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Bolsonaro diz que trabalhador que critica patrão "deveria empreender para ver como é barra pesada"

O presidente disse, ainda, que já manifestou ao ministro da Economia, Paulo Guedes, o desejo de criar um programa intitulado "Minha Primeira Empresa"

Bolsonaro diz que trabalhador que critica patrão "deveria empreender para ver como é barra pesada"

(Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira, 5, para o Canal da Leda Nagle, no YouTube, que os trabalhadores que estão reclamando da falta de emprego e que "criticam o patrão" deveriam tentar empreender para "ver como é barra pesada ser empresário no Brasil".

O presidente disse, ainda, que já manifestou ao ministro da Economia, Paulo Guedes, o desejo de criar um programa intitulado "Minha Primeira Empresa". Bolsonaro afirmou que sabe que a vida do trabalhador é difícil, mas que "a do empresário também é". "É a mesma coisa com direitos trabalhistas", disse.

"Tudo o que é demais atrapalha. É tanto direito que os patrões, os empreendedores, contratam o mínimo possível e pagam o mínimo possível", comentou, defendendo que o trabalhador escolha entre "menos direito e mais emprego ou todos os direitos e o desemprego".

Bolsonaro também voltou a criticar a multa de 40% sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) a que os trabalhadores têm direito em casos de demissão sem justa causa. "Essa multa apareceu no final do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ministro do Trabalho à época era o Francisco Dornelles, que elaborou esse projeto para evitar demissões", comentou Bolsonaro. "Num primeiro momento, funcionou para evitar as dispensas, mas hoje em dia as pessoas já não contratam mais", concluiu.

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"Coisa linda"

Num domingo muito especial, Donald Trump, presidente da (ainda) maior potência, deliciava-se com o derretimento do multilateralismo, do comércio e das bolsas mundo afora, considerando tudo isso como "coisa linda de se ver", enquanto Jair Bolsonaro, ex-presidente da maior economia da América Latina, lia com o jeitão dele um papelzinho em inglês ridicularizando a prisão de "Popcorn and ice cream sellers" que vandalizaram os três poderes no fatídico 8/1.

O ato da Avenida Paulista, marcado para defender o projeto de anistia aos paus-mandados do 8/1, virou o que já se esperava: pró-Bolsanaro e uma demonstração de força dele na direita, com perto de 45 mil presenças, o dobro do que ele reuniu na Praia de Copacabana, mas só um quarto do que exibiu na mesma Paulista em fevereiro de 2024. Um copo meio cheio, meio vazio.

O bolsonarismo postou vídeos do ano passado como se fossem de domingo. Ou seja, passou recibo de que o de agora não foi lá essas coisas. A maior vitória foi a foto de sete governadores, quatro querendo entrar no vácuo da inelegibilidade de Bolsonaro: Tarcísio de Freitas (SP), que finge que não vai, mas está pronto para ir; Ronaldo Caiado (GO), que vai, mas vai sozinho; Ratinho Jr. (PR), empurrado por Gilberto Kassab; e Romeu Zema (MG), candidato de quem, mesmo?

Bolsonaro mostrou que ainda põe gente na rua, mas não tanto quanto antes, e que dificilmente disputará em 2026, mas é o grande líder dessa direita. Qualquer um dos pré-candidatos de agora, e dos efetivamente candidatos depois, vai precisar da sua força política e do seu eleitorado, apesar da expectativa de estar, além de inelegível, também preso.

O ato de domingo, portanto, reafirma a liderança de Bolsonaro, não o suficiente para garantir a anistia no Congresso, onde quem manda é o Centrão, oscilando entre governo e oposição. Nada acontece na Câmara e no Senado sem que o Centrão queira, seja quem for o presidente da República.

Bolsonaro meteu o Centrão no Planalto e lavou as mãos para emendas parlamentares bilionárias e sem controle. Lula meteu os atuais e ex-presidentes da Câmara e do Senado - do Centrão - na viagem à Ásia e, já na volta, foi confraternizar na residência oficial do Senado.

O PL mantém a pressão pela urgência da anistia, mas está se desenhando um meio termo, com foco nos "excessos" das penas dos "pipoqueiros, vendedores de picolé" e da cabeleireira Débora dos Santos, e não em livrar previamente Bolsonaro. Com ato na Paulista, aliança com Trump, recado em "inglês", fortalecimento da extrema direita internacional, ou não, o fato é que a anistia está nas mãos do Centrão.

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Após evento, Caiado aponta anistia como 'ato humanitário'

Governador volta a questionar razoabilidade nas punições aos envolvidos no 8 de Janeiro, cita vingança e ‘entendimento entre as partes’

Governador Ronaldo Caiado, durante abertura da 22ª Tecnoshow: questões ideológicas influenciam a anistia

Governador Ronaldo Caiado, durante abertura da 22ª Tecnoshow: questões ideológicas influenciam a anistia (Diomício Gomes / O Popular)

Um dia após participar da manifestação na Avenida Paulista promovida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em favor da anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de Janeiro de 2023, o governador Ronaldo Caiado (UB) classificou, nesta segunda-feira (7), a medida como "um ato humanitário, de significado maior, em decorrência das penas, que extrapolam aquilo que a população também entende como parâmetro em outros casos".

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Questionado pelo POPULAR após a abertura da 22ª edição da Tecnoshow Comigo, em Rio Verde (GO), sobre o saldo da participação no evento ao lado do ex-presidente e de outros seis governadores de direita, Caiado disse que a tônica do ato foi o clamor por "pacificação" no país e que o estado "não julga para vingar", mas sim para "fazer justiça". Nesse sentido, conclamou que ocorra "um entendimento entre as partes".

"O que se exige é que haja ali uma razoabilidade entre os critérios para que as pessoas possam ser unidas. Da maneira como as penas estão sendo levadas, este sentimento tem sido rejeitado pela população", afirmou o governador. "Tem criado uma rebelião enorme em decorrência de um comparativo. Uma pessoa mata outro cidadão, aí tem nove anos de cadeia. Aí entra na progressão e daqui a pouco ele já está solto", disse.

Apesar de pregar a pacificação, Caiado ponderou que "não acata nem defende" determinadas atitudes do grupo que depredou as sedes dos Três Podere s, em Brasília, em 2023. Desde o ano passado, o governador vem defendendo um "filtro" para a anistia. "Mas nós não podemos ter dois pesos e duas medidas. Quando alguém pratica de um lado ideológico, ele tem a conivência e a complacência. Do outro, ele tem punições estratosféricas", afirmou.

O goiano relacionou a discussão com o chamado "Abril Vermelho", ação do Movimento dos Sem Terra (MST) de ampliação das ocupações de terras em todo o país, para criticar a estrutura do governo federal que "alimenta esse tipo de ação". Caiado referia-se a reunião que o MST teve há poucas semanas com o presidente Lula (PT) em Minas Gerais.

Mobilização

"Então, depois de dois anos presos por aquilo que foi feito ali, o momento é de colocar em votação", afirmou o governador acerca da pressão na Câmara dos Deputados para que o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) paute o projeto de lei da anistia. "Se isso vai fazer o presidente pautar, eu acredito que sim. Por quê? Porque a maioria dos partidos deram um sinal positivo e com isso tem-se o número de 257 deputados para que a matéria seja pautada."

"Pautou-se a matéria, respeita-se a decisão de plenário. Vai para o Senado; se o presidente vetar, volta para o Congresso para derrubar o veto. E aí, cumpre-se a decisão da Casa do Povo, que é o Congresso Nacional", complementou.

Caiado negou que a iniciativa dos governadores de mobilização das bancadas legislativas de seus respectivos estados para votação favorável ao projeto da anistia tenha partido do deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), líder do PL na Câmara. Segundo o goiano, o acordo foi feito em reunião no Palácio dos Bandeirantes no domingo (6).

"Se a população toda hoje deseja que a gente traga paz para o país, ninguém aguenta mais esse conflito, ninguém aguenta mais. Ao invés de discutir assuntos que são extremamente importantes na economia brasileira, no avanço da criminalidade, nós precisamos dar um fim a isso. Então, eu, como todos os outros, assumimos esse compromisso, lá no Palácio dos Bandeirantes, que nós iríamos trabalhar nas nossas bancadas."

Falando especialmente a agricultores e empresários durante a abertura da 22ª Tecnoshow Comigo, Caiado também buscou nacionalizar seu discurso ao colocar na conta do governo federal a culpa pelos preços elevados de itens de consumo.

"A responsabilidade é da incompetência do governo federal que gasta muito nesse país que não sabe controlar seus gastos e tem os juros que é cada patamar de 15 pontos, de 14.25, com projeção de chegar a 15.20 até o final do ano. Quem sobrevive na economia de mercado hoje pagando uma agiotagem de 15.20 daqui uns dias? Qual é o segmento que sobrevive sem ter direito a seguro rural? É um país que o risco é 100% dos produtores."

Despedida

No final do discurso na Tecnoshow nesta segunda, o governador reforçou a ocasião como sendo a sua última participação no evento como governador do estado. Pré-candidato à Presidência da República em 2026, Caiado deve se desincompatibilizar do cargo até o início de abril do ano que vem, segundo normas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para concorrer ao Palácio do Planalto.

"Mas estará em meu lugar, aqui, falando pelo estado de Goiás, aqui também, que eu escolhi para continuar o meu projeto que é o Daniel Vilela. E continuará com a mesma garra, a mesma determinação, e a mesma escola da boa política", disse o governador, acrescentando ainda que o evento foi a sua "primeira despedida oficial com um ano de antecedência".

A abertura da feira teve a presença dos deputados Marussa Boldrin (MDB) e Daniel Agrobom (PL); do senador Vanderlan Cardoso (PSD); do presidente do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), Leandro Crispim; e de presidentes de entidades do setor privado.

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A intensa agenda de pré-candidato de Caiado

Esta edição do Giro 360, podcast de política do POPULAR , em parceria com a CBN Goiânia, chega em um dia incomum, por um bom motivo.

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Caio Henrique Salgado (editor da coluna Giro), Júlio Lacerda (subeditor de Notícias do jornal) e Rubens Salomão (repórter de política) repercutem o intenso fim de semana do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), que começou com lançamento de pré-candidatura a presidente e terminou com participação em ato ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) .

Para apimentar o debate, a jornalista Cileide Alves, colunista do jornal e comentarista da CBN e da TV Anhanguera, se junta ao trio.

Para acompanhar, é só dar o play.

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Caiado mira eleitorado de direita ao defender anistia e se reaproximar de Bolsonaro

Com pouca ou nenhuma esperança de contar com o apoio de Jair Bolsonaro (PL) a seu projeto presidencial, o governador Ronaldo Caiado (UB) foi à Avenida Paulista defender anistia e voltou a subir em palanque ao lado do ex-presidente de olho no eleitorado de direita, com o qual construiu sua carreira política. Nova pesquisa Quaest mostrou neste domingo (6) que 56% dos brasileiros são contrários ao perdão aos envolvidos na tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023.

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Aliados de Caiado apontam, no entanto, que a maior parcela de seus apoiadores em potencial pensam diferente. Além disso, eles argumentam que o goiano tem convicção a respeito do tema. "Ele está conversando com eleitor dele, que apoia a anistia e, mais do que isso, está conversando com a crença que ele tem. Ele defendeu isso muito antes de ter apelo popular, em fevereiro de 2024", afirma um caiadista, citando a entrevista concedida pelo chefe do Executivo ao programa Diálogos da GloboNews.

Microfone

Caiado postou fotos ao lado de Bolsonaro e outros seis governadores que também foram a São Paulo. Durante o ato, o locutor o chamou, em nome de seu partido, para confirmar o apoio à anistia. O governador disse sim, mas ala do UB está na base do presidente Lula (PT), inclusive com indicação de ministérios.

Retribuição

Bolsonaro mencionou o governador em discurso: "O Caiado tá aqui inelegível. Vai recuperar a elegibilidade dele, se Deus quiser." Detalhe é que a ação foi movida pelo PL.

Entrelinhas

Teve gente que viu no gesto de Bolsonaro novo sinal de insatisfação com o PL local. Presidentes da sigla em Goiás e Goiânia, o senador Wilder Morais e o deputado federal Gustavo Gayer estavam no trio elétrico.

Euforia

Após conviver por semanas com a sombra da divisão no UB, Caiado estava, segundo aliados, "eufórico"com seu evento na Bahia.

Macaco prego atravessa entre os carros na Avenida Areião, que circunda o parque homônimo, em Goiânia. Infelizmente, é comum ver os animais se arriscarem para buscar comida nas imediações (Diomício Gomes / O Popular)

Macaco prego atravessa entre os carros na Avenida Areião, que circunda o parque homônimo, em Goiânia. Infelizmente, é comum ver os animais se arriscarem para buscar comida nas imediações (Diomício Gomes / O Popular)

Métricas

Levantamento encomendado pela comunicação de Caiado mostrou que foram mais 300 matérias veiculadas sobre o lançamento de sua pré-campanha em TVs, sites e jornais. Desse total, 64% foram classificados entre "neutro" e "positivo". Apenas 7% seriam negativas, quase todos relacionados às ausências de lideranças nacionais do UB.

No STF

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, emitiu parecer contrário a ADI movida pelo PT e entendeu que não há discriminação ou arbitrariedade em a lei goiana que limita as vagas de policial penal a 20% para mulheres. Justificou sua posição com o argumento de que a população carcerária feminina no Estado é de cerca de 5%.

Divergência

A PGR defendeu também que a reserva de vagas pode ocorrer, desde que bem justificada. A Advocacia-Geral da União já tinha se manifestado pela procedência da ADI movida pelo PT. O relator da ação é o ministro Alexandre de Moraes.

Pergunta para:

Francisco Júnior (PSD) , presidente da Codego

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O senador Vanderlan Cardoso (PSD) tem feito uma série de gestos de aproximação com a base governista. Como avalia?

Avalio como um gesto de bom senso. Até porque, em 2020, o Vanderlan fez o compromisso de apoiar a reeleição do governador Caiado, que se deu a partir de 2020, quando o governador subiu no palanque dele. Depois disso todo o PSD se manteve unido, se manteve no projeto do Caiado e de Daniel (Vilela, vice-governador).

Arremate:

Dia de Jackson - O convidado do Jackson Abrão Entrevista desta segunda-feira (7) é o prefeito Sandro Mabel, que completa 100 dias de gestão nesta semana. O programa tem transmissão ao vivo no portal do POPULAR, a partir das 10 horas.

Aliás... - Conforme adiantado aqui, Mabel anunciou programação de shows em comemoração aos 100 dias de sua gestão.

Jantar - Paulo Roberto da Costa, sócio-fundador do Grupo Tropical, Leandro Costa, CEO da Raiz Urbana, recebem em Goiânia, nesta segunda, o embaixador do México no Brasil, Alejandro Ramos Cardoso. Assinarão Memorando de Entendimento referente às obras do Aldeia do Vale Brasília, que trará referências à cultura mexicana.

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