'Golpe do amor': falso cantor é preso suspeito de seduzir e enganar mais de 20 mulheres
Juntas, as mulheres sofreram um prejuízo de mais de R$ 500 mil. Há suspeitas de que existam outras vítimas no Distrito Federal e em outros estados, especialmente em Goiás, segundo a Polícia Civil
Samantha Souza

Homem é preso por aplicar golpe em mulheres no Distrito Federal (Divulgação / PC-DF)

Um falso cantor de 42 anos foi preso, nesta sexta-feira (15), por suspeita de seduzir e enganar mais de 20 mulheres. A Polícia Civil (PC) investiga a existência de vítimas no estado de Goiás. Além de cantor, o homem criava diversos perfis nas redes sociais e em cada uma deles, se apresentava com uma profissão diferente, inclusive, como empresário.
A prisão aconteceu em Águas Claras, no Distrito Federal. Como o nome do suspeito não foi divulgado pela PC, o POPULAR não conseguiu localizar a defesa dele.
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A polícia informou que as investigações começaram quando cinco mulheres, que por estarem envolvidas emocionalmente, fizeram empréstimos e compraram bens para uso exclusivo do golpista.
Até o momento, foram identificadas 26 vítimas, que juntas, sofreram um prejuízo de mais de R$ 500 mil. Entretanto, há suspeitas de que existam outras vítimas no Distrito Federal e em outros estados, especialmente em Goiás.
Como o golpista agia
Segundo os investigadores, o homem procurava mulheres que tinham condições de lhe oferecer algum benefício econômico. Na maioria dos casos, ele atraia mães solteiras, entre 30 a 45 anos, com estabilidade financeira, que tinham chegado recentemente no Distrito Federal.
Para atrair as vítimas, segundo a polícia, ele criava perfis nas redes sociais e aplicativos de relacionamentos. Logo em seguida, fazia contato com as mulheres e solicitava o número do WhatsApp. Após algumas conversas o homem seduzia e enganava as mulheres e as convidava para sair.
Com promessas de amor, logo no primeiro encontro, ele pedia dinheiro emprestado ou se apropriava de bens das vítimas, de acordo com a PF. Conforme as investigações, ele garantia que devolveria os valores dias depois, com a justificativa de que teria valores a receber, em um suposto acerto trabalhista, ou venda de algum imóvel, ou de lucro de uma suposta empresa que ele iria abrir.
Com os valores em mãos, sendo cobrado ou não para a quitação da dívida, o homem, segundo a polícia, se tornava agressivo ameaçando as vítimas e as ofendendo moralmente, para que elas não registrassem um boletim de ocorrência. Em seguida, ele criava novos perfis nas redes sociais para alcançar novas vítimas.
De acordo com a PC,o homem deve responder pelos crimes de estelionato em continuidade delitiva, apropriação indébita, coação no curso do processo e furto, podendo a pena chegar a 18 anos de prisão.
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