-mail para ter acesso a 3 matérias por mês, sem pagar nada por isso.

Assine O Popular digital

R$ 9,90 Mensais

Desconto para assinatura digital no primeiro mês

Newsletter

Escolha seus assuntos favoritos e receba em primeira mão as notícias do dia.

Notícias do Atlético

Notícias do Goiás E. C.

Notícias do Vila Nova

Destaques do Impresso

Podcast Giro 360

Economia Goiana

Edição de Domingo

Crônicas da Semana

IcCidade

Cidades

Dono de farmácia é preso suspeito de se passar por médico e farmacêutico para vender medicamentos e anabolizantes

Farmácia foi interditada por funcionar sem alvará e por agentes encontrarem medicamentos irregulares

Medicamentos irregulares, carimbos falsificados e receituários em branco foram apreendidos

Medicamentos irregulares, carimbos falsificados e receituários em branco foram apreendidos (Reprodução/Polícia Civil)

O dono de uma farmácia foi preso, em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, suspeito de fingir ser médico e farmacêutico para vender medicamentos de uso controlado e aplicar anabolizantes, segundo o delegado Wallace Vieira. De acordo com a Polícia Civil (PC), no local foram encontrados carimbos médicos falsificados, receituários médicos em branco, inclusive para medicamentos controlados, como psicotrópicos e anabolizantes.

🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp

Segundo a polícia, o homem deve responder por exercício ilegal da profissão, uso de documentos falsos, comercialização irregular de medicamentos e risco à saúde pública. A farmácia dele foi interditada, e todos os medicamentos irregulares encontrados foram apreendidos e "permanecem sob custódia da Vigilância Sanitária para a devida investigação e tramitação do processo administrativo", informou a PC. O POPULAR não conseguiu localizar a defesa do suspeito até a última atualização deste texto.

Ainda conforme a Polícia Civil, a prisão do suspeito ocorreu na última terça-feira (1º) enquanto realizavam uma operação de fiscalização na farmácia dele, localizada no bairro Jardim Ingá. A ação se deu após, em março deste ano, a Coordenação da Vigilância Sanitária Municipal de Luziânia relatar à PC a existência de várias irregularidades no estabelecimento. Na denúncia, o órgão apontou que a farmácia além de estava em funcionamento mesmo sem alvará sanitário vigente, tinha outras irregularidades como: o uso de carimbos médicos falsificados, falsificação de receituários, e a comercialização ilegal de medicamentos controlados.

Além disso, o estabelecimento também era acusado de exercer atividades profissionais de saúde sem a devida qualificação e registro, como a aplicação irregular de anabolizantes em um ambiente impróprio.

Durante a ação de fiscalização, as equipes foram recebidas por uma funcionária do estabelecimento, que informou o nome do proprietário, o qual compareceu ao local pouco tempo depois, a pedido da autoridade policial. Conforme a PC, entre os carimbos médicos falsificados que foram encontrados na farmácia, alguns estavam em nome de profissionais que não atuavam no local, e outros em nome do próprio proprietário, "que se apresentava como farmacêutico e médico, sem comprovação documental de sua qualificação', detalhou a polícia.

A polícia ainda detalhou que no local encontraram "Anabolizantes em frascos abertos, com indícios de administração indevida desses medicamentos em clientes e nota fiscal de compra de medicamento controlado (Ritalina), adquirida sem alvará sanitário em vigor". O caso segue em investigação.

Você se interessou por essa matéria?

Acessar conta

É só colocar login e senha e acessar o melhor jornalismo de Goiás.

Criar conta gratuita

É só registrar seu e-mail para ter acesso a 3 matérias por mês, sem pagar nada por isso.

Assine O Popular digital

R$ 9,90 Mensais

Desconto para assinatura digital no primeiro mês

Newsletter

Escolha seus assuntos favoritos e receba em primeira mão as notícias do dia.

Notícias do Atlético

Notícias do Goiás E. C.

Notícias do Vila Nova

Destaques do Impresso

Podcast Giro 360

Economia Goiana

Edição de Domingo

Crônicas da Semana

IcCidade

Cidades

Novo superintendente é nomeado para a PRF em Goiás

O policial rodoviário federal, Evandro Dalton atuou nas Delegacias da PRF em Morrinhos e Goiânia e substitui Thiago de Almeida, que esteve à frente do cargo

(Divulgação / Polícia Rodoviária Federal)

(Divulgação / Polícia Rodoviária Federal)

O policial rodoviário federal Evandro Dalton Martins foi nomeado para o cargo de superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Goiás, conforme publicação do Diário Oficial da União desta quarta-feira (2).

🔔 Siga o canal do O POPULAR no WhatsApp

Evandro substitui Tiago de Almeida Queiroz, que esteve no cargo de superintendente desde março de 2023. Com 45 anos, Evandro Dalton é natural de Goiatuba e ingressou na PRF em 2005.

Segundo o currículo de Evandro, divulgado pela PRF, o policial rodoviário federal é formado em Análise de Sistemas e Direito, possui pós-graduação em Altos Estudos de Segurança Pública, Análise Criminal e docência em Armamento, Munição e Tiro.

Além da formação, Dalton atuou nas Delegacias da PRF em Morrinhos e Goiânia, integrou também unidades operacionais especializadas e exercia funções de chefia.

Agora à frente da PRF no estado, o superintendente Dalton será responsável pela gestão de cerca de 3 mil quilômetros de rodovias federais que cortam Goiás. O trabalho envolve fiscalização, segurança viária e combate ao crime nas estradas.

Você se interessou por essa matéria?

Acessar conta

É só colocar login e senha e acessar o melhor jornalismo de Goiás.

Criar conta gratuita

É só registrar seu e-mail para ter acesso a 3 matérias por mês, sem pagar nada por isso.

Assine O Popular digital

R$ 9,90 Mensais

Desconto para assinatura digital no primeiro mês

Newsletter

Escolha seus assuntos favoritos e receba em primeira mão as notícias do dia.

Notícias do Atlético

Notícias do Goiás E. C.

Notícias do Vila Nova

Destaques do Impresso

Podcast Giro 360

Economia Goiana

Edição de Domingo

Crônicas da Semana