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Naves cresce e embola briga em Anápolis

Prefeito aparece em primeiro com 30,7%, contra 28,9% de Antônio Gomide; cenário é de empate técnico

Naves cresce e embola briga em Anápolis

(O POPULAR)

Atualizada às 11:28

A tabela da pesquisa Serpes/O Popular foi alterada, os números referentes ao gráfico de rejeição estavam corretos, mas a ordem dos candidatos estava errada.

A quase duas semanas da eleição, o deputado e ex-prefeito Antônio Gomide (PT) perdeu o favoritismo na disputa pela prefeitura de Anápolis, aponta a segunda rodada da pesquisa Serpes/O POPULAR realizada no município nos dias 27 e 28 de outubro. Gomide, que tinha 41,9% das intenções de voto na primeira rodada, publicada em 10 de outubro, encolheu 13 pontos e agora aparece em empate técnico com o atual prefeito Roberto Naves (PP). O petista tem 28,9% ante 30,7% do pepista. A margem de erro é de 4,9 pontos porcentuais para mais ou para menos.

Os números são da pesquisa estimulada, quando cartelas com os nomes de todos os candidatos são apresentadas ao entrevistado. O ex-prefeito João Gomes (PSDB), que tinha 3,2% das intenções de voto e estava em terceiro na rodada anterior, agora aparece com 1,7%, atrás do empresário Márcio Correa (MDB), do advogado Valeriano Abreu (PSL) e do ex-deputado José de Lima (Patriota), que têm 6%, 5% e 2,5%, respectivamente.

Antes, Márcio Correa aparecia com 1,7%, enquanto José de Lima tinha 3% e Valeriano Abreu, 2,7%. Apesar das oscilações positivas dos três, nenhum cresceu acima da margem de erro. O delegado federal Humberto Evangelista (PSD), que tinha 1,7% na rodada anterior, apresentou oscilação negativa e agora aparece com 1,2%. Já o empresário Josmar da Mouragás (PRTB) e o recepcionista Douglas Carvalho (PSOL) têm 0,5%, cada. O primeiro tinha 1% e o segundo manteve o índice anterior.

Os indecisos representam 15% dos entrevistados e outros 8% afirmaram não ter a intenção de ir às urnas ou pretendem anular. O Instituto Serpes ouviu 401 eleitores e o nível de confiança do levantamento é de 95%. A pesquisa foi registrada na Justiça, como determina a legislação, sob o protocolo GO-05999/2020.

Na espontânea, quando o entrevistado não vê a lista de candidatos, Roberto Naves lidera com 27,2%. Gomide aparece com 21,7%. No levantamento anterior, o petista tinha 24,9% ante 9,2% do atual prefeito. Márcio Correa tem 5%. Os demais candidatos aparecem com menos de 3%: Valeriano Abreu, com 2,7%; José de Lima, 1%; Humberto Evangelista, 0,7%; Douglas Carvalho e João Gomes, com 0,5%, cada; e Josmar da Mouragás, com 0,2%. O índice de indecisos neste cenário é de 32,9%, enquanto 7,5% disseram que anularia o voto ou não votaria.

Gomide apresenta a maior rejeição, segundo o levantamento. Quando questionados em quais dos nomes da cartela não votariam de jeito algum, 28,2% apontaram o petista. Na primeira rodada, ele era o terceiro mais rejeitado, com 11%. Em seguida, aparece Valeriano Abreu (15,2%) e o prefeito Roberto Naves (13,5%). Na pesquisa anterior, o prefeito era o candidato com maior resistência do eleitorado, 16,7%.

João Gomes é rejeitado por 11,2% dos entrevistados, logo antes de José de Lima, que foi citado por 9,2% dos eleitores. Douglas Carvalho tem resistência de 7%; Humberto Evangelista, de 5,5%; e Josmar da Mouragás e Márcio Correa, de 4,7%, cada. Os que não rejeitam ninguém são 28,4% e 5,7% não responderam.

Antipetismo

O encolhimento de Gomide vem em meio a um cenário de ataques ao petismo na cidade. Em 14 de outubro, quatro dias após a primeira rodada da pesquisa Serpes/O POPULAR apontar favoritismo do petista, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) apareceu em vídeo criticando a situação: "Eu não sou eleitor de Anápolis, mas se eu fosse eu não votaria no PT", disse.

Já no dia 18, o petista também foi criticado pelo padre Genésio Ramos em missa na igreja Nossa Senhora D'Abadia de Souzânia. O vídeo circulou pelas redes sociais e mostra o líder religioso dizendo que foi "curado" do petismo e que é "necessário fazer tudo para não deixar o PT voltar."

O caso ganhou repercussão na cidade devido a ações movidas pela coligação petista contra o padre e contra o Facebook pela prática de propaganda eleitoral irregular. O Ministério Público Eleitoral (MPE) se manifestou favorável à condenação do padre.

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Sobrevivente de ônibus que tombou em rodovia e deixou 11 mortos conta sobre acidente: 'Acordei com pedidos de socorro'

Acidente deixou 36 pessoas feridas, sendo 18 delas em estado grave. Ônibus saiu de Anápolis com destino a São Paulo

O acidente aconteceu por volta das 3h15 desta terça-feira (8) na rodovia MG-223, no Km 134, em Minas Gerais. Thiago Rocha minutos antes de entrar no ônibus, em Goiânia (Divulgação/PMRv e Arquivo pessoal/Thiago Rocha)

O acidente aconteceu por volta das 3h15 desta terça-feira (8) na rodovia MG-223, no Km 134, em Minas Gerais. Thiago Rocha minutos antes de entrar no ônibus, em Goiânia (Divulgação/PMRv e Arquivo pessoal/Thiago Rocha)

Thiago Rocha, de 41 anos, um dos sobreviventes do ônibus que saiu de Goiás e tombou em uma rodovia de Minas Gerais (MG) , deixando 11 mortos, contou ao POPULAR sobre os momentos de terror que viveu após o acidente, na madrugada desta terça-feira (8). De acordo com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de MG (Samu), 36 pessoas ficaram feridas. Duas crianças de 2 e 4 anos estão entre os mortos.

Foi muito rápido. Ele foi entrar no trevo, acho que estava um pouco rápido. Quando percebi já estava voando. Graças a Deus eu estava com o cinto, mas fiquei pendurado e cai. Quando me dei por si, acordei com uma mulher gritando 'me ajuda, cadê minha filha, cadê meu filho'. [...] a gente uniu forças e estouramos a porta de saída. [...] Fui pegando o pessoal e tirando", relatou o conferente.

Thiago relatou que estava na primeira poltrona do lado direito e que as pessoas que estavam do lado esquerdo, e sem cinto, foram as mais afetadas: "A maioria veio a óbito".

O acidente aconteceu por volta das 3h15 na rodovia MG-223, no Km 134. Segundo a Polícia Militar Rodoviária de Minas Gerais (PMRv), o ônibus, que pertence à viação Real Expresso, saiu de Anápolis e ia em direção à São Paulo. Ele tombou no trevo de entroncamento (ponto de encontro de duas vias).

Conforme o sobrevivente, o ônibus de dois andares tombou e arrastou por alguns metros: "Não sei exatamente o quanto ele arrastou, mas ele passou por cima das pessoas, que provavelmente estavam sem cinto. Muita gente, muita gente. Acredito que, com o impacto, quebrou os vidros, arrastou e foi passando".

Thiago disse que se emocionou ao ver pessoas mortas e outras feridas, com os membros cortados ou dilacerados.

Eu travei. Comecei a chorar porque eu vi realmente como estava as pessoas. Pessoas em cima de pessoas, pedaço de braço, pedaço de perna. Então foi muito difícil. Foi uma cena bem forte, impactante. Eu já perdi a conta de quantas vezes caí em lágrimas daquela hora até agora", lamentou.

O conferente contou que mora em Minas Gerais, e veio à Goiás para visitar a família em Jaraguá. No acidente, apenas desligou o ombro do lugar e está com uma tipóia. Segundo ele, na quarta-feira (9) completará 42 anos de idade.

Acidente

O tombamento aconteceu no trecho entre Araguari e Tupaciguara, em Minas Gerais. Ao g1 Triângulo e Alto Paranaíba, a empresa Real Expresso informou que no ônibus havia 53 passageiros, mais o motorista.

Ônibus envolvido no acidente (Divulgação/Polícia Militar Rodoviária)

Ônibus envolvido no acidente (Divulgação/Polícia Militar Rodoviária)

No comunicado, a empresa informou ainda que disponibilizou um canal de atendimento 24 horas através do telefone 0800 728 1992 para familiares e pessoas que buscam mais informações sobre os passageiros.

Segundo o major Fabrício Silva Araújo, subcomandante do 5° Batalhão de Bombeiros Militar de Uberlândia, 18 pessoas foram encaminhadas para o Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) e para a Unidade de Pronto Atendimento de Araguari.

Em nota ao POPULAR , o HC-UFU afirmou que oito pessoas foram encaminhadas para a unidade e uma veio a óbito. Entre os sete pacientes que estão internados, há uma grávida que teve o parto na unidade, segundo o hospital (veja a nota completa abaixo) .

A Polícia Civil de Minas Gerais informou à reportagem que seguem em andamento as investigações para esclarecer as causas do grave acidente envolvendo o ônibus.

Ao POPULAR , a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) afirmou que o veículo estava com a documentação e os cadastros regulares para o transporte interestadual de passageiros. "O ônibus possuía Seguro de Responsabilidade Civil e Certificado de Segurança Veicular válidos, além de cronotacógrafo devidamente aferido e habilitado, em conformidade com a legislação vigente" (veja a nota completa no final da matéria) .

Imagens do ônibus tombado na rodovia (Divulgação/Polícia Militar Rodoviária)

Imagens do ônibus tombado na rodovia (Divulgação/Polícia Militar Rodoviária)

Nota do Real Expresso ao g1

A Real Expresso lamenta profundamente o ocorrido às 3h24 da madrugada de hoje, envolvendo um de seus veículos na MG 223 próximo a Araguari. O ônibus, que havia saído de Anápolis (GO) às 20h30 de ontem com destino a São Paulo, transportava 53 passageiros.

Desde a ocorrência, nossas equipes foram mobilizadas imediatamente, incluindo profissionais especializados, para prestar apoio no local e junto a familiares. Até o momento foram confirmadas 11 vítimas fatais. 16 feridos foram levados para o Hospital da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) e para a UPA de Araguari e estão recebendo os devidos cuidados. Os demais foram liberados e seguiram viagem.

Estamos trabalhando em estreita colaboração com as autoridades responsáveis para investigar as causas do acidente e esclarecer todos os detalhes. Nesse momento estamos concentrados no apoio às vítimas e todo suporte às suas famílias.

Para familiares e pessoas que buscam mais informações sobre os passageiros, disponibilizamos nosso canal de atendimento 24 horas através do telefone 0800 728 1992, que está à disposição para fornecer todo o suporte necessário.

Nota do HC-UFU/Ebserh

O HC-UFU/Ebserh informa que até o momento, 8 pessoas foram encaminhadas, das quais uma veio a óbito e 7 estão em atendimento no hospital. Destas, uma que estava gestante, teve o parto na instituição.

Em conformidade com o Código de Ética e Conduta da Ebserh e com a Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018), o HC-UFU não compartilha boletins sobre o estado de saúde ou qualquer outra informação relacionada aos pacientes. Reforçamos que nossa atuação se limita ao atendimento médico das vítimas, conforme nossa responsabilidade institucional.

Nota da PCMG

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que seguem em andamento as investigações para esclarecer as causas do grave acidente envolvendo um ônibus de viagem, registrado na madrugada desta terça-feira (8/4), na rodovia AGR-0747, trecho da MG-223, em Araguari, no Triângulo Mineiro.

De acordo com as informações iniciais, o veículo saiu de Anápolis (GO) com destino a São Paulo (SP), quando tombou e foi arrastado por alguns metros na pista.

O resgate mobilizou uma grande força-tarefa, com atuação conjunta de equipes da Polícia Civil, Corpo de Bombeiros de Araguari, Tupaciguara e Uberlândia, além do SAMU e da Polícia Militar.

Até o momento, foram confirmadas 11 mortes --- 10 no local do acidente e uma após a vítima dar entrada no hospital. Os corpos estão sendo identificados e preparados para liberação no Posto Médico-Legal de Araguari. O motorista sobreviveu e foi encaminhado para atendimento médico.

Mais informações serão divulgadas em momento oportuno

Nota da ANTT

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) lamenta profundamente o acidente envolvendo um ônibus interestadual na MG-223, em Araguari (MG), nesta terça-feira (8/4), e expressa solidariedade aos familiares das vítimas.

A ANTT confirma que o veículo envolvido fazia o trajeto Anápolis(GO)/São Paulo(SP) e estava com a documentação e os cadastros regulares para o transporte interestadual de passageiros. O ônibus possuía Seguro de Responsabilidade Civil e Certificado de Segurança Veicular válidos, além de cronotacógrafo devidamente aferido e habilitado, em conformidade com a legislação vigente.

A Agência, em conjunto com outros órgãos, está acompanhando a situação. A ANTT instaurou processo administrativo para monitorar o caso e fornecerá todas as informações necessárias às autoridades de segurança pública para apoiar as investigações.

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Advogado pega seis anos no semiaberto por morte no trânsito em Anápolis

Justiça considera que Sérgio Fernando de Moraes estava embriagado ao fazer conversão em avenida e atingir a moto pilotada por Wilkinson Leles do Nascimento, em 2022. Entretanto, o réu conseguiu evitar júri popular e foi sentenciado com penas mais brandas.

Câmera de segurança flagrou momento do acidente e a fuga

Câmera de segurança flagrou momento do acidente e a fuga (Reprodução)

O advogado Sérgio Fernandes de Moraes, de 59 anos, foi condenado a cinco anos, 11 meses e 15 dias de prisão no regime semiaberto pela morte do entregador Wilkinson Leles do Nascimento, de 38, em um acidente de trânsito na noite de 9 de janeiro de 2022, em Anápolis. Sérgio estava dirigindo embriagado quando seu carro atingiu a moto pilotada por Wilkinson. A pena aplicada ao advogado é por homicídio culposo (sem intenção) com o agravante da embriaguez e fuga sem prestar socorro, crimes previstos no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

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O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) chegou a pedir para que Sérgio fosse julgado em um júri popular por homicídio doloso, já que estava embriagado quando atropelou o entregador. Em um primeiro momento, a Justiça havia concordado com o pedido, porém a defesa do advogado conseguiu reverter a decisão em segunda instância e o MP-GO não conseguiu lograr êxito com um recurso apresentado. Como Sérgio foi julgado por um crime de trânsito, as penas são mais brandas e a sentença é exclusiva de um juiz.

Sérgio fez uma conversão à esquerda em um cruzamento da Avenida Presidente Vargas, na Vila São José, sem observar a preferência que cabia à motocicleta pilotada por Wilsinson, que vinha no sentido contrário pela mesma avenida. Além disso, ele foi visto meia hora antes comprando uma garrafa de vinho em uma distribuidora e antes de sair do local pediu para o vendedor abrir a garrafa e dar dois copos com gelo. Antes de fugir a pé, o advogado foi visto jogando a garrafa em um matagal próximo de onde parou o carro.

Um dos testemunhos que pesou contra o advogado foi o do comerciante que trabalha na distribuidora e que afirmou tê-lo visto já com sinais de muita embriaguez antes mesmo de comprar o vinho. Essa pessoa ainda acrescentou que Sérgio estava bastante agressivo, disse ser policial e saiu do estabelecimento com o carro cantando pneu. O delegado do caso também foi ouvido na Justiça e disse que ouviu pessoas que atestam a embriaguez do réu. Apenas um homem, que estava de carona com o advogado, negou que o acusado tivesse bebido antes ou depois da distribuidora.

Ao ser interrogado na Justiça, Sérgio afirmou não ter feito uso de bebida alcoólica, que ficou em choque após o acidente e que ter jogado a garrafa de vinho fora foi um ato involuntário ao tentar abrir a porta para que o outro passageiro saísse. Ele também argumentou que deixou o local porque estava sem celular e resolveu ir a pé até o quartel dos bombeiros que era próximo, mas depois desistiu porque a pessoa que o acompanhava informou que o socorro médico já havia chegado e que seria perigoso ficar no local por risco de reação violenta de pessoas que estavam lá.

O juiz Samuel João Martins, da 1ª Vara Criminal de Anápolis, afirmou que a partir do conjunto de provas juntadas pela Polícia Civil e pelo MP-GO, principalmente o laudo pericial, é possível concluir que Sérgio "não respeitou a preferência da via e colidiu com a motocicleta que a vítima estava conduzindo, o que ocasionou a morte da vítima" e que isso foi potencializado pelo fato de estar embriagado. "Não há dúvidas de que o denunciado ingeriu bebida alcoólica e assumiu a direção do veículo com a capacidade psicomotora alterada", escreveu.

Ainda segundo Samuel, o advogado ignorou "precauções comezinhas para qualquer motorista", "deixando de observar os cuidados exigidos pelas circunstâncias, a fim de evitar o sinistro", e por isso deve responder, culposamente (quando não há intenção), pela morte causada na direção de veículo automotor, "pois a imprudência restou inequívoca". Além disso, com a embriaguez, ficou constatada a "qualificadora da alcoolemia", o que fez a pena ser superior ao previsto no CTB quando não há agravantes.

O magistrado também decidiu condenar Sérgio pela fuga sem prestar socorro por entender que o réu não conseguiu comprovar que tinha ido buscar ajuda e que havia risco contra ele se permanecesse no local do acidente. "O acusado, após perceber que havia atingido a vítima, evadiu-se do local dos fatos para eximir-se de qualquer responsabilidade que lhe pudesse ser atribuída. Muito embora tenha alegado se afastar do local para procurar o corpo de bombeiros e não ter retornado por receio, (..) não há nenhuma circunstância que comprove o efetivo risco", afirmou.

A tramitação do processo foi marcada pelo entendimento diverso de representantes do Judiciário se o advogado deveria ou não responder por homicídio doloso. Em outubro de 2022, a juíza Nina Sá Araújo, da 1ª Vara Criminal de Anápolis, afirmou haver indícios suficientes para colocar o advogado no júri popular por homicídio doloso. Depois, porém, o desembargador Nicomedes Domingos Borges, da 2ª Câmara Criminal, argumentou que ele só poderia ser responsabilizado pelo dolo se tivesse comprovado que ingeriu a bebida com intenção manifesta de cometer o crime.

Sérgio chegou a ficar quatro meses preso pelo crime, mas ganhou liberdade em maio de 2022 e vai aguardar assim o trânsito em julgado da sentença. Ainda cabem recursos contra a decisão, e a defesa já manifestou intenção de entrar com um. No sistema eletrônico do Judiciário ainda não há cadastro de manifestação por parte do MP-GO quanto à sentença aplicada.

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Funcionários caem em golpe e perdem R$ 500 mil após criminosos se passarem por donos de lotérica, diz polícia

Conforme investigado pela polícia, os membros do grupo criminoso se passam por donos de lotéricas e entram em contato via WhatsApp com funcionários

Bens apreendidos pela Polícia Civil durante a operação (Divulgação/ Polícia Civil)

Bens apreendidos pela Polícia Civil durante a operação (Divulgação/ Polícia Civil)

Um grupo é suspeito de criar uma organização criminosa para realizar fraudes eletrônicas em 3 lotéricas de Anápolis, na região central do estado. De acordo com a Polícia Civil (PC), o valor estimado do prejuízo causado pelo grupo é de R$ 500 mil. O caso foi descoberto a partir de uma operação do Grupo Especial de Investigações Criminais (GEIC), que aconteceu nesta sexta-feira (4), em Goiânia.

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Os nomes dos suspeitos não foram divulgados. Por isto, o POPULAR não localizou a defesa deles.

Conforme investigado pela polícia, os membros do grupo criminoso se passam por donos de lotéricas e entram em contato via WhatsApp com funcionários, pedindo para que façam pagamentos de diversos boletos. Porém, de acordo com a PC, os boletos são de compensação imediata e os valores são rapidamente creditados em contas bancárias dos membros da organização criminosa.

Segundo a PC, quando as vítimas percebem que levaram um golpe, já é tarde demais para cancelar os pagamentos. Com a realização da operação denominada 'Boleto Fantasma', de acordo com a polícia, foram encontrados mais membros da organização e foram cumpridos mandados de busca e apreensão, em que celulares utilizados na fraude foram apreendidos, além de dinheiro em espécie.

Operação policial 'Boleto Fantasma' (Divulgação/ Polícia Civil (PC)

Operação policial 'Boleto Fantasma' (Divulgação/ Polícia Civil (PC)

De acordo com o delegado Leonilson Pereira, a denúncia foi feita no início de março e há indícios de que a organização criminosa funciona com golpes, em Anápolis, desde o início de fevereiro deste ano. Pelo que foi investigado até o momento, 20 pessoas do grupo já foram identificadas.

A polícia informou que continuará com as investigações até que os fatos e a responsabilização criminal dos envolvidos sejam totalmente esclarecidos.

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Homem é preso suspeito de esfaquear adolescente dentro de ônibus

Segundo a PRF, suspeito agrediu adolescente por achar que o celular seria uma arma 

Faca utilizada pelo suspeito

Faca utilizada pelo suspeito (Divulgação/Polícia Rodoviária Federal (PRF))

Um homem de 44 anos foi preso suspeito de esfaquear um adolescente de 16 anos em um ônibus, na BR-060, km 138, na saída para Anápolis, no centro goiano. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o ônibus estava no trajeto de Anápolis para Goiânia quando o suspeito desferiu um golpe de faca contra o rapaz, que estava mexendo no celular, pois achou que o objeto fosse uma arma.

O nome do suspeito não foi divulgado, por isso, O POPULAR não localizou a defesa até a última atualização desta reportagem.

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O caso aconteceu na manhã de terça-feira (25). De acordo com a PRF, o suspeito viu o jovem mexendo no celular e achou que era uma arma. A polícia informou que, com uma faca, o homem golpeou o adolescente.

Conforme a PRF, os passageiros que estavam no ônibus e presenciaram a situação acionaram a polícia e seguraram o suspeito. Após a chegada da polícia, o homem foi encaminhado para a central de flagrantes, enquanto o adolescente foi transportado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Novo Mundo. A polícia não divulgou o estado de saúde do adolescente.

Como o nome do adolescente não foi divulgado, O POPULAR não conseguiu atualizar o estado de saúde dele até a última atualização desta matéria.

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