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Motociclista morre após bater em cavalo, cair e ser atropelado na GO-060

Segundo polícia, jovem estava com amigo na garupa, que tentou socorrê-lo

De acordo com a polícia, acidente aconteceu no KM 17, em Trindade

De acordo com a polícia, acidente aconteceu no KM 17, em Trindade (Reprodução/Maps)

Um motociclista de 29 anos morreu após bater a moto em um cavalo, cair e desmaiar na rodovia GO-060, no km 17, em Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia. O acidente aconteceu na madrugada de sábado (5). Ele estava com um garupa, de 28 anos, que sofreu apenas ferimentos. O delegado plantonista Jiovane Policena relatou ao POPULAR como ocorreu a fatalidade.

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Ao colidir com o cavalo, tanto o condutor quanto a garupa caíram. E o condutor desmaiou. Em seguida, uma caminhonete passou e atropelou o condutor da motocicleta, que estava desmaiado na pista, causando o óbito", disse o delegado.

À polícia, o passageiro relatou que chegou a reanimar o amigo. No entanto, quando tentou retirá-lo da rodovia, aconteceu o atropelamento dele por uma caminhonete

O motorista da caminhonete evadiu do local sem prestar socorro. A perícia e o IML foram acionados, e diligências estão em andamento para identificar o motorista da caminhonete que causou a morte da vítima", acrescentou Jiovane Policena.

A polícia relatou que uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) esteve no local e constatou a morte do jovem.

O POPULAR entrou em contato com a Polícia Técnico-Científica para obter informações sobre a dinâmica desse acidente, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

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Goiânia vai ter lei para uso e ocupação de áreas rurais

Paço Municipal aprova realização de convênio com a UFG para estudos e análises das macrozonas rurais da capital para definir o que será permitido fazer nestas áreas

Paço tem três leis complementares do Plano Diretor para aprovar

Paço tem três leis complementares do Plano Diretor para aprovar (Wildes Barbosa / O Popular)

As sete macrozonas rurais em Goiânia vão passar por um estudo e uma análise para verificar quais usos e ocupações serão permitidas em cada espaço, quais são as áreas de restrição e quais poderão ser utilizadas para atividades econômicas. Este estudo será feito por um convênio da Prefeitura com a Universidade Federal de Goiás (UFG), por meio da Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape). O documento servirá de base para a elaboração da minuta do projeto da Lei de Uso e Ocupação do Solo Rural, que é uma das legislações complementares ao Plano Diretor (PD), aprovado ainda em 2023. Esta será a primeira vez que a capital receberá uma legislação para a área rural deste tipo, o que já ocorre na área urbana.

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O professor da Escola de Engenharia Civil e Ambiental (Eeca) da UFG, Nilson Clementino Ferreira, é quem ficará à frente dos estudos e explica que o Estatuto das Cidades determina que um Plano Diretor deve ser feito para toda a cidade, e, até então, as macrozonas rurais não estão contempladas. "Tem área rural com necessidade de restrição total, outras que podem ter um uso agrícola ou pecuária mais intensiva e outras que podem ter restrições, como não poder utilizar defensivo agrícola, por exemplo, por estar muito próxima da área urbana. O que nós vamos fazer é mapear as áreas e analisar qual tipo de uso deve ser feito nessas áreas ou se não pode usar."

Ferreira reforça que, com o mapeamento das áreas, será possível verificar até mesmo a situação atual, nos casos em que os produtores rurais estão com as áreas de proteção permanente (APPs) degradadas e é necessário repor ou preservar os 20% da área de reserva legal de Cerrado que determina o Código Ambiental federal. O convênio com a UFG ainda não foi assinado, mas houve a liberação do Comitê de Controle de Gastos da Prefeitura para o custeio da parceira, com custo de R$ 650 mil. O acordo deve ser de seis meses, período que o professor afirma ser apertado para a conclusão das análises, mas que será possível cumprir.

"Goiânia já é uma cidade bem mapeada. Temos mapas de relevo, de tipos de solo. Tem mapeamento contratado no final do ano passado com fotos aéreas e vamos contar com esses dados para fazer a análise", afirma Ferreira. De acordo com a Prefeitura, haverá uma minuta de contrato a ser assinado entre as partes e o convênio será remunerado. "O prazo desse será de 6 meses e entregará à prefeitura de Goiânia dados para a elaboração da lei de uso e ocupação do solo rural. Ainda não existe essa lei no município. Além disso, a Secretaria de Planejamento explica que por meio do convênio também será desenvolvido o plano de manejo de três Áreas de Proteção Ambiental. Sem os plano de manejo, a ocupação destas APAs encontra-se suspensa no município", informa o Paço Municipal.

Válido ressaltar que o Plano Diretor de 2023 criou áreas nas macrozonas rurais que são passíveis de se tornarem urbanas, a partir da Outorga Onerosa de Alteração de Uso (Ooau), que correspondeu a 133,2 quilômetros quadrados (km²). Essa área representa cerca de 47% de toda a macrozona rural da capital. Segundo a Prefeitura, a Lei de Uso e Ocupação do Solo Rural, a partir dos estudos do convênio com a UFG, não irão analisar as áreas de Ooau. "A análise será direcionada aos usos passíveis de aprovação na zona rural e quais parâmetros de ocupação poderão se aplicados nas construções", garante. O professor Nilson Ferreira reforça que as áreas passíveis de Ooau não devem ser alvo do estudo, embora poderia ter a análise para ver áreas ambientalmente degradadas, "mas já não seria uma área rural". Ferreira conta que um estudo feito para o Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDU), que também é fruto de convênio com a UFG e que ele participou, aponta que toda a área passível de Ooau deve estar urbanizada até o ano de 2054.

O professor afirma ainda que o mapeamento das áreas rurais restantes na cidade serão úteis também para verificar as áreas de desenvolvimento, as chamadas Aedes, que são aquelas descritas no PD como bilaterais em 100 metros a rodovias e ferrovias, por exemplo. "Serve até para facilitar a avaliação do empreendedor quando abrir um processo. Se for uma área de restrição, já está lá que não pode e nem começa o processo. Se for uma área de desenvolvimento, continua o processo, aí vai ver outras coisas, como o potencial de poluição do solo, do ar, sonora, para ver se é possível instalar naquele local", explica. Em julho de 2023, o Paço fez uma instrução normativa para regulamentar o uso das Aedes até que a Lei fosse sancionada.

A Lei de Uso e Ocupação do Solo Rural é uma lei complementar ao Plano Diretor e é uma das três que não foram enviadas à Câmara para apreciação até então. Além dela, também faltam ser enviadas a Lei das Calçadas, que atualiza a legislação em vigor que determinou o uso dos pisos táteis, e o Código Ambiental, que é outra lei que não existe atualmente em âmbito municipal. A nova gestão da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) trabalha internamente na minuta do projeto de lei e há estimativa de que a proposta chegue aos vereadores ainda neste ano. A gestão anterior do Paço aprovou outras 14 leis complementares.

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Advogado deve responder pela morte da mãe idosa que foi abandonada em unidade de saúde, diz delegado

Conforme o delegado Alexandre Bruno, responsável pelo caso, o suspeito será indiciado pelos crimes de exploração financeira e por maus tratos seguido de morte

Morre idosa deixada em Cais pelo filho

Morre idosa deixada em Cais pelo filho (Divulgação/Polícia Civil)

O advogado suspeito de abandonar a mãe de 85 anos no Centro de Atenção Integral à Saúde (Cais) Jardim América, em Goiânia, deve responder pela morte da idosa, segundo a Polícia Civil (PC). Conforme o delegado Alexandre Bruno, responsável pelo caso, o suspeito será indiciado pelos crimes de exploração financeira, abandono material, abandono de idoso em hospital e por maus tratos seguido de morte.

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Como o nome do suspeito não foi divulgado, O POPULAR não conseguiu localizar a defesa dele para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.

A idosa morreu nesta quarta-feira (9) na Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, segundo o hospital. De acordo com Alexandre Bruno, a polícia já está trabalhando no pedido de prisão do advogado.

A investigação agora busca a prisão preventiva do suspeito como medida cautelar, de toda forma ele vai responder pelos crimes de exploração financeira, por abandono material e em hospital e maus tratos seguido de morte", disse.

Entenda o caso

A idosa foi deixada no Cais Jardim América por seu filho, de 58 anos. Segundo a PC, ela entrou na unidade em estado gravíssimo, desnutrida, com lesões pelo corpo, suja e com dificuldades para respirar.

Essa idosa estava completamente abandonada, com inanição, há muitos dias não se alimentava, embainhada em fezes e urina e foi deixada ali. O filho não quis manter contato com Cais que entrou em contato com a polícia civil e realizou uma operação para que ele fosse localizado", informou o delegado Alexandre Bruno.

A prisão do suspeito aconteceu na terça-feira (1º) após uma assistente do Cais procurar a Delegacia Especializada no Atendimento ao Idoso (Deai) e denunciar o caso. Conforme a polícia, essa foi a segunda vez que o advogado foi preso pelos mesmos crimes contra a mãe.

O suspeito foi localizado após uma equipe da polícia realizar a identificação da idosa com o apoio de papiloscopistas da Superintendência de Identificação Humana da PC que também descobriram os dois filhos dela e encontraram o endereço do advogado.

De acordo com a Deai, ao ser abordado em seu apartamento no Setor Oeste, o advogado afirmou que cuidava da mãe da melhor forma possível, mas que, devido à piora do seu estado de saúde, a deixou no Cais com a intenção de visitá-la depois.

Segundo informações da polícia, a idosa era pensionista de um magistrado e teve grande parte da renda comprometida devido a empréstimos feitos pelo filho, que foi solto no mesmo dia em que foi preso.

(Colaborou Aline Goulart, repórter do g1 Goiás)

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Idosa é encontrada amarrada em cama após ficar dias sem comer, diz polícia; vídeo

Segundo o delegado, a idosa estava quase inconsciente e apenas balbuciava que queria água

Uma mulher de 78 anos foi encontrada em estado grave, amarrada a uma cama, sem alimentação. O caso ocorreu no Jardim Cerrado X, em uma casa de Goiânia, na quarta-feira (9). A Polícia Civil de Goiás (PCGO) levou à prisão em flagrante de seu filho, de 51, suspeito de maus-tratos e abandono de incapaz. A filha do suspeito estava em casa no momento do resgate e deve responder pelos mesmos crimes.

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Como os nomes dos envolvidos não foram divulgados, O POPULAR não conseguiu localizar a defesa dos suspeitos para posicionamento até a última atualização dessa matéria.

Em entrevista ao POPULAR , o delegado Alexandre Bruno informou que a investigação começou após uma denúncia anônima.

A partir de notícia anônima, bem provavelmente um dos vizinhos onde a idosa estava ouviu gemidos, ouviu gritos por parte dessa idosa e acabou ligando pra delegacia do idoso", afirmou o delegado.

O delegado relatou ainda que uma neta da idosa, de 19 anos, também estava na residência no momento da abordagem.

Ela estava dormindo. Nós acordamos ela, ela quis se explicar, não conseguiu se explicar, e nós então fomos atrás do filho dessa idosa e o prendemos em flagrante", disse o delegado.

Segundo a Polícia Civil, a vítima estava em situação de abandono há pelo menos dois meses, sem acompanhamento médico ou alimentação adequada. No momento do resgate do Corpo de Bombeiros, a idosa estava despida, desidratada, com fralda saturada, colchão encharcado de urina e sinais evidentes de negligência. A residência apresentava condições insalubres, com temperatura elevada e pouca ventilação.

A casa estava toda fechada. Lá dentro a idosa estava deitada, amarrada na cama e com uma sonda ligada ao estômago, mas sem qualquer tipo de alimentação. O invólucro para alimentação especial estava vazio. Ela estava quase completamente inconsciente, apenas balbuciava que estava com sede", conta o delegado.

undefined / Reprodução

A entrada no imóvel foi possível com o auxílio de uma vizinha, que pulou a janela para permitir o acesso dos policiais, segundo o delegado. A equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada e realizou o transporte da idosa, que apresentava pressão arterial baixa e saturação de oxigênio de 87%. Ela foi encaminhada em estado gravíssimo para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), informou o delegado.

O histórico de negligência já havia sido registrado anteriormente. Em 2023, o Serviço Social do Hospital Célia Câmara notificou a Polícia Civil de que a idosa havia sido internada com sinais de desnutrição, infecção e falta de higiene, permanecendo hospitalizada por cerca de 400 dias sem visitas do filho. Apesar da alta médica, ele não retornou para buscá-la.

Relatório do hospital divulgado pela PC mostra que, mesmo orientado diversas vezes sobre os cuidados necessários, o filho apresentou resistência em assumir a responsabilidade pelo acompanhamento da mãe. Em julho de 2023, ele solicitou apoio para o encaminhamento da paciente a uma instituição de longa permanência, mas permaneceu ausente durante o processo.

Segundo o delegado, foi preso em flagrante delito em razão da prática dos crimes de exploração financeira, dos crimes de maus-tratos e também o crime de abandono, todos eles na sua forma qualificada.

A neta não foi presa em flagrante, pois acompanhou a avó durante a internação, mas responderá pelos mesmos crimes atribuídos ao pai, conforme informou o delegado. O caso foi encaminhado à rede de proteção e ao Ministério Público.

 A equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada e realizou o transporte da idosa, que apresentava pressão arterial baixa e saturação de oxigênio de 87%

A equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada e realizou o transporte da idosa, que apresentava pressão arterial baixa e saturação de oxigênio de 87% (Divulgação / Polícia Civil)

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Mãe recebe alta e vai ao enterro das filhas que morreram em acidente de ônibus

Devido ao estado de saúde da professora e a complexidade do transporte dos corpos para Goiás, Laura e Lorena foram sepultadas em Araguari, Minas Gerais

Laura Costa de Negreiros, de 6 anos, e Lorena Costa de Negreiros, 2, estão entre os 11 mortos no acidente (Divulgação/PMR-MG e redes sociais)

Laura Costa de Negreiros, de 6 anos, e Lorena Costa de Negreiros, 2, estão entre os 11 mortos no acidente (Divulgação/PMR-MG e redes sociais)

A mãe das crianças que morreram em um acidente de ônibus , que saiu de Goiás e tombou em uma rodovia de Minas Gerais, recebeu alta e conseguiu acompanhar o enterro delas na manhã desta quinta-feira (10). A professora Luana Costa estava internada com o bebê de 6 meses, no Hospital Universitário Sagrada Família (Husf), em Araguari (MG). Ela e o filho estão entre os 36 feridos no acidente.

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De acordo com a secretária de saúde de Minas Gerais, Thereza Cristina Griep, Luana e o filho estavam internados desde a terça-feira (8) no hospital universitário. Ela passou por uma cirurgia na clavícula nesta quarta e recebeu alta pouco antes do enterro das filhas, às 10h desta quinta. O bebê também foi liberado.

A família, que viajava para São Paula onde visitariam os pais de Laura, é moradora de Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia, mas segundo a tia das meninas, Nataly Negreiros, o sepultamento aconteceu em Minas Gerais, devido ao estado de saúde de Luana e a dificuldade no traslado dos corpos de Laura e Lorena Costa de Negreiros, de 6 e 2 anos, para Goiás.

Luana acabou de receber alta e não teria como ir se fosse em Trindade. Além de a locomoção dos corpos ser muito delicada por conta do estado em que estavam. Então, a família foi para lá [MG]", detalhou a tia.

Comoção

Luana era professora de uma escola particular de Trindade, que divulgou uma nota de pesar e informou que Laura foi aluna da unidade.

Que o sorriso delas seja lembrado como um raio de sol que aqueceu os corações de quem teve o privilégio de conviver com elas", escreveu a direção (veja íntegra da nota ao final desta reportagem).

A Prefeitura de Trindade também publicou e enviou para a reportagem um comunicado de pesar. "Uma perda irreparável que atinge de forma dolorosa toda a nossa cidade" (veja íntegra da nota ao final deste texto).

Tragédia

Imagens do ônibus tombado na rodovia (Divulgação/Polícia Militar Rodoviária)

Imagens do ônibus tombado na rodovia (Divulgação/Polícia Militar Rodoviária)

Laura e Lorena estão entre os 11 mortos na tragédia. Todas as vítimas viajavam em um ônibus da empresa Real Expresso, aconteceu por volta das 3h30 de terça-feira (7), a cerca de 25 quilômetros de Araguari na região do Triângulo Mineiro, em Minas Gerais.

Segundo a polícia, o veículo havia partido de Anápolis (GO) às 20h30 da última segunda-feira (6), com destino a São Paulo. Antes fez paradas em Goiânia e Caldas Novas. Uma outra parada estava programada para Araguari, cidade mineira, às 2h20.

A Polícia Militar Rodoviária de Minas Gerais (PMR-MG) relatou que o motorista afirmou ter passado por um radar na MG-413 dentro da velocidade permitida, cerca de 150 metros antes do trevo onde ocorreu o tombamento. Em seguida, ele disse ter visto um vulto no retrovisor e, ao tentar evitar um possível choque, freou bruscamente, fazendo o ônibus colidir com o canteiro e capotar.

O local, segundo o tenente do pelotão da PMRv, Marcelo Sousa, responsável pela área onde o veículo tomou a PMRv, o local não possui histórico de acidentes por estar equipado com radares. O motorista foi ouvido pela Polícia Civil de Minas Gerais (PC-MG) e liberado.

A PC-MG informou nesta quarta que as investigações seguem em andamento "para esclarecer as causas do grave acidente envolvendo um ônibus de viagem, registrado na madrugada desta terça-feira (8/4), na rodovia AGR-0747, trecho da MG-223, em Araguari, no Triângulo Mineiro".

Vítimas

Segundo testemunhas, várias pessoas foram arremessadas para fora do veículo. Os feridos foram encaminhados a diversos hospitais da região, mas os nomes e estados de saúde não foram divulgados pelas autoridades. Segundo a secretaria de saúde da cidade, quase todos receberam alta, inclusive uma gestante que precisou de uma cirurgia de emergência. Apenas uma mulher segue em internada em estado grave.

Sobrevivente

O acidente aconteceu por volta das 3h15 desta terça-feira (8) na rodovia MG-223, no Km 134, em Minas Gerais. Thiago Rocha minutos antes de entrar no ônibus, em Goiânia (Divulgação/PMRv e Arquivo pessoal/Thiago Rocha)

O acidente aconteceu por volta das 3h15 desta terça-feira (8) na rodovia MG-223, no Km 134, em Minas Gerais. Thiago Rocha minutos antes de entrar no ônibus, em Goiânia (Divulgação/PMRv e Arquivo pessoal/Thiago Rocha)

Thiago Rocha, de 41 anos, foi um dos sobreviventes do acidente com o ônibus da viação Real Expresso que tombou na MG-223, em Minas Gerais, segundo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Thiago relatou que o ônibus entrou no trevo em alta velocidade e que, em poucos segundos, ele foi lançado da poltrona onde estava, mesmo usando cinto de segurança. Após recuperar os sentidos, ouviu gritos de socorro e, junto com outros passageiros, ajudou a quebrar os vidros de janelas para resgatar feridos.

Eu travei. Comecei a chorar porque eu vi realmente como estava as pessoas. Pessoas em cima de pessoas, pedaço de braço, pedaço de perna. Então foi muito difícil. Foi uma cena bem forte, impactante. Eu já perdi a conta de quantas vezes caí em lágrimas daquela hora até agora", relatou ao POPULAR .

O acidente aconteceu por volta das 3h15 desta terça-feira (8) na rodovia MG-223, no Km 134, em Minas Gerais. Thiago Rocha minutos antes de entrar no ônibus, em Goiânia (Divulgação/PMRv e Arquivo pessoal/Thiago Rocha)

O acidente aconteceu por volta das 3h15 desta terça-feira (8) na rodovia MG-223, no Km 134, em Minas Gerais. Thiago Rocha minutos antes de entrar no ônibus, em Goiânia (Divulgação/PMRv e Arquivo pessoal/Thiago Rocha)

Atrasos e excesso de velocidade

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O sargente da Polícia Militar de Minas Gerais (PM-GO), Amador Júnior disse ao POPULAR que sobreviventes relataram que o motorista dirigia o ônibus em alta velocidade .

Nesta quarta-feira (9), a empresa foi procurada pelo jornal O POPULAR para comentar sobre as denúncias de excesso de velocidade, mas não respondeu até a última atualização da reportagem.

Por nota divulgada na terça-feira, a Real Expresso afirmou que o atraso na partida ocorreu dentro da normalidade, devido a paradas programadas. A empresa acrescentou que o ônibus havia passado por manutenção preventiva e corretiva, e o motorista estava descansado. A troca de condutor estava prevista apenas em Uberaba, a cerca de 170 km do local do acidente. A viação declarou não operar com motoristas em dupla, mas sim com substituições ao longo do percurso, para garantir a segurança dos profissionais.

A empresa também informou que os discos do tacógrafo e as imagens das câmeras internas do veículo foram entregues às autoridades. Conforme a Real Expresso, o sistema de telemetria não identificou condutas fora dos padrões de segurança. Ainda assim, afirmou que tomará medidas cabíveis caso alguma irregularidade seja constatada. Desde o acidente, equipes especializadas foram mobilizadas para apoiar vítimas e familiares, com um canal de atendimento 24 horas disponível pelo número 0800 728 1992.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), também por nota, lamentou o ocorrido e confirmou que o ônibus estava com toda a documentação e registros em dia para o transporte interestadual de passageiros. O veículo possuía seguro de Responsabilidade Civil (RC), Certificado de Segurança Veicular (CSV) válidos e cronotacógrafo aferido. A ANTT informou ainda que acompanha o caso junto a outros órgãos e instaurou um processo administrativo para monitoramento e apoio às investigações.

Íntegra da nota da escola

É com imenso pesar que comunicamos o falecimento das pequenas Laura e Lorena, filhas da nossa querida professora Luana, vítimas do trágico acidente com ônibus com destino a São Paulo, ocorrido na madrugada de hoje.

Laura foi nossa aluna, o que torna essa perda ainda mais profunda e dolorosa para nós.

"Que o sorriso delas seja lembrado como um raio de sol que aqueceu os corações de quem teve o privilégio de conviver com elas."

Estejam orando pela família da nossa professora Luana, ela segue internada e vai passar por uma cirurgia, seu bebê Dante está bem!

Íntegra da nota da Prefeitura de Trindade

A Prefeitura de Trindade manifesta, com profundo pesar, sua solidariedade às vítimas do grave acidente ocorrido na madrugada desta terça-feira (08/04), na rodovia MG-223, entre Araguari e Tupaciguara, no Triângulo Mineiro. A tragédia, que envolveu um ônibus da viação Real Expresso, deixou 11 mortos e dezenas de feridos, causando grande comoção em todo o país.

Entre as vítimas fatais, infelizmente, estão duas crianças trindadenses, de apenas 2 e 6 anos de idade. Uma perda irreparável que atinge de forma dolorosa toda a nossa cidade.

O prefeito de Trindade Marden se solidariza com os familiares neste momento de imensa dor e tristeza, e reforça o compromisso da gestão municipal em prestar todo o apoio necessário às famílias enlutadas. Que Deus conforte os corações de todos os que sofrem com esta tragédia.

Prefeitura Municipal de Trindade

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