Vídeo engana ao usar história de criança sul-africana para alegar paralisia por vacina da covid no Brasil

Vídeo falso usa imagens de garoto da África do Sul que perdeu os movimentos das pernas por causa de uma condição de saúde rara, a Mielite Flácida Aguda (AFM), para dizer que após a aplicação de uma dose da vacina Astrazeneca, em 2021, menino brasileiro ficou paralisado e desenvolveu mielite transversa, uma inflamação na medula espinhal. No Brasil, a vacinação de crianças começou apenas em 2022 e o imunizante utilizado foi a Pfizer pediátrica. O diagnóstico da criança estrangeira não tem relação com vacinas ou com a covid-19

Vídeo engana ao usar história de criança sul-africana para alegar paralisia por vacina da covid no Brasil

Conteúdo investigado: Vídeo em português que mostra imagens de uma criança com dificuldades de locomoção e afirma que a condição teria sido causada por uma vacina contra a covid-19 aplicada fora do prazo de validade. O post alega que o menino de 7 anos se chamaria Vitor e teria ficado paralisado após receber a dose em 2021.

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Onde foi publicado: X.

Conclusão do Comprova: Post viral utiliza imagens de uma criança que vive na Cidade do Cabo, na África do Sul, e perdeu os movimentos das pernas por causa de uma condição de saúde rara, a Mielite Flácida Aguda (AFM). O menino não é brasileiro e o diagnóstico não tem relação com a covid-19 ou vacinas. Por meio de busca reversa no Google, descobrimos que o post em português usa trechos de diferentes vídeos publicados originalmente em inglês nas redes sociais pela família do garoto sul-africano.

O menino nas imagens é Elijah Cottle, de 5 anos, que foi diagnosticado com AFM em 2022. A doença, que apresenta sintomas semelhantes à poliomielite, afeta o sistema nervoso e geralmente é causada por uma infecção viral. No Instagram e no TikTok, a família compartilha a trajetória do garoto e pede doações para que possam comprar um Trexo, exoesqueleto robótico que ajuda crianças com deficiência a andar.

No Brasil, fotos e vídeos de Elijah começaram a ser publicados em uma conta no Instagram. No perfil, alguém usava imagens da criança e dizia que ele se chamava Vitor e sofria de mielite transversa, uma inflamação na medula espinhal. A história contada aos seguidores era de que o menino havia ficado paralisado após receber uma dose vencida de vacina contra a covid-19. Os posts pediam doações via PIX. Após a repercussão do caso, o perfil foi configurado para funcionar como uma conta privada.

O vídeo alega ainda que o menino teria recebido a vacina da farmacêutica Astrazeneca em março de 2021. Porém, no Brasil, a imunização contra a covid-19 em crianças de 5 a 11 anos só teve início em 2022. Além disso, o imunizante da Astrazeneca não foi aplicado no público infantil. No país, a campanha de imunização para esse grupo utilizou a Pfizer pediátrica, que posteriormente, em 2024, passou a integrar o Calendário Nacional de Vacinação para crianças de 6 meses a menores de 5 anos.

O Comprova não conseguiu entrar em contato com o autor da postagem no X porque o perfil não aceita o envio de mensagens diretas.

Falso, para o Comprova, é o conteúdo inventado ou que tenha sofrido edições para mudar o seu significado original e divulgado de modo deliberado para espalhar uma falsidade.

Alcance da publicação: O Comprova investiga os conteúdos suspeitos com maior alcance nas redes sociais. Até 11 de abril, o vídeo no X já tinha 433,6 mil visualizações.

Fontes que consultamos: Google, por meio do qual foi feita a busca reversa utilizando frames do vídeo, as redes sociais de Elijah Cottle, o perfil no Instagram que se passava pelo garoto, o site e a assessoria de comunicação do Ministério da Saúde, além de sites de jornais brasileiros.

Efeitos adversos são raros

O vídeo verificado mostra manchetes sobre os supostos efeitos colaterais da vacina da Astrazeneca. Conforme já explicou o Comprova, no Brasil, qualquer medicamento ou imunizante precisa ser aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) antes de ser distribuído para a população. A vacina da Astrazeneca teve o registro aprovado pelo órgão em março de 2021.

Segundo a agência brasileira, o registro é dado quando evidências científicas mostram que os benefícios do medicamento superam os riscos potenciais. Esse é o caso da Astrazeneca e de outras vacinas, como aquela aplicada contra o papilomavírus humano (HPV), vírus causador do câncer de colo de útero.

Um dos efeitos adversos muito raros da Astrazeneca já registrados é a Síndrome de Trombose com Trombocitopenia (TTS). Em 2023, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que produz o imunizante no Brasil, esclareceu que eventos como a STT são extremamente raros e possivelmente associados a fatores pré-existentes em cada indivíduo. Um ano depois, em 2024, quando voltou a circular desinformação sobre o medicamento, o Ministério da Saúde reforçou que a vacina é segura.

Ministério da Saúde esclarece não haver associação causal

Questionado sobre o assunto, o Ministério da Saúde comunicou que não há evidências que sustentem uma associação causal entre a vacina contra a covid-19 e a ocorrência de mielite transversa em crianças. A pasta destacou que "embora existam relatos isolados na literatura médica de casos que ocorreram após a vacinação contra a Covid-19, isso não significa que a vacina tenha sido a causa", sendo que "diversos estudos epidemiológicos já foram realizados e, até o momento, não há evidências científicas robustas que estabeleçam essa ligação".

O governo federal ainda ressaltou que para que qualquer suspeita seja analisada com rigor, é fundamental que o caso seja formalmente notificado por um profissional de saúde. "Somente por meio da notificação e de uma investigação criteriosa é possível avaliar a situação com base em dados clínicos, exames complementares e contexto individual. Sem esses elementos, não é possível tirar conclusões seguras", afirmou o Ministério da Saúde.

Vídeo usa matéria de 2021

O vídeo viralizado no X mostra uma reportagem publicada pelo jornal Folha de São Paulo em julho de 2021 que aponta que cerca de 26 mil doses da Astrazeneca fora da validade foram aplicadas em 1,5 mil municípios brasileiros. Na época, o Ministério da Saúde esclareceu que não distribui doses de vacina vencidas aos estados e Distrito Federal e acompanha rigorosamente todos os prazos de validade das vacinas contra a covid-19 recebidas e distribuídas.

O governo federal ainda explicou que de acordo com o Plano de Operacionalização da pasta, os estados e municípios que eventualmente tenham aplicado vacinas vencidas devem fazer a busca ativa e monitorar os casos, inclusive a possibilidade de eventos adversos. Além disso, os casos de pessoas que tenham sido vacinadas com data de validade fora do prazo devem ser notificados como um erro de imunização no e-SUS Notifica.

Depois da reportagem da Folha de São Paulo, prefeituras negaram a aplicação de vacinas vencidas e disseram haver erro de registro no sistema do governo federal.

Por que o Comprova investigou essa publicação: O Comprova monitora conteúdos suspeitos publicados em redes sociais e aplicativos de mensagem sobre políticas públicas, saúde, mudanças climáticas e eleições e abre investigações para aquelas publicações que obtiveram maior alcance e engajamento. Você também pode sugerir verificações pelo WhatsApp +55 11 97045-4984.

Outras checagens sobre o tema: O Comprova já mostrou que a desinformação sobre vacinas compromete a confiança pública nos imunizantes, que estudos mostram os benefícios da vacinação infantil contra a covid-19 e ainda desmentiu um post que contesta a segurança dos imunizantes contra o coronavírus. Além disso, o Estadão Verifica também já provou que o vídeo em questão é falso.

Notas da comunidade: Até a publicação deste texto, o post no X não apresentava notas da comunidade.

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É falso que pessoas vacinadas tenham o dobro de chances de pegar covid

Vídeo mente ao usar dados de estudo estrangeiro para afirmar que pessoas vacinadas teriam o dobro de chance de pegar covid-19 em relação a não vacinadas. Na realidade, o estudo citado aponta apenas que a eficácia dos imunizantes contra covid diminui com passar do tempo, ao comprovar que idosos da Europa com mais de 60 anos, vacinados há mais de 6 meses, manifestaram redução da eficácia da vacina. A pesquisa também ressalta a necessidade de monitoramento de novas variantes da covid-19 para atualizações de vacinas. Essa matéria teve participação do O POPULAR

É falso que pessoas vacinadas tenham o dobro de chances de pegar covid

(Arte/Projeto Comprova)

Conteúdo investigado: Autor de vídeo usa estudo publicado em periódico médico estrangeiro para afirmar que vacinas contra covid-19 teriam "eficácia negativa comprovada". Ele alega que pessoas vacinadas tiveram o dobro de chance de pegar covid-19 em relação às não vacinadas.

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Onde foi publicado: X e site de internet.

Conclusão do Comprova: É falso o conteúdo de um vídeo que contesta a eficácia da vacina contra a covid-19 ao afirmar que pessoas imunizadas têm o dobro de chance de pegar a doença em comparação aos que não receberam a proteção. A declaração é inventa dados e os atribui ao estudo intitulado "COVID-19 Vaccine Effectiveness in Autumn and Winter 2022 to 2023 Among Older Europeans", ("Eficácia da Vacina contra Covid-19 em Idosos Europeus entre o Outono de 2022 e o Inverno de 2023", em português).

O estudo foi elaborado por uma equipe de pesquisadores liderada pela francesa Charlotte Laniece Delaunay, do Departamento de Epidemiologia da empresa Epiconcept, e publicado no JAMA Network Open, a plataforma on-line de colaboração aberta do periódico americano Journal of the American Medical Association (JAMA), em julho de 2024. O JAMA é publicado pela American Medical Association (Associação Médica Americana), maior associação de médicos e estudantes de medicina dos Estados Unidos, desde 1883.

As afirmações falsas, publicadas no X, baseiam-se em um texto do site Médicos pela Vida, formado por um grupo de médicos que já foi condenado por fazer propaganda pró-cloroquina. O Comprova já publicou outras checagens relacionadas a conteúdos divulgados pelo grupo, como esta que concluiu ser enganoso que um estudo de Harvard tenha confirmado a eficácia da hidroxicloroquina na prevenção da covid-19.

Conforme apontam os especialistas ouvidos pelo Comprova, o texto do site distorce dados do estudo publicado no JAMA -- a ideia de "eficácia negativa" jamais é citada no estudo original --, além de incluir informações que sequer fazem parte da pesquisa, como um gráfico a respeito da eficácia das vacinas contra a variante Omicron, que foi traduzido de maneira enganosa.

Diferentemente do que alegam os responsáveis pelo conteúdo investigado, o estudo não afirma que as vacinas tenham eficácia negativa, mas sim que a efetividade delas após a aplicação diminui com o tempo, como já era previsto. Na verdade, a pesquisa destaca que as vacinas são mais eficazes em até 180 dias. Além disso, enfatiza a importância de os órgãos de saúde estarem atentos para disponibilizar vacinas atualizadas para novas variantes do vírus.

O Comprova procurou o responsável pela publicação e pelo site, mas não houve retorno de ambos.

Falso, para o Comprova, é o conteúdo inventado ou que tenha sofrido edições para mudar o seu significado original e divulgado de modo deliberado para espalhar uma falsidade.

Alcance da publicação: O Comprova investiga os conteúdos suspeitos com maior alcance nas redes sociais. O conteúdo foi publicado no X, onde alcançou mais de 24,1 mil visualizações até o dia 27 de agosto. A mesma postagem foi feita no Instagram em 22 de agosto e, até 2 de setembro, já acumulava 12,4 mil compartilhamentos.

Fontes que consultamos: Lemos na íntegra o estudo mencionado nas postagens e constatamos que as informações disseminadas eram falsas, pois tiravam o estudo de contexto e incluíam dados inexistentes. Para confirmar nossa análise, consultamos dois especialistas em infectologia e o Ministério da Saúde, que corroboraram nossas conclusões. Além disso, pesquisamos o histórico e entramos em contato com o Médicos pela Vida e o perfil Estúdio 5º Elemento. Ambos já tiveram anteriormente conteúdos desmentidos por iniciativas de checagem.

Eficácia da vacina

Conforme o infectologista da Fiocruz Amazônia, Marcus Lacerda, em nenhum momento a pesquisa divulgada pelo Médicos pela Vida cita ou aborda a comprovação da chamada "eficácia negativa" da vacina contra a covid-19.

Na verdade, a pesquisa usada no vídeo aponta que o imunizante funciona melhor até 180 dias após a aplicação. Após esse período, a efetividade da vacina é reduzida. Apesar da diminuição, ela não perde a eficácia, muito menos teria a capacidade de tornar as pessoas vacinadas mais suscetíveis a adquirir a doença em relação às pessoas não vacinadas, como afirmam o autor do vídeo e o Médicos pela Vida.

Lacerda ressalta que a redução da efetividade da vacina indica a necessidade de reforço de doses do imunizante e, principalmente, a importância do monitoramento de novas variantes para a atualização de vacinas.

Ainda segundo o infectologista, o estudo compara uma vacina feita contra um tipo circulante e a eficácia dela com outro vírus Sars-Cov-2. "Isso [aparição de novas variantes] diminui também a eficácia", afirmou ele.

"Então, o que o artigo está chamando atenção é que às vezes você tem que monitorar o tipo de vírus que está circulando para poder fazer atualização da vacina, porque depois de 180 dias ela funciona pior para as novas variantes, mas não quer dizer que não funciona", afirma.

O Comprova também conversou com o infectologista e pesquisador da Fiocruz Julio Croda. Segundo ele, as publicações checadas mentem ao tirar de contexto os dados do estudo para sugerir que a vacina perde eficácia completamente com o tempo ou, em alguns casos, que ela chegaria a ter uma proteção "negativa".

"Esse estudo não traz nada diferente do que a gente já sabe: a perda de proteção ao longo do tempo. A Organização Mundial de Saúde e o próprio Ministério da Saúde já recomendam, para alguns grupos vulneráveis, duas doses de vacina para que seja garantida a proteção mais duradoura", afirma.

Comprovadamente seguras

Em nota enviada ao Comprova, o Ministério da Saúde afirmou que as vacinas contra a covid-19 são comprovadamente seguras e eficazes, desenvolvidas para reduzir hospitalizações e mortes causadas pela doença, que resultou em uma crise global de saúde pública. "A vacinação em massa foi crucial para controlar a pandemia, reduzindo significativamente a morbimortalidade associada à doença", destacou.

Segundo a pasta, a covid-19 continua sendo uma das principais causas de mortalidade por doenças infecciosas no Brasil, com cerca de 69 óbitos semanais, principalmente entre não vacinados ou aqueles com esquema vacinal incompleto ou atrasado, incluindo crianças.

"A redução dos casos graves e óbitos em comparação aos primeiros anos da pandemia é um reflexo direto de uma campanha de vacinação eficaz. É importante esclarecer que o estudo de Delaunay et al. (2024), citado na demanda do veículo, avaliou a eficácia das vacinas contra a covid-19 na prevenção de infecções sintomáticas em pessoas com 60 anos ou mais, atendidas em serviços de saúde primária na Europa durante o outono e inverno de 2022 e 2023. Os resultados reforçam evidências de pesquisas anteriores e validam a estratégia atual do Ministério da Saúde, que inclui vacinação anual ou semestral para grupos prioritários e a conclusão do esquema vacinal primário para crianças", acrescentou o Ministério da Saúde.

O Comprova entrou em contato com o site Médicos Pela Vida e a página 5º Elemento, mas não houve retorno.

Responsáveis pelas publicações

O Médicos pela Vida (MPV) é um movimento criado a partir da pandemia que diz reunir médicos de diferentes especialidades que defenderam o uso de medicamentos sem comprovação científica de eficácia para tratar a doença, como a ivermectina e a hidroxicloroquina. Após a pandemia, o MPV segue publicando conteúdos -- vários dos quais com caráter duvidoso (1, 2 e 3), conforme apurado pelo Comprova em diferentes ocasiões.

O Médicos pela Vida também já foi condenado pelo Ministério Público Federal (MPF) em 2023, por divulgação de "manifesto" em que fazia defesa do chamado "tratamento precoce" contra covid. A organização foi condenada a pagar R$ 55 milhões por danos morais coletivos e à saúde.

Já o Estúdio 5º Elemento é um programa on-line que discute temas como política, saúde e a "cultura woke" (termo inglês frequentemente utilizado para dar conotação de insensatez ou extremismo a pautas politicamente liberais, como feminismo ou ambientalismo, por exemplo). Nos vídeos publicados, os integrantes do canal também questionam temas como a mudança climática, vacinas contra a covid-19, pautas feministas etc.

Conforme apuração feita pelo Comprova, um dos integrantes do Estúdio 5º Elemento é Arthur Mario Pinheiro Machado. Em 2018, Machado foi preso pela Polícia Federal no âmbito da Operação Rizoma, um desdobramento da Operação Lava Jato. Ele foi apontado como líder de um esquema criminoso de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e corrupção por meio de fraudes que geraram prejuízos aos fundos de pensão -- uma movimentação que passaria dos R$ 20 milhões em propinas.

Machado também foi candidato a deputado federal pelo Republicanos-SP em 2022, mas não se elegeu.

Por que o Comprova investigou essa publicação: O Comprova monitora conteúdos suspeitos publicados em redes sociais e aplicativos de mensagem sobre políticas públicas, saúde, mudanças climáticas e eleições e abre investigações para aquelas publicações que obtiveram maior alcance e engajamento. Você também pode sugerir verificações pelo WhatsApp +55 11 97045-4984.

Outras checagens sobre o tema: O Estadão classificou o mesmo post como enganoso. O Comprova já desmentiu outra publicação do Médicos pela Vida, que afirmava falsamente que o vírus da covid-19 foi criado em laboratório. Além disso, o Comprova verificou e desmentiu uma publicação nas redes sociais que alegava que a vacina da AstraZeneca continha varíola dos macacos. Também identificou que publicações usaram um artigo do site suíço Die Weltwoche para distorcer documentos vazados do Instituto Robert Koch (RKI), alegando incorretamente que a pandemia foi uma "fraude".

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Ana Maria Braga está com Covid e vai se ausentar do Mais Você: 'Logo estarei de volta'

Esta é a quarta vez que a apresentadora contrai a doença

Apresentadora deu a notícia na manhã desta terça-feira (27) em uma de suas redes sociais.

Apresentadora deu a notícia na manhã desta terça-feira (27) em uma de suas redes sociais. (Reprodução/Redes Sociais)

A apresentadora Ana Maria Braga, 75, disse nas redes sociais que contraiu Covid e que ficará ausente do Mais Você (Globo) nos próximos dias. "Hoje de manhã, logo que acordei, decidi repetir o teste de Covid que fiz ontem, pois estava com sintomas de gripe. Infelizmente, o resultado foi positivo desta vez. Vou precisar de alguns dias para descansar", disse.

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"Felizmente, estou com todas as vacinas em dia. Cuidem-se por aí e logo estarei de volta", completou ela. Recentemente, foi William Bonner quem contraiu a doença. Ele tranquilizou os fãs e telespectadores do Jornal Nacional ao atualizar seu estado de saúde durante o afastamento.

O jornalista brincou com os seguidores ao publicar uma foto em que aparecia com a aparência envelhecida, com rugas e cabelos bem brancos, com a ajuda de um filtro. Ao contrário do que se poderia concluir com o registro do "senhor", ele disse estar bem. "Obrigado pelas mensagens carinhosas. Fora a voz, ainda bem alterada, estou me sentindo bem melhor", escreveu.

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Goiânia começa a disponibilizar vacina atualizada contra Covid; veja quem pode se imunizar

Nova dose destina-se a grupos prioritários e está disponível em 65 salas de imunização do município

Goiânia disponibiliza doses da nova vacina contra Covid-19 para público específico.

Goiânia disponibiliza doses da nova vacina contra Covid-19 para público específico. (Reprodução/SMS)

Após receber 19 mil doses da SpikeVax, vacina monovalente contra a Covid-19, produzida pela empresa Moderna, Goiânia disponibiliza o imunizante em todas as salas de vacina do município. Ao todo, são 65 salas de imunização, que funcionam das 8h às 17h. Confira a lista completa dos locais.

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No feriado desta quinta-feira (30) e no final de semana, o imunizante estará disponível em apenas três unidades: Centro Municipal de Vacinação (CMV), Ciams Urias Magalhães e Ciams Dr Domingos Viggiano, no mesmo horário, das 8h às 17h.

Além de proteger contra as variantes mais recentes do vírus, como a XBB.1.5, a nova vacina destina-se a grupos prioritários, ou seja, pessoas com maior risco de desenvolverem formas graves da doença e aqueles que estão mais expostos. Veja a seguir quem se encaixa nesse público:

  • Pessoas com 60 anos ou mais;
  • Pessoas imunocomprometidas;
  • Gestantes e puérperas;
  • Pessoas vivendo em instituições de longa permanência (ILPI e RI), e seus trabalhadores;
  • Indígenas;
  • Ribeirinhos;
  • Quilombolas;
  • Trabalhadores da saúde;
  • Pessoas com deficiência permanente;
  • Pessoas com comorbidades;
  • Pessoas privadas de liberdade (menores de 18 anos);
  • Funcionários do sistema de privação de liberdade;
  • Adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas;
  • Pessoas em situação de rua.
  • Por orientação do Ministério da Saúde (MS), as pessoas com 60 anos ou mais, imunocomprometidas, gestantes e puérperas devem tomar uma dose da vacina a cada seis meses. Já os demais grupos tomarão somente uma dose por ano. Além disso, é preciso ter um intervalo mínimo de 3 meses da última dose da Covid-19 para receber o novo imunizante.

    Para se vacinar, basta ir a uma das salas de imunização e apresentar documento de identidade e CPF. A dose produzida pela Moderna pode ser aplicada em conjunto com outras vacinas, exceto com a da dengue. Vale ressaltar que a composição da nova vacina é atualizada para ampliar a proteção do sistema imunológico, o que induz respostas mais eficazes dos anticorpos contra as mutações circulantes do vírus.

    A Vigilância Epidemiológica de Goiânia reforça que, apesar de não haver mais uma epidemia de Covid-19, a vacina continua sendo a principal forma de proteger as pessoas e evitar os casos mais graves da doença, assim como possíveis óbitos. O órgão também incentiva todos os que estão nos grupos prioritários a vacinarem com a nova dose da empresa Moderna.

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    Resultados positivos para Covid-19 sobem para 23,6% em Goiânia

    Também houve aumento de 14% na procura pelo serviço. Autoridades reforçam orientação para cuidados e esperam incremento como reflexo do carnaval

    Tenda de testagem da Prefeitura na Praça da Feira, no Parque Amazônia: há testagem todos os dias na capital

    Tenda de testagem da Prefeitura na Praça da Feira, no Parque Amazônia: há testagem todos os dias na capital (Diomício Gomes)

    Os resultados positivos nos testes rápidos da Covid-19 tiveram um leve aumento nesta semana em Goiânia, com as festividades carnavalescas. Desde o início do ano, a média diária girava em torno de 20% de positividade nos exames feitos nos pontos de testagem ampliada da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Durante o carnaval, passou para 23,6%. A busca pelo teste também aumentou em 14,6% em relação à última semana.

    Nos quatro dias de carnaval, seis locais para aplicação dos testes rápidos tiveram uma média diária de 4 mil testes. Na semana anterior foi de 3,5 mil. A Prefeitura oferta pontos de testagem todos os dias, nos sete distritos sanitários -- Noroeste, Norte, Leste, Sudoeste, Campinas-Centro, Oeste e Sul. Dentre os pontos, está a Praça Senador José Rodrigues de Morais Filho, no Parque Amazônia, que funcionou durante a festividade.

    Coordenadora do Centro de Informações Estratégia e Vigilância em Saúde (Cievs) de Goiânia, Amanda Games aponta que o crescimento na busca pelos testes e dos resultados positivos têm sido monitorados com cautela. "Teve um leve aumento e provavelmente vai aumentar muito mais (casos confirmados)", diz. E acrescenta: "Mas vemos que apesar de um aumento, não chega nem a se comparar com o ano passado."

    A gestora explica que na sexta semana epidemiológica de 2023, foram 1,9 mil novos casos confirmados de Covid-19. Já na mesma semana deste ano, foram 209. Para Amanda, a redução expressiva se deve à vacinação. "Em relação à internação, a gente vê que foi essencial. Não temos internações e nem óbitos como tivemos nos anos anteriores. A maioria dos casos hoje é de síndrome gripal ou assintomática", explica.

    A coordenadora do Cievs também destaca que é possível que o vírus se comporte de maneira sazonal, ou seja, com crescimento de casos em determinadas épocas. "Esperamos que tenham esses picos de aumento porque a gente acredita que como a influenza (gripe) e outros vírus respiratórios, a Covid-19 é uma doença sazonal. Então vai ter mesmo alguns períodos do ano com mais casos. É de se esperar que em situações como início de ano, de festividade, períodos de muita chuva e frio, se aumente (os registros). Mas de casos leves."

    A maior procura pelos testes rápidos pode estar relacionada ao maior tempo livre da população durante os dias de carnaval. É o que acredita Amanda. "As pessoas estão em casa, já apresentam sintomas e costumam ir. O que às vezes acontece é que em dias normais elas estão trabalhando, então acabam não procurando a testagem. E também têm as pessoas que já têm uma sensibilização de que não vai em algum lugar se estiver com sintomas, então faz o teste para saber", defende.

    A infectologista Marília Turchi acrescenta que a busca pela testagem tem aumentado tanto na rede pública quanto na rede privada, e um maior porcentual de testes positivos. Conforme ela, eventos com grande público, ou que dependam de viagens terrestres ou aéreas, tendem a ser um "cenário propício para o aumento" de infectados pela Covid-19, e por outras infecções respiratórias, o que pode ser evitado com a vacinação. No entanto, a cobertura vacinal está aquém do esperado, sobretudo em crianças, e isso é uma preocupação. Há a possibilidade (desse público) ter casos graves", diz.

    Ela reitera ainda que, para além da imunização contra o vírus, é preciso continuar mantendo cuidados básicos praticados durante a pandemia da Covid-19, iniciada no Brasil em março de 2020. "As infecções respiratórias são muito transmissíveis. Então uso de barreiras, independente se é Covid. Se tem algum sintoma respiratório, use máscara. E também a higiene das mãos, tudo isso é um aprendizado para a vida", destaca.

    Em Goiânia, a cobertura vacinal contabilizando a segunda dose ou dose única é de 79,67%. Para o público que recebeu apenas a primeira dose, de 83,7%. As taxas de imunização completa são ainda mais baixas para menores de 11 anos, e mais altas para o público acima de 60 anos. Os dados são do painel de monitoramento da Covid-19 mantido pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO).

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