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Goiás registra mais de 4 mil casos de dengue em janeiro e tem 15 cidades em situação de emergência, diz Saúde

Estado tem 5.689 casos confirmados nesta terça-feira e outros 12.777 em investigação

Mosquito Aedes aegypti é o transmissor da dengue, zika e chikungunya

Mosquito Aedes aegypti é o transmissor da dengue, zika e chikungunya (Raul Santana/Fiocruz)

Goiás registrou mais de 4 mil casos de dengue em janeiro deste ano e tem 15 cidades em situação de emergência, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) (confira a lista abaixo). Nesta terça-feira (4), o estado tem 5.689 casos confirmados e outros 12.777 em investigação. A SES-GO informou que, neste momento, não há decreto de emergência em nível estadual.

Já iniciamos as visitas em alguns municípios que estão com o número de casos acima do esperado. Nessas visitas vão pessoas especializadas para identificar, junto com a equipe local, quais são as principais dificuldades com o objetivo de melhorar a qualidade da assistência, tentar conter ou diminuir a transmissão e ter números melhores, com menos óbitos e casos", explicou a subsecretária de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim.

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O número de casos ainda é menor comparado ao mesmo período de 2024, quando foram registrados 12.479 casos. Ao POPULAR , a superintendente de Vigilância Epidemiológica e Imunização da SES-GO, a médica Cristina Laval, explicou que o motivo de tantos casos no ano passado foi a inversão do sorotipo da dengue, quando o sorotipo 2 passou a ser mais frequente.

"75% dessas amostras no ano de 2024 foi do sorotipo 2. Então a possibilidade de haver uma explosão de casos dessas pessoas que não haviam tido contato ainda com o sorotipo 2 fez com que houvesse essa situação que vivenciamos em 2024. Se você tem um grande número de casos, consequentemente você tem mais casos graves e óbitos. O que a gente tem observado agora no início de 2025 esse cenário permanece o mesmo. O sorotipo mais frequente tem sido o 2. Se permanecer essa situação, com certeza nós vamos ter um cenário bem mais tranquilo do que nós tivemos em 2024, que foi a nossa pior epidemia", ressalta Cristina.

Monitoramento

De acordo com a SES-GO, o importe é continuar monitorando porque apesar do cenário mostrar que o sorotipo mais prevalente nesse ano continua sendo o sorotipo 2, da mesma forma que foi em 2024, existe agora uma circulação maior do sorotipo 3 em estados que fazem fronteira com Goiás.

"Isso é preocupante porque o sorotipo 3, desde 2008, nós não temos uma circulação expressiva dele. Então, a gente tem aí uma população toda exposta a esse sorotipo 3, o que pode levar ao aumento do número de casos. Nós também já tivemos, nesse ano de 2025, o isolamento do sorotipo 3, mesmo que de forma isolada em poucos municípios, mas ele está circulando. Por isso o monitoramento importante para que a gente vá acompanhando se vai acontecer uma inversão sorológica em 2025 ou nos próximos anos. Esse monitoramento da vigilância é extremamente importante para a gente acompanhar esse cenário epidemiológico", afirma Cristina.

Situação de emergência

A SES-GO informou que os municípios em emergência são aqueles que estão acima do limite máximo esperado do ponto de vista de incidência, que são o número de casos por 100 mil habitantes, e que estão acima desse limite máximo esperado por pelo menos mais de quatro semanas consecutivas. Assim, o monitoramento é mais importante ainda nesses municípios, porque é necessário acompanhar com a vigilância laboratorial se esses casos são realmente dengue ou se são de outra arbovirose para apoiar esses municípios nas suas à de prevenção e controle.

"Esse limite máximo esperado, assim como a média móvel, é baseado num acompanhamento, num monitoramento de uma série histórica dos últimos 10 anos, onde eu tenho então essa média móvel do número de casos que foram confirmados e tem os desvios padrões que me levam para o limite máximo esperado. Quando no momento atual eu tenho um número de casos notificados que ultrapassa esse limite máximo esperado, me acende um alerta de que esses municípios podem estar ou em alerta ou em emergência. Confira abaixo as cidades que estão em situação de emergência em Goiás:

  1. Iporá (778 casos);
  2. Itapuranga (216 casos);
  3. Itapaci (209 casos);
  4. Faina (187 casos);
  5. Diorama (126 casos);
  6. Caçu (102 casos);
  7. Mozarlândia (94 casos);
  8. Guarinos (80 casos);
  9. Americano do Brasil (63 casos);
  10. Cromínia (46 casos);
  11. Mundo Novo (45 casos);
  12. Brazabrantes (42 casos);
  13. Santo Antônio de Goiás (37 casos);
  14. Mossâmedes (29 casos);
  15. Davinópolis (21 casos).

Alerta X Emergência

De acordo com a SES-GO, emergência é quando tem pelo menos quatro semanas consecutivas acima desse limite e alerta é quando o número ultrapassa esse limite, mas na outra semana ele já abaixa desse limite, não é de forma sustentada.

Prevenção

A SES-GO explica que durante os períodos chuvosos os focos de proliferação são ampliados, destacando a urgência de medidas preventivas para conter a expansão desses focos. Por isso, é importante limpar e verificar regularmente esses pontos que podem acumular água. Além do uso de repelentes e vacina.

As principais medidas preventivas é evitar que o mosquito nasça. Tirar 10 minutos por semana e verificar se em casa tem algum recipiente acumulando água. Se cada um fizer isso a gente consegue diminuir o índice de infestação e transmissão. Outra forma de prevenção muito importante é a vacinação. Em Goiás a vacina está disponível para todas as crianças e adolescentes de 6 a 16 anos", afirma Flúvia.

Morte

O POPULAR mostrou que Goiás registrou a primeira morte por dengue em 2025 na cidade de Heitorai, no centro goiano. Em 2024, o estado registrou 414 mortes por dengue, com outras 53 ainda sob investigação. No ano anterior, foram 58 óbitos confirmados. No Brasil, a doença matou 6.041 pessoas em 2024.

Sorotipos

A dengue possui quatro sorotipos, em geral, denominados DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4, ou sorotipos 1, 2, 3 e 4, que podem causar quadros leves ou graves, onde pode ocorrer o choque hipovolêmico ou o acometimento direto de vários órgãos como fígado, cérebro e coração. A preocupação da SES-GO em relação a circulação do sorotipo 3 se dá porque ele não circula no país desde 2008, dessa forma a população não possui defesa (imunidade) para esse sorotipo.

A SES-GO informou que em 2025 foi identificado o sorotipo 3 da dengue em Anápolis. No entanto, ele é relativo a um paciente residente no estado do Mato Grosso e que estava momentaneamente na cidade com a doença. Foi feita a identificação, coleta, exames pela secretaria, mas o caso é contabilizado para o estado do Mato Grosso, uma vez que a notificação é feita a partir do domicílio de residência, e não de ocorrência.

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Confira como fica a previsão do tempo para o feriadão de Páscoa e Tiradentes

Segundo o Cimehgo, há possibilidade de ocorrência de chuvas fortes irregulares com rajadas de vento de até 60 mm/h

Chuva em Goiânia.

Chuva em Goiânia. (Wildes Barbosa/O Popular)

O feriadão prolongado de Páscoa e Tiradentes, que começa nesta sexta-feira (18) e vai até segunda (21), será de sol e nebulosidade, conforme o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo). Para todas as regiões do estado há um alerta para a possibilidade de ocorrência de chuvas fortes e irregulares.

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De acordo com o Cimehgo, a combinação calor e umidade favorece a formação de chuvas irregulares que poderão vir em formato de tempestades acompanhadas de rajadas de vento e raios.

Teremos chuvas no decorrer dos próximos dias e em alguns locais, essas chuvas podem vir no formato de tempestade e ocasionar alguns transtornos como alagamentos e transbordamento de pequenos mananciais. Então, por conta dessas chuvas, as temperaturas não vão estar tão elevadas, ficando na casa dos 33ºC e 35ºC", disse o gerente do Cimehgo, André Amorim, ao POPULAR.

Previsão regiões de Goiás

No oeste e norte de Goiás é previsto até 30 milímetros de chuva, com temperaturas entre 22ºC e 33ºC. Nas regiões sudoeste e sul pode cair até 30 milímetros, com temperaturas de 18ºC a 32ºC. Enquanto na região central do estado, a previsão é de 35 milímetros de chuva, com temperaturas entre 18ºC e 32ºC. Já na região leste está previsto até 35 milímetros de chuva, com temperaturas entre 17ºC e 33ºC.

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Goiás é o quinto estado com menor acesso da população a ciclovias no Brasil, mostra IBGE

Em contrapartida, estado é destaque em vias pavimentadas com habitantes e circulação

Na ciclofaixa do Jardim América, veículos estacionados ao longo do trecho em diversos pontos impedem o uso pelos ciclistas

Na ciclofaixa do Jardim América, veículos estacionados ao longo do trecho em diversos pontos impedem o uso pelos ciclistas (Diomício Gomes / O Popular)

Goiás ficou na quinta posição entre os estados com menor acesso da população a ciclovias no Brasil. De acordo com o estudo, apenas 0,9% dos goianos moram em locais com alguma sinalização para trânsito de bicicletas, ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas.

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O índice goiano é o mesmo resultado obtido por Minas Gerais e Alagoas. Os estados em situações mais desfavoráveis na tabela são: Rio Grande do Norte (0,8%); Tocantins (0,6%), Amazonas e Maranhão, ambos com 0,5%. A liderança é de Santa Catarina (5,2%). O ranking é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a partir do Censo Demográfico 2022.

O coordenador operacional do Censo, Daniel Ribeiro, pontuou que essa é a primeira vez que o Censo faz levantamento sobre a sinalização para bicicleta, o que não possibilitou uma comparação com dados anteriores.

Indagado se as rodovias entraram no estudo, o pesquisador explicou que foram "consideradas as sinalizações presentes em vias onde há moradores".

Como em rodovias não é comum haver moradores, a maioria delas certamente não foi contabilizada", acrescentou o pesquisador.

O POPULAR entrou em contato com o governo estadual, com a Associação Goiana de Municípios (AGM) e com a Federação Goiana de Municípios para obter informações se há programas governamentais voltados aos municípios para o incentivo ao uso de bicicletas, mas não houve retornos até a última atualização desta reportagem.

Vias pavimentadas e circulação

Em contrapartida, Goiás foi destaque com o quarto maior índice de vias pavimentadas e com capacidade máxima de circulação. Para vias habitantes e com pavimentação, o estado alcançou 94%, atrás apenas de São Paulo (96,0%), Minas Gerais (95,3%) e Distrito Federal (94,2%).

Com esse resultado, a taxa goiana avançou 9,4% em comparação ao levantamento realizado em 2010, quando o índice foi de 84,6% (quinta colocação na época).

O melhor aspecto foi para via com capacidade para a circulação de caminhões, ônibus e veículos de transporte de carga, além de veículos de passeio, vans, motocicletas, bicicletas e pedestres (veja ao final do texto todos os itens pesquisados) .

Nesse caso, a taxa goiana registrada foi de 97,9%. O IBGE considerou que esse número foi acima dos dados registrados pelo Brasil (90,8%).

Veja quais aspectos foram investigados:

  • Via com capacidade para a circulação de caminhões, ônibus e veículos de transporte de carga, além de veículos de passeio, vans, motocicletas, bicicletas e pedestres;
  • Via com capacidade para a circulação somente de veículos de passeio, vans, motocicletas, bicicletas e pedestres;
  • Via com capacidade para a circulação somente de motocicletas, bicicletas e pedestres;
  • Via aquática, usada para o transporte em mar, rios, lagos, canais etc., desde que constitua uma forma de acesso direto às edificações.
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    Goiânia é a segunda capital mais arborizada do Brasil, aponta IBGE

    Índice de pessoas que residem em locais com uma ou mais árvores na cidade avançou em relação ao levantamento anterior. Município lidera e se destaca em outros itens do estudo; confira

    undefined / Reprodução

    Goiânia é a segunda capital mais arborizada do Brasil, apontou o Censo Demográfico 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o estudo, 89,6% dos goianienses residem em locais que possuem uma ou mais árvores. A liderança do ranking ficou com Campo Grande (MS), que atingiu 91,4% do índice.

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    Os dados são resultados da Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios. O IBGE destacou que esse é o maior e mais completo levantamento georreferenciado a partir da análise de dez componentes urbanísticos de cada capital.

    Já no levantamento anterior, feito pelo Censo Demográfico 2010, Goiânia também ficou na segunda colocação entre as capitais com mais árvores para seus habitantes no Brasil. Naquele estudo, o índice goianiense era de 88,8%; e de Campo Grande, 96,3%.

    Entre os estados, Goiás aparece em quarto lugar como o mais arborizado do Brasil. O índice mostra que 81,8% dos goianos moram em locais com uma ou mais árvores. O estado ficou atrás de Mato Grosso do Sul (92,4%); Distrito Federal (84,2%); e Paraná (82,6%). Em todo o país, o percentual de moradores residentes em ambientes arborizados ficou em 66%.

    Em relação ao estudo de 2010, quando o índice goiano foi de 76,8%, houve avanço em três posições. Naquela época, Goiás era o sétimo do país nesse quesito.

    Além da arborização, o Censo considerou a capacidade de circulação e da pavimentação de vias; existência de bueiro ou boca de lobo; iluminação pública, ponto de ônibus ou van; sinalização de vias para bicicletas; calçada ou passeio; presença de obstáculo na calçada; e rampa para cadeirante.

    Ranking mostra a posição das capitais no último Censo (Divulgação/IBGE)

    Ranking mostra a posição das capitais no último Censo (Divulgação/IBGE)

    Demais destaques

    Conforme o estudo, Goiânia e Goiás lideram na questão iluminação pública, ao atingirem 99,6% e 99%, respectivamente.

    O resultado demonstra melhoria do estado em relação a 2010 (97,8%) e reafirma a posição já ocupada desde então, quando também obteve o maior índice (97,8%) dentre as unidades da Federação", destaca o IBGE.

    Ainda em relação ao fornecimento de iluminação pública, de acordo com a pesquisa, o Brasil também apresentou melhora, passando de 95,2%, em 2010; para 97,4%, em 2022. No entanto, o estudo ressaltou que é considerado apenas a existência de equipamento de iluminação, mas não seu funcionamento.

    Goiânia figurou também como a segunda capital com maior índice de vias pavimentadas para seus moradores e a terceira em capacidade de circulação. No primeiro aspecto, a cidade alcançou 99,1% ante 97,6%, de 2010. E, na segunda categoria, atingiu 98,0% - atrás de Campo Grande (98,8%) e Palmas (98,6%).

    Índice negativo

    Por outro lado, Goiânia foi a terceira capital com menor quantidade de pontos de ônibus do transporte coletivo, de acordo com o IBGE. Nesse tópico, o índice negativo foi de 5,3%. Como últimos dessa lista estão: Palmas (TO), com 4,5% e Macapá (AP), 3,1%.

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    Fraude em isenção de IPVA: Quase 300 donos de carros elétricos de Goiás são autuados e multados em mais de R$ 3 milhões

    Segundo delegado, 70 investigados foram intimados e compareceram à delegacia. Operação conseguiu recuperar R$ 2 milhões

    Polícia informou que alguns investigados confessaram a fraude fiscal

    Polícia informou que alguns investigados confessaram a fraude fiscal (Divulgação/PC-GO)

    Quase 300 donos de carros híbridos e elétricos de Goiás foram autuados e multados em mais de R$ 3 milhões. Apesar de morar no estado, eles teriam cadastrados os seus veículos usando endereços falsos do Distrito Federal e de outros Estados. Isso, segundo a Polícia Civil de Goiás (PC-GO), seria uma maneira de obterem isenção no pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).

    Como o nome dos investigados não foram divulgados, O POPULAR não conseguiu localizar as defesas deles até a última atualização desta reportagem.

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    A fiscalização é coordenada pelo titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT), delegado Bruno Costa e Silva, com apoio de auditores da Secretaria Estadual da Economia. Na terça-feira (15), a força-tarefa deflagrou a terceira fase da Operação Quíron. A investigação, segundo a PC, foi iniciada em 2024.

    A DOT intimou mais de 70 proprietários desses veículos para comparecerem aqui na delegacia para prestar esclarecimentos e comprovarem ou não o domicílio, que eles apresentaram lá no Detran do Distrito Federal", disse o delegado.

    Dos intimados, segundo Bruno Costa, 51 confessaram a irregularidade fiscal e serão autuados. Eles devem ser multados, embora tenham se comprometido em pagar os impostos atrasados.

    Alguns não confessaram, mas os indícios apontam que eles não têm domicílios lá, no Distrito Federal. Então, eles podem ser autuados ou então instaurado inquérito policial para apurar crime contra a ordem tributária", ressaltou o investigador.

    O delegado antecipou que a polícia irá investigar ainda o envolvimento de funcionários de algumas concessionárias, que vendem esses veículos no estado. De acordo com Bruno Costa, os investigados informaram que receberam orientações dessas empresas para cometerem as fraudes. Ele suspeita que comprovantes de endereços foram fornecidos para esses clientes no momento da compra.

    Em um dos casos foi visto que 10 proprietários compartilhavam o mesmo endereço do Distrito Federal, embora não tenham relação entre si, compartilharam esse endereço falso. Em outro caso, oito proprietários no mesmo endereço", salienta o delegado.

    Prejuízos

    O auditor fiscal e gerente do IPVA da Secretaria de Economia, Jorge Areas, informou que do total de valores não arrecadados pelo Estado, devido a fraude, cerca de R$ 2 milhões foram recuperados. No entanto, ele pontua que o número de pessoas suspeitas em fraudar o domicílio se aproxima dos 500.

    A operação continua em andamento sem prazo para terminar. Pois, todos os dias recebemos dados atualizados de veículos, que supostamente foram adquiridos por proprietários aqui residentes e domiciliados, mas os carros não estão registrados em Goiás", frisou o auditor.

    Jorge Areas destacou ainda que o proprietário desse tipo de veículo e que tenha cadastrado endereço domiciliar irregular poderá "espontaneamente procurar a Gerência de IPVA para regularizar sua situação".

    Do contrário, conforme o auditor, a pessoa autuada terá "contra si instaurado inquérito policial". E caso deixe de pagar a multa do auto de infração, Areas alerta que o infrator poderá "sofrer uma pena de até dois anos de detenção".

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