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Cão que serviu à PM de Goiás se aposenta após nove anos de serviço; vídeo

Polícia Militar de Goiás (PMGO) celebrou o ingresso do cão Perseus na ‘reserva’ nas redes sociais com uma carta e um vídeo

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O cão farejador Perseus, do Comando de Missões Especiais (CME), se aposentou nesta última terça-feira (3), após quase nove anos servindo ao trabalho policial. A Polícia Militar de Goiás (PMGO) celebrou o ingresso do cão Perseus na 'reserva' nas redes sociais com uma carta e um vídeo (assista acima).

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No texto divulgado, a PM relata que chegou a hora do animal desfrutar de dias de tranquilidade após quase uma década de serviços de excelência no Batalhão de Cães.

Foram quase 10 anos de dedicação, lealdade e resultados extraordinários, mas agora, a missão de Perseus é aproveitar a 'aposentadoria' ao lado de uma família que também o ama. O box ficará vazio, mas o legado de Perseus permanecerá em cada passo que damos!", escreveu a PM.

Em entrevista ao POPULAR a capitão Juliana Terra que é subcomandante do Batalhão de Policiamento com Cães (BPCÃES) disse que o animal é um Pastor Holandês que nasceu dentro do batalhão e viveu até agora servindo à sociedade goiana no combate ao crime.

O Perseus é um cão treinado para localizar drogas, armas e munições, tendo muito destaque na localização de armas de fogo, sendo este o seu ponto forte", disse.

Na carta aberta ao cão a CME disse que a felicidade deles transborda em saber que agora o animal está indo para um lar onde será amado também e vai poder aproveitar a sua aposentadoria, mas ao mesmo tempo o coração deles aperta em saber que ele não estará no box mais os esperando com um olhar doce e puro.

Obrigada meu amigo, por tantas ocorrências, por tantas cadeias, drogas e armas encontradas", escreveu.

A cumplicidade e parceria nos dias de serviço foram reconhecidas pelos policiais e o CME desejou uma boa aposentadoria ao cão farejador.

O cão agora irá morar em uma chácara de um parente de um policial que trabalha no BPCÃES, e segundo a capitão Juliana Terra é feita uma rigorosa seleção da família que pretende adotá-los e o Batalhão continua acompanhando o animal mesmo após a adoção, afim de garantir que ele está sendo bem cuidado.

Eles são como filhos aqui, é ruim demais essas aposentadorias; mas a gente sabe que é para o bem deles", completou a capitão.

Cão farejador da Polícia Militar de Goiás se aposentou após quase nove anos de trabalho policial (Reprodução/Polícia Militar de Goiás)

Cão farejador da Polícia Militar de Goiás se aposentou após quase nove anos de trabalho policial (Reprodução/Polícia Militar de Goiás)

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Enterrado como herói, Cabo Campos chegou a participar de missão da ONU no Haiti

Morto em operação, atirador de elite do Bope ganhou em seu funeral todas as homenagens que as forças de segurança poderiam lhe conceder. Família relata trajetória desde sua ida para o Exército

Companheiros do cabo Campos no Batalhão de Operações Especiais formam fila durante a passagem do cortejo

Companheiros do cabo Campos no Batalhão de Operações Especiais formam fila durante a passagem do cortejo (Diomício Gomes / O Popular)

O cabo PM Paulo Vitor Coelho Campos, que perdeu a vida em missão na zona rural de Niquelândia, no Norte de Goiás, na madrugada da terça-feira, recebeu todas as homenagens que as forças de segurança poderiam lhe conceder. Os tributos começaram no velório do seu corpo, na Academia da Polícia Militar, no Setor Universitário, e terminaram no sepultamento na manhã desta quarta-feira (12), no Cemitério Jardim da Paz, em Aparecida de Goiânia, onde vivia com sua família. Entre manifestações de reverência e respeito, muito choro de amigos e familiares.

Com apenas oito anos nos quadros da Polícia Militar do Estado de Goiás, o cabo Campos, como era chamado na corporação, se esforçou muito para chegar a atirador de elite do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Quando, aos 18 anos, deixou o Tocantins e veio para Goiânia com a intenção de servir o Exército, já sabia que essa era sua vocação. Foi o que contou ao POPULAR uma parente próxima do policial. "Ele amava o que fazia. Ainda no Exército foi para o Haiti e ficou por lá seis meses. Quando retornou, fez o concurso para a PM e sempre procurou se aprimorar." Entre 2004 e 2017, o Brasil chefiou a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah), para onde foram enviados cerca de 37 mil militares, organizados em 26 contingentes em sistema de rodízio.

No Bope, além de ser instrutor de tiro, cabo Campos era convocado ou se voluntariava para missões de risco, como a última de sua vida. Comandante-geral da PM goiana, o coronel Marcelo Granja explicou que é comum a colaboração entre as forças para cumprir mandados judiciais, especialmente quando os alvos são considerados de alta periculosidade. "Não houve falha. Após o serviço de inteligência identificar a presença desse bandido naquele local, foi feito todo o planejamento." Fábio Bernardo dos Santos, 38, o homem procurado, era portador de uma longa ficha criminal. Participou de assaltos a bancos, a carros-fortes e era autor de pelo menos cinco homicídios.

Durante o sepultamento do cabo Campos, o comandante-geral da PM se dirigiu várias vezes à família. "Perdemos um valoroso guerreiro, mas é importante que vocês saibam que quando ele foi alvejado, nossas equipes fizeram de tudo para salvá-lo, o retiraram de lá em busca de socorro e retornaram para continuar o combate. Somos irmãos de farda." Fábio, experiente no mundo criminal, sabia que estava sendo procurado e se preparou para um possível confronto. Mantinha em casa um poderoso arsenal e bananas de dinamite. Por câmeras de monitoramento percebeu a chegada das forças especiais e começou a atirar.

Durante a operação, já na entrada da residência, no distrito de Garimpinho, a 70 quilômetros da sede do município de Niquelândia, o policial do Bope foi alvejado no pescoço. Em seguida, recebeu dois outros disparos. Seu colega, sargento José Carlos Rodrigues Mendes, 41, recebeu um tiro de raspão no braço esquerdo. Presente no sepultamento do colega, ele participou de todas as homenagens, mas preferiu ficar em silêncio sobre o confronto. Fábio Cigano, como era conhecido o alvo da operação, vinha trabalhando numa mineradora de Niquelândia para disfarçar sua condição de foragido da Justiça.

Logo que a notícia da morte do cabo Campos chegou a Goiânia, todo o comando da PM se voltou para Niquelândia. As equipes que já estavam lá receberam reforços, causando enorme pressão ao homem procurado. Na tentativa de fugir, ele fez reféns a mulher e a enteada, mas outro atirador de elite já estava pronto para agir. "Foi somente um tiro de precisão. Perdemos um valoroso profissional, mas a resposta foi dada à altura", explicou o coronel Granja.

Homenagens

Depois de deixar a Academia da Polícia Militar, o corpo do policial militar foi levado para o Cemitério Jardim da Paz em um caminhão do Corpo de Bombeiros, cercado por colegas do Bope. Centenas de viaturas acompanharam o cortejo com sirenes ligadas, atravessando ruas, avenidas e parte da BR-153. A caminho da sepultura, passou por uma aleia florida de jade e bougainville e recebeu continência de membros de diversos batalhões e uma salva de tiros. Após orações, pétalas de rosas vermelhas foram atiradas do helicóptero do Graer. O secretário de Segurança Pública, Renato Brum dos Santos, esteve na cerimônia.

O cabo Campos deixou dois filhos, uma menina de 2 anos e um menino de 10, que chorou muito no momento do sepultamento. Sua mulher parecia não acreditar no que estava vivendo. Muito abalada, saiu amparada do cemitério. O coronel Marcelo Granja informou que a corporação continuará dando suporte à família e que uma promoção póstuma será proposta para dar melhores condições à mulher e aos filhos do PM. "Não abrimos mão disso. Somos irmãos de farda e continuaremos assim."

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'Meu pai não era bandido', diz filho de homem morto em surto na UTI

Família de paciente que fez técnica de enfermagem refém e foi abatido a tiros pela PM vai processar a unidade de saúde e o Estado

Luiz Henrique, com a foto do pai, prepara ação na Justiça: ‘Vou até o fim. Esse agora é o meu objetivo de vida’

Luiz Henrique, com a foto do pai, prepara ação na Justiça: ‘Vou até o fim. Esse agora é o meu objetivo de vida’ (Wesley Costa / O Popular)

O trágico episódio ocorrido na noite de sábado (18) no interior da unidade de terapia intensiva do Hospital Municipal de Morrinhos, a 130 quilômetros de Goiânia, continua repercutindo muito. A ação policial que vitimou um paciente em surto após ele render uma técnica de enfermagem com um caco de vidro levantou dúvidas sobre a necessidade de uma arma letal no gerenciamento da crise. Luiz Cláudio Dias, de 59 anos, foi atingido por disparos efetuados por um policial militar e não resistiu aos ferimentos. Cinthia da Silva Nascimento não ficou ferida.

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A família de Luiz Cláudio Dias está indignada com o desfecho do episódio e vai acionar judicialmente tanto a unidade de saúde quanto o Estado por não terem preservado a vida do paciente com histórico de doenças crônicas. Ele estava internado havia três dias na UTI depois de ter passado pela regulação do Sistema Único de Saúde (SUS) em Piracanjuba, onde recebeu o primeiro atendimento. Para o filho, o enfermeiro e cirurgião dentista Luiz Henrique Dias, o pai, que era diabético tipo 1, teve um surto de hipoglicemia. Quando a concentração de açúcar no sangue não é regulada, a pessoa pode perder a consciência. "Era um Luiz inconsciente, pela debilidade de sua doença."

Luiz Henrique, enfermeiro há 14 anos e recém-formado em Odontologia, já atuou em grandes hospitais de Goiânia e ainda hoje trabalha na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Flamboyant, em Aparecida de Goiânia. Foi lá que, em seu plantão no dia 16 de junho do ano passado, Samuel Martins, 23 anos, foi atendido após uma festa de música eletrônica nas proximidades. Em surto, falando frases desconexas e andando entre carros, o jovem foi contido por uma equipe da Polícia Militar. Quando ele chegou à unidade, estava muito machucado. O corpo de Samuel Martins foi localizado pela família no IML de Goiânia.

"Sempre consegui reverter aquele tipo de quadro que meu pai apresentou e nunca chamei a polícia. O que fizeram foi uma atrocidade. Meu pai não era um bandido. Já vi coisas horrendas acontecer em UTI, de precisar de cinco profissionais para conter um paciente, mas ali foi uma falta de competência que começou com a equipe de saúde até o fim do processo todo. Há muitas questões que precisam ser respondidas: onde estava a equipe da UTI que não viu meu pai andar, quebrar uma janela e render a técnica de enfermagem? Por que não usaram um aparelho de choque? Por que pisaram nele depois do tiro? Meu pai era um homem debilitado, puxava a perna e tinha deficiência visual."

Um paciente internado em uma unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Municipal de Morrinhos, no sul de Goiás, foi morto por um policial militar após fazer uma enfermeira refém e a ameaçar durante um surto psicótico, segundo a Polícia Militar (PM). (Reprodução)

Um paciente internado em uma unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Municipal de Morrinhos, no sul de Goiás, foi morto por um policial militar após fazer uma enfermeira refém e a ameaçar durante um surto psicótico, segundo a Polícia Militar (PM). (Reprodução)

O tratorista aposentado Luiz Cláudio Dias era o mais antigo paciente renal crônico de Goiás. Há 24 anos fazia hemodiálise três vezes por semana na Clínica Santa Mônica. Viúvo havia cerca de um ano e meio, deixou um casal de filhos, Luiz Henrique e Gabriela, 28. "Ele era o meu herói, meu parceiro que todo dia perguntava 'e aí casca de bala?'", lembra, chorando, Luiz Henrique. Nesta segunda-feira (20), os filhos já se reuniram com um advogado para tomar as primeiras providências. "Eu quero justiça e vou até o fim. Esse agora é o meu objetivo de vida. Meu pai não é isso que estão colocando nas redes sociais", afirmou o enfermeiro.

Em nota, a Polícia Militar do Estado de Goiás informou que "o primeiro interventor da equipe policial presente no local atuou conforme os protocolos previstos no Procedimento Operacional Padrão (POP), tentando negociar com o causador do evento crítico (CEC) para preservar a vida da vítima e conduzir a situação de forma pacífica". O POP da PM goiana foi criado em 2004 e está disponível na internet. A corporação explicou que foi instaurado um inquérito policial militar (IPM) para apurar as circunstâncias da ocorrência em Morrinhos. Delegado da Polícia Civil, Fabiano Henrique Jacomelis, também investigará o fato e já começou a ouvir os envolvidos.

Especialistas apontam falhas na ação

Membro do Núcleo de Estudos e Pesquisa Sobre Criminalidade e Violência (Necrivi), da Universidade Federal de Goiás (UFG), o professor e sociólogo Dijaci David de Oliveira, da Faculdade de Ciências Sociais (FCS), acredita que a polícia goiana não está preparada para fazer esse tipo de atendimento. "Toda vez que isso acontecer teremos uma situação de insegurança, porque a polícia não está treinada e não possui recursos para agir de forma adequada e coloca em risco a vida de outras pessoas. A gente pode ter dezenas de outros surtos, já que as pessoas entram em surto por inúmeras razões", lembra. "A pessoa que está em um surto não é criminosa, precisa de ajuda."

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Coronel da reserva da PM de São Paulo, doutor em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública, Márcio Santiago Higashi Couto disse ao POPULAR que não é possível fazer negociação com pessoas que estão em surto. "Um indivíduo em surto não tem raciocínio para uma conversa. Ele não entende a negociação e corre o risco de ficar ainda mais perturbado. Nesse episódio houve uma pressão sobre o soldado, que precisa ter controle emocional, mas o procedimento foi correto. Ele agiu rapidamente para evitar que o paciente matasse a enfermeira", comentou o oficial que por 11 anos serviu no 1º Batalhão de Polícia de Choque Tobias de Aguiar (Rota).

Para o coronel Márcio Santiago, uma arma não letal, como uma arma taser ou com tiro de borracha, poderia ter sido utilizada, mas ainda assim haveria risco de o paciente em surto ter forças para matar a técnica de enfermagem. "Entre preservar a vida dela e dele, optou-se pela dela. Se fosse usar arma não letal, haveria uma possibilidade de os dois saírem com vida, mas é uma possibilidade, porque a arma poderia não fazer efeito. Sei que há uma grande discussão em torno do tema, mas não dá para negociar com indivíduo em surto. Isso é técnica."

Tanto o pesquisador do Necrivi quanto o coronel Márcio Santiago acreditam que, no caso de Morrinhos, houve um erro crucial. O local onde tudo aconteceu, a UTI da unidade de saúde, estava cheia de gente. "Pessoas especializadas em negociação lembram que uma das primeiras coisas é limpar o ambiente para não atrapalhar. Aquele monte de gente está pronto para tornar a coisa muito mais dramática", afirma Dijaci Oliveira. O oficial paulista concorda. "O local tem de ser totalmente isolado para não ter mais pessoas em risco." Além dos profissionais de saúde e servidores, estavam na UTI nove pacientes. "Uma bala poderia ter ricocheteado e atingido outras pessoas," diz o sociólogo.

O doutor em Sociologia da UFG questiona: "Seja qual for o chamado, todos serão tratados como bandidos? O que a gente espera é que a polícia seja capaz de produzir um protocolo para várias situações, como os casos que envolvem cidadãos em surto."

PM quer a compra de 1,2 mil armas taser

Comandante-geral da Polícia Militar do Estado de Goiás, o coronel Marcelo Granja disse ao POPULAR que a equipe policial que chegou à unidade de saúde foi a de primeira intervenção. "A crise avançou muito rápido", afirmou, sobre a atitude tomada pelo policial de atirar no paciente. Naquele momento, já estava a caminho da unidade de saúde uma segunda equipe, munida do dispositivo eletrônico de controle (DEC), ou taser, arma de choque utilizada para neutralizar agressores.

Atualmente, conforme o comandante-geral da PM, existem cerca de 400 tasers distribuídos por todas as unidades, mas esse quadro deve mudar em março. "Ainda neste primeiro semestre todas as viaturas terão um dispositivo. Queremos adquirir entre 1 mil e 1,2 mil unidades, mas tudo vai depender do valor do dólar."

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Assistente social é suspeita de pegar aposentadoria e empréstimo em nome de idoso para fazer apostas online

Segundo o delegado do caso, Leonilson Pereira, a investigada deve responder pelos crimes de furto mediante fraude e falsidade ideológica, cujas penas somadas podem chegar a 13 anos de prisão

Policiais civis fazendo buscas na casa da assistente social suspeita de pegar a aposentadoria de idoso e fazer empréstimos no nome dele.

Policiais civis fazendo buscas na casa da assistente social suspeita de pegar a aposentadoria de idoso e fazer empréstimos no nome dele. (Divulgação/Polícia Civil)

Uma assistente social de Goianápolis, na Região Metropolitana de Goiânia, é suspeita de pegar a aposentadoria de um idoso de 65 anos para fazer apostas online, segundo a Polícia Civil (PC). A investigação também indicou que a mulher realizou dois empréstimos no nome da vítima, no valor de quase R$ 20 mil. Na quinta-feira (17), os policiais cumpriram um mandado de busca na casa da investigada, que resultou na apreensão de um celular e vários documentos.

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Durante o interrogatório, a assistente social confessou o crime e disse que pegou o dinheiro devido ao seu vício em apostas online. Por não ter o nome divulgado, O POPULAR não conseguiu localizar a defesa da suspeita até a última atualização desta reportagem.

Segundo o delegado do caso, Leonilson Pereira, a investigação começou em maio deste ano, quando o idoso, que é morador de rua, procurou a polícia. Conforme o investigador, a assistente social abordou a vítima e se ofereceu para ajudá-la a conseguir a aposentadoria. Depois da liberação do benefício, a suspeita combinou com o idoso de instalar o aplicativo do banco em seu celular e, todo mês, realizar o saque do valor e repassar ao aposentado. Isso aconteceu porque o idoso não tinha celular.

No primeiro mês, foi feito assim. Ele [o idoso] recebeu o dinheiro das mãos dela [da assistente social]. No segundo mês, da mesma forma. Chegando ao terceiro mês, ela procurou a vítima e relatou que seu benefício havia sido cortado. Curioso, ele procurou o banco e, para sua surpresa, seu benefício estava regular e havia sido sacado", explicou.

Ainda segundo o delegado Pereira, a suspeita segue em liberdade, mas a investigação continua para tentar descobrir se existem mais vítimas. A assistente social deve responder pelos crimes de furto mediante fraude e falsidade ideológica, cujas penas somadas podem chegar a 13 anos de prisão.

Em nota enviado ao POPULAR, a Prefeitura de Goianápolis informou que, ao tomar conhecimento do caso, rescindiu imediatamente o contrato da assistente social, que atuava no município de forma terceirizada (leia na íntegra abaixo) .

NOTA OFICIAL DA PREFEITURA MUNICIPAL DE GOIANÁPOLIS

A Prefeitura Municipal de Goianápolis, ao tomar conhecimento dos graves fatos envolvendo uma assistente social contratada, que está sendo investigada pela Polícia Civil por desvio de recursos de um idoso, vem a público prestar os seguintes esclarecimentos:

Encerramento Imediato do Contrato: Assim que a administração municipal foi informada sobre as investigações, a Prefeitura tomou a decisão de rescindir imediatamente o contrato da referida assistente social, que atuava no município de forma terceirizada. É importante destacar que a profissional não era servidora efetiva do quadro da Prefeitura, sendo contratada com base em sua devida habilitação e credenciamento junto ao Conselho Regional de Serviço Social (CRESS), além da apresentação de toda a documentação exigida.

Colaboração com a Investigação: A Prefeitura está colaborando ativamente com a investigação conduzida pela Polícia Civil, fornecendo todas as informações e documentos necessários para o esclarecimento dos fatos. Reafirmamos o nosso compromisso com a transparência e a justiça, apoiando integralmente as autoridades competentes na apuração dos crimes.

Repúdio às Ações Praticadas: A Prefeitura de Goianápolis repudia veementemente qualquer tipo de conduta que viole a confiança dos cidadãos, especialmente os mais vulneráveis, como é o caso da vítima. Reiteramos que a administração pública não compactua, em nenhuma hipótese, com atitudes desonestas, e estamos empenhados em garantir que situações como essa não se repitam.

Isenção de Responsabilidade: A Prefeitura reitera que, ao contratar a profissional, adotou todos os procedimentos legais e formais exigidos, confiando no seu credenciamento profissional e em sua aptidão técnica. Não houve qualquer omissão ou falha por parte da administração pública que possa ser vinculada à conduta ilícita apurada pela polícia, sendo a mesma de responsabilidade exclusiva da profissional envolvida.

Por fim, a Prefeitura Municipal de Goianápolis reafirma seu compromisso com a ética, a legalidade e a proteção de seus cidadãos, em especial os que se encontram em situações de vulnerabilidade.

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Lenda do tênis, Nadal anuncia aposentadoria aos 38 anos e é reverenciado

Espanhol de 38 anos anunciou que vai entrar em quadra pela última vez como profissional em novembro, na Davis Cup Finals

Tenista espanhol Rafael Nadal durante partida em Roland Garros

Tenista espanhol Rafael Nadal durante partida em Roland Garros (Reprodução/Instagram)

O icônico tenista Rafael Nadal vai se aposentar após a temporada de 2024. O espanhol de 38 anos anunciou que vai entrar em quadra pela última vez como profissional em novembro, na Davis Cup Finals, representando seu país.

O torneio será disputado entre os dias 19 e 24 do próximo mês. Ele chegou à final da Davis Cup no início de sua trajetória, em 2004.

Nadal se despede do tênis com 92 títulos ATP em 22 anos de carreira. Ao todo, registrou 1080 vitórias e 227 derrotas e ganhou R$ 752 milhões em prêmios, somando bônus em simples e duplas.

Ele foi o primeiro tenista a conquistar 22 Grand Slams —foi ultrapassado recentemente por Djokovic.

'Rei de Paris', Nadal participou do revezamento da tocha olímpica nos Jogos deste ano. O espanhol é o maior vencedor em Roland Garros, com 14 títulos.

Tem dois ouros olímpicos, tendo ganhado em 2008 no simples e em 2016 nas duplas. Foi porta-bandeira da Espanha nas Olimpíadas do Rio.

Nadal vinha sofrendo com problemas físicos nos últimos anos. Ele precisou abandonar competições no meio e despencou no ranking.

"A realidade é que foram anos difíceis, especialmente esses dois últimos. Acho que não consegui jogar sem limitações. É uma decisão que obviamente é difícil, que demorei um pouco para tomar. Mas nesta vida tudo tem um começo e um fim, e acho que é o momento certo para acabar com o que tem sido uma carreira longa e mais bem-sucedida do que eu jamais poderia imaginar", disse o atleta.

O espanhol passou 209 semanas como o tenista número 1 do mundo. Atualmente, está na 158 posição.

Ele é o segundo do 'Big 3' a encerrar a carreira, dois anos depois de Roger Federer. Com isso, Djokovic é o único do trio que segue na ativa.

Estrelas do esporte e Real Madrid enaltecem Nadal

Estrelas do mundo do esporte se pronunciaram sobre a aposentadoria de Rafael Nadal, lenda do tênis.

Roger Federer lamentou o adeus do grande rival e amigo: "Sempre esperei que esse dia nunca chegasse". O suíço disse que foi uma honra dividir quadra com ele.

Cristiano Ronaldo exaltou o tenista espanhol: "Que carreira incrível". O jogador português destacou que a dedicação e paixão de Nadal foi uma inspiração.

Vini Jr também se rendeu ao ídolo do tênis "Exemplo para todos". O atacante brasileiro se juntou a CR7 e a outros esportistas que reverenciaram o espanhol de 38 anos.

O Real Madrid escreveu uma mensagem ao seu ilustre torcedor: "Uma das maiores lendas do esporte". O clube citou orgulho por ter o tenista como um dos representantes da torcida.

"Que carreira, Rafa! Sempre esperei que esse dia nunca chegasse. Obrigado pelos momentos inesquecíveis e por suas incríveis conquistas no esporte que amamos. Foi uma honra absoluta", disse Federer.

"Rafa, que carreira incrível você teve! Sua dedicação, paixão e talento incrível inspiraram milhões de pessoas em todo o mundo. Foi uma honra testemunhar sua jornada e poder chamá-lo de amigo. Parabéns pela carreira incrível! Aproveite sua aposentadoria", afirmou Cristiano.

"Lenda!!! Parabéns por tudo. Foi um prazer te ter por tanto tempo no topo. É um exemplo para todos", disse Vini Jr.

"Obrigado por tanto!!! Você é um exemplo de talento e superação. Foi uma honra ver você brilhar e inspirar muitas pessoas!!! Parabéns pela sua carreira gigante", escreveu Marcelo.

"Admiração e carinho por uma das maiores lendas do esporte espanhol e mundial de todos os tempos. Para nós e para todos os torcedores do Real Madrid, é e será sempre um motivo de orgulho que uma lenda como Rafa Nadal represente o nosso clube como membro honorário", disse o Real Madrid.

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